FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Aberto para balanço


Como vai você, amigo, tudo bem? Desejo que tudo vá bem em todas as coisas.

Aproximamo-nos do fim de ano e esse período é oportuno para darmos aquela refletida na vida, não é mesmo? A vida é uma dádiva graciosa de Deus e por isso ela não pode parar e temos que conduzi-la sempre regrada com o virtuoso sentimento de gratidão, assim ela será bem melhor.

Como cristãos há muito que fazer... Muitos projetos, trabalhos, idéias... se não for assim a vida fica sem sentido. É, agora, o tempo de pensar nessas coisas. Que tal você organizar sua vida com base na palavra de Deus e fazê-la mais produtiva do que no ano anterior?

Que tal direcionarmos nossa atenção um pouco mais para o próximo, "o outro" que Cristo nos mostrou, ao invés de investirmos somente em nós mesmos? Que tal administrarmos nossa vida economicamente, reconquistando a integridade do nosso salário, que o sistema chama-o agora de "poder de compra" e não deixar- nos seduzir pela mídia, proporcionando assim paz e harmonia no lar? Que tal como cristãos autênticos oferecermos um jejum a Deus, mas um jejum que agrade a Deus através de uma consagração constante de nossas vidas, por intermédio de nossos atos e motivações sinceras? Que tal em nosso lar sermos mais ouvintes e cooperarmos mais, numa atitude sábia para que sempre paire uma atmosfera de harmonia demonstrando ao mundo o que é, verdadeiramente, um lar cristão? Que tal investir em você mesmo, no seu crescimento pessoal e profissional, essa atitude terá um desdobramento refletido não só em você, mas na sua família, na sua igreja e na sociedade.

A igreja é o corpo de Cristo, organismo ideal para que todos esses projetos se desenvolvam progressivamente à medida que experimentamos as vitórias (Deus tem sido bom para conosco) conseguidas.

Como você vê sua igreja, como interage com ela? Qual o seu grau de comprometimento e engajamento? Pense nisso. A igreja ama você! Não precisa ter receios, pode aprofundar sua relação, uma vez que tudo o que você fizer: sonhar, projetar, empenhar, estará, em última instância, fazendo para Cristo. Neste caso vale até o sofrimento. A igreja tem propósitos bem definidos e que só ela pode realizar, dentre eles está a evangelização, e nisso precisamos estar juntos. Há um processo que se desenrola em três vias simultâneas: a edificação, a evangelização e a glorificação a Deus. Essa maravilha só pode ser executada pela igreja, é tarefa exclusiva dela, e só pode ser participante disso quem faz parte dela. Esse é o propósito da igreja de Cristo na terra.

Escrevi com base em (3 João 2) que diz: “Desejo que seja próspero em todas as coisas,e tenhas saúde, assim com é prospera a sua alma” Isso é possível e só há uma coisa a fazer: Marchar. Então marche! E diz o Senhor pra você: “E eu serei contigo por onde quer que andares”. Paz e bem

Apascentados pelo Deus Todo-Poderoso



Existem duas maneiras pelas quais Deus se revela a cada um de nós:

1) Pela Sua Palavra, ou seja a Bíblia;

2) Pelas Suas obras.

A grande glória das obras de Deus na criação e na providência é que elas confirmam e reafirmam o que Ele, o Senhor, disse em Sua Palavra escrita.

É por demais prazeroso observar, perceber a providência de Deus para conosco (Seu povo). Sua providência não apenas nos conduz ao céu, mas também traz muito da glória celeste para as nossas almas enquanto caminhamos para lá. Durante a rude jornada, somos aliviados e fortalecidos com bênçãos e sinais celestes que acabam por se revelar extremamente balsâmicas durante todo a nossa caminhada.

Mais fantástico ainda, é ver como o mundo realiza os propósitos de Deus, mesmo quanto este se opõe a eles. Quanto tudo parece estar errado, perdido e arruinado; quando tudo parece ser dolorido e sofrido, ali está o Santo Conselho de Deus, ali está a providência divina, surpreendente e sábia. Louvado seja o nome santo do nosso Deus!

"Clamarei ao Deus altíssimo, ao Deus que por mim tudo executa." (Sl 57. 2). Quando Davi fez a oração transcrita acima, ele estava correndo o sério risco de ser morto pelo rei Saul (1Sm 24. 1-2). Deus respondeu à sua petição, livrando-o do perigo mortal. Deus sempre responde a oração de seus filhos. Este cuidado maravilhoso de Deus, que é dispensado a nós tanto nas questões mais simples, quanto nas questões mais complexas, recebe o nome de providência. A experiência que Davi teve da ação de Deus em seu favor, no passado, concedeu-lhe esperança e coragem para continuar os seus dias firmados em Deus!

Podemos nos lembrar, também, da palavra do profeta Isaías no que tange ao cuidado providente de Deus para com o Seu povo?: "Ouvi-me ó casa de Jacó e todo o restante da casa de Israel; vós a quem desde o nascimento carrego e levo nos braços desde o ventre materno. Até à vossa velhice, eu serei o mesmo e, ainda até às cãs, eu vos carregarei; já o tenho feito; levar-vos-ei, pois carregar-vos-ei e vos salvarei" (Is 46. 3-4)

De igual forma, em nossos dias, podemos pensar em como Deus cuidou de Seu povo no passado, a fim de que a nossa fé, a nossa confinaça seja fortalecida no presente e no futuro!

Mas fica aí uma dica: o povo de Deus não pode compreender tudo que lhe acontece no durante a jornada que leva ao céu. lembramos do apóstolo Pedro que não entendeu o que lhe acontecia quando o próprio Cristo lavou seus pés. Ele, apenas, confiou no que lhe foi dito, isto é, que tudo se faria mais claro mais tarde, no momento certo (Jo 13. 7).

