FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

quinta-feira, 10 de março de 2011

O ÉLO


Não é preciso fazer grandes esforços (subir ao céu ou descer aos abismos) para conhecer a vontade de Deus. Deus veio ao nosso encontro em Jesus Cristo. E, está pronto para ser acolhido, a fim de libertar o homem e conduzi-lo para uma vida nova. Mas o zelo do homem é por motivos poucos esclarecidos que nada tem haver com a verdade de Deus. Embora a palavra esteja em sua boca, perto do seu coração que diz: "se você confessar com a sua boca que Jesus é o Senhor, e acreditar com seu coração que Deus o ressuscitou dos mortos, você será salvo" [Rm. 10:9].

Deus preparou tudo o que podia para conduzir o povo à salvação. Faltou apenas o último elo da corrente, a fé. Justamente aquela que depende de nós. O conteúdo da fé é este: Jesus é o Senhor da vida, porque Deus o ressuscitou dos mortos. E a fé supõe apenas que o homem acredite em Jesus, dê sua adesão a ele e o testemunhe na vida prática.

A fé como ultimo elo da salvação traz em si, a consonância do desejo do seu coração com sua oração a Deus, a fim de substituir o estabelecimento da sua própria justiça pela submissão à justiça divina, que torna possível a nossa salvação do pecado e do vício. Do contrário, quando temos desejos que não podemos expressar em oração, perdemos o último elo da corrente.

“Como são belos os pés daqueles que anunciam boas notícias!” [v.15]

A BIBLIA


O que a bíblia representa pra você? Qual o grau de entusiasmo que lhe invade a alma quando você lê a bíblia? Qual o nível de relacionamento que você mantém junto ao Deus que você adora? Jo 15.14,15 "...Vós sereis meus amigos?..." Mt 5.44,45 "...para que sejais filhos? do vosso Pai que está nos Céus..." Como posso conhecer Deus? I Cr 28.9 "...conhece o Deus de teu Pai, e serve-o..." não obstante que o conhecimento é o elo de conexão que nos revela, e nos aproxima de Deus, I Jo 4.7,8 "...quem ama conhece a Deus..." isto é, quanto mais eu conheço, mais Ele se aproxima de mim. Jo 14.20-24 "...se alguém me ama, guardará a minha Palavra, ...e viremos para ele, e fazemos nele morada...".

Sabemos que o lugar mais indicado para encontrar o verdadeiro Deus é nas páginas Sagrada da Bíblia, pois foi em "Documentos Manuscritos" a linguagem coloquial que Deus utilizou para melhor divulgar e eternizar a sua Auto-Revelação para a humanidade.

Ref Sl 40.7 – Jr 36.2,3 – Dt 30.11-14. Visto que são as palavras que verbalizam e exteriorizam os sentimentos, pensamentos e vontades de maneira natural e real, e a escrita nada mais é que o registro dessas palavras, por isso Deus nos presenteou com a BÍBLIA SAGRADA, a sua plenitude concedida e externada aos homens, Cl 2.19 “...toda plenitude nele habitasse...”. Portanto não se deve arrolar a Bíblia apenas nas estatísticas de Símbolos Religiosos Literários, exposta em oratórios e aberta no Salmo 91 como amuleto da sorte. Esta é mais uma forma equivocada do ser humano, caído no pecado de interpretar a Bíblia. A priore podemos concluir que a Bíblia é de fato a real e plena revelação da vontade e dos propósitos de Deus para humanidade, Ef 1.11 “...conforme o propósito daquele que faz todas as coisas...” - Dn 2.20-22 “...Ele revela o profundo e o escondido...”. I Co 2.10 “...mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito, ...porque o Espírito penetra, ...ainda as profundezas de Deus...”. Conquanto que a compreensão e a interpretação da Bíblia não se darem pela capacidade intelectual do raciocínio lógico humano, I Co 2.14 “...elas se discernem espiritualmente...” posto que este entendimento espiritual extrapole os limites da lógica racional do homem, At 8.26-31 “...entendes tu o que lês...”? e Hb 5.11 “...muito temos que dizer de difícil interpretação...” Tendo em vista que o homem natural não pode compreender as coisas do Espírito de Deus, pois elas só se discerne mediante a ação da Fé naqueles que ouvem e lêem, Hb 4.2 “...mas a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a Fé naqueles que a ouviram...” - Portanto convido ao leitor para desvendar os tesouros contidos nos mistérios deste mundo espiritual revelado na Bíblia Sagrada.

