FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

quinta-feira, 17 de junho de 2010

LIÇÕES DO FUTEBOL PARA A FÉ CRISTÃ.

Jesus citou acontecimentos do cotidiano para ensinar preciosas lições aos seus discípulos (Mt 13:10-17). Nosso cotidiano pode contextualizar a fé cristã. Jesus assim o fez e deixou-nos seu aval. Observar o que os homens são capazes de fazer por uma pequena bola ensina-nos boas lições espirituais.

O espírito de equipe. Um time, mesmo com talentos individuais, não compete internamente, seu alvo é derrotar o adversário e alcançar a vitória e a união da equipe é essencial. Percebemos a ausência desse espírito de equipe, dessa unidade na Igreja. Digladiamos ao invés de unir esforços na luta contra o adversário que nos é comum. A unidade fortalece para a vitória e leva a maiores conquistas. O reino dividido não subsiste (Mt 12:25).
A motivação. O que leva os atletas a prosseguirem até o fim? Um troféu, status, dinheiro, paixão pessoal. A Igreja também tem razões para prosseguir até o fim (Mt 10:22; 24:13; Hb 6:11; Ap 2:10, 26; Mt 25:34). Quanto você tem se esforçado para ajuntar troféus na pátria celeste? Deveríamos nos entregar até as últimas conseqüências na conquista de vidas para Deus. Triste é reconhecer que nem sempre é visível o empenho dos fiéis.
O investimento. O investimento é muito alto, o retorno depende do empenho de cada um. Temos a tarefa de alcançar o mundo para Deus investindo nossos recursos, e, se preciso, a própria vida. O empenho e contribuição de cada um é essencial (2 Pe 3:12; Sf 1:14).
A torcida. Todos vestem com orgulho a camisa do seu time e entoa com jubilo o hino. Precisamos hastear bem alto o estandarte do Evangelho, cantar os louvores da pátria celeste e jamais perder a alegria de torcer para que vidas sejam salvas (At 26:18; 1 Pe 2:9). Os anjos são grandes torcedores, e festejam sempre que um pecador se arrepende (Lc 15:10).
Muitos são "convocados", poucos escolhidos (Mt 22:14). É preciso treinar e colocar pessoas certas no lugar certo. Faltas são cometidas. Estrelas despontam. Toda equipe tem um capitão, que não é o melhor jogador mas é o líder do grupo e precisa ser respeitado, porém, não é auto-suficiente, depende dos demais colegas.
Muitos se ferem em jogo, por isso os médicos de prontidão. Na carreira cristã muitos caem, outros chegam feridos, é preciso que a Igreja exerça sua função terapêutica, curando os feridos de corpo e alma e reconduzindo-os ao ministério.
O preparador físico capacita o jogador para entrar em campo. Este precisa estar em boa forma e ter resistência para usar com habilidade sua técnica. O jogador precisa se exercitar, ter uma alimentação saudável, ser disciplinado, abster-se de algumas coisas. Também o cristão precisa de uma boa nutrição espiritual (1 Tm 4:6-10), exercitar-se na piedade e estar preparado para toda boa obra (2 Tm 2:21). Precisa resistir ao diabo e às tentações (Tg 4:7); abster-se do pecado (2 Ts 4:3-7; 5:22; 2 Pe 2:11); examinar-se sempre (1 Cor 11:28); e, usar todo o seu potencial e talento na missão que Cristo lhe confiou.
Um faz gol, outro defende. O gol beneficia a todos, e não apenas a quem o fez. A vitória é de todos, a derrota também. Cada cristão têm a sua importância como membro do corpo de Cristo (1 Cor 12:18-27). Alguns se destacam em algum ministério ou dom, mas a glória não lhe pertence.
O jogo tem ataque e defesa. A Igreja precisa contra-atacar (Jd v. 3), invadir o território adversário e dar-lhe belos dribles (Jd v. 22-23). Aquele que fica na retranca, sem atacar, está propício a tomar gols, afinal, "quem não faz toma", mas toma também os que não zelam pela sua defesa. Biblicamente, nós não temos somente o escudo da fé, que é um instrumento de defesa, temos também a espada do Espírito, que é um instrumento de ataque (Ef 6:13-17).
Por fim, podemos comparar o narrador ao pregador; os ingressos, às literaturas de evangelização; os times, às várias religiões; as torcidas, aos adeptos das religiões, que respeitam e admiram o adversário sem deixar de acreditar que pertence à melhor.
A bola está em jogo, é o centro das atenções. Podemos compará-la às vidas humanas. Os gols feitos são as vidas resgatadas, os gols tomados são as vidas que se perdem. Nós somos os refletores do estádio (ou "a luz do mundo"). O Brasil é o país do futebol, único penta campeão. Mas é também o país que, hoje, tem o privilégio de carregar a "tocha" do Evangelho, e deve mantê-la acesa.
Há mais torcedores que jogadores, mais seguidores que discípulos, e não faltam os desclassificados. O árbitro, nem se compara ao grande Juiz (Is 33:22; At 10:42), que julgará a todos pelas suas obras (Mt 16:27; Ap 20:12-13). A glória do estádio nem se compara à glória que nos espera no porvir (Cl 3:4; Rm 8:18), nem à cidade cujo arquiteto e construtor é o próprio Deus (Hb 11:10; Ap 21:2).
Desejo que você não seja um torcedor que se assenta na arquibancada, mas um jogador que entra em campo e ajuda a conquistar a vitória. Só a esses será dado receber no último dia o troféu de vencedor das mãos do próprio Deus (Ap 3:21; 22:12).