Quando, pela graça divina, um dia, chegarmos ao céu, veremos que não se trata, somente, de um belo lugar; veremos, também, a beleza do caminho pelo qual viemos, pelo qual percorremos. Será como ver as diferentes peças de um quebra-cabeças irem se encaixando com exatidão e, assim, irem formando uma figura de divino explendor!

Amados, que no ano de 2012 (que já se avizinha!), consideremos, mais de perto, a grande sabedoria contida na provdência de Deus. E que este exercício nos conceda mais paciência, mais ânimo, mais coragem e mais fé no Senhor Todo-Poderoso e Todo-Providente!

FELIZ ANO NOVO COM CRISTO NO CORAÇÃO!!!

De cabeça erguida em 2012



Se não temos nada para esconder. 

Se a mais recente maldade contra o próximo ou contra Deus já foi confessada e reparada.

Se não temos nem culpa nem remorso ainda alojados no fundo da consciência.

Se saímos de um ano e entramos em outro sem dever qualquer coisa.

Se não guardamos ira justa ou injusta contra aquele que nos causou algum mal.

Se andamos cuidadosamente no temor de Deus, evitando o mal e apegando-nos ao bem.

Se não nos sentimos mais santos nem mais importantes que os outros.

Se somos humildes e nos sentimos extremamente dependentes da graça e da misericórdia de Deus.
 
Se estamos olhando para cima, onde Deus está e não para baixo onde a miséria está.

Se estamos olhando para frente, onde as coisas podem acontecer, e não para trás, onde as coisas já aconteceram.
 
Se amamos os que nos amam e também os que nos aborrecem, com razão ou sem razão.

Se nos toleramos mutuamente e lidamos com aqueles que nos molestam ou nos incomodam com toda e verdadeira paciência.
 
Então...
 
Será possível caminharmos de cabeça erguida o ano bissexto, que começa neste domingo.

O próprio Deus é o agente da cabeça empinada como se vê na experiência do salmista: “O Senhor é o escudo que me protege, a minha glória, e me faz andar de cabeça erguida” (Salmos 3.3).
 
É verdade que, às vezes, a cabeça empinada é uma arrogância. O mesmo Deus que estimula a cabeça erguida, dobra o pescoço para baixo daqueles que têm a cerviz dura como o ferro ou bronze (Isaías 48.4).
 
Na época tumultuada do profeta Isaías (cerca de 700 a.C.), encontra-se esta passagem curiosa: “Vejam como as mulheres de Jerusalém são vaidosas! Andam com o nariz para cima, dão olhares atrevidos e caminham com passos curtos, fazendo barulho com os enfeites dos tornozelos. Por isso, eu, o Senhor, vou castigá-las: raparei a sua cabeça e as deixarei carecas” (Isaías 3.16-17).
 
Nessa época, quando a classe alta era extremamente consumista em prejuízo da classe miserável, as mulheres chiques de Jerusalém andavam com o nariz para cima, chamando a atenção de todos para a abundância de seus enfeites, que faziam barulho quando elas andavam, sempre com passos curtos, como se estivessem desfilando numa passarela. Para não deixar as coisas assim, o profeta avisou que o Senhor tiraria delas todos os enfeites que elas usavam na cabeça, no nariz, nos braços: colares, brincos, pulseiras, véus, chapéus, talismãs, anéis, argolas (de usar no nariz), vestidos luxuosos, mantas ou xales, saias transparentes, turbantes, mantilhas. A beleza dessas mulheres indevidamente empinadas vai virar uma feiura de dar vergonha! (Isaías 3.16-24).
 
Que o equilíbrio nos ajude a fugir da cabeça empinada pela arrogância, sem impedir que a graça do Senhor nos levante para enfrentar o novo ano que começa.
 

Diretor-fundador da Editora Ultimato

Para começar o ano



Recentemente, estava me preparando para pregar sobre Isaías 52.7-10. Trata-se daquela maravilhosa passagem, repleta de júbilo, na qual o profeta descreve as sentinelas solitárias, em uma Jerusalém devastada, observando um mensageiro trazendo do leste as boas novas de que Deus está retornando; o exílio está no fim e Deus está a caminho de casa.

Notei, como qualquer pregador faria, que três palavras em nossa tradução começam com “r”. E preguei sobre como o profeta estava incentivando os exilados a perceber que Deus era um rei que reinava, retornava e redimia. Então relacionei o texto com o Novo Testamento e destaquei que a próxima fase do texto, com relação à sua concretização, estava ali. Pois Jesus de Nazaré era (em sua primeira vinda), atualmente é, (em seu governo soberano) e será (em sua segunda vinda) — Deus reinando, Deus retornando e Deus redimindo.

Para pensar sobre a aplicação dessa passagem, fiz para mim a seguinte pergunta: O que significa para mim, aqui e agora, o fato de Jesus ser o Senhor que reina, o rei que retorna, e o Salvador redentor do mundo?

Cristo reinando
Para mim, crer que Jesus está reinando significa que, quando reflito nas verdades do mundo — com todas as complexidades imprevisíveis da rotina internacional, as afirmações e controvérsias e os posicionamentos e arrogâncias do poder militar e da dominação econômica —, preciso constantemente me perguntar como e onde vejo sinais do reino de Deus em Cristo em meio a isso tudo.

Contudo, não é uma tarefa difícil em meio a nosso mundo louco e desordenado? Provavelmente não mais difícil do que teria sido nos dias dos profetas, quando a Assíria, a Babilônia e a Pérsia pareciam governar o mundo. Ou nos dias de Jesus e dos apóstolos, quando o Império Romano dominava o mundo sendo a única superpotência, impondo sua vontade por meio de uma mistura ambígua de superioridade militar implacável, interesse econômico e boas realizações. Pouca coisa mudou. Porém, no meio de toda essa ambiguidade, somos chamados a afirmar que “nosso Deus reina, Jesus é o Senhor (e não César ou seus sucessores)!”. Nisso ponho minha confiança e esperança.