A princípio quero destacar a palavra Bíblia, e seu literal significado, visto que o termo Bíblia não está mencionado em nenhum trecho dos escritos bíblicos, inclusive a forma das expressões dos conteúdos contidos em seu compendio é de; As Escrituras, O Livro Divino, Sagradas Letras, Escrituras Sagradas e a Palavra de Deus. Conquanto este seja na verdade um termo gráfico que se refere a uma “cultura manuscrita” milenar e de origem Hebraica e Grega. Na cultura Grega o termo Bíble era o modo mais antigo de praticar correspondência entre as civilizações na ausência física, por meio do elemento postal chamado Carta bastante usada pelo Apóstolo Paulo e o Apostolo João na ilha de Patmos escrevendo cartas às sete igrejas da Ásia, em suas respectivas prisões.

Também a Bíblia era conhecida como a forma tradicional de registrar as memórias das culturas literária em compêndios, que com o advento e desenvolvimento das civilizações humanas se fez necessário a utilização da “escritura”, para fins de comunicação e registro histórico culturais. Isto porque a história sobrevive mediante compêndios manuscriturados pelas antigas civilizações, necessárias para formação estrutural da consciência do ser humano em todos seus aspectos, outrossim, a historia reflete o exercício de sobrevivência existencial das tradições hereditárias sociais, que revelam relatos e fatos empíricos que se constituem nas experiências diárias humana ao longo dos tempos, são fenômenos circunstanciais registrado por nossa memória e que compõe o formato da nossa “consciência existencial”, com destaque em; “De onde viemos? – Quem somos? – Para onde vamos”? São fatores que determinam nossa essência humana, que não se destrói, nem se deleta, pois são arquivos permanentes arquivados na memória e que criam parâmetros para nossa identidade cultural.

Ninguém pode ofuscar o brilho da história, que ilumina o presente, e resplandece o futuro, isto é, “não haveria existência se não fosse preservada a história”.