AMAR É ESCOLHER O ESSENCIAL. ( FORMAÇÃO CANÇÃO NOVA )

Há quem se prenda aos erros, deixando de valorizar a
delicious twitter A globalização trouxe inúmeros benefícios ao homem. Atualmente, com extrema facilidade, temos acesso a outras culturas e a informações sobre tudo o que está acontecendo em todo o planeta. Uma quantidade demasiada de informações é despejada sobre nós cotidianamente. Temos acesso a muitas realidades e, consequentemente, corremos o risco de acabar sufocados em meio a toda essa diversidade.
A vida nos apresenta uma multiplicidade de oportunidades. Através da tecnologia tudo se tornou mais rápido e fácil e temos a possibilidade de realizar muitas coisas ao mesmo tempo. Porém, mesmo em meio a muitas possibilidades, para ser feliz, o homem precisa escolher a melhor forma para consumir o seu tempo.
Há quem passa horas navegando e conhecendo, superficialmente, muitas pessoas pela Internet, mas não consegue gastar 30 minutos com alguém que lhe é realmente importante, para que possa se aprofundar nesse relacionamento real. Pois prefere o descompromisso e a irrealidade do relacionamento virtual, que não exige nada, e que, muitas vezes, possibilita a informalidade e a ilusão.
Há quem gaste horas e até dias com amigos, em farras e bebedeiras, mas não tem a capacidade de gastá-las com a família. Há quem tenha tempo para ir ao “Shopping Center”, ao clube, ao bar, mas não tem tempo para ir à Santa Missa. Há mulheres que ficam o dia inteiro no salão de beleza, mas não param para escutar o marido. Assim como há pais que estão perdendo os filhos, porque nunca tiveram tempo para escutar suas “tolas experiências”…
Não existe relacionamento sem diálogo, família sem presença, felicidade sem prioridade.
É muito triste para o homem, no fim de sua vida, perceber que desperdiçou tempo demais com o supérfluo e desprezou aquilo e aqueles que eram essenciais.
Há quem se prenda aos erros, deixando de valorizar a pessoa que está por trás destes. Cargos passam, filhos crescem, pessoas adoecem, despedidas acontecem, o tempo passa… e, um dia, a vida se ausenta.
É feliz quem compreende que pessoas têm mais valor do que coisas; que família é presente de Deus e amizade é uma arte que torna a vida mais bonita.
Amar é escolher o essencial; é dizer o que se deve; é escutar a quem se deve escutar; é estar ao lado de quem necessita de nossa presença; fazer o que é preciso.
Pode ser que para você, hoje, o essencial seja perdoar ou pedir perdão. Pode ser que seja estar em sua casa como os seus, não sei… O que sei é que a vida é bela para quem sabe priorizá-la, e que é no agora que temos a possibilidade de reescrever nossa história, mudando a direção em que empregamos nosso tempo e nossas energias.
Quem ama consegue encontrar tempo para aquilo e para aqueles que realmente são importantes. Quem ama sabe priorizar.
A virtude mora na escolha… certa, é claro. Amar é escolher o essencial.
Adriano Zandoná

