FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

DEUS PAI AMOR PROVIDENTE

Prosseguindo a nossa meditação sobre Deus Pai, hoje queremos deter-nos sobre o Seu amor generoso e providente. “É unânime, a este respeito, o testemunho da Escritura: a solicitude da divina Providência é concreta e imediata, cuida de tudo, desde os mais insignificantes pormenores até aos grandes acontecimentos do mundo e da história” (Catecismo da Igreja Católica [C.I.C.], 303). Podemos partir de um texto do Livro da Sabedoria, no qual a Providência divina é contemplada em ação para ajudar uma barca no meio do mar: “Mas a Vossa Providência, ó Pai, é que a governa, porque Vós até no mar abristes caminho e uma rota segura no meio das ondas. Desta maneira mostrais que podeis salvar do perigo, de tal modo que, mesmo sem o conhecimento da arte, os homens podem meter-se no mar” (Sb 14, 3-4).

Num salmo encontra-se ainda a imagem do mar, sulcado pelos navios e no qual se agitam animais pequenos e grandes, para recordar o alimento que Deus fornece a todos os seres vivos: “Todos eles esperam de Vós que lhes deis de comer a seu tempo. Vós dais-lhes e eles o recolhem, abris a Vossa mão e saciam-se de bens” (
Sl 104, 27-28).

A imagem da barca no meio do mar, bem representa a nossa situação diante do Pai providente. Ele – como diz Jesus – “faz que o sol se levante sobre os bons e os maus e faz cair a chuva sobre os justos e os pecadores” (
Mt 5, 45). Contudo, diante desta mensagem do amor providente do Pai, vem espontâneo perguntar-se como se pode explicar o sofrimento. E é preciso reconhecer que o problema do sofrimento constitui um enigma, diante do qual a razão humana se perde. A divina Revelação ajuda-nos a compreender que ele não é querido por Deus, tendo entrado no mundo por causa do pecado do homem (cf. Gn 3, 16-19). Deus permite-o para a própria salvação do homem, tirando do mal o bem. “Deus onipotente…, sendo sumamente bom, jamais permitiria que qualquer mal existisse nas Suas obras, se não fosse suficientemente poderoso e bom, a ponto de tirar do próprio mal o bem” (Santo Agostinho, Enchiridion de fide, spe et caritate, 11, 3: PL 40, 236). Significativas, a este respeito, são as palavras tranquilizadoras, dirigidas por José aos seus irmãos, que o tinham vendido e agora dependiam do seu poder: “Não, não fostes vós que me fizestes vir para aqui. Foi Deus… Meditastes contra mim o mal: Deus aproveitou-o para o bem a fim de que acontecesse o que hoje aconteceu e um povo numeroso foi salvo” (Gn 45, 8; 50, 20).

Os projetos de Deus não coincidem com os do homem;
são infinitamente melhores, mas muitas vezes permanecem incompreensíveis à mente humana. Diz o Livro dos Provérbios: “O Senhor é Quem dirige os passos do homem; como poderá o homem compreender o seu próprio destino?” (Pr20, 24). No Novo Testamento, Paulo pronunciará este princípio consolador: “Deus coopera em tudo para o bem daqueles que O amam” (Rm 8, 28).

Qual deve ser a nossa atitude diante desta provida e clarividente ação divina?
Não devemos, certamente, esperar de maneira passiva aquilo que Ele nos manda, mas colaborar com Ele, a fim de que leve a cumprimento tudo o que iniciou a fazer em nós. Devemos ser solícitos, sobretudo na busca dos bens celestes. Estes devem ocupar o primeiro lugar, como o exige Jesus: “Procurai primeiro o Seu reino e a Sua justiça” (Mt 6, 33). Os outros bens não devem ser objeto de preocupações excessivas, porque o nosso Pai celeste conhece quais são as nossas necessidades; é o que nos ensina Jesus quando exorta os Seus discípulos a “um abandono filial à Providência do Pai celeste, que cuida das mais pequenas necessidades de seus filhos” (C.I.C., 305): “Não vos inquieteis com o que haveis de comer ou de beber, nem andeis ansiosos, pois os homens do mundo é que andam à procura de todas estas coisas; mas o vosso Pai sabe que tendes necessidade delas” (Lc 12, 29 s.).

Portanto, somos chamados a colaborar com Deus, em atitude de grande confiança.
Jesus ensina-nos a pedir ao Pai celeste o pão quotidiano (cf. Mt 6, 11; Lc 11, 3). Se o recebermos com reconhecimento, virá também espontâneo recordar que nada nos pertence, e devemos estar prontos a dá-lo: “Dá a todo aquele que te pede, e ao que se apodera do que é teu, não lho reclames” (Lc 6, 30).

A certeza do amor de Deus faz-nos confiar na Sua providência paterna também nos momentos mais difíceis da existência.
Esta plena confiança em Deus Pai providente, também no meio das adversidades, é expressa de modo admirável por Santa Teresa de Jesus: “Nada te perturbe, nada te cause medo. Tudo passa, Deus não muda. A paciência obtém tudo. A quem tem Deus nada falta. Só Deus basta” (Poesias, 30).

A Escritura oferece-nos um exemplo eloquente de total entrega a Deus, quando narra que Abraão maturara a decisão de sacrificar o filho Isaac. Na realidade, Deus não queria a morte do filho, mas a fé do pai. E Abraão demonstra-a plenamente, pois quando Isaac lhe pergunta onde está o cordeiro do holocausto, ousa responder-lhe que “Deus providenciará” (
Gn 22, 8). E, justamente, logo depois ele experimentará a benévola providência de Deus, que salva o jovenzinho e lhe recompensa a fé, cumulando-o de bênçãos.

É preciso, então, interpretar semelhantes textos à luz da inteira revelação, que alcança a sua plenitude em Jesus Cristo. Ele ensina-nos a repor em Deus uma imensa confiança, também nos momentos mais difíceis: pregado na Cruz, Jesus abandona-Se totalmente ao Pai: “Pai, nas Tuas mãos entrego o Meu espírito” (
Lc 23, 46). Com esta atitude, Ele eleva a um nível sublime quanto Jó sintetizara nas conhecidas palavras: “O Senhor mo deu, o Senhor mo tirou; bendito seja o nome do Senhor!” ( 1, 21). Mesmo aquilo que humanamente é uma desventura, pode entrar naquele grande projeto de amor infinito, com o qual o Pai provê à nossa salvação. Fonte: Audiência do dia 24 de março de 1999, do Papa João Paulo II

ONDE ESTA SEU NOME ?

