FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

SEPARAR O PECADO DO PECADOR

Na Carta Encíclica “Spe Salvi”, o Papa Bento XVI diz que o juízo de Deus é para nós fonte de esperança. Como coisas tão trágicas – como o inferno e o juízo de Deus – podem trazer esperança? Existem pregadores que não querem falar do inferno e dizem que Deus é amor, misericórdia, por isso como poderia existir o inferno. Isso é artimanha do diabo: transformar a confiança em Deus em presunção, ou seja, a pessoa não leva a sério suas responsabilidades porque tem a presunção de que será perdoada!

Nunca pregamos tanto a misericórdia de Deus e estivemos tão atolados em pecados como agora, tudo isso por causa da presunção. E assim muitos pensam: “Se o inferno não existe, o que tem se eu roubar esse dinheiro?” Se não acreditamos mais na existência do inferno nos transformamos em pessoas para além do bem e do mal. O pecado é aquilo que me destrói, me faz uma pessoa pior, e eu não posso agora usar a misericórdia de Deus para justificar minha destruição.

A mãe ama seu filho, mas odeia o pecado que o destrói. Nós que somos seguidores do Deus, que é Amor, temos de alimentar em nosso coração um amor infinito pelos pecadores e ódio supremo pelo pecado. Temos de ser capazes de dividir essas duas realidades.

A grande diferença entre o cristão e o não cristão, no campo moral, é que o cristão peca e odeia o seu pecado, e o não cristão peca e faz do pecado um projeto de vida, um jeito de viver.

Nós precisamos usar essa espada que divide pecado e pecador. Nós amamos nossos irmãos pecadores, mas odiamos o [pecados] que eles fazem. O sacerdote atende os fiéis em confissão, sentado, porque ali ele age como um juiz, para absolver o pecador.


Santo Isaac de Nínive dizia o seguinte: “O homem que chora os próprios pecados é maior que este que ressuscita os mortos”. Por quê? Quando você chora os próprios pecados o Reino de Deus está acontecendo em você. Existem pessoas com o coração fechado, fechadas para Deus e para a bondade. Pessoas assim, soberbas, duras, não se dobram ao Senhor. E também há pessoas como nós, que temos esse coração medíocre, somos honestos, mas de vez em quando mentimos; nós rezamos, mas de vez em quando perseguimos quem reza; perdoamos, mas também guardamos mágoa. Imagine se vamos entrar no céu com um coração assim? Não pode ser!

De nada nos adianta dizermos que amamos a Deus Pai se não odiarmos os nossos pecados para sermos d'Ele
. Se você se arrepende dos pecados, o Todo-poderoso precipita o pecado no inferno e salva o pecador. Nós precisamos chegar no céu com o coração transformado, e isso é misericórdia de Deus para nós.

O inferno existe não porque Deus não é misericórdia, mas porque somos livres para voltarmos nossas costas para o Senhor. Então leve a sério a sua vida, tenha medo de perder Deus! Ao mesmo tempo, devemos ter infinita confiança n'Ele, confiança de que Ele não morreu inutilmente e de que Ele fará de tudo para nos salvar.

Por isso, ninguém está autorizado a parar de pregar sobre a existência do inferno. O julgamento de Deus Pai nos fins dos tempos é para nós fonte de grande esperança. Nosso Senhor quer nos salvar. Se você vê que na sua família há pessoas fazendo do pecado um projeto de vida, ajude-as a sair desse mal.

(Texto adaptado da pregação de setembro de 2010).
Padre Paulo Ricardo

A CONVIVÊNCIA HUMANA É TECIDA POR CONTRASTES

A vida dos cristãos está sujeita às mesmas limitações existentes nas outras pessoas, tanto que a história da humanidade os mostra participantes e responsáveis por muitos conflitos e crises. Se nos falta a necessária vigilância, podemos estragar mais do que contribuir para o aperfeiçoamento das relações entre as pessoas. E aqui tocamos numa grande sede de relacionamentos autênticos que conduzam à felicidade e à paz.

A convivência humana é tecida por contrastes, conflitos de interesse, visões diferentes, gostos, opções, pelo fato de sermos diferentes uns dos outros, ainda que iguais quanto à dignidade com que Deus nos criou. Desde os primórdios, a experiência do povo da Bíblia inculcou uma grande responsabilidade recíproca entre as pessoas. “Caim disse a seu irmão Abel: Vamos ao campo! Mas, quando estavam no campo, Caim atirou-se sobre seu irmão Abel e o matou. O Senhor perguntou a Caim: Onde está teu irmão Abel? Ele respondeu: Não sei. Acaso sou o guarda do meu irmão? 0 que fizeste?, perguntou o Senhor. Do solo está clamando por mim a voz do sangue do teu irmão” (Gn 4, 8-10)!

No livro do profeta Ezequiel (cf. Ez 33, 7-9), nós somos considerados responsáveis pelos outros! “Quanto a ti, filho do homem, eu te coloquei como sentinela para a casa de Israel. Logo que ouvires alguma palavra de minha boca, tu os advertirás de minha parte. Se eu disser ao ímpio que ele deve morrer, e não lhe falares advertindo-o a respeito de sua conduta, o ímpio morrerá por própria culpa, mas eu te pedirei contas do seu sangue. Mas se tiveres advertido o ímpio a respeito de sua conduta para que a mude, e ele não a mudar, o ímpio morrerá por própria culpa, mas tu salvarás a vida”.