artigos@cancaonova.com

Adriano Zandoná Seminarista e missionário da Comunidade Canção Nova. Reside atualmente na missão de Palmas (TO). É formado em Filosofia e está cursando Teologia. Apresenta o programa "Contra-maré" pela rádio Canção Nova do Coração de Jesus, aos sábados das 16h às 18h. Através do site www.arquidiocesedepalmas.org.br também é possível acompanhar aos sábados toda a programação ao vivo .

ECUMENISMO SEGUNDO ( PADRE PAULO RICARDO )

Padre Paulo Ricardo

O primeiro princípio para um católico fazer ecumenismo é que ele seja profundamente católico
Na entrevista desta semana o portal cancaonova.com conversou com padre Paulo Ricardo, reitor do Seminário Cristo Rei da Arquidiocese de Cuiabá (MT), sobre o tema "ecumenismo". Visto que, neste ano, a Campanha da Fraternidade, cujo tema é "Fraternidade e Economia", conta com a participação de outras denominações cristãs. O sacerdote explica o significado desse movimento favorável à união de todas as igrejas cristãs e o perigo de praticá-lo fora das orientações do Concílio Vaticano II.
cancaonova.com: Padre, o que poderíamos definir como ecumenismo?
Padre Paulo: Ecumenismo é um esforço da Igreja de se voltar para aqueles que amam Jesus e que seguem a Nosso Senhor Jesus Cristo. A palavra “ecumenismo” quer dizer “o mundo inteiro” do grego “óikos”, que quer dizer “casa”, na qual nós vivemos, e “óikomene” é “o mundo todo”, ou seja, nós gostaríamos de colocar numa única casa aqueles que amam e seguem a Jesus Cristo. Mas, para isso, é necessário que nós não continuemos nesta triste tradição em que os cristãos se enfrentam continuamente e em tentativas de destruir uns aos outros em verdadeiras “guerras” de religião.
cancaonova.com: Qual a diferença entre ecumenismo e diálogo inter-religioso?
Padre Paulo: O diálogo inter-religioso já é mais amplo. O ecumenismo é o esforço de trazer todos os cristãos para esta " casa" comum, para a única Igreja de Cristo. Já o diálogo inter-religioso está voltado para as religiões que não são cristãs, ou seja, para aquelas pessoas que vivem no paganismo e que ainda não conhecem a Jesus Cristo. Por isso, há uma distinção muito clara, específica, e por uma razão séria é que nós cristãos podemos orar juntos, eu posso de alguma forma orar com uma pessoa de uma comunidade evangélica ou com um irmão de uma Igreja Ortodoxa, mas eu não posso fazer uma oração com uma pessoa que não é cristã pelo simples fato de que nós não estamos nos dirigindo para o mesmo Deus. Por isso é impossível fazer ecumenismo com os pagãos; com estes o que nós podemos fazer é o diálogo inter-religioso. Dessa forma, o diálogo inter-religioso se dá no campo da racionalidade, enquanto o ecumenismo se dá no campo da revelação e da teologia, porque nós cremos no mesmo Deus, que se revela em Jesus Cristo; nós cremos na mesma Escritura Sagrada, nós cremos na Santíssima Trindade, por isso existe muita coisa em comum [entre os cristãos].
cancaonova.com: Padre, quais os princípios católicos para a prática do ecumenismo?
Padre Paulo: A primeira coisa para um católico que quer se envolver com o ecumenismo é que ele seja profundamente católico, porque o amor quando existe e é verdadeiro, não faz com que as pessoas se dissolvam numa espécie de amálgama, numa confusão na qual as duas personalidades desaparecem. Se eu quero amar o outro, é necessário, em primeiro lugar, que eu seja eu. Se eu me colocar em diálogo com outra pessoa e me dissolver completamente, de forma a me tornar uma fotografia dela, o diálogo desapareceu e desapareceu também a realidade do amor, porque esse sentimento exige que haja uma alteridade, ou seja, só existe amor quando há um outro e um diferente.