A Bíblia é de fato uma ancestral forma de escrita Tanto em “Pergaminho” (do grego pergaméne e do latim pergamina), é o nome dado a uma pele de animal, geralmente de cordeiro ou ovelha, preparada para nela se escrever. O seu nome lembra o da cidade grega de Pérgamo, na Ásia Menor, onde se acredita possa ter se originado. Esse importante suporte da escrita também foi largamente utilizado, para documentos e decretos de leis em especial na Idade Média. Como também em “Rolo de Papiro”, sendo esta cultura manuscrita descoberta e bastante utilizada pelas civilizações Egípcia e Grega. A palavra “Papiro” compreende-se a um material extraído de uma Planta Aquática bastante comum às margens do Rio Nilo, usada como “folha de papel” para escrita. E a propósito, a tradução grega para Papiro é a palavra Bíblos, conhecida no plural como “Ta Biblía”, que significa literalmente “Os Livros”, e este é o perfeito significado da expressão “A BÌBLIA” ou “OS LIVROS”, que acabou fazendo parte da literatura Eclesiástica com o propósito de designar um conjunto de opúsculo ou publicações que compõem a tradicional “Bíblia Sagrada”. Todavia o Título “Bíblia Sagrada” catalogado como uma enciclopédia de livretos, ou cartas, e organizada em forma de um Livro, está assim editada apenas para melhor manuseio e também para facilitar a interpretação e compreensão de textos e contextos nela canonizada. Visto que as publicações catalogadas na Bíblia Sagrada passaram por uma rigorosa inspeção, uma criteriosa seleção (chamada canonização), a fins de aquilatar e fiscalizar o seu conteúdo doutrinário para melhor se enquadrar ao padrão que os concílios teológicos determinam como Cânon Sagrado, Cânon é uma palavra Grega que significa; cana, vara de medidas, padrão, modelo, norma, regra. Que nesse contexto o Cânon refere-se aos livros que obedecem as regras e padrões doutrinários da inspiração Espiritual e autoridade Divina. O Cânon não está escrito de forma cronológica seqüencial, porém estão intercalados entre si de forma atemporal, editados por autores e escritores não compatriotas entre si, como o seu primeiro escritor que foi Moises escrevendo Gênesis à aproximadamente 2000 anos aC (antes de Cristo), e o ultimo foi o apostolo João escrevendo o Apocalipse, em 96 anos dC (depois de Cristo), entretanto a Bíblia possue uma mensagem única e central a “revelação de Deus” para humanidade. Deus como um Ser de natureza suprema, divina, espiritual e eterna, inviabiliza que a mente finita e carnal do homem possa chegar à auto-compreensão do Deus infinito e transcendente à capacidade do raciocínio lógico do homem. No entanto só através da Revelação Divina o homem pode alcançar o conhecimento de Deus, Ref Rm 2.10,11. Podendo assim, conquistar novas compreensões e novas possibilidades de perceber e distingui entre o natural (físico) do sobrenatural (metafísico), do que é real (objetivo) e do que é irreal (subjetivo), este é o caminho que a literatura percorre e desvenda. Assim sendo a Bíblia Sagrada é de fato uma narração biográfica da existência de Deus Pai outorgada e escrita carinhosamente ao coração de seus Filhos para ensinar, corrigir, redargüi e instruir em justiça, II Tm 3.16,17 “Toda Escritura divinamente inspirada (canonizada) é proveitosa para...”. Pv 7.1,2 “Filho meu, guarda as minhas Palavras, e esconde dentro de ti os meus mandamentos, e vive...” por eles. Dt 4.1-3 “Agora, pois ó Israel ouve os estatutos e os juízos que eu vos ensino, para os cumprirdes; para que vivais...” por eles. Portanto a Bíblia Sagrada a Palavra de Deus é viva, Hb 4.12 “...a palavra de Deus é viva e eficaz...”, e produz vida, Jo 6.57 e 63 “...quem de mim se alimenta, também Viverá por mim, ...as palavras que eu vos disse são Espírito e vida...”, Sl 119.50 “...a tua palavra me vivificou (me deu vida)...”. A palavra de Deus é o instrumento de ação, operação, e atuação do espírito santo, foi através do poder fecundo da palavra, que Deus criou o mundo, Hb 11.3 “...os mundos pela palavra de Deus foram criados...”. E desta forma não podemos jamais conceber a idéia de classificar a “Bíblia Sagrada” como mais um “Livro comum” entre tantos outros, que ocupa apenas um legendário e privilegiado espaço nas imensas bibliotecas espalhadas mundo a fora. Mas, a Bíblia está, sobretudo, como a maior Enciclopédia da Sabedoria e da Inteligência jamais revelada em todos os tempos na história da humanidade, como nos registros dos provérbios do sábio Salomão, Pv 1.1,2 “Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel; Para se conhecer a Sabedoria...” Interposto que a Bíblia Sagrada também possue, por conseguinte, um verdadeiro arsenal de documentários dos verdadeiros santuários arqueológicos, separados por períodos milenares, e, outrossim, aborda assuntos diversos em seus aspectos históricos de culturas sociais, de um cenário mundial, formando uma unidade ideológica entre os três tempos da historia; passado, presente, e futuro, Hb 13.8 “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente...” que em seu compêndio escriturístico os fatos arrolados entre estes três tempos da história se estabelecem como uma uniformidade conceitual que apriore se entende como um fenômeno sobrenatural desta obra literária chamado de; Promessas, Profecias, e Revelações, com suas cabais execuções, que jamais poderiam advir de uma mente natural, como assim nos informa o apostolo Pedro em sua segunda carta, II Pe 1.21 “... Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto, ...os homens de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo”. Assim como o Profeta Isaías fez menção a Bíblia como “Tesouro da Escuridade” Is 45.3 “...E te darei os tesouros da escuridade e as riquezas encobertas...” – Portanto a Bíblia se caracteriza como um Livro Profético contendo grandíssimas e preciosas Promessas, para que por elas o ser humano caído no pecado possa tomar posse e adquirir de volta o seu direito de participar da Natureza Divina. II Pe 1.4. A Bíblia é, sobretudo, a maior declaração já publicada em todas as civilizações do maravilhoso Amor de Deus revelado a humanidade, e todos os que fazem parte deste universo humano é alvo incondicional deste Amor, visto que; Jo 3.16 “Deus amou o “Mundo” de Tal maneira...”. Então se considere, pois amado por Deus! Assim como “Jesus te ama”.