Nas relações entre os povos, a solução de conflitos muitas vezes pede a presença de um “mediador”, pessoa ou organização capaz de ouvir as partes envolvidas com a necessária isenção, administrar as concessões recíprocas, estimular os passos de aproximação a serem dados e selar os pactos. Quando falta essa figura, as diferenças se radicalizam e as feridas permanecem abertas. Basta olhar ao nosso redor para ver quanto aumentam os conflitos entre pessoas, grupos, classes sociais e nações porque falta uma presença isenta que estabeleça os laços. E nós temos à disposição Aquele que é caminho, verdade e vida, presença que restaura as relações e quer estar permanentemente entre nós!
O Evangelho de São Mateus, no discurso de Jesus sobre a vida em Comunidade (cf. Mt 18, 1-34), estabelece algumas características do relacionamento entre os cristãos: o valor das crianças e dos pequeninos, o cuidado para não escandalizá-los, a correção fraterna e a oração em comum. É como um manual de “boas maneiras”, mas com um segredo especial. Trata-se da presença de Jesus em nosso meio. Quantas vezes repetimos “Ele está no meio de nós!”! Não se trata de uma frase de efeito, mas de uma das presenças verdadeiras do único mediador (cf. I Tm 2,5). Aquele que está presente no íntimo de cada um de nós, presente em sua Palavra, no irmão que passa ao nosso lado, na Eucaristia e nos pastores da Igreja está realmente entre aqueles que se reúnem em Seu nome! Só que esta presença depende do acordo entre as pessoas. Jesus quis depender de nossa capacidade de amar-nos reciprocamente. Condescendência de amor, responsabilidade imensa!

Para tê-Lo assim presente entre nós e experimentar os frutos de tão boa companhia é necessário colocar-se de acordo (cf. Mt 18, 19), superando a desconfiança, estar prontos a dar a vida uns pelos outros (cf. Jo 13, 34-35; 15, 12-17), escolhê-Lo como o grande motivo para estar juntos. No trato com as outras pessoas saber decidir-se por aquilo que não passa: “Não fiqueis devendo nada a ninguém, a não ser o amor que deveis uns aos outros, pois quem ama o próximo cumpre plenamente a Lei” (Rm 13, 8).

O resultado se faz sentir, pois a presença verdadeira de Jesus ilumina as decisões, equilibra as paixões, conduz ao perdão e à reconciliação e cria o clima necessário para a oração. O “acordo” entre as pessoas chegará ao Pai, pois não Lhe interessa em primeiro lugar o resultado de eventuais discussões ou impasses, mas a caridade, que faz o céu vir à terra e a terra subir ao céu. Vale para as pessoas, vale para os grupos, vale para as nações. Difícil? Desafiador? Está em nossas mãos! “Nisto conhecerão todos que sois os meus discípulos: se vos amardes uns aos outros” (Jo 13, 35).

Foto Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA

Dom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém - PA.

QUEM AMA CONFIA

Ela o segurava nos braços debaixo de um sol forte e em meio à agitação própria da cidade grande, ele dormia sereno e calmo, pois estava seguro de que nada poderia atingi-lo. Esta cena não faz parte de um filme, é real e apesar de a ter contemplado há algum tempo, ainda hoje me recordo claramente dela. No ponto de ônibus, uma mãe, com ar de preocupada, segurava seu filho nos braços enquanto mantinha os olhos fixos nos ônibus que chegavam e saíam sem parar. Um deles poderia ser o seu e ela não poderia nem sequer pensar em perdê-lo.Observei que, apesar da agitação própria do local e da preocupação aparente da mãe, a criança dormia tranquila e sossegada. Sem palavras parecia dizer: "Nada temo, pois os braços que me seguram são de alguém que me ama".

Naquele dia, a cena, foi um pretexto para Deus falar comigo. Já observou que quando não paramos para ouvir a voz de Deus por meio da oração Ele nos fala pelos fatos? No meu caso, eu estava vivendo um tempo de muita correria no trabalho, já não conseguia rezar como antes e queria resolver todas as coisas com minhas forças. Quando ocupamos o lugar de Deus é isso que acontece. Com aquela situação, o Senhor foi me mostrando que eu precisava confiar mais no amor d'Ele. Precisava viver a atitude daquela criança, ou seja, abandonar-me. Na verdade, precisava amá-Lo mais e deixar-me amar por Ele, pois só confia quem verdadeiramente ama, e quem ama consequentemente confia.

E mais: Deus Pai abriu meus olhos para eu perceber que a raiz da minha agitação era também falta de amor-próprio e má interpretação do Seu amor por mim. Eu estava me comportando como serva de Deus e não como Sua filha. E isso faz uma grande diferença em nossa vida como cristãos. O próprio Senhor disse em Sua Palavra: “Já não vos chamo servos, mas amigos [...]” (João 15, 15). Ou seja, o Senhor nos elegeu, nos amou, não quer apenas o nosso serviço, mas nosso amor. Isso é próprio de uma relação de amizade. Amamos e somos amados, e o amor vai além do fazer.

Hoje, por providência, contemplei uma cena semelhante e lembrei-me das lições de outrora. Já não estou tão agitada como antes, vivo uma fase diferente. Mas uma coisa é certa: preciso continuar na escola da confiança. Devo aprender mais de Deus na matéria do amor. "O amor lança fora todo temor, é paciente, tudo suporta, tudo crer, tudo espera [...]" (I Coríntios 13,4-7). É por isso que quem ama confia!

Quanto mais amamos a Deus e nos deixamos envolver por Sua misericordia, tanto mais vamos encontrando a harmonia que tanto desejamos. E que muitas vezes buscamos nas pessoas, nos cargos, no poder, no ter ou de tantas outras formas aparentes de segurança neste mundo.

O abandono é, antes de tudo, uma atitude de confiança, fruto da maturidade, e a maturidade não se alcança de uma hora para outra, é preciso ter paciência com o tempo, dar passos e superar os obstáculos. É por isso que quem já teve sua fé provada, tem mais facilidade em confiar em Deus, tem forças para ir mais longe mesmo quando tudo parece perdido.

Aquela criança provavelmente se sentia amada, por essa razão as circunstâncias não a impediam de confiar e repousar tranquilamente no regaço acolhedor de sua mãe.