Então, em primeiro lugar, para que o católico entre no ecumenismo ele precisa ser profundamente católico e também por uma outra razão: porque nós [católicos] estamos profundamente convencidos de que a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo subsiste na Igreja Católica, como diz o Concílio Vaticano II. Isso quer dizer que a Igreja Católica tem tudo aquilo que é a essência da Igreja de Cristo. Enquanto as outras comunidades eclesiais perderam, de certa forma, coisas muito importantes, ou seja, perderam coisas essenciais, perderam coisas da substância da Igreja. Quando eu vou dialogar com um evangélico, por exemplo, eu sei que ele não tem a sucessão apostólica, eu sei que não há uma transmissão do poder apostólico através de bispos de geração em geração. Isso tudo só nós temos dentro da Igreja Católica ou dentro da Igreja Ortodoxa. Nós sabemos que eles também não têm a Eucaristia verdadeira, que acontece por intermédio da consagração feita pelas mãos do sacerdote, assim como sabemos que eles não têm outros sacramentos que necessitam de sacerdotes [para existir]. É por isso que nós, se formos olhar os documentos do Concílio Vaticano II, iremos ver que a Igreja, nos seus documentos oficiais, não chama as igrejas evangélicas de “igrejas evangélicas”, nós as chamamos de “comunidades eclesiais”. Por quê? Porque nelas falta alguma coisa, que é essencial para que haja Igreja, pois sem Eucaristia não há a verdadeira Igreja de Cristo. Eles são comunidades eclesiais que amam Nosso Senhor Jesus Cristo, são batizados e de alguma forma estão ligados ao Corpo de Cristo e estão ordenados para a Igreja de Cristo, mas perderam muita coisa daquilo que é a essência da Igreja de Cristo.
cancaonova.com: Nós estamos vendo nos últimos tempos um movimento quantitativo, em âmbito mundial, de clérigos e leigos anglicanos que desejam estar em plena comunhão com a Igreja Católica. O senhor poderia nos explicar a diferença doutrinal entre essas duas confissões e o motivo desse fenômeno?
Padre Paulo Ricardo: A Igreja Anglicana é a Igreja que surgiu a partir do cisma da Igreja da Inglaterra. "Anglicano" quer dizer "inglês". O rei Henrique VIII queria um segundo casamento e o Papa não lhe concedeu esse benefício porque ele não podia se casar duas vezes. O rei, irritado, rompeu com a comunhão com Roma dizendo que ambos [Roma e o Papa] não tinham poder nenhum sobre as Igrejas nacionais e que cada país tinha o direito de organizar a sua Igreja como bem quisesse. E o rei da Inglaterra então se proclamou como chefe da Igreja da Inglaterra.
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O fato é que esse romper a comunhão com Roma se tornou algo desastroso, porque ao longo dos séculos a Igreja Anglicana foi deslizando cada vez mais para a heresia. Teve início como um cisma e terminou agora com a heresia e, em alguns âmbitos da Igreja Anglicana, há uma tremenda apostasia. A heresia é negar uma verdade de fé; a apostasia é negar todas as verdades de fé. A Igreja Anglicana chegou a um ponto tão baixo e assustador, que os próprios anglicanos estão tendo sérias dificuldades de permanecer nela. Por exemplo, ela tomou atitudes radicais, como aceitar o divórcio, aceitar a união de homossexuais, e não só aceita padres casados como também aceita o divórcio destes padres. Essa Igreja chegou ao ponto absurdo de aceitar bispos e padres homossexuais praticantes no seu clero. E também rompeu com a tradição de mais de 2000 mil anos ordenando mulheres “bispos”; eles não exigem mais que seus fiéis participem da igreja todos os domingos e também não exigem mais a moral sexual da Igreja de 2000 mil anos. Então, só dessa lista de coisas que a Igreja Anglicana anda fazendo, você já percebeu que ela é a Igreja dos sonhos do mundo moderno, ou seja, tudo aquilo que é de mundano e moderno, encontrado na sociedade atual, ela introjetou, mas com um problema: o mundo moderno não vai à igreja, pois quem vai à igreja são os cristãos que querem a fé de 2000 mil anos.
