FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009


O fim de semana e a culpa de quem não sabe ficar à toa

Se “o trabalho é chato, a escola é chata e a própria Bíblia se refere ao trabalho como uma maldição”, viva o fim de semana.

As aspas que abrem essa prateleira foram retiradas da afirmação do sociólogo Luiz Octávio de Lima Camargo, nas páginas amarelas da revista Veja (30/06/1993). Mistura uma boa dose de observação e prática acadêmica com alguma bobagem e desconhecimento do texto bíblico. A leitura apressada de Gênesis 3.14-19 contribui para o equívoco. Ali, o trabalho não é amaldiçoado, ao contrário do que muitos crentes também pensam. O que aparece no texto é um elemento novo: a dor, o suor, a dificuldade. O trabalho continua. O mandato cultural é repetido logo depois. Aliás, a Bíblia começa e termina com Deus trabalhando. Primeiro em um jardim; depois em uma cidade.

É verdade que a negação do trabalho parece conspirar contra os dias “úteis” da semana. O que nos resta de alegria ou prazer, separamos para os dias “inúteis”. Vivemos uma contagem regressiva entre um domingo e outro. E é exatamente sobre Os Outros Seis Dias uma das mais importantes obras do conhecido professor do Regent College, no Canadá, Paul Stevens. Trabalho, vocação e ministério recebem uma análise poucas vezes vista, tanto biblicamente, como também vinculada às tendências do mercado de trabalho e ao papel dos leigos.

Para não dizer que não falamos do ócio criativo, outra recomendação para o fim de semana é Trabalho, Descanso e Dinheiro — uma abordagem bíblica, que trata cada uma dessas questões. Da “chatice” do trabalho à “adoração” do descanso.

Por último, que trabalho você acha que vai fazer no céu? Bem, é sobre isso e outras coisas “mundanas” o lançamento A Espiritualidade na Prática — encontrando Deus nas coisas simples e comuns da vida. Aqui, mais uma vez Paul Stevens mostra uma abordagem surpreendente da espiritualidade cristã. E, claro, um dos capítulos do livro é... sobre o sono. Nas palavras do autor, “não podemos nos dar ao luxo de dormir se estamos administrando o mundo, se nos levamos muito a sério”. Mas, ao contrário, se confiamos em Deus, o salmista nos dá uma dica: “Eu me deito e durmo, e torno a acordar, porque é o Senhor que me sustém. Não me assustam os milhares que me cercam”.

Tenha um bom fim de semana

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

CRESCENDO EM ESTATURA, SABEDORIA E GRAÇA.


Como terá sido a infância de Jesus? A Bíblia não diz muito sobre isso. Um dos poucos episódios é aquele em que o menino, com 12 anos de idade, vai com a família à festa da Páscoa em Jerusalém e acaba ficando por lá. O desespero dos pais em sua procura contrasta com a tranqüila presença de Jesus no templo, onde, conforme o relato de Lucas, todos “ficavam maravilhados com o seu entendimento e com as suas respostas” (Lc 2.47). No final, ele faz um resumo significativo sobre o crescimento desse adolescente: “Jesus ia crescendo em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens” (Lc 2.52).

O evangelista junta diferentes dimensões da adolescência de Jesus e fala do seu crescimento diante de Deus e diante dos olhos humanos. Assim, sobre ele se poderiam ouvir comentários comuns à vida de qualquer criança ou adolescente: “Como você está adiantado para sua idade!”; “Nossa! Como esse menino cresceu!”... Mas também haveria comentários sobre uma “estranha intimidade” dele com Deus, na qual se começava a discernir um caminho de vocação que enriquece a vida e co-constrói a sociedade. É muito bonito perceber esse crescimento harmônico e integrado na vida do jovem Jesus.

A fé cristã é assim. Ela envolve a pessoa por inteiro e afeta todas as áreas da vida. Ela é significativa, tanto para crianças como para idosos, tanto para o indivíduo como para a comunidade. Ela abrange tudo o que somos: nosso coração, envolvendo nossos sentimentos; nossos pés, determinando nossos caminhos de vida; nossas mãos, numa expressão de nossas habilidades artesanais e construtoras; nossos braços, expressando-se em acolhimento e abraço; e nosso conhecimento, como expressão da nossa capacidade de entendimento.