São Francisco de Sales faz uma interessante comparação, quando fala da alma recolhida em Deus. De fato, diz ele; "[...] os amantes humanos contentam-se, às vezes, em estar junto da pessoa a quem amam, sem lhe falarem nada e sem nem sequer pensar em outra coisa que não seja estar ali... Sentem-se amados e isso basta. É assim que acontece com a alma que se entrega aos cuidados do Criador. Repousa sossegada, mesmo em meio aos constantes desassossegos que vive no dia a dia".

Compreendo, cada vez mais, que a experiência do abandono em Deus passa pela descoberta do Seu amor incondicional por nós.
Peço ao Senhor que hoje lhe permita viver esta experiência e o cure profundamente de toda falta de amor, devolvend-lhe a serenidade e a paz, fruto da confiança n'Ele.

Assim como a mãe segura em seus braços o filho amado, Deus hoje o segura, não tema. Nos braços do Pai nada poderá atingi-lo, e quem ama confia.


Foto Dijanira Silva
dijanira@geracaophn.com

Dijanira Silva Apresentadora da Rádio CN FM 103.7 em Fátima Portugal.

NAMORAR COM OS OLHOS NO FUTURO

Apesar do tempo de convivência entre os namorados, algumas pessoas se sentem inseguras em assumir o compromisso conjugal com quem se dizem apaixonadas.

Hoje, ninguém é obrigado a se casar por troca de dotes ou porque foi prometido pelos pais conforme seus interesses. Tampouco somos obrigados a assumir um compromisso tão sério, simplesmente porque o nome da pessoa foi “revelado” numa simpatia ou porque “sentimos” que esta é a pessoa que Deus nos tinha reservado como esposo (a).

Eu acredito que a vocação ao matrimônio é uma ação de Deus, mas a escolha da pessoa com quem vamos realizar o cumprimento desse chamado depende exclusivamente de nós. Pois, considerando a plena liberdade concedida por Ele a todos, seria uma incoerência considerar que essa liberdade se exclui quando se tratasse da vocação ao casamento.

Antes de fazer qualquer opção, há a necessidade de o casal identificar  se o (a) namorado (a)  com quem se relaciona o (a) faz feliz na maneira como se vive ainda em tempos de namoro. Para evitar surpresas desagradáveis no casamento, o namoro nos garante um período em que nos empenhamos para descobrir se a pessoa com quem estamos convivendo manifesta sinais de viver um mesmo propósito de uma vida em comum.

Ainda que não tenhamos, neste relacionamento, a certeza de que o (a) namorado (a) será o (a) futuro (a) esposo (a), somos convidados a fazer pequenas renúncias em favor do outro enquanto convivemos.
Para garantir a felicidade almejada, os casais precisam reavaliar seus propósitos, especialmente se percebem que o (a) namorado (a) tem hábitos muito contrários àqueles que consideram importantes para o convívio a dois. Tais como: a espiritualidade ou a completa falta dela; a relutância ao diálogo; a falta de disposição para o trabalho; o descaso com os compromissos ou, em alguns casos, até a falta de cuidados com a higiene pessoal, entre outros. Entretanto, o pior defeito é aquele em que a pessoa não manifesta desejo de viver as adaptações exigidas no relacionamento. Entre elas inclui-se o desinteresse em desenvolver também o hábito da reconquista, pois sabemos que nem somente de beijos e abraços se faz o namoro.
Com os olhos voltados para o futuro do relacionamento, seria um erro alguém se decidir pelo casamento acreditando que depois de casados a pessoa vai viver as mudanças detectadas, as quais precisam ser trabalhadas já nesse tempo.

Alguns namorados assumem o compromisso do casamento, mas insistem em viver tudo aquilo que fazia parte da sua antiga rotina de solteiros. Cedo ou tarde, isso não será fácil de assimilar, pois, na vida conjugal, outras responsabilidades e afazeres vão surgir, exigindo mais atenção e disposição daquele que se mantinha fechado às mudanças.
Se amar é dedicar-se à conquista do outro dia após dia, o casal de namorados precisará aprender a trabalhar também em suas diferenças, assim como nas reivindicações manifestadas pelo outro. Essas e outras adaptações têm como objetivo lapidar aqueles hábitos e/ou comportamento que não agradam ao outro, a fim de que o namoro amadureça. Assim, o casal chegará à conclusão de que aquela pessoa com quem se relaciona traz virtudes que correspondem aos interesses comuns para viver o vínculo do matrimônio.
Temer por ficar solteiro, apegado a comentários a respeito da idade ou coisa parecida ou ainda não falar das coisas que não agradam, simplesmente por medo das reações do outro, não traz crescimento algum para o convívio a dois.

Será um risco para o casamento se o casal, mesmo conhecendo os erros e entraves do namoro, assume, ainda assim, o compromisso conjugal, pois é com essa pessoa – juntamente com todas as suas tendências e vícios que ela traz consigo – que se pretende estabelecer uma família e construir uma vida. 
Um abraço
Foto Dado Moura
contato@dadomoura.com

Dado Moura é membro aliança da Comunidade Canção Nova e trabalha atualmente na Fundação João Paulo II para o Portal Canção Nova como articulista. Autor do livro Relações sadias, laços duradouros
Outros temas do autor: www.dadomoura.com
twitter: @dadomoura
facebook: www.facebook.com/reflexoes

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

PARA MEUS AMIGOS

Para meus amigos que estão...SOLTEIROS
O amor é como uma borboleta. Por mais que tente pegá-la, ela fugirá.
Mas quando menos esperar, ela está ali do seu lado.
O amor pode te fazer feliz, mas às vezes também pode te ferir.
Mas o amor será especial apenas quando você tiver o objetivo de se dar somente a um alguém que seja realmente valioso. Por isso, aproveite o tempo livre para escolher .

Para meus amigos...NÃO SOLTEIROS
Amor não é se envolver com a "pessoa perfeita", aquela dos nossos sonhos.
Não existem príncipes nem princesas.
Encare a outra pessoa de forma sincera e real, exaltando suas qualidades, mas sabendo também de seus defeitos.
O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser.