Cristo retornando
Para mim, crer que Jesus está retornando significa que, quando penso nos “lugares assolados” da terra (como as “ruínas de Jerusalém”): a ruína das coisas que Deus criou de forma bela; a destruição da beleza e da diversidade de nosso planeta; a desolação do sofrimento humano sob a brutalidade dos maus; a devastação de vidas e da esperança por meio do HIV/Aids etc. — então me lembro que Jesus é também o rei que retorna. E trago à mente o maravilhoso clímax do Salmo 96:

Regozijem-se os céus e exulte a terra! 
Ressoe o mar e tudo o que nele existe!
Regozijem-se os campos e tudo o que neles há! 
Cantem de alegria todas as árvores da floresta,
Cantem diante do Senhor, porque ele vem, 
Vem julgar a terra; 
Julgará o mundo com justiça e os povos, 
Com a sua fidelidade!
Salmo 96.11-13 (ênfase do autor)

Toda a criação aguarda a volta de Deus, pois, quando ele retornar, colocará as coisas no lugar (o significado de “julgará o mundo com justiça”). Assim, há esperança. Haverá justiça e restauração quando Cristo retornar.

Cristo redimindo
Para mim, crer que Jesus é o Deus redentor significa que, quando penso na quantidade de pessoas que vivem sob escravidão e opressão de todos os tipos — criadas pela pobreza, fome e injustiça, pela violência, assassinato e estupro, pelas garras do vício ou pela absoluta ignorância da verdade libertadora do Evangelho —, aguardo o dia quando todos os confins da terra verão a salvação do nosso Deus. Aguardo o dia quando todos aqueles que se voltarem para ele, necessitados e desesperados, ansiando por sua presença, verão o Redentor como ele realmente é — o Senhor, Rei e Salvador das nações.

Você viu a trilogia cinematográfica de "O Senhor dos Anéis"? Eu assisti aos três e me lembro das multidões fazendo fila para assistir a parte 3. De fato, quer tenhamos lido o livro ou não, sabemos como a história termina — com “o retorno do Rei”. Nós lemos o livro de Deus e também sabemos como a história do universo terminará. Com o retorno do Rei e a salvação, não apenas do “condado”, mas de toda a criação e de toda humanidade redimida de Deus de cada nação do planeta.

Bem, é isso que significa para mim. Mas o que isso significa para as pessoas era o que eu pensava ao preparar meu sermão sobre Isaías 52.7-10 e levar o texto comigo para uma caminhada (como geralmente faço). Estava andando na Tottenham Court Road, perto de minha casa, e pensei: “E para todas essas pessoas nas ruas de Londres? O que significa para elas o fato de Jesus ser o Senhor que reina na história, o Rei que retorna para a criação e o Redentor e Salvador do mundo?”.

A resposta parecia retumbar nas paredes dos prédios: Absolutamente nada. Nada mesmo. Como pode significar alguma coisa se elas não sabem nada sobre isso, nunca ouviram falar de Jesus, se ninguém nunca disse a elas?

E então meu próximo texto também parecia retumbar nas paredes dos prédios, mas dessa vez por meio das palavras de Paulo, que citou Isaías 52.7 em meio a uma lista parecida de perguntas:
 
Não há diferença entre judeus e gentios, pois o mesmo Senhor é Senhor de todos e abençoa ricamente todos os que o invocam, porque “todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”.
 
Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão, se não houver quem pregue?
 
E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: “Como são belos os pés dos que anunciam boas novas!”.
 
Na verdade, não há nada de belo nos pés. A única coisa que faz de um pé algo belo é o fato de estarem calçados com o Evangelho (Ef  6.15). Então eles se tornam pés que pertencem a pessoas que estão assim dispostas:
 
“Vá, diga à montanha” — à montanha da arrogância humana, que Jesus Cristo nasceu e está reinando.
 
“Vá, diga à montanha” — à montanha do desespero humano, que Jesus Cristo nasceu e está retornando.
 
“Vá, diga à montanha” — à montanha da escravidão humana, que Jesus Cristo nasceu e é o Redentor, o Salvador e o Senhor.
Foi assim que terminei meu sermão.
 
__________
Christopher J. H. Wright

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

O compromisso é com DEUS



A maior parte dos compromissos seculares entre os homens é regida por contratos que buscam definir regras que pretendem limitar a ação das partes envolvidas ao âmbito daquilo que foi acordado previamente. Intermináveis pendengas judiciais demonstram que, a despeito das regras impostas pelos contratos, os homens, via de regra, quebram seus acordos e, invariavelmente, dirigem-se aos magistrados para que esses, com base nos contratos firmados, possam determinar qual das partes “comprometeu o compromisso”.

Parece um jogo de palavras, mas é fato que é isso o que ocorre no dia-a-dia de toda a humanidade. Temos notícias de coisas assim acontecendo até mesmo entre irmãos de fé nas igrejas e isso não é de hoje. “Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos?” (1 Co 6:3a).

Quero observar que o comprometimento que um homem de Deus firma ao indicar um outro, irmão ou irmã, para assumir algum cargo no corpo de Cristo, não compromete o seu ministério se ocorrer algum deslize de caráter do indicado a partir daquele momento.

A oração ao Senhor da seara por trabalhadores não cessa e sabemos que o Senhor não dorme e que trabalha por aqueles que nele esperam. Cada um de nós tem o seu compromisso com o Senhor. Não pretendo dizer que devamos ser levianos em nossas indicações ou pretensões de sermos indicados.

Somente honramos ao Senhor quando, sem influência humana, assumimos o verdadeiro compromisso que ele inculcou em nós quando ainda nem mesmo existíamos. Portanto, aquele que indica não deve e nem pode ser responsabilizado por êxitos ou fracassos daquele a quem indicou, pois não é onisciente para prever e não pode reter o livre arbítrio de quem quer que seja.

Em nosso comprometimento com as coisas de Deus, entendo que não sejam necessários acordos e/ou implicações maiores de outras pessoas. Entre nós a responsabilidade não é um compromisso bilateral que devamos cumprir como o mundo o entende.