Se você é cristão hoje saiba: você é conservador. Você está querendo conservar uma tradição e uma fé de 2000 mil anos, enquanto que o mundo moderno faz de tudo para destruir essa fé. A Igreja Anglicana tornou-se uma Igreja revolucionária e é por isso que muitos bispos, sacerdotes e leigos anglicanos querem voltar para casa, voltar para a Igreja Católica. A Igreja Católica está abrindo os seus braços para esses anglicanos, mas para que voltem à plena comunhão com ela [Igreja Católica] exige-se dos anglicanos que eles professem a fé que está contida no Catecismo da Igreja Católica. Achei isso interessante porque eu me pergunto se alguns padres e líderes da Igreja Católica de hoje estariam em plena comunhão com a Igreja Católica, ou seja, se todos os nossos padres e todos os nossos leigos podem assinar um juramento dizendo: “Eu creio em tudo o que está contido no Catecismo da Igreja Católica”. Eu tenho lá as minhas dúvidas!
cancaonova.com: Neste ano a Campanha da Fraternidade é ecumênica. Este tema no Brasil já conquistou o seu espaço ou ainda é visto com uma certa resignação por parte dos cristãos em geral?
O ecumenismo no Brasil tem uma certa dificuldade em dois sentidos. O primeiro sentido é que as igrejas evangélicas no Brasil têm sua origem calvinista e o calvinismo deixou marcas muito profundas de anticatolicismo em todas as igrejas que nós temos aqui no Brasil. A maior parte das igrejas com as quais nós temos conseguido ter um diálogo ecumênico são aquelas que, embora tenham um passado calvinista, já conseguiram diminuir um pouco este "ranço" anticatólico, sobretudo, as igrejas de confissão luterana que, de uma forma geral, estão mais abertas ao diálogo com os católicos. A segunda realidade é que (esta é a minha opinião) nós não deveríamos começar o ecumenismo rezando juntos nem tendo atividades em conjunto, o que nós precisamos na verdade é ter um amor mútuo, é começar nos amando e nos querendo bem, porque se não houver um amor de base de nada vai adiantar grandes projetos e grandes atividades. Talvez, neste sentido, a Campanha da Fraternidade seja um passo positivo, pois a iniciativa é também uma ação, e quando um católico e um evangélico se unem para fazer o bem fraterno para a pessoa necessitada, talvez aí nós encontremos um caminho para que juntos amemos Cristo presente no pobre e no necessitado e quem sabe nos amemos mais uns aos outros.
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No entanto, não devemos ser ingênuos, pois tudo isso é um esforço e o esforço só tem sentido se estiver enraizado numa convicção profunda de que existe uma Verdade. Aqui também é uma das mazelas do ecumenismo atual, pois ele sofre de um relativismo, ou seja, a verdade não existe e muitos dizem: “O que importa é que nós, juntos, vamos construir a verdade”. Mas isso não é verdade, porque a Verdade existe, Ela se encarnou, é objetiva e real. Somente se formos profundamente obedientes a Ela haverá verdadeiro ecumenismo. Ecumenismo não é quando fazemos um congresso e voltamos para ver a opinião majoritária e todos assinam a opinião majoritária. O ecumenismo se dá quando a Palavra de Deus é levada a sério e verdadeiramente acolhemos, em obediência, esta única Palavra. Ecumenismo, então, não é convenção, não é relativismo, é obediência à Palavra de Deus.