Para meus amigos que gostam de...PAQUERAR
Nunca diga "te amo" se não te interessa.
Nunca fale sobre sentimentos se estes não existem.
Nunca toque numa vida, se não pretende romper um coração.
Nunca olhe nos olhos de alguém, se não quiser vê-lo derramar em lágrimas por causa de ti.

A COISA MAIS CRUEL QUE ALGUÉM PODE FAZER É PERMITIR QUE ALGUÉM SE APAIXONE POR VOCÊ, QUANDO VOCÊ NÃO PRETENDE FAZER O MESMO.

Para meus amigos...CASADOS.
O amor não te faz dizer "a culpa é", mas te faz dizer "me perdoe".
Compreender o outro, tentar sentir a diferença, se colocar no seu lugar.
Diz o ditado que um casal feliz é aquele feito de dois bons perdoadores.
A verdadeira medida de compatibilidade não são os anos que passaram juntos;
mas sim o quanto nesses anos vocês foram bons um para o outro.

Para meus amigos que têm um CORAÇÃO PARTIDO
Um coração assim dura o tempo que você deseje que ele dure, e ele lastimará o tempo que você permitir.
Um coração partido sente saudades, imagina como seria bom, mas não permita que ele chore para sempre.
Permita-se rir e conhecer outros corações.
Aprenda a viver, aprenda a amar as pessoas com solidariedade, aprenda a fazer coisas boas, aprenda a ajudar os outros, aprenda a viver sua própria vida.

A DOR DE UM CORAÇÃO PARTIDO É INEVITÁVEL, MAS O SOFRIMENTO É OPCIONAL!
E LEMBRE-SE: É MELHOR VER ALGUÉM QUE VOCÊ AMA FELIZ COM OUTRA PESSOA, DO QUE VÊ-LA INFELIZ AO SEU LADO.

Para meus amigos que são...INOCENTES.
Ela(e) se apaixonou por ti, e você não teve culpa, é verdade.
Mas pense que poderia ter acontecido com você. Seja sincero, mas não seja duro; não alimente esperanças, mas não seja crítico; você não precisa ser namorado(a), mas pode descobrir que ela(e) é uma ótima pessoa e pode vir a se tornar uma(um) grande amiga(o).

Para meus amigos que tem MEDO DE TERMINAR.
As vezes é duro terminar com alguém, e isso dói em você.
Mas dói muito mais quando alguém rompe contigo, não é verdade?
Mas o amor também dói muito quando ele não sabe o que você sente.
Não engane tal pessoa, não seja grosso(a) e rude esperando que ela(e) adivinhe o que você quer.
Não a (o) force terminar contigo, pois a melhor forma de ser respeitado é respeitando.

Pra terminar ...

Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata....
Um dia descobrimos que beijar uma pessoa para esquecer outra, é bobagem.Você não só não esquece a outra pessoa como pensa muito mais nela...
Um dia descobrimos que se apaixonar é inevitável...
Um dia percebemos que as melhores provas de amor são as mais simples...
Um dia percebemos que o comum não nos atrai...
Um dia saberemos que ser classificado como o "bonzinho" não é bom . .
Um dia perceberemos que a pessoa que nunca te liga é a que mais pensa em você...
Um dia percebemos que somos muito importante para alguém, mas não damos valor a isso...
Um dia percebemos como aquele amigo faz falta, mas ai já é tarde demais...
Enfim...
Um dia descobrimos que apesar de viver quase um século esse tempo todo não é suficiente para realizarmos todos os nossos sonhos, para dizer tudo o que tem que ser dito...
O jeito é: ou nos conformamos com a falta de algumas coisas na nossa vida ou lutar para realizar todas as nossas loucuras...
Quem não compreende um olhar tampouco compreenderá uma longa explicação.
Martha Medeiros

CARREGANDO A CRUZ DE CADA DIA

Ninguém é mais livre do que quando faz a vontade de Deus. Antes da minha conversão, quando seguia “o curso deste mundo” (Efésios 2:2), o que prevalecia era a minha vontade, pois dificilmente ouvia conselhos, seguindo as ordens do meu “enganoso coração” (Jeremias 17:9).

É inegável que o sentido de liberdade usualmente apregoado neste mundo não se coaduna com os valores do Reino de Deus.


Só uma conversão genuína e verdadeira a Cristo é capaz de ir domesticando a nossa prepotência, o nosso orgulho, a nossa vaidade, o nosso individualismo, a nossa ganância e tantas outras mazelas existenciais resultantes do nosso estado pecaminoso, e é o Espírito Santo quem vai realizando a obra de santificação em nós, tornando-nos mais parecidos com o
Unigênito Filho de Deus, Jesus Cristo.

Hoje, por ser servo de Cristo, e mediante a graça de Deus, consigo, ainda que com relutância, realizar algumas coisas que, no meu passado de afastamento de Deus, jamais pensaria fazer.


Portanto, em muitas situações conflituosas, prefiro viver em paz, ao invés de insistir em demonstrar que tenho razão. Assim, tenho aprendido a viver pacificamente junto de quem continua afirmando que o primeiro planeta do nosso sistema solar é
merthiolate, mesmo depois de mostrá-lo que os livros de geografia dizem ser mercúrio.

Termino este pequeno texto com a seguinte citação bíblica: “Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens” (Romanos 12:18). Paz e bem 



Fonte: Luiz C Gomes

UM SEGUNDO PÔR DO SOL


Recentemente tive a graça de observar um dos mais perfeitos milagres de Deus na natureza. O por do sol, quantas vezes em minha vida por relaxamento ou pouco caso deixei de parar um instante, em uma auto estrada ou mesmo em um descampado, para poder observar um presente tão gratuito de Deus.  Só hoje posso compreender quantos por do sol deixei de observar e vivenciar em minha própria vida, mas o meu Senhor é rico em bondade e misericódia e da a cada um de nós um segundo por do sol.