Mesmo que algo vergonhoso acometa um homem ou mulher envolvido com a igreja, isso não afetará o retorno de Jesus, assim como o encontro dele, nas nuvens, com aquele que indicou o que trouxe o escândalo, desde que, é claro, este tenha combatido o bom combate, acabado a carreira e guardado a fé. (2Tm 4:7)
Paz e bem

Esmero



Um dos significados da palavra esmero é "cuidado para produzir uma qualidade máxima no feitio de algo." Tenho pensado ultimamente sobre isso. Sobre a qualidade com que realizamos nossos serviços. Deixe-me, primeiramente, relatar um conto:

"Há muitos anos, um famoso artista do Oriente, cujas pinturas eram procuradas por empresários e milionários de todas as partes do mundo, recebeu um pedido para desenhar um pássaro raro de colecionador. Como aquele pássaro era muito bonito e ameaçado de extinção, o dono resolveu pagar a esse grande artista para imortalizar a imagem daquele lindo passarinho. Levou-o em uma gaiola e perguntou quanto tempo demoraria para o desenho ficar pronto. O artista não deu uma data precisa, mas, para espanto de todos, o artista demorou mais de um ano, e o desenho nunca ficava pronto. Quando o dono do pássaro desistiu do desenho e, indignado pela demora, resolver ir buscar seu preciosa pássaro, o artista pediu que ele esperasse um pouquinho. Pegou uma folha e, em 20 minutos, terminou o desenho. Então, disse: 'Precisei de um ano de observação diária para conseguir retratar este pássaro'."

Que qualidade invejável a desse artista, principalmente porque é uma qualidade recomendada na palavra do Senhor: "Tudo quanto te vier a mão para fazer, faze-o conforme tuas forças, porque no além, para onde vais, não há obra, nem projetos, nem conhecimento, nem sabedoria alguma" Eclesiastes 9.10. E ainda: "Maldito aquele que fizer a obra do Senhor relaxadamente" Jr 48.10.

Se olharmos para alguns servos de Deus, perceberemos que suas vidas mostraram um grande zelo pelo que faziam. Podemos pensar em José que iniciou seu "ministério" como um pastor de ovelhas e "portador de notícias", pois ajudava a cuidar dos animais e trazia notícias a seu pai sobre como iam as coisas. José era tão dedicado que certa vez, foi em busca de seus irmãos, e mesmo tendo se 'perdido' buscou avidamente por seus irmãos até os encontrar.

A vida de José no Egito também foi admirável. Lembra de seus serviços na casa de Potifar? Posteriormente ascendeu ao palácio faraônico como governador do Egito. Isso me faz lembrar do provérbio: "Você conhece alguém que faz bem o seu trabalho? Saiba que ele é melhor do que a maioria e merece estar na companhia de reis" Provérbios 22.29.

Outro personagem que nos serve de ilustração é o conhecido Davi. Começou também sendo pastor de ovelhas e "entregador de pão"! Lembra-se que ele ia deixar pão aos seus irmãos que estavam no campo de batalha? Lembra-se com que zelo ele cuidava das ovelhas a ponto de enfrentar ursos e leões?... Em um de seus salmos, Davi afirmou:"...pois o zelo pela tua casa me consome" Salmo 69.9. Por fim, o maior de nossos exemplo foi o Senhor Jesus Cristo. 

Este mesmo Salmo de Davi foi aplicado ao Senhor quando entrou no templo e num momento de ira pegou o chicote e expulsou os "trambiqueiros" do templo. O Apóstolo João e os discípulos se lembraram da passagem: "O zelo pela tua casa me consumirá". João 2.17. Estas foram as palavras que eles encontraram para definir a atitude de Jesus. Jesus também dizia: "minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e concluir a sua obra". João 4. 34.

Interessante também que até aos músicos há uma orientação bem específica sobre a qualidade do som: "Toquem com habilidade ao aclamá-lo" Salmo 33.3, em outras versões está escrito: "Tocai bem"

Na adoração, o esmero também é esperado, pois estamos cultuando ao Senhor do Universo. Ele é digno do nosso melhor. A Bíblia afirma que devemos buscar ao Senhor com todo nosso coração, com toda nossa alma e com todas as nossas forças. Será que não está claro que na busca pelo Senhor deve haver esmero? Também nos é ensinado que devemos confiar no Senhor "de todo nosso coração". Não é uma confiança qualquer. É uma confiança máxima, ou seja, de todo o coração. Também é ensinado para que busquemos ao Senhor e o encontraremos "quando o buscarmos de todo o nosso coração". Não é uma mera busca ocasional. É uma busca vital! De todo o coração.

Acredito que ficou bem claro a necessidade de realizar-mos boas obras ao Senhor. Obras de qualidade. Obras do ouro, prata e pedras preciosas. Não obras de palha que são consumidas.

Faço aqui um momento de reflexão sobre meu serviço prestado ao outros e ao Senhor. Sei que estou distante de alcançar o ideal, mas continuo caminhando na trilha do aperfeiçoamento, clamando ao Senhor misericórdia e graça para avançar ao alvo colimado.

E você? como anda seu esmero em seus serviços? Pense nisso!!!!

Deus no exílio


Deus está em missão. Talvez isto soe estranho, afinal, entende-se que a tarefa missionária é uma exclusividade do ser humano. Entretanto, antes de qualquer missão que parta da comunidade cristã, deve-se reconhecer que a missão em si mesmo está enraizada no próprio Deus, e que, ele mesmo se engajou em um incrível drama em busca de sua criatura amada: o ser humano.
 
Toda missão envolve o envio, e o envio relaciona-se com um resgate à distância. Distância que nem sempre se traduz em grandeza física.  Abrange também, esta distância existencial, angustiante e sofrida, estes lugares ermos que a alma se coloca.
 