SEU NOME ESTÁ GRAVADO NAS MÃOS DE JESUS 
É em Nome d´Ele que entro em sua casa, neste momento, para lhe dar esta Boa Notícia, porque estou certo que hoje você estava precisando muito ouvir esta declaração de Amor de Jesus!
Olhe com muita atenção para esta imagem. Na palma da Mão de Jesus, onde o seu nome está gravado, foi derramado o Preciosíssimo Sangue de Jesus, para que você se convença de que apenas um toque desta Mão poderosa é suficiente para curar o seu coração, o seu corpo, a sua alma e transformar radicalmente a sua vida.

Foi Jesus mesmo quem disse: "Até agora não pedistes nada em meu Nome. Pedi e recebereis, para que a vossa alegria seja perfeita" (Jo 16, 24). Ponha sua confiança nesta Palavra e peça com fé.

Clame o poder deste Sangue Redentor das Mãos chagadas de Jesus agora mesmo sobre a sua maior necessidade, sobre a maior dificuldade que você estiver enfrentando, seguido da poderosa oração: "Mãos ensangüentadas de Jesus, Mãos feridas lá na Cruz. Vêm tocar em mim. Vem, Senhor Jesus!"

Milhares de testemunhos que recebemos diariamente sobre o poder extraordinário das Mãos ensangüentadas de Jesus permitem que eu afirme a você: é possível que milagres aconteçam também na sua vida e na vida de seus familiares.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

PLANTANDO DÁ

Quem não planta, também não colhe. Os frutos são consequência de um longo e determinado trabalho. Exige tempo, critério, fidelidade e insumos para que a produção seja com qualidade e quantidade. É o mesmo que acontece nos planos de Deus.
Imaginando uma videira verdadeira e com produção fecunda! Para isto ela tem que ser bem cuidada e podada no tempo certo. As uvas daí produzidas terão qualidade porque tudo foi bem planejado e trabalhado com responsabilidade pelo seu dono.
O Reino de Deus é a vinha do Senhor. Ela pertence a Ele. Quem não é dono e não cuida como dono, pode agir com infidelidade e com más pretensões. Isto pode acontecer com os missionários mal intencionados, que em vez de construir, destroem a vinha do senhor.
Outubro é o mês dedicado às missões na Igreja, de descoberta dos líderes religiosos para trabalhar nas comunidades levando a Palavra de Deus. O trabalho missionário deve ser cultivado. Ele exige dedicação. O cuidado da vinha é confiado aos missionários.
Como missionário, tenhamos em conta que somos servos, e não donos da vinha. Os frutos devem ser entregues ao seu verdadeiro dono. Nunca podemos usurpar o lugar de Deus. O próprio Jesus agiu como servo e não se apegou a nada que pertencia ao Pai.
Não é tão fácil ser verdadeiro e dedicado missionário. Isto exige exercício autêntico da justiça e do direito, porque o campo trabalhado pertence a Deus. O trabalhador tem que ter a sua mente identificada com a do Mestre, sendo fiel discípulo e missionário.
O itinerário missionário passa pelo relacionamento com Deus. Acontece na confiança e na intimidade com Ele. Mas é impossível se as preocupações materiais estiverem em primeiro lugar. O desapego dos bens terrenos fortalece o trabalho missionário.
Nem sempre nos preocupamos com aquilo que é mesmo essencial, com o testemunho de vida, por exemplo, agindo com pureza, honestidade etc. Só teremos frutos saudáveis de vida e de paz na sociedade se plantamos e cuidamos bem da vinha do Senhor.
                                                     Bispo de São José do Rio Preto.
 
Última Alteração: 10:50:00
Fonte: Dom Paulo Mendes Peixoto
Local:São José do Rio Preto

A VINHA DO SENHOR

O texto de Mt 21,33-43 nos conta a história de um proprietário de terras que desejou cuidar de seus campos. Cuidou deles da melhor maneira que pôde. Mas teve de viajar e os trabalhadores que deixou como responsáveis pela vinha acharam que eram donos. Quiseram ficar com os frutos. A tal ponto que, quando o senhor enviou seus criados para buscarem a colheita, mataram-nos. Atreveram-se a matar até mesmo o seu filho. O senhor desgostou-se e com razão.
A parábola da vinha tem todas as características de uma alegoria. Cada elemento tem um significado: Deus é o proprietário; a vinha é Israel; os servos são os profetas; os administradores são os judeus infiéis; os outros vinhateiros são os pagãos e os pecadores; o filho é Jesus.
A parábola mostra ainda uma violência constante e crescente contra os que Deus enviou como seus mensageiros, uns foram espancados, outros mortos, outros ainda apedrejados.
Se olharmos para nossas vidas, perceberemos que a vida da humanidade, nossa família e nossa vida é a vinha do Senhor. Ele a criou e cuidou dela com amor. E a colocou em nossas mãos. Somos responsáveis pela colheita, por viver a nossa vida de maneira fraterna, no amor, na compreensão e na justiça. O fruto que Deus quer é a vida do homem, é a nossa vida. Não somos donos dela. É um presente dado por Deus, que nos pede para cuidar dele com amor e que o façamos crescer em liberdade e fraternidade.
Peçamos ao Senhor que não nos abandone e que não seja como o senhor daquela terra que teve de partir e deixar os trabalhadores sozinhos, para que não caiamos na tentação de pensar que a vida é nossa. Para que todas as manhãs saibamos erguer os olhos para o Senhor, ao começar o dia e, dessa forma, reconhecê-lo como nosso Deus e Criador e lhe digamos que persistiremos trabalhando na sua vinha para tornar o mundo um lugar mais justo, mais humano e mais fraterno.

                                              Arcebispo Emérito de Juiz de Fora(MG).
 