A Bíblia relata que o Senhor interveio na natureza a favor do Seu povo algumas vezes. Numa delas, narrada no livro de Josué, Israel estava numa batalha contra outros cinco reinos de uma só vez. Josué orou e Deus deteve o sol, que não se pôs até o fim da luta:


"Então Josué falou ao SENHOR, no dia em que o SENHOR deu os
amorreus nas mãos dos filhos de Israel, e disse na presença dos israelitas: Sol, detém-te em Gibeom, e tu, lua, no vale de Ajalom. E o sol se deteve, e a lua parou, até que o povo se vingou de seus inimigos. Isto não está escrito no livro de Jasher? O sol, pois, se deteve no meio do céu, e não se apressou a pôr, quase um dia inteiro. E não houve dia semelhante a este, nem antes nem depois dele, ouvindo o SENHOR assim a voz de um homem; porque o SENHOR pelejava por Israel." (Josué 10.12-14)

O povo de Israel tem um histórico cíclico de estar longe de Deus por um tempo e depois retornar à Ele. E Deus continuava sempre fiel.


Que bom que Deus não atrela Sua graça e fidelidade para
conosco à nossa fidelidade para com Ele. Quantas vezes estamos longe do Pai e Ele continua a nos mostrar Sua graça, a os abençoar, a nos presentear?

Ele age em nossa vida de forma singular. Ele controla e rege o universo, os acontecimentos, de forma que Seus planos para nós sejam realizados. Ele nos dá vigor e novas chances para lutar.


Pode ser que estejamos em momentos em nossa vida que sabemos que podíamos estar fazendo mais e melhor, podíamos estar mais próximos do Senhor, mas teimamos em continuar nossa jornada deixando-O um pouco de lado, querendo andar com nossas próprias pernas.


E nessa horas Ele se mostra presente, ele entende nossas lutas e nos deixa claro que pode segurar o sol até que nossa batalha esteja finda, desde que O busquemos.


Ou por vezes Ele nos dá uma segunda chance, nos dá um segundo pôr do sol, de forma que entendamos que, se da primeira vez, sem Ele, falhamos, na próxima, com Ele, poderemos ser bem sucedidos.


O crepúsculo fica mais belo quando entendemos que Ele o desenhou para que saibamos de Sua presença
conosco, por isso podemos confiar nEle, e descansar. Paz e bem
Texto adaptado da Mensagem do escritor:Enos Moura Filho
Fonte: Luiz C Gomes

A GRAÇA É CELEBRAÇÃO E FESTA

"E o filho lhe disse: Pai pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho. O pai porém, disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés; trazei também e matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado. E começaram a regozijar-se. Ora o filho mais velho estivera no campo; e, quando voltava, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças" (Lc 15.21-25)

A maior de todas as notícias que poderíamos receber na vida, é na verdade não uma idéia, mas uma experiência.


É a experiência de novamente reatar as rompidas relações que tínhamos com o Deus da Alegria Suprema.


A isso os teólogos chamam de graça.


A graça não é um passaporte para uma vida mediana, levemente acima da moralidade social aceitável como boa.


A graça é um furacão de vida. A graça é uma tempestade apaixonante. É quando somos inseridos no curso normal e real de nossas próprias vidas. É quando somos encontrados.


É Deus novamente em paz com a gente e nós com Ele. Como somos felizes e não nos damos conta disso muitas vezes. Como somos ricos, como somos abundantemente regados por dias ensolarados de verão, mesmo que haja dias frios e sombrios de invernos de solidão e dúvidas.


A graça reata. Liga. Aproxima. Cuida. Liberta.


Nessa experiência somos simplesmente inundados pela Vida de Deus em nossas vidas. Aí o resto é uma caminhada de aperfeiçoamento (que também é feito por Deus). É uma peregrinação onde Jesus está ao nosso lado concertando tudo o que destruímos quando não gostávamos da Presença de Deus ao nosso lado na estrada.


Um dia destes eu estava passando por um momento de grande tristeza. Sentado em meu escritório, tentando pensar ouvi o meu nome sendo chamado pelo meu filho João de quatro aninhos. Eu desci e perguntei a ele o que ele queria. Aí ele abriu seus braços e me abraçou fortemente e disse que me amava. Ouvia o coração dele batendo forte junto ao meu que batia mais fraco.


Nesse momento as batidas do coração dele energizaram o meu. Fiquei feliz, dei nele um beijo e disse que também o amava. A vida dele inundou a minha. Imediatamente associei isso com a graça.


A graça é esse abraço de Deus que passa sua vida pra dentro da nossa. Mas isso não é algo abstrato é uma experiência.


Só assim e a partir dai teremos ouvidos para ouvir sua voz dizendo. Eu te amo!


Sim, a graça é realmente celebração e festa.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

OBEDECER AS RAZÕES DIVINAS

"A voz do qual moveu então a terra, mas agora anunciou, dizendo: Ainda uma vez comoverei, não só a terra, senão também o céu. E esta palavra: Ainda uma vez, mostra a mudança das coisas móveis, como coisas feitas, para que as imóveis permaneçam." Heb 12; 26 e 27

Esse texto ensina que na visão celeste existem coisas móveis e imóveis, essas últimas, devem permanecer, enquanto as primeiras serão removidas. O mesmo autor ensina: "Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente." 11; 3 Assim sendo, a "matéria prima" da matéria, é invisível.


Se tivéssemos melhor discernimento sobre o que é relevante e espiritual e o que é transitório, evitaríamos muitos
pleitos inúteis. Tomemos como exemplo uma obra de concreto armado; se pode fazer as formas de tábuas, compensado, metais, ou mesmo, pré-moldar certas partes; nada disso é relevante, desde quê a construção fique bem feita. Ela é o fim, as outras coisas são apenas meios.

