FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

sexta-feira, 25 de julho de 2008

NOSSA HORA DE JÓ


Não estou muito interessado em saber se o profeta Jô existiu de verdade ou se é ficção bíblica. Se ele existiu em carne e osso ou foi uma personagem bem encontrada pelo poeta bíblico para descrever a trajetória do ser humano sobre a terra. Esses problemas históricos e exegéticos, vamos deixá-los para os estudiosos. Nós, teólogos, pé-de-chinelo e místicos do cotidiano, nos contentamos em nos aproximar de Jô, espelhamos na sua história e comprovar que o que ele diz é mais do que verdade: acontece mesmo, não é depressão nem pessimismo exagerado.
Ao longo de nossa vida, é preciso atravessar a noite e ninguém nos pode substituir. Somos nós mesmos que devemos entrar na espessa noite e esperar que as nuvens passem para voltar a ver a luz. Há momentos em que tudo parece estar andando de marcha a ré: não se pode parar o carro que desce a ladeira e nos encontramos todos machucados, feridos, sem forças, e nos perguntamos: - Por que tudo isto aconteceu comigo? Que fiz de mal para merecer tamanha punição de Deus misericordioso?
É o grande desafio que o homem bíblico lança no rosto do próprio Deus: “Por que os corruptos estão bem sadios, nada lhes falta;os que são idólatras parecem todos os dias cheios de saúde, engordam mais as suas riquezas, e eu que sou honesto, luto para não me deixar extraviar, e eis-me aqui sem saúde, sem família, sem dinheiro, sem casa, e a morte vem e me leva o único filho e me deixa prostrado? Por que, Senhor, tudo isto?”
E ao nosso redor, como ao redor de Jô, se aproximam amigos e pessoas que nos querem convencer de que temos algum “pecado secreto, escondido” dentro de nós, no nosso fundo subconsciente que não queremos revelar, e que é preciso nos converter e pagar o peso do pecado...Mas nós, como Jô, nos perguntamos: qual pecado devo pagar? Onde está o meu pecado para que eu possa me arrepender? É a nossa hora de Jô!
Nossa hora de Jô chega também através da própria Igreja que não nos compreende, e dos amigos que se afastam de nós e nos deixam sozinhos com as nossas feridas supuradas. Jô não encontrava apoio de ninguém, nem da mulher, nem dos amigos, nem do povo, sentia-se terrivelmente sozinho, isolado, amargurado. Ele sabia só de uma coisa: que o seu coração estava limpo, sereno, que não tinha ofendido ao seu Deus e que vivia como era necessário, segundo a palavra de Deus.
É a hora de Jô: nada lhe resta a não ser confessar a sua justiça, gritar a sua inocência e saber que um bel dia Deus virá: “Sei que eu verei a face do Senhor, não nesta terra; mas quando dela eu partir, verei o Senhor face a face!”
É a nossa hora de Jô, quando tentamos nos revoltar contra todos e tudo, mas Deus, que nos ama, nos refreia na tentativa de revolta e nos coloca com as costas na parede e nos pergunta: “Onde estavas, quando lancei os fundamentos da terra?” (Jó38,4)
É a nossa hora de Jô, quando somos chamados por Deus a escutá-lo e reconhecer a nossa estultícia, e a dizer para Deus: “Eu me retrato e faço penitência no pó e na cinza.” (Jó42,6)
E a nossa hora de Jô...Quando tudo parece obscuro e nessa escuridão só podemos dizer: “De Deus recebemos o bem, por que não receber também os males? Deus deu, Deus tirou, Deus seja bendito!”

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