terça-feira, 15 de junho de 2010

O QUE NOS IDENTIFICA COMO CRISTÃOS

A palavra cristão nasceu em Antioquia quando Barnabé e Saulo durante todo um ano reunia na igreja e ensinava a palavra de Deus naquela cidade, então naquele lugar pela primeira vez na história da igreja os discípulos de Cristo foram chamados de cristãos, (At. 11.26).

A igreja de Antioquia era missionária, enviou Barnabé e Saulo na primeira viagem missionária da história da igreja, conforme relata Lucas. Interessante é que o evangelho chegou a Antioquia por causa da perseguição que houve nos primeiros anos do cristianismo onde Saulo era o principal perseguidor, consentindo na morte de Estevão e na prisão e perseguição de muitos outros crentes.
O contexto não era somente de perseguição, mas também de fome em todo o mundo conforme nos informa as escrituras. Meio a isso identificamos um grupo que resolveu enviar socorro aos necessitados que morava na Judéia. Esse grupo é chamado de cristãos, pois não tinham preconceito, tantos judeus, gregos, bárbaros eram evangelizados.
O verdadeiro cristão não importa se será maltratado como aconteceu com muitos na época que Herodes reinava. Muitos morriam como foi o caso de Estevão, Tiago, Pedro e outros discípulos de Cristo que não se submeteram ao estado quando se tratava de privar os irmãos de anunciar o evangelho, visto que a lei era que não se pregasse o evangelho.
Penso que para ser cristão hoje devemos ser como Tiago que morreu, mas não negou o evangelho de Cristo não deixou de falar dos pecados da humanidade da sua época, de se levantar contra as mazelas do mundo, ou como o apóstolo Pedro mesmo estando preso sujeito a ser morto também, com as mãos e pés amarrados sabia que a obra era de Deus e Deus agiu na hora precisa enviando o anjo e o libertando da prisão para continuar a obra do Senhor.
Embora a lei do país fosse contra a pregação das verdades do evangelho, a igreja de Antioquia estava em oração, anunciando e sustentando os que tinham necessidades. Por isso eles foram chamados de cristãos, pois estavam dispostos a pagar com a própria vida para que a palavra de Deus fosse anunciada a todas as pessoas.
Havia mudança na sociedade, se o estado não suprisse a fome das pessoas os crentes se reuniam e supriam. Por isso eles eram chamados de cristãos. Se o missionário não tivesse condições de ir a outro país para anunciar o evangelho, a igreja se reunia e os enviava. Por isso eram chamados de cristãos.
O que nos define como cristãos? Como o mundo hoje identifica os seguidores de Cristo? A terminologia que eles dão aos crentes hoje poderia servir de identificação para nós? Os irmãos de Antioquia foram chamados de cristãos pelos inimigos do evangelho, não foram os discípulos que criaram esse termo.
No decorrer da historia da igreja os crentes receberam outros apelidos, como “protestantes”, “bíblias” e outros nomes. Hoje são chamados de que? O número dos que se dizem cristãos tem aumentado a cada dia, ser evangélico virou moda, mas isso tem trazido alguma mudança para a sociedade? O que nos identifica como cristãos?

A DIFERENÇA.................

"Todo cristão ou é um missionário ou é um impostor." (Spurgeon)