De igual modo a obra de Deus, transita livremente com seus valores eternos nos mais diversos ambientes culturais. Seja onde homens usam saias como na Escócia, seja onde usam túnicas como em partes do Oriente médio, ou mesmo onde vestem tangas minúsculas como certas tribos indígenas, ou de
pigmeus. Em todos esses lugares Deus salva, ensina seus valores, sem se importar com coisas periféricas. As coisas humanas são meras fôrmas, que sustentam o "concreto" na obra de Deus. Paulo advertiu: "As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens;" Col 2; 22 Disse Paulo que, mesmo tendo aparência de piedade, servem apenas para satisfação da carne.

Quando somos ensinados que o padrão é decência e ordem, o risco é que queiramos impor a outras formas de viver, nossas noções de decência, o que pode ser uma violência. Decência tem a ver com uma resposta interior, como cada consciência processa determinadas manifestações. Um pigmeu ver outro de tanga, não lhe soa indecente; nem um escocês ver outro de
skilt. São coisas normais entre eles.

O mesmo Paulo ensina: "Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda."
Rom 14; 14 Embora o contexto fale de alimento, se pode aplicar a vetores culturais também, uma vez que a purificação da consciência é a meta de Cristo não uma uniformização ritual. "Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?" Heb 9; 14

Na verdade, Deus edificou Sua obra ao longo do tempo com formas bem ruins, teve que tolerar poligamia, escravidão, guerras, mesmo não sendo Sua vontade, mas, como eram coisas “móveis”, aos poucos, o trabalho do Espírito Santo removeu aquilo que era “…segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo;”
Col 2; 8

Nessa mesma linha, a possibilidade ministerial da mulher, quase impensável segundo os mesmos critérios, hoje é fato. O caso de ser o homem o cabeça, e dela dever estar em submissão não lhe veta ensinar uma vez apta. Deus está removendo antiquadas concepções porque são móveis. O que é eterno, permanece.


Mas, alguém protestaria, não há o risco de um raciocínio como esse “legitimar” o comportamento homossexual entre os cristãos? Isso não é um
fator cultural, antes, um erro moral vetado em vários textos, portanto, valor inegociável, uma coisa nada tem a ver com outra.

O texto que encabeça essa matéria refere-se à purificação do planeta como um todo, as coisas feitas pelo homem serão abaladas de tal forma, segundo mostra o Apocalipse, que depois da purificação, teremos uma “Nova terra” ainda que seja a mesma. Assim como alguém se converte é nova criatura, de certa forma, sendo a mesma.


Erram os meios e o fim, os que apontam para a matéria ensinando ser a meta, “Porque andamos por fé, e não por vista” E a fé é “a prova das coisas que se não vêem.”
Heb 11; 1 Pelejemos pois, por valores eternos com todas as nossas forças resistindo a qualquer falsificação do evangelho; porém, não demos às coisas móveis, um peso eterno, fazendo a forma mais importante que o concreto. “Por isso, tendo recebido um reino que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente, com reverência e piedade;” Heb 12; 28. Paz e bem



Fonte: Luiz C Gomes



A ESPERANÇA NOS FAZ UMA VISITA

A Esperança chegou cheia de sonhos e de planos, mas ninguém entendeu o seu otimismo em face da situação e da triste realidade. Todos se olharam e menearam as cabeças imaginando que ela estivesse louca. Afinal, estamos muito mal e aparece a Esperança querendo nos enganar e nos confundir? Ninguém lhe deu atenção, mas ela continuou cheia de esperança, de sonhos e de planos.

De repente, todos se olharam de novo e esse olhar era sintomático e revelava o interesse naquele papo que era algo novo e aparentemente interessante. A Esperança falava da possibilidade de viver em paz, de ser feliz e de se ajudar para que todos tivessem o direito de viver melhor. Falava da importância dos sonhos e da luta pela realização dos mesmos. Suas palavras soavam fortes e não revelavam nenhuma dúvida. Todos pararam e ouviram atentamente aquele discurso
otimista e animador.

Aos poucos foram entendendo o significado das palavras e já admitiam a possibilidade de transformá-las em realidade. Falavam entre si e se entendiam mais e melhor. Já não estavam tão distantes, já não se cobravam tanto e já se respeitava as diferenças de gostos e de crenças. Era possível, sim, viver bem e se amar. Mas ainda havia dúvidas e alguns ainda não aceitavam aquela mudança brusca e repentina. Alguns voltaram a menear as cabeças enquanto a Esperança continuava falando tentando provar que, apesar de tudo, é possível ser feliz.


Sem que ninguém percebesse, a esperança foi saindo aos poucos e quando a procuraram ela já não se encontrava mais ali. Os olhares tristes se perguntaram e se entre olharam enquanto procuravam por todos os cantos pela amiga Esperança. Não a encontraram em nenhum lugar e alguns choraram sentindo sua falta e relembrando as suas palavras. Todos então se reuniram e se uniram em torno de uma mesa e discutiram educadamente os novos rumos que deveriam tomar a partir daquele dia. Afinal, muita coisa mudara com a visita da amiga Esperança que literalmente transformou aquele ambiente.


A partir daquele dia todos se respeitavam e procuravam se entender,
independente das questões e das diferenças. Os planos e os sonhos aos poucos foram se tornando realidade - e viveram, finalmente, cheios de fé, de amor e de esperança. Entenderam, enfim, que só vivendo assim é que a vida vale a pena. Paz e bem.


Fonte: Luiz C Gomes

COMEMOS O QUE SOMOS, OU SOMOS O QUE COMEMOS ?

"Assim como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim, quem de mim se alimenta, também viverá por mim." (João 6:57)

Parece que o chavão "Nós somos o que nós comemos" é realmente imbuído de uma sabedoria celestial. Cheguei a essa conclusão a partir do texto acima transcrito, de João 6, o qual me impactou bastante essa semana. Uma verdade muito forte invadiu o meu coração, e me fez questionar: "Do que eu tenho me alimentado, de fato?"