A narrativa bíblica, em geral, é uma narrativa de exílio e resgate ou cativeiro e redenção. Mas, esta também é a narrativa da humanidade.  Perto dos “rios da Babilônia”, nas celebrações de uma tribo indígena ou nos apartamentos apertados das grandes cidades, os cativos criam ritos, símbolos, cultura e religiosidade. Cantigas, poemas e memória, orbitam sempre ao redor de histórias sobre a terra perdida, o lugar escondido, o jardim secreto ou do grande êxodo. Em troca da angústia do exilado, normalmente oferecem-se utopias, promessas de redenção, mitos divinos e expectativas messiânicas. O sonho do cativo é sempre sair da mão do tirano, liberta-se do opressor, encontrar paz para alma e voltar pra casa.
 
C. S. Lewis sempre emociona quando relata seus olhares para a paisagem e como era acometido por esta sensação de estar perdido. Faltavam-lhe palavras para descrever o grande mistério que lhe acometia. Dizia que para além do horizonte existe algum lugar bucólico e familiar. Quem nunca experimentou este misterioso saudosismo? A saudade de casa, do tempero da mamãe e da mangueira que agora está enorme. Quem nunca sentiu um vazio angustiante e um abismo de dar vertigem, só de pensar que se pode estar muito longe daquele lugar de origem? Longe inclusive de nossas memórias infantis. Certamente este é o lamento dos exilados. O grito dos que “penduraram harpas no salgueiro”, a oração do profeta com os olhos em Jerusalém e o lamento dos anciãos sob o Templo em ruínas. Não muito distante, está o choro do cordelista, que em suas cantigas lembram-se dos saudosos tempos da caatinga. Da viola do sertanejo que se lembra do cheiro do serrado. Quantos cantos de exílio, quantos lamentos entoados em terra estranha!
 
Tudo isso, porque o homem se negou a conhecer Deus em Deus e optou pela jornada independente e pela peregrinação solo. O que se vê na queda?  Homem e mulher aos tropeços, em exílio, vivendo errante pelo mundo. O filho pródigo que foi embora da casa de seu pai. O tombo foi muito grande, agora ficou muito difícil saber o caminho de volta.
 
Missio Dei: como era chamada a “missão de Deus” pelos antigos mestres cristãos.  Deus, sendo rico em misericórdia, desdobrou-se em tríplice amor relacional, único Deus, mas rico em todas as cores de sua diversidade amorosa, graciosa e trinitária. O Pai é o que envia, o Filho é o enviado e o Espírito é o que guia. O Pai envia o que tinha de mais precioso, seu Filho Jesus, expondo-o aos perigos da missão e da angústia, inerentes ao exílio e cativeiro.
 
Na apostolicidade de Jesus, Deus assume para si a tarefa de trazer a humanidade de volta pra casa. Jesus, como Moisés, ou José, abre mão de suas vestimentas reais, para assumir a roupa dos escravos. O Filho de Deus recebeu na sua carne as marcas da missão, o martírio e o sofrimento. Ele absorveu o impacto do julgamento, ele trouxe a ovelha perdida para o aprisco e assumiu a humanidade para si.  Sim, Deus em Jesus, restitui a dignidade humana, a ponto de ser dito aos resgatados: “tendes chegado ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial” (Hb 12:22).
 
Não há plena realização fora de Deus, e não há meios de se chegar a ele, sem vínculos com aquele desceu aos lugares mais baixos para resgatar os cativos.  Está é a obra de Deus, como disse Jesus: “que creiais naquele que por ele foi enviado.” (João 6.29).
Feliz natal!
 
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Igor Miguel, teólogo, pedagogo, mestrando em língua hebraica pela USP (Universidade de São Paulo)

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Ilusionismo ou poder do crer


"Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças".

Essa frase do livro de Filipenses tem alguns ensinos muito especiais para mim, pois fala muito de coisas da minha vida: Ansiedades e pedidos; sempre tenho algum pedido em mente e com isso me gera uma ansiedade enorme.

Paulo nos ensina que não devemos andar ansiosos por nada, por coisa alguma, mas o que mais faço é andar ansioso, é está sempre à espera de algo que nem mesmo sei o que é.

Outra questão, e é onde quero me ater nessa reflexão, é a parte de que “os nossos pedidos” sejam conhecidos por Deus.

Quando eu estou com vontade de ter algo ou comprar algo, logo vou conversar com minha esposa, para saber a opinião dela, e analisarmos nossas possibilidades de adquirir isso ou aquilo. Antes de casar, quando tinha esses desejos ou vontades de comprar algo, eu buscava minha mãe para me aconselhar, para me da o que eu queria ou me ajudar a comprar. Sempre busco alguém para compartilhar.

Quando sonhamos com algo, buscamos logo alguém para compartilhar esse desejo, esse sonho e ficamos alegres quando ouvimos algo positivo dessa pessoa a qual compartilhamos.

Paulo nos ensina a fazer esse mesmo compartilhar com Deus, mas Paulo não está falando apenas do impossível ou de uma cura de uma doença incurável ou algo do tipo, Ele nos ensina que “em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus” e não apenas o que achamos impossível.

Por que não consigo compartilhar com Deus o meu desejo de comer uma boa galinha caipira ou o desejo de comprar um par de sandálias novas? Será que fomos treinados a buscar em Deus apenas o impossível aos homens? Será que Deus é tão impessoal que eu não posso compartilhar um sonho infantil com Ele?

Eu acredito que fui treinado pela religião a acreditar no Deus do impossível e o que for possível eu mesmo vou atrás, pois Deus é ocupado demais para pequenas demandas.

Isso pode parecer confiar em Deus, mas não creio que isso seja confiar no Pai, como Abba, o Papai do céu, pois por mínimo que seja a demanda de uma criança, ela busca logo o pai para resolver, ela não para pra pensar se o seu pai pode ou não resolver aquele problema, ela simplesmente compartilha, fala o que quer, por mais simplório que seja e confia que será feito ou terá alguma resposta.

Quando Jesus Cristo ensina que devemos ser como crianças, realmente temos que acreditar, pois temos muito que aprender com a forma de viver de uma criança.