Há uma grande confusão entre três conceitos totalmente opostos e que muitas vezes são interpretados ou realizados como sinônimos.
Mas a diferença entre filantropia, politicagem e missões são enormes e muitas vezes, um conceito anula o outro.
Politicagem: Política reles e mesquinha de interesses pessoais / Atos de politiqueiros / De ordem ordinária, mesquinha / Maneira hábil de agir; astúcia; civilidade
Filantropia: Sentimento que leva os homens a ajudar os outros. Relacionado á altruísmo: amor desinteressado ao próximo.
Missões: Encargo, poder dado a alguém para fazer alguma coisa: cumprir uma missão, função ou poder que se confere a alguém para agir.
Ser um missionário é a única razão pelo qual estamos vivos, cumprir nosso chamado. Fazer o bem ao próximo e amar não deve ser movido por um sentimento, é uma escolha que deve ser tomada mesmo em meio a falta de vontades ou sentimentos que impulsionam a realizar o amor ao próximo. Escolhas nem sempre são confortáveis ou agradáveis á natureza humana. Amar é escolha. Ser um missionário é dar a vida em prol de representar o amor de Cristo, é a abnegação de tudo.
A filantropia por si só, é nula, pois somos justificados pela fé, e não pela obra, a fé sem obras é nula, mas a obra sem o intermédio da fé, também é. Se a filantropia realmente fizesse alguém uma pessoa boa, todo homem que bate na mulher, explora os funcionários e esquece dos filhos, iria garantir um lugar no céu com umas 20 cestas básicas que ele distribui para uma creche no fim de ano.
É ai que também entra a politicagem, que não acontece apenas com políticos do governo que dão de dentadura á brinquedos de natal para conseguir um bom status e moral elevada para alcançar benefícios para si. É muito comum alguém visitar uma comunidade carente ou um país subdesenvolvido e colocar várias fotos na Internet com uma criança miserável no colo ou em frente a um barraco fazendo cara de triste, não para mostrar a obra que está sendo feita como testemunho, mas para ganhar uma moral de "santo" e "pessoa boa" e quem sabe garantir comentários como: "parabéns amado(a), você está sendo mesmo usado pelo Senhor!". Ganhar moral através de uma obra egoísta e em benefício próprio pra fazer bem pro ego. Farisaísmo.
Não acredito que seja bom dizer após fazer um bem para o próximo: "fez melhor pra mim do que pra eles, vou dormir tranquilo hoje". Deveria ser o contrário! Isso é egoísmo, não é ajudar ao próximo, é ajudar a si mesmo, o beneficiado maior é o indivíduo em si que usa um suposto ato de bondade como terapia. Ajudou um necessitado? Sim, mas isso não tem valor nenhum quando se refere a eternidade.
O certo seria ficar incomodado, perder o sono, não buscar a tão almejada "paz interior" buscada na filantropia, mas obter por consequência a paz que vem do Espírito Santo que é fruto da realização do chamado, a paz que habita mesmo em meio a um incômodo gigantesco que sente a dor do próximo e não apenas a acalma.
De que adianta mil madames realizarem filantropias mensais se a prioridades delas no mês é renovar a coleção de maquiagens e o estoque de sapatos do armário?
Não é errado renovar um guarda roupa, mas você estaria disposta a abrir mão deste gasto para investir mais em ajudar quem precisa?
Você deixaria necessárire e chapinha de lado para visitar e passar um tempo com uma comunidade carente?
Se no mesmo dia te convidassem pra dar uma palavra pra meia dúzia de moradores de comunidade ribeirinha e em uma mega igreja famosa e lotada, em qual você escolheria ir?
Você, servo do senhor, abriria mão de deixar sua igreja no topo das igrejas mais bonitas e estruturadas fisicamente para investir em missões?
A politicagem anula a missão, a filantropia sem missão, é nula.
Cria-se então, uma missão impostora.

A BASE PARA NOSSA CAMINHADA

É muito massa ser cristão e contribuir para amenizar as injustiças do nosso contexto, do nosso dia a dia. Ser um cristão apático, uma pessoa individualista, ainda é uma herança que carregamos devido a história do cristianismo, mas, a cada dia, a cada ano, temos percebido que o cristianismo que atua na sociedade tem crescido e influenciado às comunidades.


Porém, não adianta ser um cristão engajado, alguém que luta por causas, por projetos e por vidas se perdermos algo que é vital para a nossa alma, para a nossa caminhada.
Se perdermos de vista a Palavra, a Bíblia, corremos o sério risco de sermos mais um grupo que busca viver um mundo melhor. Corremos o risco de buscarmos as nossas próprias causas e não as causas do Cristo.
Claro que precisamos ser gratos às ONGs, às associações que cuidam das injustiças e promovem a Paz. Elas, mesmo que não saibam, são uma expressão de Deus para o nosso planeta. Porém, nós, cristãos conscientes da presença de Deus na nossa vida, não podemos nos afastar da leitura da Palavra, do relacionamento com o Criador.
Se fizermos isso, corremos o sério risco de nos distanciarmos do nosso objetivo que é ser um proclamador do Evangelho, de Jesus, do Cristo. Essa é nossa maior missão como um discípulo de Jesus.
Como cristãos conscientes, precisamos, cada vez mais, proclamar o Evangelho de Jesus pois esse foi o desafio que recebemos. Ações precisam acontecer porque, segundo Tiago, uma fé que não realiza boas obras, é contraditório. A fé nos impulsiona com ousadia a caminharmos e a buscarmos sensibilidade para proclamar o Evangelho através das nossas ações e assim preservar o que há de mais valioso para o Criador: Vidas.
Para isso, encontramos na Bíblia uma inesgotável fonte de Sabedoria. Leia a Bíblia! Realize seus projetos, seus sonhos mas tenha como pano de fundo, como base para sua caminhada a Palavra, pois, só assim, você poderá construir um relacionamento, uma caminhada com o Criador e, a partir dos seus projetos, proclamar o Evangelho de Jesus Cristo.