Última Alteração: 09:16:00
Fonte: Dom Eurico dos Santos Veloso
Local:Juiz de Fora(MG)

SEU FILHO, GUIA PARA OS PAIS

A bebida deveria ser sempre embalada  em força de berço. As garrafas de uísque, por exemplo, deveriam ter forma de bercinho infantil. Assim, pelo menos, o pai ou a mãe se lembrariam de uma triste verdade: cada vez que numa casa entra a bebida, sacrifica-se um filho.

No coração de um pai que bebe, ou da mãe que foge da convivência com os filhos, mora a solidão ao infinito. Dar origem a uma vida para depois fugir dela é, de todas as alienações, a mais alienante. É o mesmo que demitir-se na hora da promoção.
 
Última Alteração: 13:13:00
Fonte: Pe. Zezinho SJC
Local:São Paulo (SP)

UMA MISSÃO BEM CUMPRIDA

Nem sempre se reflete sobre as significativas palavras de Jesus um dia proferidas do alto da Cruz: “Tudo está consumado” (Jo 19,30). Enquanto homem, pouco antes de entregar a sua alma  ao Pai, o divino Salvador fez uma  retrospectiva admirável. Como se fora um vídeo tape Ele repassou tudo que fora dito sobre sua vinda a este mundo e sua tarefa redentora. Ele viu-se em espírito rodeado pelos profetas e todos eles a uma voz a proclamarem que tudo que fora vaticinado sobre o Messias se realizara.  Os discípulos de João Batista o haviam interrogado a mandado do próprio Precursor: “És tu aquele que há de vir ou devemos esperar outro?” (Mt 11,3) Jesus havia atestado então, referindo-se aos oráculos de Isaías: “Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos recuperam a vista, os coxos andam, os leprosos são purificados e os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados” ( Idem v.4). Na Sinagoga de Nazaré Ele lera um trecho de Isaías e pudera asseverar: “Hoje se realizou essa Escritura que acabaste de ouvir” (Lc 4,21). Antes, os sacerdotes e os escribas do povo haviam confirmado outro fato messiânico que se dera: “E tu Belém de Judá de modo algum és o menor entre os clãs de Judá, pois de ti sairá um que será o guia que apascentará Israel”, o meu povo” (Mt 2,5). Ele nascera em Belém e com o cajado da Cruz conduziria  multidões à verdadeira Terra da promissão. Jesus foi passando um a um tudo que profetizaram Jeremias, Habacuc, Joel, Amós, enfim tudo que sobre Ele se falou no Antigo Testamento e tudo havia se cumprido. Jesus repassou toda sua trajetória: seus milagres, suas palavras, suas ações e era exatissimamente o que deveria ter acontecido. As Escrituras cumpriram-se plenamente. Sofrera o que deveria padecer. As figuras do Messias nele se realizaram. Ali na Cruz Ele era o novo Abel morto, não por um irmão apenas, mas por muitos que o levaram a tal suplício. Era Noé salvando a humanidade com o madeiro da Cruz. Isaac ia ser imolado por seu pai, mas Ele estava sendo, de fato, sacrificado pelo Pai Eterno. Davi com cinco pedras vencera o gigante Golias, Ele com as cinco chagas derrotava o insidioso Satã. Cristo percebeu também ao vivo que estava concretizado aquilo que Ele havia declarado: “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que seja levantado o Filho do Homem” (Jo 3,14). Aquela Cruz era muito mais poderosa que o sinal mosáico que curava enfermos, pois era o símbolo universal da salvação eterna de todos aqueles que a recebessem com fé e amor. Missão cumprida! Ele se lembrou ainda daquela prece secular do povo eleito que clamava: “Gotejai, ó céus, lá do alto, derramem as nuvens a justiça, abra-se a terra e produza a salvação” (Is 45,8). Vê, porém seu sangue borrifando os homens e a redenção desejada operada. Nem escapou à sua recordação um poeta célebre e festejado que teve acentos de profeta, o grande Virgílio, que pulsara sua lira de ouro e rogara às musas da Sicília que entoassem a sua voz, pois se aproximava a regeneração humana. Num momento de pulcra inspiração, este vate pedira a Apolo para rasgar os véus  que envolviam os segredos das Sibilas e clamava por uma nova ordem irrompendo no seio dos séculos, uma nova progênie descendo das alturas, anunciando a vinda de um menino desconhecido. A presença dele faria o mar, o céu, o universo todo desprender um cântico sublime, um hino que excederia as músicas de Lino e as melodias de Orfeu. Seria um cantar jubiloso anunciando a renovação de tudo, anúncio das alvoradas do espírito. Anunciava Virgílio deste modo uma nova economia que jorrava do íntimo dos séculos, uma nova geração que descia altaneira do alto, porque havia nascido o infante, aquele que era a salvação. Cristo bem podia aplicar a si o dito virgiliano, pois Ele, e unicamente Ele, poderia assim vir de encontro às aspirações salvíficas que pulsavam por toda a parte. Ele, realmente, respondia a todas as expectativas do homem de todos os tempos. Contemplou os vícios de então, as trevas que cobriam horizontes sociais, afincou seu olhar sobre todos os feitos da História, antes e depois do Calvário, vislumbrou o passado e o futuro e pôde afirmar: “Tudo está consumado”! Ninguém cumpriria sua missão nesta terra como Ele, ontem, hoje e sempre o mais perfeito personagem de todos os tempos!

                               * Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos.
 
Última Alteração: 09:43:00
Fonte: Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*
Local:Mariana

terça-feira, 27 de setembro de 2011

MOMENTOS DE VIDA

Ás vezes aparecem em nossas vidas
Momentos difíceis;
Momentos que tiram as nossas forças,devastam  nossa coragem.
Parecem ser momentos muito fortes,
momentos incombatíveis...
E muitas vezes nós nos deixamos vencer por estes momentos.
Poucas pessoas sabem, que o coração do ser humano,
guarda segredos... Um de seus segredos,é uma força que combate qualquer momento de turbulência essa força se chama FÉ!
Ela é imensamente forte...
Ela é a certeza, e o sorriso junto da paz.
Ela é o alimento da alma, o alimento que nos dá força e quando alguem descobre esse segredo que é a FÉ,ele a cultiva, e faz brotar a Felicidade.
Daí para frente essa FÉ descoberta, percorre as nossas convicções  e enfim é vivida.
Faça de cada lágrima de dor,uma gotinha de coragem em busca pela felicidade!
E tenha sempre em mente o Amor de Deus.
Deus mora em sua vida não tenha dúvidas,Confie Nele!
Ele não coloca desafios que você não possa enfrentar;
Ele coloca desafios para que você cresça no amor
E na vontade de viver...