A religião me fez acreditar em um Deus que faz magicas e não milagres. Magica acontece do nada. Uma pomba sai do meio de lenços ou alguém balança uma varinha e tudo se transforma. É nisso que muitas pessoas acreditam ser milagres, mesmo que não admitindo que pense dessa forma, mas que se fosse assim seria bem mais fácil, pois afinal, Deus é o Deus de milagres.

Milagre acontece quando confiamos, quando compartilhamos. A multiplicação de pães aconteceu dos pães que já existiam e do compartilhar dos mesmos, não surgiu pães do nada como em magica, não foi transformado pedra em pães. Se eu não acreditar que posso compartilhar com Deus, algo simples, como posso ver os milagres das coisas complicadas?

Viver esse versículo, com o legado religioso que nos deixaram, tornam as coisas bem mais difíceis, pois é melhor à magica a acreditar em algo que eu não vejo ou a me esforçar, pois me esforçando não estarei dando espaço para Deus agir, assim é o discurso da religião.

Fiz uma viagem missionaria á  alguns meses atrás, e para mim foi um enorme milagre, foi o impossível dos homens acontecendo por intermédio de Deus, mas não ouve magica, pois não apareceu dinheiro na minha conta do nada sem eu divulgar o projeto ou as passagens não vieram a minha mão sem eu entrar nos site da empresa e compra as passagens e nem fui “tele-trasportado” para aquela cidade.

Milagres acontecem quando acreditamos que ele pode acontecer e a nossa forma de demonstrar que acreditamos em milagres é agindo no que nos cabe, no que está ao nosso alcance. Se você tem um pedido, vá a Deus em oração, fé e ação (agir) de graças que Deus vai fazer o que for impossível a você. Paz e bem 

Por Luiz C Gomes

Lei da palmada


Segundo esse site (LINK), "a Câmara aprovou nesta quarta-feira (14), em comissão especial, a proposta da chamada 'Lei da Palmada', que proíbe os pais de baterem nos filhos. O texto não precisará ser analisado em Plenário, e segue diretamente para o Senado". Ainda segundo o texto, "o projeto não transforma as palmadas em crime, e portanto pais agressores não sofrerão punições mais severas nem correm o risco de perder a guarda dos filhos (...) os pais ou responsáveis que usarem castigos físicos contra crianças deverão ser encaminhados a um programa oficial de proteção à família, a cursos de orientação e tratamento psicológico ou psiquiátrico (...) A proposta também prevê multa de três a 20 salários mínimos para médicos, professores e agentes públicos que tiverem conhecimento de castigos físicos a crianças e adolescentes e não denunciarem às autoridades".

Já se questionou sobre até que ponto o Estado tem o direito de intervir no que se passa dentro dos lares.

Uma especialista em direito de família, afirmou: "A lei confronta o poder familiar, que é o direito do pai e da mãe de exercer sua autoridade".

Muito há do que se falar sobre este assunto, controverso para muitos especialistas.

Acredito que as palmadas que recebi dos meus pais na infância (não muitas, é verdade), até aquelas que deixam a pele vermelha por uns minutos, ajudaram na formação do meu caráter e puseram limites a atitudes erradas que precisavam ser corrigidas/combatidas.

Na Nova Tradução da Linguagem de Hoje da Bíblia, há respaldo para que se interprete que esse projeto de lei é anti-bíblico: "Não deixe de corrigir a criança. Umas palmadas não a matarão (...) Para dizer a verdade, poderão até livrá-la da morte" (Provérbios 23:13,14).

No que diz respeito à educação dos filhos, seguindo a linha do bom-senso e do equilíbrio, também encontramos nas Escrituras:

"E vós, pais, não provoqueis à ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor" (Efésios 6:4) ... "Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não percam o ânimo" (Colossenses 3:21) ... "Corrija os seus filhos, e eles serão para você motivo de orgulho e não de vergonha" (Provérbios 29:17) ... "Corrija os seus filhos enquanto eles têm idade para aprender; mas não os mate de pancadas" (Provérbios 19:18).

Assim, prefiro a orientação Bíblica aos postulados humanistas e relativistas dos dias atuais.

Quem não castiga os seus filhos, talvez até com algumas palmadas, quando estas se fizerem necessárias, corre um sério de risco de vê-los sofrer castigos físicos de estranhos, no futuro, nas ruas ou nas delegacias.

Pelo que entendi desse Projeto de Lei, os pais não poderão usar sequer de uma palmada na mão do filho que insista em colocar as mãos na hélice de um ventilador em movimento, correndo o risco o pai e/ou mãe infrator(es) se sujeitar(em) a penas que variam da advertência à obrigatoriedade de se submeter a acompanhamento psicológico ou programas de orientação à família". Assim, pelo andar da carruagem, se o referido projeto se tornar lei, não haverá mais psicólogo desempregado no Brasil.

Portanto, acho tudo isto um absurdo, pois, como li em certo lugar: “A violência física e os maus tratos já têm há muito tempo o remédio jurídico. Não precisamos de mais uma Lei nesse cipoal legal que já temos, algumas letras mortas inclusive e esquecidas”.

Aprendamos a contar os nossos dias


O Salmo 90 diz: "Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio". Grande parte da sociedade atual vive apressada, correndo de um lado para outro. O tempo cronológico de um dia, dizem alguns, precisaria ter mais do que 24 horas. Mas, se isso acontecesse, o que melhoraria na vida de tais pessoas? Elas seriam mais humanas, mais generosas, menos egoístas, mais amorosas, menos insensíveis, mais solidárias e menos indiferentes?

Quem de nós já não ouviu a seguinte expressão: “É preciso dar tempo ao tempo”. O tempo está diante de nós em todo tempo, resta saber como o temos tratado. Será que não está mais do que na hora de planejarmos o uso equilibrado e saudável do tempo diário? Será que é possível nos libertarmos de uma agenda mortal e enfadonha e nos tornarmos artesãos do tempo? Pare, pense e mude, antes que a vida conjugal desmorone, antes que família fique em frangalhos, antes que a tristeza se torne amiga de travesseiro e o dia um convite à mesmice que não leva alugar nenhum.