A destarte o Anjo de Senhor notificou ao Apóstolo João na ilha de patmos, o qual testificou no livro do Apocalipse sobre a Palavra de Deus, registrando que bem-aventurado, bendito, abençoado é aquele que Lê, e os que Ouvem as palavras deste Livro, Ap 1.1-3 – Ap 22.6-8. É importante ressaltar que a eficácia da Soberania de Deus depende exclusivamente da Imutabilidade de sua Palavra. Rm 9.28 “Porque o Senhor Executará a sua palavra sobre a terra...”. Isto é de eternidade a eternidade a história vem correspondendo ao plano que previamente está determinado no Livro Sagrado, Hb 1.3 “...ele sustenta todas as coisas pela palavra...”. Ele mesmo prescreveu e Ele mesmo cumprirá. Ref Jr 1.12. “...Eu Velo sobre minha Palavra para a cumprir.”. A contento a Bíblia Sagrada concentra em seu cerne o episódio do cabal cumprimento da profecia Messiânica que apresentou o Filho de Deus como o real fator divisório da historia social humana, que passou a ser conhecida como aC (antes de Cristo) e dC (depois de Cristo). Isto para comprovar que a História faz parte de um Livro, Ref Ap 21.27 e Ap 22.18,19, e que cada Dia, é como cada Folha que se Ler e se Passa. O Dia de ontem é mais uma Página virada deste misterioso livro. Toda Obra de Criação foi concluída e catalogada desde a fundação do mundo, e escrita para nosso entendimento, Ref Hb 11.3 e Is 41.22,23. Também nela contém um código de ética Moral e Espiritual chamado de Mandamentos capaz de construir personalidades e caracteres Justos.

O PECADO SEM PERDÃO


Como eu ia dizendo, a parábola do servo inútil nos mostra, como já poderíamos imaginar, que existe algo além da letra, algo além do que nos foi mandado. Ela está ali para nos desafiar a irmos além.

Ir além, significa não necessariamente ter uma grande fé, mas uma fé viva, ainda que pequena.

O ir além pedido por Jesus, naquele contexto, implica em perdoarmos até mesmo sete vezes num mesmo dia. Sem a perspectiva da fé isso seria impossível.

Esse é o mecanismo que nos mantém longe dos escândalos. Que nos preserva de fazer algo que, segundo Jesus (figurativo ou não), seria pior que a morte.

Eis o porque viver na inutilidade é um pecado imperdoável. Porque com todo zelo estaríamos vivendo presos à lei e não à graça. Viveríamos debaixo da condenação e não da misericórdia.

Fazer apenas o que nos é mandado é viver uma vida longe do perdão: “Mas se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas”. Não perdoar é um pecado imperdoável.