Paz e bem
Fonte: Luiz C Gomes

O INFINITO AMOR DE DEUS POR MIM

Deus me ama tão profundamente, que: Não me livra dos problemas
que eu preciso enfrentar, para amadurecer e me sentir mais forte.
Não me poupa das tristezas e decepções, que são necessárias para
o meu crescimento.
Deus me ama tão profundamente, que:
Me permite experimentar a dor física e a dor da alma,
para que eu me torne cada vez mais sensível e mais humano.
Não tem me dado uma vida de riquezas e nem de facilidades.
Mas, também, não tem me dado uma vida de pobreza
extrema e nem de necessidades.
Deus me ama tão profundamente, que:
Ele me dá uma vida, onde eu possa ter, na medida
certa, tudo que preciso para viver com honestidade.
Ele me fez entender que o meu tempo aqui é curto,
para acumular coisas desnecessárias à minha espiritualidade.
Ele tem me dado, principalmente, o que eu posso
levar comigo, quando eu partir, e entregar a Ele,
no momento do nosso encontro.
Deus, em sua suprema sabedoria, sabe o que eu preciso
para ser feliz.
Ele sabe que a minha felicidade não está
nas coisas materiais. Ele sabe que se eu tivesse uma
vida de riquezas, provavelmente, eu daria tanto valor
as futilidades que até me esqueceria Dele.
E se eu esquecesse Dele, logo chegaria um dia em que
eu me sentiria extremamente infeliz.
Repleto de valores materiais, mas, vazio por dentro.
Deus me ama tão profundamente, que:
Tem feito de mim, uma pessoa forte, esforçado,
lutador, que sonha, que chora, que cai e se levanta,
que olha pra cima, e que vê longe...
Muito além do que se pode tocar com as mãos.
Tem feito de mim, uma pessoa que busca dar a
sua parcela de contribuição para a vida. E que vive
para realizar o que anseia espiritualmente. Mesmo que sozinho.
Porque sozinho nunca estarei.
Tenho o profundo amor de Deus comigo.
Deus me ama tão profundamente, que me fez entender:
Que o tempo que eu perco nas minhas lutas diárias,
que a dor física e a dor da alma me aproxima mais Dele.
Que nas minhas tristezas e decepções ele está sempre comigo.
Que bom! Que não consiga nada com tanta facilidade!
Porque assim, eu consigo valorizar minhas pequenas conquistas.
Que eu tenho problemas para enfrentar! Porque, assim, eu aprendo,
evoluo e amadureço. Que bom! Que eu não tenho
nada do que reclamar, tenho, somente, o que
agradecer a Deus por tudo!
Que Deus não se esquece de mim! O Senhor, em sua
suprema sabedoria, sabe o que
eu preciso para ser feliz. Paz e bem 


Fonte: Luiz C Gomes

GERANDO DISCÍPULOS

As raízes do discipulado se encontram nas palavras de Jesus Cristo aos seus discípulos em Mateus 28:18-20.

Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século. Amém.

Os ensinamentos de Cristo constituem o conteúdo do discipulado, cuja chave é a obediência. O líder é responsável não apenas pelo ensino, mas também pela obediência.

O líder qualificado para treinar discípulos deve, em primeiro lugar, ser um discípulo. Jesus confiou essa missão aos discípulos que ele ensinou e treinou durante três anos.

É muito importante entender as intenções de Jesus quando disse aos discípulos que não apenas evangelizassem, mas também fizessem discípulos.

O discipulado é, portanto, uma estratégia para treinar uns poucos escolhidos, para mover muito com poucos. Essa era a intenção por trás da ordem de Jesus de fazer discípulos.

Jesus é o destaque, o Mestre por excelência. Tanto através de exemplos como por mandamentos, Jesus enfatiza a importância do ministério da educação. Ele próprio era fundamentalmente um Mestre. Durante sua missão terrena, era chamado de Mestre com mais freqüência que qualquer outra designação.

Apesar do começo modesto com os doze, o reino de Deus está se expandindo no mundo através dos inúmeros discípulos que deram continuidade a sua obra. 

Cabe agora à igreja realizar a tarefa gigantesca de tomar o bastão e treinar discípulos. Esse empreendimento ainda está nos primeiros passos, e vários obstáculos têm de ser superados.

O discipulado mobiliza a igreja toda, concentrando-se, porém, num grupo pequeno de indivíduos de cada vez. Aqueles que passaram pelo discipulado podem servir uns aos outros de acordo com seus dons e, desse modo, desempenhar um papel muito importante na criação de uma comunhão vital dentro da igreja.

O discipulado chama a igreja a se responsabilizar pelo seu membro. Não apenas fazê-lo um bom conhecedor de doutrinas, mas na convivência do discipulado, torná-lo alguém extremamente comprometido com a sua comunidade.

Por meio do ensino e da edificação de outros cristãos, a igreja se torna um grupo de discípulos de Cristo perante o mundo.  Portanto, mister se faz que a Igreja possua uma Escola Bíblica Dominical que dê suporte cultural bíblico não só para os discípulos como também para toda a membresia.

Procura apresentar-te diante de Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade. II Timóteo 2.15

Relacionamento no discipulado

Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros. João 13:35.

Discipulado vem de disciplina a outrem, ou seja, trazer a pessoa para moldar o caráter em um nível superior e de resposta eficaz.  Discipulado é traduzido em relacionamento. Discipulado é dar para receber. Discipulado não é discurso. Se você está no discurso, você está gastando a palavra discipulado.

Discipulado é intimidade

E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade. Jo 1:14.

E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Ajudador, para que fique convosco para sempre. Jo 14:16.