Jesus, protagonista dos Evangelhos, tinha muitos afazeres conforme relatam os evangelistas. Entretanto, mesmo com tantas tarefas e com tantas pessoas vindo ao seu encontro para ouvi-lo, serem curadas ou até mesmo ameaçá-lo de morte, Ele não abria mão de seus momentos de oração e de comunhão com o Pai Eterno. Para Jesus a proclamação do reino de Deus era tarefa precípua, mas ela só teria sentido na medida em que fosse fruto de uma relação, tanto de intimidade com Aquele que o havia enviado como também de obediência incondicional a Ele.

Parece que algumas pessoas nos dias de hoje são mais ocupadas do que Jesus era, pois, se não chegam a dizer pelo menos demonstram na prática que não tem tempo para ouvir Deus, assim como não tem tempo para ouvir seus próprios filhos, elevar os olhos aos céus, ouvir o canto dos pássaros e contemplar a beleza da criação. Pare, pense e mude, antes que a vida se torne sem sentido, antes que os dias se tornem um tempo sem prazer, antes que o coração se endureça e se embruteça, antes que o natal aborte Jesus, antes que seus filhos carreguem ao longo da vida a lembrança de que seus pais apenas o geraram, mas não os amaram.  Paz e bem

Por Luiz C Gomes

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Ao alcance da imaginação e da realidade



Imagine-se se os homens e mulheres cristãos assim se dispusessem e guardassem no coração e na alma a motivação para colocar em prática a Palavra de Deus, submetendo-se sem vacilação nem oscilação aos preceitos nela contidos!

Imagine-se se convertidos se vissem introspectivamente diante da conclusão no sentido de que a obediência à Palavra de Deus, ‘inda que sabidamente e misteriosamente dificultosa em razão da malignidade e do pecado que nos rodeia, decididamente não representa utopia em si mesma!

Imagine-se, por exemplo, se deixássemos de roubar, de matar, de fraudar, de corromper, de estuprar, de oprimir, de agredir, de humilhar, de adulterar, de mentir, de espancar esposas, de burlar leis, de sonegar tributos, de trapacear no trabalho!

Imagine-se se no dia-a-dia resolutamente respeitássemos o próximo, sem qualquer mínima acepção, se estendêssemos a mão ao necessitado, se abandonássemos a nauseante estultícia de nos considerar a nós mesmos como superiores aos demais!

Imagine-se se nos ajuntamentos cristãos não fosse exercitada a “arte” da fofoca e da intriga, se ali não se usassem disfarces ou máscaras e não houvesse predisposição astuciosa para atos perniciosos e deletérios praticados à socapa!

Imagine-se, em síntese, se homens e mulheres movidos pela fé se colocassem sem reservas diante de Deus curvando-se à Sua vontade e obedecendo irrestritamente àquilo que por Ele de nós é demandado na Bíblia!

Qual seria a conseqüência prática, palpável e notória que dimanaria de tal postura aos olhos de Deus?

Que nos faria ou nos permitiria ver Deus?

Seria sensato supor e esperar que dos céus bênçãos nos sobreviriam, exatamente como declarado pelo Profeta (Is:58:6-14)?

Seria acertado ter a expectativa de que o muro de separação aludido por Isaías 59:1-2 estaria suplantado e derribado?

Seria sapiente ter no coração e na alma a convicção de que estaríamos em plena harmonia com Deus, lembrando-nos daquilo que registrado em I Samuel 15:22-23?

Seria espiritualmente coerente pensar que, mesmo se perseguidos, ultrajados ou degolados estaríamos em posição privilegiada como cristãos?
Conselheiro Lafaiete - MG

Sempre culpando Deus



"Como falar de evangelização, quando perdermos de vista a importância de ser uma via comunitária de participação efetiva e contundente na reaceitação do próximo. Não paro por aqui, como ser permissivo a defesas ferrenhas em favor de reformas, ou avivamentos se nem sequer discernirmos o quanto o serviço, o discipulado e a práxis constituem a mais e maior expressão no que toca ao papel de ser igreja."

Parei e, então, tive a coragem para, enfim, num surto de transparência, e isso deve e é bom, admitir a quem de fato e direito atribuo as minhas desordens. 

Deixo ser mais específico, falo das mancadas ocorridas em determinado trajeto da minha história. Sem delongas, sonhos e idéias marcados por resultados nada previstos no script. 

Mesmo assim, no porto das boas – notícias, após o cessar daquele ímpeto, ou, como atestam, o nominado primeiro amor, daquela eloqüência por ganhar o próximo, por ser um pescador de almas, por ser partícipe de uma comunhão movida e promovida pelas engrenagens do servir, do ouvir e do tolerar, me vejo numa estranha e hilária síndrome de compensar as perdas e as descobertas.

Digo descoberta, em decorrência de perceber as mazelas, os dissabores, as frustrações e as hipocrisias escondidas nos tapetes do faz de conta e que tudo está bem e assim vou levando um evangelho de aparências. 

Ah, as perdas adentram no sentido de eleger, nomear e carimbar um responsável. 

Aliás, os candidatos podem ser obtidos dentro de um leque de opções. O destino, as potestades, o sistema secular e suas ramificações (econômicas, culturais, políticas, sociais, étnicas e por ai vai), o semelhante. 

Por enquanto finco as estacas, dentro da dimensão evangélica, e reconheço o quanto tenho elegido Deus. Ora, poderá haver melhor culpado pelas perdas, pelas desgraças, pelas falências com a qual me deparei ou me deparo? 

É bem verdade, muitos refutarão as palavras ditas acima e levantaram louváveis argumentações. Para isso, os expedientes teológicos disponibilizam um acervo fartíssimo. 