Não ir além é imperdoável, é uma ofensa, uma blasfêmia ao Espírito da Graça.

Quer mais um exemplo? O jovem rico. Disse-lhe o jovem: “A tudo isso tenho obedecido. O que me falta ainda?”

Se você quer ser perfeito, se quer ser como Deus, um amigo à altura de Deus, vá além da obediência: Per_doe. Naturalmente que o problema daquele rapaz relaciona-se diretamente ao perdão. Toda doação é uma “perdoação”. Os verbos dar (doar) e perdoar possuem a mesma raiz.

O pecado daquele rico (como acontece com a maioria deles) é imperdoável, pois eles não vão além das regras que lhe beneficiaram tanto. Eles se contentam em sentar-se à mesa sozinhos, longe da companhia de seu Senhor. Servos inúteis…

Nosso querido amigo Luiz Henrique do Blgo "A Gruta do Lou" (está corretíssimo em dizer que o pecado imperdoável é o cometido por Satanás. Afinal Satanás é tudo aquilo que via contra o perdão. Ele é como já se sabe o acusador. Ele é tudo contrário à doação, ele veio se não para roubar, matar e destruir.

Quando Jesus em sua liberalidade, distribuía toda suas riquezas, e expulsava demônios aqui e ali, e perdoava incondicionalmente, uma multidão carente foi atrás dele. E também os guardiães das regras, enfurecidos, foram lá: “É por Belzebu, que ele faz isso” - bradavam eles.

O problema daqueles caras, e isso pode não estar muito longe de nossos próprios problemas, é que eles (como nós também) não queriam se despojar como Jesus. Eles não queriam ir além dos mandamentos. A blasfêmia não estava, nem tanto, em achar ou falar que Jesus fazia aquilo por meio do diabo, mas em contentar-se apenas com a lei, com os mandamentos, com “aquilo que nos foi mandado”, com nossa zona de conforto. Eles tinham toda a riqueza da lei em suas mãos e não distribuíam àquela gente faminta. Eles não doavam e nem os perdoavam.

Será que sou diferente?

Será que quero o despertar de uma má consciência sem limites proporcionado pela literatura moderna como Camus, Sartre ou Simone Weil? O que mais, melhor do que isso, me poderia forçar a ir além e ser um servo útil, um amigo, à mesa com meu senhor?

Que as regras sejam dadas aos chatos, e a liberdade aos amigos.
Fürtth/ Alemanha - MG

O MAIS GENTIL DOS HOMENS




Alguns significativos ensinamentos de Jesus não foram ministrados às multidões; foi durante conversas particulares que Cristo tratou de assuntos vitais para a Igreja.

Hoje, quando ministramos a Palavra, utilizamo-nos de informações deixadas numa situação de aparente singeleza; por hábito, nossa atenção se dirige para as eloquentes manifestações de sabedoria e graça.

Entretanto, parte da nossa formação tem por alicerce as conversas particulares, quando Jesus deixava tudo, inclusive as multidões, para prestar atenção a pessoas a quem ninguém mais prestaria atenção.

A qualidade do tempo que dispensava a essas pessoas (e continua fazendo isso hoje no Espírito Santo) fez diferença naquele dia e, por conseguinte, altera e abençoa nossas vidas hoje.

Sendo Deus Todo-Poderoso, o Verbo Encarnado foi também o mais gentil dos homens a andar entre nós; ignorava o calor, a fome e o cansaço pra falar com anônimos.

Deixava as multidões esperando, pra gastar tempo com outra pessoa a quem os outros, no mínimo enxotariam, e no máximo, apedrejariam. Quanto amor aprendemos nas circunstâncias de aparência simples envolvendo o Senhor!

Bartimeu encerraria sua carreira de cego mendigo ali na entrada de Jericó, não fosse a atenção de Jesus dispensada a ele, Jesus deixa a multidão e se dedica ao ignorado; mais que inclusão social o Mestre leciona compaixão.