Na história das missões modernas, por exemplo, vê-se bem como isso se corporificou. Apesar de todos os intentos civilizatórios que caracterizaram essa história, acontece a mobilização não somente do evangelista, mas também do médico, do enfermeiro, do agrônomo e do educador. Junto com a decisão de traduzir a Bíblia havia também o empenho por promover o crescimento integral das pessoas. Assim, na estação missionária, havia não somente uma igreja, mas também uma escola e um hospital.

Hoje, como ontem, se vê a importância do crescimento integral. Um conhecimento que integre as diferentes dimensões da vida e que passe pela veia da educação, seja ela formal ou informal. Uma educação que ensine as letras, que ajude a descobrir o mundo, o outro e a si mesmo, e que se torne um instrumento central na construção da sociedade. O que aconteceu com Jesus — educado nas letras do Antigo Testamento* e aprendendo a ler, a conhecer a história do seu povo e a projetar a vivência da sua fé para dentro da sua realidade — precisa acontecer com os filhos do nosso tempo.

Meta do Milênio 2
Ao abordarmos a segunda Meta do Milênio — Educação básica e de qualidade para todos — nos sentimos absolutamente em casa, pois é exatamente para isso que a fé cristã nos empurra. É porque a fé busca o entendimento que queremos que todos conheçam o caminho das letras, entendam e participem da sociedade e encontrem nela caminhos dignos de vida, trabalho e construção social.

O objetivo desta meta é que até o ano 2015 todos os meninos e meninas tenham acesso à educação básica e a completem. Neste particular o Brasil vai bem, e os dados do IBGE indicam que no final do século passado 96,9% das crianças de 7 a 14 anos estavam na escola. Nosso grande desafio é que, além de achar o caminho da escola, as crianças permaneçam lá e sejam alfabetizadas. O fato é que, de cada dez alunos que concluem a primeira série, apenas três estão alfabetizados de forma satisfatória. A não-alfabetização é a maior causa do abandono e da reprovação escolar nos primeiros anos do ensino fundamental. Alunos não alfabetizados são estigmatizados, têm a auto-estima comprometida e acabam abandonando a escola.

Investir na educação é uma tarefa básica de governo; e ele precisa passar de 4% a 8% do PIB até 2011, para que até 2015 esse objetivo do milênio seja alcançado. Outras instituições, como a Visão Mundial, também precisam e investem na educação. Assim, para quem trabalha com crianças, a ida e permanência delas na escola é um indicador não só de um trabalho bem feito, mas de uma criança que se encaminha para uma vida digna e com sentido.

As igrejas têm responsabilidade com a educação. Além de manter bons programas de “culto infantil” para os nossos filhos, devem expressar essa responsabilidade também num posicionamento na sociedade que busque proporcionar educação para todos. Não raro, isso passa pela criação de programas de educação, principalmente na periferia das cidades e nas áreas esquecidas da nossa sociedade.

Além disso, é responsabilidade da nossa empresa missionária colocar o objetivo da educação no seu “kit ministerial”. Assim, o despertamento de educadores para o campo missionário nunca será esquecido e a educação será priorizada onde quer que formos.

Alcançar esta “meta do milênio” é, pois, também a meta daqueles que abraçam a fé e são convidados e desafiados a crescer em sabedoria, estatura e graça.

Nota
* Em Deuteronômio 4.9, por exemplo, está escrito: “Apenas tenham muito cuidado! Tenham muito cuidado para que vocês nunca se esqueçam das coisas que os seus olhos viram; conservem-nas por toda a sua vida na memória. Contem-nas a seus filhos e a seus netos”.

ORANDO NO ESPELHO


Precisamos orar pelo país. Temos esquecido de incluir o Brasil em nossos programas de oração. Deixamos nosso povo e nossos governantes sem cobertura. Dá no que dá.

Deus fez sua parte. Somos um país “abençoado por Deus”, com imensas riquezas naturais, terras férteis, clima ameno etc. Falta orar por nosso povo e por nossos governantes.

Penso logo numa lista de pedidos.

Gostaria de poder comprar jornal numa caixa na calçada, onde coloco o dinheiro e pego o jornal, sem necessidade de vigias.

Gostaria de poder tirar uma simples cópia, sem ter de pedir ao encarregado da chave do armário do papel da copiadora. Gostaria de não ter de trancar na gaveta, todo fim de expediente, meus papéis, réguas e canetas. Sem tranca, tudo desaparece, da noite para o dia.

Gostaria de ver os gramados de Brasília sem aqueles milhares de trilhas no gramado. O povo não usa as calçadas que não coincidam com a linha reta que pretendem traçar ao seu destino.