Precisamos voltar aos princípios bíblicos do Senhor, pois eles são eternos. Jesus está trazendo a Sua Igreja ao discipulado novamente. Ao vir a Terra e nos salvar, Ele morreu, ressuscitou e decidiu morar dentro de nós.

Quer discipulado melhor do que esse?  Não existe!

Jesus habita dentro de nós. Este é um ato que nos consolida diariamente. O discipulado de Jesus é: fazer morada. Esse é o discipulado do Mestre gerar intimidade de morada, conhecer a nossa morada e se fazer conhecido por nós.

Discipulado é abrir portas

Voltando-se Jesus e vendo que o seguiam, perguntou-lhes: Que buscais? Disseram-lhe eles: Rabi (Mestre), onde pousas? Respondeu-lhes: Vinde, e vereis. Foram, pois, e viram onde pousava; e passaram o dia com ele; era cerca da hora décima. Jo 1:38-39.

Faça o seu papel de discipulador. Sente-se à mesa com seus discípulos.

Discipulado é abrir as portas para relacionamento. Se as pessoas não conhecem a sua casa porque você fecha a porta, significa que há coisas na sua vida que elas não podem saber. Então, você não pode fazer discípulos. Quem não se relaciona não pode fazer discípulo.

Não queime a palavra discipulado. Use-a discipulando. A palavra discipulado não é para ser usada só na fala, mas na prática. Os discípulos precisam se sentir amados.

Discipulado é frutificar

Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos. Jo 15:8.

No Salmo 1 a Palavra diz que o justo é como árvore frutífera que dá o fruto na estação própria, cujas folhas não murcham. A árvore busca água no rio através da raiz, mas para isso não muda de ambiente. Assim você e os seus discípulos precisam ser. Vocês precisam ir buscar água onde ela estiver, mas sem sair do lugar no qual você está plantado e ali FRUTIFICAR.

Essa é a visão do discipulado: frutificar onde se está plantado, gerando relacionamento, sem gastar a palavra discipulado de forma desnecessária.

Não fique pulando de Igreja em Igreja, ou indo atrás dos profetas de plantão.

Discipulado é prática

Antes da festa da páscoa, sabendo Jesus que era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, e havendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim. Jo 13:1.

Se o discipulador é coerente, ele sempre consolida o ministério do discípulo através de reuniões, grupos,  etc. Discipulado é prática,  e,  todo líder que investe nos seus discípulos alcança um discipulado com resposta, pois todo discipulado trabalha por uma resposta.

Em todo o ministério de Jesus, vemos o Mestre andando junto com os seus discípulos, ensinando-os e comissionando-os. Ele os amou e investiu na vida deles.

O lugar que amamos é o lugar no qual sentimos prazer de ficar. Faça com que seus discípulos sintam-se amados. Gere relacionamento com eles cumprindo cada um dos passos acima. Chegará um momento no qual o relacionamento no discipulado tornar-se-á um estilo de vida para você e para os seus discípulos. Você é um discipulador de excelência e um consolidador de êxito. Creia nisso!

Diferenças entre  Crente  (Membro)  e Discípulo

Sem dúvida há diferença entre um crente domingueiro e um discípulo. Aquele que se compromete e aquele que não se compromete. Vejamos algumas:

A meta do crente é ir para o céu; a meta do discípulo é ganhar almas para povoar o céu.

O crente aconselha-se a si mesmo, ou pede conselho aos familiares pra tomar uma decisão; o discípulo ora a Deus, medita na Palavra e, pela fé, espera a resposta de Deus, e então se decide.

O crente busca na palavra promessas para a sua vida; o discípulo busca vida para receber as promessas da Palavra.

O crente cai facilmente na rotina; o discípulo é um trabalhador incansável.

O crente cai nas ciladas do diabo; o discípulo as supera e não se deixa confundir.

O crente cuida das estacas de sua tenda; o discípulo desbrava e aumenta o seu território.

O crente depende dos afagos de seu pastor; o discípulo está determinado a servir a Deus.

O crente destaca-se com idéias sobre as melhorias no templo; o discípulo destaca-se pela vontade de edificação da igreja.

O crente é a habitação do Espírito Santo: o discípulo vive a vontade do Espírito, que habita em si.

O crente é associado da igreja local; o discípulo é servo do Deus Altíssimo.

O crente é condicionado pelas circunstâncias; o discípulo as aproveita para melhor exercer a sua fé.

O crente é muitas vezes transformado pelo mundo; o discípulo transforma a sua vida para que o mundo nunca o transforme.

O crente é pastoreado como ovelha. O discípulo apascenta os cordeiros.

O crente é sócio; o discípulo é servo.

O crente entrega parte de suas finanças; o discípulo entrega toda a sua vida a Deus.

O crente espera milagres; o discípulo o faz acontecer.

O crente espera pães e peixes; o discípulo é um pescador.

O crente espera que alguém lhe diga o que fazer; o discípulo assume responsabilidades.

O crente espera que alguém lhe interprete as Escrituras; o discípulo conhece a voz do seu Senhor.

O crente espera que o mundo melhore; o discípulo sabe que não é deste mundo e espera o encontro com seu Senhor.

O crente espera recompensa para dar; o discípulo é recompensado porque dá.

O crente espera um avivamento; O discípulo é parte dele.

O crente exige que os outros o visitem; o discípulo visita.

O crente se ganha; o discípulo faz-se.

O crente luta por crescer; o discípulo luta para reproduzir-se.

O crente maduro finalmente é um discípulo; o discípulo maduro assume os ministérios para o Corpo.

O crente muda de igreja, conforme sinta frio ou calor; o discípulo agrega os frios para sentir o calor da comunhão.

O crente necessita de festas para estar alegre; o discípulo vive em festa porque possui a genuína alegria de Deus.

O crente pede que os outros orem por ele; o discípulo ora pelos outros.

O crente precisa ser estimulado, o discípulo procura estimular os outros.

O crente preocupa-se só em pregar o evangelho; o discípulo prega e faz outros discípulos.

O crente procura conselhos dos outros para tomar uma decisão; o discípulo ora a Deus, lê a Palavra e em fé toma a decisão.

O crente reclama das condições, murmura do que vê; o discípulo obedece, aceita e nega-se a si mesmo.