Exausto e faminto, puxa conversa com a samaritana, outra a quem as pessoas “de bem” evitavam (ou acha mesmo que era normal buscar água ao meio dia?).

E Zaqueu? Somos informados da conversa pública; imaginemos as particulares palavras deixadas na alma daquele homem, pelo resultado sabemos.

Maravilhoso é perceber que mesmo dirigindo-se para Jerusalém, no firme propósito de se deixar assassinar em uma cruz, o Senhor gasta tempo com gente comum, dispensa-lhes cuidados e atenção.

As particulares conversas de Jesus nos amparam nas dificuldades. Jairo? A filha à beira da morte, ele vai procurar ajuda onde pode encontrar ajuda, e quando consegue, aparece sabe-se lá de onde, uma mulher que precisa desesperadamente de atenção.

Gastar precioso tempo com gente a quem ninguém dava importância, este era o jeito do Senhor, gastar-se; uma condição tão desesperadora e urgente e naquele momento Jesus apresenta-se em toda a Sua compaixão por aqueles que parecem ovelhas sem pastor.

Ao lermos sobre os criados de Jairo trazendo a notícia da morte da sua filha, não podemos sequer imaginar a contrariedade que tomou conta do coração dele. Outra conversa particular e difícil, a filha morta e Jesus dizendo: “Não temas, somente creia!”.

Protegido pelas sombras, Nicodemos aproxima-se do Messias e inicia a mais significativa das conversas particulares, nasce ali a base da fé cristã.

A profundidade do diálogo nos encanta, Nicodemos atribulado entre a tradição judaica e a pregação do Cristo; somos nós ali, entre nossos próprios cuidados e a mensagem da cruz, ajudados de antemão; Jesus estabelece naquela conversa o princípio da salvação.
Naquele diálogo Nicodemos começa a nascer de novo, basta prestar atenção no evangelista, que cita dois outros momentos importantes da caminhada de Nicodemos; a conversa particular deu frutos.

O tempo gasto com cada pessoa foi de singular significado em suas vidas, e toda a nossa orientação deriva de tais conversas; para isso encarnou o Verbo, para que tenhamos abundante vida.

“Esticando as vistas” até o AT encontramos Elias na caverna, que tribulação! Sem destino, sem respostas nem segurança e aparentemente sem ninguém a quem recorrer.

Ele tenta encontrar Deus em muitas manifestações, mas só encontra confusão e ruídos, nada que lhe valha ou sirva; o Senhor precisou esperar aquele moço encerrar a sua procura nos lugares onde Ele, o Senhor, não estava, para Se manifestar da forma que ele, o moço, não esperava.

No evangelho escrito por Marcos está registrado que às três da manhã Jesus deixa a casa de Pedro, protegido pela escuridão e vai para um lugar deserto pra ficar a sós com o Pai, outra conversa reservada.

Hoje quando perguntamos a alguém: “como vai?”, recebemos como resposta: “tô na correria!”, que é uma forma de expressar a pressa dos nossos dias quando gastamos tempo atrás das coisas. (correria é também a gíria usada pelos viciados pra explicar a agitação, logo cedo pelas ruas; todos estão na correria pra levantar uns trocados e comprar uma de dez, pelo menos).

Desacelerar é preciso (parafraseando Pessoa) e urgente; parar e prestar atenção nas particulares e quase imperceptíveis manifestações de Deus na Igreja e em nós.
Desacelerar no trabalho, na igreja, em casa, no namoro; gastar tempo percebendo coisas para as quais sequer olhamos de soslaio; observar os detalhes da comunicação.

O Espírito Santo, Deus em nós e na igreja, fala sem cessar ao nosso intelecto e coração, mas quase tudo passa despercebido, pois conversas particulares não estão entre os nossos hábitos; por isso há tantos doentes entre nós, e não poucos os que dormem.

Missão Vida, porque eu amo gente.
Brasília - DF