Gostaria que meus vizinhos usassem a sua própria água para lavar o carro, e não fizessem “gatos” na água do condomínio. O mesmo para a luz, a tevê a cabo e até linhas telefônicas.

Gostaria que as pessoas fossem pontuais. Que simplesmente chegassem na hora marcada. Perderíamos menos tempo na vida, esperando por gente que acha que tem o direito de nos fazer esperar (se reclamamos, dizem: “relaxa!”).

Gostaria que todos os motoristas que encontro nas ruas tivessem carteiras legítimas e soubessem as regras de trânsito. Que a compra de carteiras, certidões, diplomas, atestados e tudo o mais não fosse algo “normal”.

Gostaria que alguém se escandalizasse quando um político entra de licença médica, como recurso “de praxe” para se afastar. Que alguém pedisse uma junta médica para verificar se ele realmente está doente.

Gostaria que o meu presidente soubesse alguma coisa do que se passa fora do seu gabinete, no país que diz governar, por exemplo. Mas ele repete que não sabia.

Gostaria que Roberto Jefferson e Fernando Collor não mais se apresentassem como “garotos-propaganda” de um partido, como se fossem referências nacionais.

Gostaria que Marta Suplicy deixasse de pensar só “naquilo”. Em especial, quando se fala de crise na aviação. “Relaxar e gozar” durante um estupro, na boca de uma ministra de Estado, só pode ser o fundo do poço moral de uma nação. Se ela não puder mais ser mudada (nem com oração), que seja retirada do cargo.

Quanta matéria de oração, para melhorar nosso país! Imagino que lhe ocorram muitas outras, leitor.

Será que Deus consegue?

Bem, a resposta encontraremos no espelho. Ao pensar nesses “pedidos de oração”, vale perguntar: é por essa imagem no espelho que estou orando? Não seria o caso de usar, então, “nós”, como fez Neemias?

Estejam, pois, atentos os teus ouvidos, e os teus olhos, abertos, para acudires à oração do teu servo, que hoje faço à tua presença, dia e noite, pelos filhos de Israel, teus servos; e faço confissão pelos pecados dos filhos de Israel, os quais temos cometido contra ti; pois eu e a casa de meu pai temos pecado. Temos procedido de todo corruptamente contra ti, não temos guardado os mandamentos, nem os estatutos, nem os juízos que ordenaste a Moisés, teu servo. (Ne 1.6-7)

Devemos orar pelo Brasil. Deus responderá se, com temor, suplicarmos por esse povo que vemos no espelho.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

CATEQUESE: CAMINHAR É PRECISO.


O texto inspirador (Lc 24, 13-35) para as atividades do Ano Catequético Nacional 2009 oferece-nos uma reflexão muito profunda sobre a experiência dos discípulos de Emaús e sobre os caminhos que devemos percorrer para ser discípulos de Jesus, hoje. O texto-base traz-nos um aprofundamento indispensável sobre o referido texto bíblico, que transcrevemos a seguir:
"A idéia de caminho indica o método de comunicação que Deus utiliza para a revelação que se dá através da história do povo que ele escolheu para si (cf. Ex 3, 7-15)". Hoje, a descoberta de Deus, em nível pessoal e comunitário, se faz no decorrer da história de cada um e da comunidade eclesial. É um processo de crescimento na fé ao logo do caminhar da vida. Catequistas e catequizandos crescem e aprendem durante a vida inteira. Cada membro da Igreja sente-se interpelado pelo Senhor, que se manifesta de muitos modos, impulsionando cada um o caminhar sempre com ele na construção do seu Reino.



As dificuldades da vida fazem parte do caminho. A vida necessita ser vivida com horizontes pela frente, com esperança e sonhos. Quando se caminha com esperança, as pedras do caminho não são tropeços de caminhada, porque a luz do horizonte é maior, mais ampla e ajuda a ultrapassar as pedras. É o que Jesus fez com os dois discípulos, que caminhavam rumo a Emús.



Jesus é o modelo de caminhante. Era um pregador itinerante, que evangelizava pelos caminhos de sua terra. Ele mesmo se definiu como o caminho (Jo 14,6).



Os primeiros cristãos se consideravam seguidores do "caminho" (cf. At 9, 2; 18,25-26).



As primeiras comunidades eram formadas a partir de discípulos e discípulos que caminhavam de uma cidade a outra, espalhando a Boa Nova do Reino de Deus.



Em sua caminhada, Jesus freqüentemente toma a iniciativa de se aproximar. Torna-se presença na vida dos discípulos, acompanha-os... Ao longo de seu ministério caminha com eles entre a Galiléia, Samaria e Judéia em direção a Jerusalém (cf. Mt 4,23-25).