O crente resmunga e exige uma visita; o discípulo visita os enfermos e necessitados.

O crente responde talvez... O discípulo responde eis-me aqui.

O crente retira-se ou deixa a sua congregação quando é incomodado; o discípulo, quando incomodado, humilha-se e espera no Senhor.

O crente reúne-se para ouvir a Palavra do Senhor; o discípulo reúne-se, não só para ouvi-la, como também para praticá-la.

O crente satisfaz-se com a salvação adquirida; o discípulo vive agradecido pela salvação, cumprindo, agora, com os mandamentos do Senhor.

O crente se ganha; o discípulo se faz.

O crente se senta para adorar; o discípulo anda adorando.

O crente segue tentando limpar-se para ser digno de Deus; o discípulo não se olha mais e faz a obra na fé de que Cristo já limpou.

O crente sonha com a igreja ideal; o discípulo empenha-se, com zelo, pela edificação dos salvos.

O crente vale porque soma; o discípulo vale porque multiplica.

O crente valoriza os irmãos que congregam em outros locais; o discípulo valoriza todos os irmãos, mas, em primeiro lugar aqueles que com ele são o edifício da igreja local.

O crente velho é problema para a igreja; o discípulo idoso é problema para o reino das trevas.

Já fez a sua escolha?  Há mais de 2.000 anos o Mestre já havia profetizado: Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos. Mateus 22.14.

Toda honra e toda glória ao maior discipulador de todos os tempos  JESUS CRISTO!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

PROFESSOR : UM MAESTRO

Os tempos pós-modernos evidenciam, cada vez mais, o culto à imagem, ao belo, evidencia a rapidez e influência da tecnologia, a especulação financeira pelos caminhos virtuais, a busca pela inovação. Mas a contemporaneidade também apresenta a descrença e desvalorização de muitos conceitos éticos e morais, a vulnerabilidade nas relações interpessoais, a exigência de cada vez mais habilidades e competências profissionais em todos os segmentos, na busca da famosa produtividade.

     Os sujeitos dos tempos atuais têm que PRODUZIR! Produzir dinheiro, produzir lucro, fazer o trabalho de muitos em uma só função, produzir títulos acadêmicos, enfim, somos exigidos a não parar de pensar, construir, reformar, investir, agregar etc. Nesta sociedade de consumo imediato, de valores associados ao belo e ao perfeito, à produção em série e lucrativa, estamos esquecendo de PRODUZIR relações humanas saudáveis, estamos deixando de fazer amigos que não sejam os virtuais, estamos deixando de lado o papo no fim da tarde e o passeio de mãos dadas. Em lugar disso, estamos correndo demais, resolvendo tudo pela internet, estamos almejando ter um corpo escultural jamais alcançável, estamos comendo mal e dormindo pior ainda...

     Nesta urgência de repensarmos aonde vamos chegar com tanta “produção”, é que a Educação reconstrói o seu papel fundamental: o de formar valores, socializar, trilhar um caminho de conquistas para seus educandos. A Educação é o percurso de nossas próprias vidas! Na Escola, onde passamos grande parte de nossa formação educacional, aprendemos – ou deveríamos aprender - a compartilhar conhecimentos, a dividir brinquedos e brincadeiras, a pesquisar com diversos recursos; aprendemos a falar e a ouvir.

     Peço licença ao leitor para falar sobre estes dois últimos aspectos, que me parecem de fundamental relevância nos dias do século 21. Nestes tempos onde a vida humana vale tanto quanto um tênis, quando se cometem crimes tão bárbaros que temos que recorrer a passagens bíblicas para explicá-los, quando briga-se por causa da demora no atendimento de um caixa de supermercado, ter habilidades de interlocução com o próximo é mais do que uma necessidade: é a melhor produção que alguém pode desenvolver!

     E quem melhor do que o professor – agente da aprendizagem - para desenvolver estas habilidades junto a seus alunos? Realmente, quando um autor citou: “Educação, a profissão do futuro”, ele estava profetizando... Esse futuro chegou! Hoje, o professor está em um lugar privilegiado, pois tem acesso às possibilidades de mudança desta cruel realidade instituída. Cabe a ele, a tarefa de educar verdadeiramente, sabendo escutar o seu aluno, respeitando-o em seus desejos, fazendo-se sedutor para ser ouvido, divulgando valores positivos através da sua fala.

     Dimensionando seu poder de ação, os professores podem agir mais atentamente. Podem ajudar aos seus alunos no aprendizado da tolerância, na capacidade de ouvir e de se fazerem ouvidos, no respeito às regras do outro, no convívio em sociedade, nas ações para a melhoria da sua escola, da sua cidade, do seu país. Cabe ao professor fazer-se sedutor para este aprendizado... Se seus alunos lhe conferem um saber, deve usufruir desta posição sem tornar-se autoritário, numa figura de que tudo-sabe, tudo-manda. O professor deve ser também um investigador nas suas atitudes: deve saber ouvir, entender o que seus alunos precisam, compreender as fases de desenvolvimento deles para melhor adaptar seu ensino. Sendo bom ouvinte, o professor vai formar bons ouvintes com seu exemplo. Sendo amável, seu aluno saberá muito mais da arte das boas maneiras no trato com as pessoas. Sendo comunicativo, verá florescer alunos criativos, falantes, dinâmicos na tarefa da expressão.

     Em tempos atuais, o professor e a escola são esperanças de novas relações. Esperança de uma geração que saiba dividir mais o seu pão e estragar menos comida. Geração que saiba consumir com mais moderação e ostentar menos roupas e tênis da moda. Geração que saiba respeitar os mais velhos e AMAR ao seu próximo como a si mesmo e que NUNCA MAIS espanque empregadas domésticas, queime índios, violente moradores de rua ou jogue filhos pela janela num ato que vai além das palavras.

     Ele pode deixar que seu aluno reconheça o seu interesse em modificar esta realidade, falando com mais docilidade, sendo mais solícito, sendo mais amável, mais prestativo, menos competitivo, menos rude. O Maestro-professor pode deixar que seus alunos vejam o seu melhor: o seu poder de falar e ouvir a todos, com amor e afeição, afinal, é isso que nos alimenta no desejo de aprender!