Uma simples preposição pode fazer toda a diferença. A expressão "viverá por mim" ganhou um sentido mais amplo, na minha visão do texto. Quando Jesus diz que o Pai o havia enviado e que ele vivia pelo Pai, ele estava dizendo que vivia para, ou em função do Pai. Assim, quem dele se alimenta, não apenas acha nele força para continuar vivendo, como nosso corpo, que encontra energia para o funcionamento dos órgãos vitais, bem como para o movimento dos músculos, multiplicação e reposição das células, etc., no que comemos. Na verdade, o que Jesus diz com essas palavras é: “quem se alimenta de mim, viverá para mim”. Ou seja, nós vivemos para aquilo do que nos alimentamos. Ainda em outras palavras, nós vivemos em função daquilo que nós nos alimentamos. Daí a pergunta: “Do que eu tenho me alimentado, de fato?” Eu entendi que se eu vivo em função daquilo que eu me alimento, eu me torno idólatra, toda vez que escolho me alimentar de qualquer outra coisa que não seja o Senhor. Paulo falou aos filipenses:

"Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai." (Filipenses 4 : 8)

Portanto, se eu escolho ocupar a minha mente e encher o meu coração com qualquer coisa, seja música, seja programa de TV, seja literatura, jogos, conversações, etc., que não tenham base no cumprimento da justiça divina em Cristo Jesus, estarei me prostrando perante deuses estranhos, para viver em função deles. “Do que eu tenho me alimentado, de fato?” Eu não tenho conseguido reagir perante o pecado? Mas, “Do que eu tenho me alimentado, de fato?” Mais uma vez vale ressaltar: Nós vivemos em função daquilo que nós nos alimentamos.

“quem de mim se alimenta, também viverá por mim." (João 6 : 57b)

ESPIRITUALIDADE E MISSÃO

A ligação entre a espiritualidade cristã (como seguimos a Cristo) e a missão (como O servimos) é um assunto que carece de frequente reflexão, especialmente quando o abismo entre a fé e a vida parece crescer. Em nossos dias há um claro descompasso entre o conhecimento adquirido – bíblico e teológico – e o cumprimento da missão.

John Knox já nos alertou que a ponte entre o conhecimento e a transformação é o quebrantamento. Ou, em outras palavras, a única maneira de traduzirmos o que cremos, ouvimos e pregamos para a forma como vivemos é passando por um quebrantamento de coração.

Um dos fatos bíblicos mais fantásticos e significativos foi, sem dúvida, o Pentecostes. Nele, em um só momento, a Igreja foi conduzida pelo Espírito e caminhou para cumprir a missão.

Segundo Julius, o Pentecostes era um evento bastante frequentado que acontecia sob clima de reencontros, já que judeus que moravam em terras distantes empreendiam, nesta época do ano, longas jornadas para ali estar no quinquagésimo dia após a Páscoa.

Na descrição do capítulo 2 de Atos, o Espírito Santo é a pessoa central – e Lucas é justamente o autor sinóptico que mais fala sobre Ele, utilizando expressões como “ungido” pelo Espírito, ou “poder” do Espírito, ou ainda “dirigido” pelo Espírito (Lc 3:21; 4:1, 14, 18), demonstrando que na teologia Lucana o Espírito Santo era realmente aquele que viria para levar a Igreja a se parecer mais com Cristo.

Chegamos ao momento do Pentecostes. Fenômenos estranhos aos de fora e incomuns à Igreja aconteceram neste dia. A Bíblia resume os acontecimentos ao falar de um “vento impetuoso” (no grego echos, usado para o estrondo do mar); “línguas como de fogo” que pousavam sobre cada um; “ficaram cheios do Espírito Santo” e começaram a falar “em outras línguas”. Lucas fecha a descrição com a expressão no verso 4: “segundo o Espírito lhes concedia”.

O texto no verso 4 utiliza os termos eterais glossais para afirmar que eles falaram em outras glosse – línguas – expressão usada para línguas humanas, idiomas. A fim de não deixar dúvidas, no versículo 8 o texto nos diz que cada um ouviu em sua “própria língua”, usando aqui o termo dialekto que se refere aos dialetos ali presentes. O grande milagre, nesta ocasião, não se deu na boca de quem falou, mas no ouvido dos ouvintes, cada um compreendendo a mensagem “em sua própria língua”.

Em meio a este cenário atordoante (vento, fogo, som, línguas) o improvável acontece. Aquilo que seria uma experiência espiritual interna para 120 pessoas chega até as ruas. O caráter missionário do Evangelho é exposto e torna-se perceptível: o que o Senhor desejava demonstrar no Pentencoste é que este poder – dinamis de Deus – não havia sido derramado apenas para atos de contemplação em um culto cristão restrito, mas sobretudo para a proclamação do nome de Jesus.

Em um só momento Deus fez cumprir não apenas o “recebereis poder”, mas também o “sereis minhas testemunhas”. A Igreja revestida nasceu com uma missão: testemunhar de Jesus.

Muitos se convertem e a Igreja passa de 120 crentes para 3.000, e depois 5.000. Não sabemos o resultado daqueles representantes de quatorze nações voltando para suas terras com o Evangelho vivo, mas podemos imaginar o quanto o Evangelho se espalhou pelo mundo a partir deste episódio.

No verso 37 lemos que, após o sermão em que Pedro anuncia a Cristo, “compugiu-se-lhes o coração”. O termo usado para “compungir” vem de katanusso, usado para uma “forte ferroada”. A Palavra afirma que “naquele dia foram acrescentadas quase três mil almas”. O Espírito Santo usava o cenário do Pentecostes para alcançar homens de perto e de longe, gerando arrependimento e mudança de vida.

Algo que aprendemos neste texto é que a presença do Espírito Santo leva a mensagem de Cristo para as ruas, para fora do salão e do templo. A genuína presença do Espírito – a verdadeira espiritualidade – gera um caráter missionário na Igreja e faz crescer a disposição para o serviço.