Mormente todas essas maneiras de tentar diminuir essa constatação, o espelho de forma alguma pode esconder uma face envolta por lágrimas e uma existência de transparência. 

Pra que tampar o sol com a peneira, fingir uma devoção com relação as promessas evocadas nas escrituras sagradas. Por mais que negue, acabo por reconhecer o quanto culpo, e quanto me valho desse artifício, a Deus, sem descartá – Lo totalmente, e incorrer na fantasia de me acomodar com os meus anseios.

Vou adiante, enquanto permanecia diante do espelho, sem nenhuma pieguice, continuo com a postura conveniente de levantar as mãos, de viver um sobrenatural de fachada, de apenas recitar um amontoado de expressões, de apregoar uma liberdade que aspira ser apresentado. 

Desse modo, por meio de simples atitudes e posturas, culpo e condeno a ‘’Deus’’ por um casamento desastroso, por manchas cravadas nos recônditos da alma, por não ter alcançado isso ou aquilo, por não conseguir vislumbrar mais nada de bom, de agradável e justo na Graça. 

Mesmo assim, permaneço, quem sabe, por covardia, ou por comodismo!.

Eis a estampada constatação e, apesar disso, caminho numa relação de resignação e caso ocorra, estarei na eternidade. 

Devo dizer, nada mais do que justo; depois de ser submetido a uma criação enredada por erros que nãos os cometi. 

De certo, a compensação deve ser acolhida! Talvez, por isso, prossiga a deixar as comportas do que, verdadeiramente, sempre quis exclamar, mas mantenho em confidências (Olha Deus, tenho o direito de ser feliz e como a Sua Onipotência, Onisciência e Onipresença estiveram inertes, como se o Senhor estivesse na platéia e omisso, enquanto formava determinadas escolhas, cujos resultados trouxeram fracassos, não posso, diante disto, ser punido ou podado ou levado a uma espera atordoante. Olha Deus, sei que essas colocações são imaturas, até levianas e retratam alguém pra lá de mal agradecido, no entanto, enquanto estava naquela alienação e desintegração do ser, ou perdido nas andanças do pecado, essa sensação de subversão e de procurar um culpado, nunca tinha ocorrido com tamanha ênfase, pujança e impacto).

Pronto, respirei calmamente, lavei o rosto com a água gelada de mais, mais uma manhã de domingo e, por fim, preparado para mais um ritual, a bíblia nas mãos e uma roupagem de uma fé valida estritamente, durante um ínfimo dia na semana. 

Estranhamente, ainda escrevo tudo isso no anonimato e rejeito terminantemente – ‘’o recomeçar do Senhor’’!

Ame e odeie o mundo







“Porque Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para Tessalônica, Crescente para Galácia...”  (2 Tm 4.10)
 
Há uma grande diferença entre amar toda a criação de Deus e amar “este século” (ou ao “mundo”, palavra que ainda nos causa confusão). Defino aquimundo como a produção humana e seu conjunto de experiências que acabam tornando a vida uma loucura, sem espaço para Deus; uma auto-suficiência idólatra onde as pessoas agem como se elas fossem deuses, criando um sistema de vida viciado na busca pelo prazer individual e no pleno exercício da ganância; o humanismo secular.
 
Logo, alguns concluem que devemos nos proteger de toda essa mazela mundana. A implementação disto seria, portanto, viver em uma comunidade isolada e cujo centro é a estrutura eclesial. Criaríamos um gueto alternativo que se exime dos processos da vida social, à margem dos espaços públicos de construção e manutenção, visto que são estruturas possuídas pelo maligno e se envolver implicaria em apaixonar-se por elas, em se misturar com o profano. Sem falar na perda de tempo em tratar de assuntos que não os levaria a um encontro com o “divino”. Outra consequência seria o esmagamento das culturas, a demonização das expressões artísticas e o empobrecimento intelectual. O que resta é uma espiritualização mística doentia fruto de uma polarização platônica e maniqueísta, onde tudo que de louvável existe está no metafísico.
 
Tudo isto não passa de um grande equívoco. O medo da vã paixão não pode paralisar o amor pela criação de Deus, nem deve ser desculpa para nos eximirmos de nossa co-responsabilidade na redenção de todas as coisas. O verdadeiro amor é capaz de nos mobilizar para superar o medo e seguir adiante, exercendo nossa mui santa vocação cristã: a de transformar a sociedade.
 
Lutamos pela transformação da sociedade não porque estamos apaixonados por este mundo, mas porque o cidadão do Reino deve provocar uma influência benéfica natural no lugar onde está. Faz parte de quem o cristão é agir de forma construtiva, sinalizar o Reino e a esperança através do amor. A misericórdia ativa e globalizada está no “DNA” dos filhos de Deus.
 
Somos tentados diariamente a agir como Demas (2 Tm 4.10), a abandonar o front, esquecer da realidade futura do reino. Esquecemos que há um lugar preparado para nós ao qual nenhum lugar se compara e que nenhum homem é capaz de conjecturar. Somos tentados a esquecer que as estruturas deste mundo devem ser transformadas porque são más, que sua aparente beleza e auto-suficiência não passam de engano mortal.
 
Nosso lugar não é na fuga alienante da realidade, mas também não é na paixão por ela (ou na suposta possibilidade de viver uma vida maravilhosa distante de Deus), mas na intervenção transformadora, cumprindo o propósito para qual fomos criados, que é caminhar com o mestre fazendo boas obras de misericórdia.
 
Não amar este século não quer dizer renunciar à felicidade, tampouco deixar de apreciar o que é belo nesta terra, mas saber admirar a criação sem se deixar dominar por ela. Aproveitar cada segundo desta vida olhando através das lentes do próprio Criador, e estar pronto para deixá-la quando Ele assim o quiser. A espiritualidade cristã consiste em humildemente amar a si e amar toda criação de Deus, sem a pretensão de ofuscar o brilho da glória de Deus, de onde emanam todas as coisas realmente belas. 
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Eric Rodrigues, 27 anos, é pastor anglicano