     Em meu humilde anonimato, só vejo esta saída para tantas exigências, tantos crimes, tantos desafetos: o carisma e o amor de cada um de nós, PROFESSORES, pelos nossos alunos – o futuro desta geração. Amar não é ser passivo. Amar é olhar nos olhos, dizer as necessidades, compartilhar medos e tristezas, relatar alegrias, chamar a atenção, indicar o caminho certo quando o outro insiste em ir pelo errado. Amar exige muitos cuidados, exige zelo, exige trabalho. Amar é, acima de tudo, deixar aflorar o seu carisma, ou seja, aquilo que há de melhor em você mesmo, as suas potencialidades, as suas habilidades.

     Amando, o professor será amado. E isso gera um círculo virtuoso para todas as relações humanas. Educa-se melhor quando se educa pelo exemplo. Respeite e serás respeitado. Faça o correto e verás a retidão. Seja um ótimo Maestro e terás a melhor orquestra, com os melhores músicos, tocando melodias capazes de hipnotizar até os corações mais petrificados. Seja, portanto, um verdadeiro Maestro-Professor!


Referência bibliográfica:
FREUD, Sigmund (1914). Algumas reflexões sobre a psicologia do escolar. Edição Standart Brasileira das Obras Completas, vol.13, Rio de Janeiro: Imago Editora, 1980.

Gabriela Abreu da Silva Gouvêa,
Pedagoga (UFF), Psicopedagoga (PUC-RJ) com especialização em Neuropsicologia (CNA), Mestre em Psicanálise, Saúde e Sociedade (UVA).
Endereço eletrônico: gabiabreu78@yahoo.com.br

EDUCAÇÃO ESCOLAR EM TEMPOS DE BIG BROTHER

Neste breve texto buscamos relacionar alguns aspectos presentes no programa televisivo da Rede Globo “Big Brother”, que já está na décima edição, com a sociedade atual. No final, apresentamos uma sucinta proposta de formação humanística como viés de uma paulatina conscientização.

     No programa televisivo, o grande objetivo de cada participante é ganhar o jogo e com isso um bom dinheiro, uma proposta para posar nu e ficar famoso. Analisando o programa e a sociedade atual, parece que estamos convivendo com uma geração big brother. Na grande maioria as pessoas querem mesmo é vida boa, sucesso e dinheiro sem esforço e sem trabalho. Esquecem por completo a bela frase de Einstein “O único lugar em que o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário”.

     Os mesmos critérios que a emissora de televisão utiliza para selecionar seus participantes, o indivíduo na sociedade se utiliza. Por exemplo: não há interesse para a emissora colocar um participante que não atinja um determinado índice de audiência. O brother do dia a dia elimina de seu círculo de convivência todas as pessoas que não satisfaz seus interesses imediatos, isso inclui a eliminação de valores como religião e família se acaso uma destas instituições vier atrapalhar seu sonho de brother.

     O brother de nossa sociedade vive constantemente em busca do prazer. O prazer está acima de tudo e de todos. Para se viver bem, deve-se evitar o sofrimento. Aliás, o brother atual não pode se deixar levar por sentimentalismos alheios. O que importa é o seu sucesso, não o bem estar do outro. Com isso, muitas pessoas, hoje, são marcadas por uma significativa frieza e insensibilidade. É mais fácil se comover com uma cena de novela, de um filme de ficção a ver todos os dias pessoas implorando por comida, pessoas mutiladas pela guerra. Chora-se diante da ficção em detrimento da realidade.

     No intuito de atingirem seus objetivos os brothers que convivem entre si, acabam tornando-se um obstáculo um para o outro. No programa televisivo, todo participante é um adversário, só ganhará o participante que conseguir permanecer na casa, aquele que conseguir eliminar todos os seus conviventes. Na sociedade, lamentavelmente não é diferente. Para conseguir uma ascensão profissional é preciso deixar colegas de trabalho para trás, ou seja, eliminá-los. O jovem para entrar em uma universidade precisa eliminar seus colegas no vestibular. A máxima de Paul Sartre, filósofo existencialista do século passado, está mais do que presente: “O outro é um verdadeiro inferno para mim”. Realmente, a presença do outro, aniquila, reduz, coisifica. Por isso, é preciso eliminá-lo.

     Diante desta realidade, urge uma conscientização, precisa-se urgentemente investir e fazer significativas mudanças no campo educacional, ou seja, ir além da mera formação superespecializada, fragmentada, que acaba formando indivíduos que sabem tudo de quase nada e que pensam apenas em seu bem-estar. Faz-se necessário uma formação mais humanística. Os educadores deveriam lembrar com mais frequência o grande objetivo da educação brasileira que é preparar os educandos para o exercício da cidadania e qualificar para o trabalho (Art. 205 da constituição brasileira). A cada ano que passa, a impressão que se tem, é que a educação está mais preocupada em formar para o trabalho, para o sucesso individualizado deixando para segundo plano a formação cidadã.
Portanto, a escola deveria ser capaz de formar pessoas competentes para as mais diversas áreas de trabalho, mas ao mesmo tempo formar cidadãos: éticos, justos, pessoas mais sensíveis ao mundo, críticas e solidárias. Para tanto, volto a insistir na ideia: precisamos nos humanizar, na sociedade atual precisamos ser mais irmãos e “menos brothers”.

Eleandro Carlos Rossatto,
Filósofo e Educador de Ciências Humanas no ProJovem Urbano de São Leopoldo.
Endereço eletrônico: elerossatto@hotmail.com

EDUCANDO PARA A PAZ

Educar para paz é um dos grandes desafios de nossa sociedade, pois vivemos em uma cultura bélica, individualista e consumista. Neste contexto, valores como solidariedade, tolerância, respeito às diferenças, generosidade e humildade estão cada vez mais distantes do mundo dos jovens e das famílias.