Nossa herança de espiritualidade provinda do Pentecostes precisa nos levar a sermos uma Igreja nas ruas, não enclausurada, uma Igreja cristocêntrica com amor e tolerância entre os irmãos, não segmentada ou partidária, uma Igreja cuja bandeira é Cristo e não ela própria! E, por fim, uma Igreja proclamadora, que fala de Cristo perto e longe.

Parece-me que uma Igreja quebrantada de coração e conduzida pelo Espírito vai sempre para as ruas, onde estão aqueles por quem Jesus morreu.

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Ronaldo Lidório

NOVO NASCIMENTO ECOLOGIA MENTAL

Aqui está, praticamente, uma discussão rabínica: “bereshit” e também “en arché” (no princípio). Uma entrada no mundo temporal. Mas há algo de novo no recomeço de nossos atos, na origem dos pensamentos, de nossas sensibilidades quanto ao sentimento de “estar-no-mundo”? O que existe no começo de uma nova pulsão, de um grito de angústia, de uma reforma no ser primal? O que existe no começo de uma nova utopia, de um sonho novo, um devaneio libertário (Bachelard)? A proposta de Jesus a Nicodemos é radical: ver tudo de novo, desde a origem, coloca-nos em uma situação peculiar diante da vida e do Universo. Ecologia mental. Profundidade interior.

Perguntas importantes, implícitas, ou subentendidas: "O que eras antes do nascimento? Qual o lugar de onde tu vens? Que fazes, agora, para dar sentido à tua origem?". Importa não pararmos os questionamentos sobre o sentido da vida, desde o primeiro sopro. Conhecendo as nossas origens, os lugares existenciais desde o início, inevitavelmente, sabemos do nosso fim, nosso fim e quem somos realmente (“pois ele conhece a nossa origem, sabe que viemos do pó” - Sl 103.14). É preciso tomar uma nova consciência. Paulo sugerirá outra maneira, no sentido do mundo principial reiniciado: A fé é uma história nova a cada dia... (Rm 4.1-5).

O diálogo com Nicodemos altera a lógica comum (Jo 3.1-11). Nicodemos respeita Jesus, mas se encontra dependente da primeira discussão: a fé que exige sinais; que produz portentos tecnológicos; que promove o desenvolvimento. Mas Jesus propõe uma mudança radical, não um novo conceito de renovação da fé. Não uma renovação, mas uma inovação: começar tudo do zero! Do nada. Desaprender o catecismo, chutar o balde, nascer de novo. Começar como um nascituro, abraçar uma natureza nova (natus, de natura, no latim). O tema se desloca para “razão” e “fé”. Nicodemos quer conversar logicamente, no uso da razão, do argumento e da prova, está em pauta a gnosis: conhecimento humano, tecnologias desenvolvimentistas.

Jesus responde rigorosamente à objeção de Nicodemos. Tão comum em tantas culturas: a água é fonte da vida. Água fecundada pelo Espírito, nos escritos bíblicos. O ventre materno, comum noutras culturas, na tradição bíblica, evocará a feminilidade criadora (rûah também é uma palavra feminina; o ventre criador de Deus tem atributos femininos e maternais). A Natureza não pode competir com o Homem, porém, serve-o como escrava desde todas as eras. A não ser quando as circunstâncias paleontológicas, geológicas, climáticas nos lembram das forças permanentes que atuam no Universo, não alcançáveis pela tecnologia ou pelo capital. Um maremoto causa o fechamento de uma usina nuclear, por exemplo, com esse fim.

A ecologia mental nos remete, entretanto, às causas remotas da crise ambiental. Noutro sentido, por que valorizar a natureza como estática e intocável, se ela própria pode ser objeto participante das transformações, com capacidade para a produção de energia e de alimentos para os tantos milhões de famintos, doentes e reclamantes de integração no moderno mundo das tecnologias de bem-estar?

Voltadas para as necessidades que precisam ser atendidas, de alimentos, habitação, urbanização humanizada, medicina de ponta socializada para os mais baixos níveis de consumidores, não há o desvio de finalidade. E quando ela só se justifica por oferecer lucro e capital, e privilégios para poucos? O assunto é vasto, uma vez que o mundo não pode retroceder à era pré-tecnológica, como já nos lembrava Jacques Ellul (A Técnica e o Desafio do Século). Sem dúvida estamos diante da necessidade de novos modelos de desenvolvimento e de novos sistemas econômicos, enquanto se buscam sustentabilidade e estabilidade social, face à extrema rapidez dos insumos tecnológicos.

Do que mais incomoda, porém, parques industriais estão lado a lado com universidades que pesquisam a biodiversidade. A razão instrumental técnica, antropocêntrica, ignora o ser humano como representante da vida natural e sua dependência da natureza. O motor da vida é a esperança de um mundo novo, transformado, a utopia, o futuro que desejamos. Tudo depende de nossa visão, do sonho. Se nossa vista capta somente o que é imediato e rasteiro ao nosso redor, ou se não é capaz de penetrar na realidade da promessa divina e descobrir que ali há algo de profundo e elevado para a vida, não entendemos nada da Bíblia. Abraão é a figura que melhor expressa a fé, no Primeiro Testamento. Deixar tudo, romper com tudo, e ir em busca do “mundo que eu te mostrarei”, sem segurança, sem saber o que lhe seria reservado, só confiando na Palavra de Deus, é o que estabelece a relação que podemos retirar da leitura sobre a fé e o novo nascimento.

“Deus não vê como os homens, que vêem a aparência, o Senhor vê o coração”. Isto é: Deus vê o íntimo do homem e das coisas (1 Sm 16.7). Jesus discorre sobre questões que se referem à origem e sustentação da vida, o que há de mais fundamental pertencente ao ser humano, sopro do Criador. Em primeiro lugar, preservar a vida. A prepotência da técnica não defende o homem, mas os instrumentos que este criou para gerenciar o Planeta. Confirma-se o dito: “comemos o que terminará por nos devorar”.