     “Pensar em uma cultura de paz exige a necessidade de transformações (...) indispensáveis para que a paz seja o princípio governante de todas as relações humanas e sociais que vão desde a dimensão de valores, atitudes e estilos de vida, até a estrutura econômica e jurídica e a participação cidadã.” (Feizi Milani, 2003, p. 31)

     As famílias acabam tendo dificuldades de exercer o papel de educadores diante da influência crescente da mídia e do grupo de pares, enfraquecendo a autoridade parental e fragilizando os laços familiares. A inserção no mercado de trabalho de ambos os pais faz com que os momentos de lazer em muitas das famílias se tornem cada vez menos frequentes e, não raro, o diálogo e o afeto são substituídos por bens materiais.

A paz é ensinável

     A construção e o fortalecimento dos laços familiares demandam ações como a afirmação da identidade pessoal e cultural, vivência, reflexão e respeito aos valores éticos universais, educação ambiental, sensibilização quanto a questões étnicas e de gênero, mobilização e promoção do bem-estar coletivo, bem como aprendizado para que os conflitos sejam resolvidos de forma pacífica e não de forma violenta.

     Estabelecer a convivência em harmonia na família significa possibilitar condições de vida, educação, moradia, saúde, direito de expressão, liberdade de ir, vir, permanecer, trabalho, dentre outros, considerando os jovens como sujeitos de direitos e não meros consumidores.

     A construção da paz constitui-se numa tarefa primordial e interativa de cada ser humano, pois somos todos sujeitos da vocação da paz. Ao mesmo tempo em que a violência é aprendida, a paz é ensinável. É nesta perspectiva que as famílias podem trabalhar com seus filhos, buscando formas de inculcar mensagens e atitudes positivas, centradas nas potencialidades e não nas fragilidades do sujeito.

     Valorizar pequenos gestos de amizade, companheirismo, ouvir com atenção, respeitar opiniões diversas, visando ao equilíbrio nas relações e preservando o espaço e a autonomia do jovem. Favorecer o protagonismo juvenil implica reconhecer o jovem como sujeito do seu próprio processo de desenvolvimento, o que exige o acompanhamento pela família, que assume novas formas na contemporaneidade.

Sempre o diálogo

     O grande desafio para as famílias é fazer com que o diálogo e o afeto façam parte do cotidiano. Esta abertura para com os filhos exige compreensão das diferenças, flexibilidade para aceitar o novo, reciprocidade e respeito, valores que, constantemente semeados, possibilitam uma relação de confiança e enriquecedora para todos os membros.

     “Em um diálogo não há a tentativa de fazer prevalecer um ponto de vista particular, mas a de ampliar a compreensão de todos os envolvidos” (David Bohm).

Patrícia Krieger Grossi,
doutora em Serviço Social, professora na Faculdade de Serviço Social da PUCRS e
coordenadora do Grupo de Estudos da Paz (Gepaz).
Endereço eletrônico: pkgrossi@pucrs.br
e
Heloísa Arrussul Braga,

assistente social, integrante do Gepaz e do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Violências, Ética e Direitos Humanos.
Endereço eletrônico: heloisa.a.social@gmail.com

ABENÇOADA SEJA A PAIXÃO DE ENSINAR

   "Conte-me e eu vou esquecer. Mostrou-me e eu vou te lembrar. Envolva-me e eu vou entender". (Confúcio)

     Vivemos tempos em que é permitido pisotear flores, ignorar pérolas, subjugar pessoas e a mãe natureza. Mas, em especial, também é um tempo em que é permitido menosprezar aquelas e aqueles que, heroicamente, tecem histórias suas, e de outros, construindo o mundo da vida e da sabedoria. Estes são tempos em que aqueles que cuidam, não são cuidados. Aqueles que educam, não são valorizados. Aqueles que amam, sofrem com o deboche e o desprezo daqueles que não acreditam mais no amor.

     A vida daqueles que denominamos mestres, educadores, professores, infelizmente, também é triste e desmotivada. Sim, logo aqueles e aquelas dos quais a sociedade ainda espera muito (saber, sabor e sabedoria). Pouco valorizados e feridos em sua dignidade, estes resistem bravamente. Os educadores e educadoras, como os demais humanos, são movidos por suas utopias e paixões. Mas a realidade cotidiana é sempre dura, reveladora e cheia de contradições. A escola tornou-se um lugar de onde se espera muitas soluções; muitas delas estão muito além das demandas de ensino-aprendizagem e das competências a partir das quais a mesma se organiza.

     Os professores não deveriam, mas já se acostumaram. Acostumaram a ganhar baixos salários. Acostumaram a ter de trabalhar 60 horas semanais para garantir mais dignidade à sua família. Acostumaram a aceitar todo o tipo de pressão que a sociedade e os governos exercem sobre seu ofício e sobre a escola. E agora, pasmem, alguns já estão se acostumando com a desesperança, que pode ser lida na expressão de seus rostos e de seus olhares. Uma constatação triste, pois sempre foram e são vistos pelos adolescentes e jovens como um alento da esperança.

     Nossos professores e nossas professoras estão doentes e estressados. Cuidaram, encaminharam e salvaram vidas alheias, mas não dedicaram o devido tempo para cuidar de sua própria vida. Como contemporiza a escritora Marina Colasanti, “eu sei que a gente se acostuma, mas não devia. A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. E a lutar para ganhar o dinheiro com que paga. E a ganhar menos do que precisa. A gente se acostuma para poupar a vida, que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma”.

     Apesar de já terem se acostumado com tantas coisas, a maioria mantém firme sua missão de semear esperanças. Converse com algum deles e você verá como resistem para não virarem números ou meras figuras decorativas. Muitos deles já pensaram em desistir, mas não conseguiram. “Desistir... eu já pensei seriamente nisso, mas nunca me levei realmente a sério; é que tem mais chão nos meus olhos do que cansaço nas minhas pernas, mais esperança nos meus passos, do que tristeza nos meus ombros, mais estrada no meu coração do que medo na minha cabeça” (Geraldo Estáquio de Souza). Ainda que tomados por uma imensa paixão de ensinar e por uma coragem que nem sempre sabem de onde vem, desejam compreensão e apoio para dar conta de grande missão de educar para a vida, para a cidadania, para o conhecimento. Abençoados sejam!

Nei Alberto Pies,
professor e ativista de direitos humanos.
Endereço eletrônico: pies.neialberto@gmail.com