Neste caminhar, Jesus instruía os discípulos, falava do Reino, curava doentes, explicava com gestos e palavras um novo modo de viver a fraternidade, o respeito à dignidade da pessoa, o relacionamento entre eles e a proposta do Reino.



No inicio da igreja, ainda no tempo dos apóstolos, a temática do caminho estava tão assimilada e colocada na prática, que se transformou na identidade da própria igreja (cf. At 9,2). Estar no "caminho" era assumir a proposta de Jesus. O caminho apontava para a comunidade, a fração do pão, a caridade, a instrução na doutrina dos apóstolos. O objetivo é anunciar a Boa Nova e criar comunidade de discípulos e discípulos, que viviam ao estilo de Jesus, que está no meio deles, vivo e ressuscitado, e se tornem missionários.



A garantia da fidelidade a Jesus caminho exigiu textos de referências sobre Jesus, sua mensagem e missão, daí resultaram os escritos do Novo Testamento. Surgiram textos doutrinais, um deles a Didaqué (ano 165 d.C.), testemunho literário da transmissão do depósito da fé, dos apóstolos à primeira e segunda geração, que fundamente a instrução da comunidade: os dois caminhos o da vida exige amor de Deus e ao próximo, e o da morte que conduz à perdição (Did 1,1)



Através da história, com a mesma inspiração do Espírito Santo, a igreja foi definindo seu ser, crer conviver, agir e celebrar, resultando o denominado "deposito da fé". O concilio Vaticano II (1962-1965), ao responder às perguntas: "O que é a igreja? Qual a sua missão?", retornou `a idéia de caminho e a denominou como peregrina (cf. LG, 50), comunidade que caminha no mundo e com o mundo a serviço do ser humano, orientada pelos valores evangélicas (cf. GS,3).



Como conseqüência do mesmo concilio, a ação da igreja é descrita como: a caminhada, como resumo das ações pastorais, das comunidades e da Igreja como um todo, significando mais do que uma palavra, um modo de ser Igreja, que vai ao encontro das pessoas, que sai de si e parte a caminho. O documento Catequese Renovada (1983) dá um novo enfoque à catequese, configurando-a como itinerário (CR, 281) ou uma caminhada (cf. CR, 284), e não somente como instrução, pois todos os fiéis têm direito e necessitam de percorrer o itinerário cristão, que inclui o compromisso com Jesus, a Igreja e a missão, visando a atingir a maturidade em Cristo (cf. Ef 4,6).



O Diretório Nacional de Catequese (2005) reforça e amplia a catequese como um itinerário (DNC, 34) e afirma: "A fé é como uma caminhada conduzida pelo Espírito Santo, a partir de uma opção de vida e uma adesão pessoal a Deus, através de Jesus Cristo, e ao seu projeto para o mundo".



Refletir e Agir:



A catequese em sua comunidade tem sido um caminho ou uma parada para a preparação dos sacramentos? Na maioria das paróquias há um numero maior de crianças para o batismo, durante o ano. O número de catequizando decresce na 1 Eucaristia. Fica mais reduzido na Crisma. Para que a catequese seja um caminho, é necessário:



- Planejar a catequese para crianças, adolescentes, jovens, adultos.



- Preparar catequistas para atuar, em cada nível.



- Conscientizar a comunidade de que a catequese é responsabilidade de todos, e é permanente.

PAPA SAI EM DEFESA DA VIDA E DA FAMILIA


Bento XVI recebeu no Vaticano o novo embaixador do Brasil, destacando convergência de princípios



Bento XVI defendeu esta Segunda-feira, no Vaticano, uma ética que “não deturpe e proteja a existência do embrião e o seu direito de nascer”, sobretudo no que diz respeito às “experiências biológicas”.



O discurso do Papa foi pronunciado na recepção das cartas credenciais do novo embaixador do Brasil na Santa Sé, Luiz Felipe de Seixas Corrêa, defendendo a necessidade de “reconhecer de maneira explícita a santidade da vida familiar e a salvaguarda do nascituro, desde o momento da sua concepção até ao seu termo natural”.




Nesta ocasião, Bento XVI quis reiterar “a esperança de que, em conformidade com os princípios que zelam pela dignidade humana, dos quais o Brasil sempre se fez paladino, se continuem a fomentar e divulgar os valores humanos fundamentais”.




O Papa sublinhou a “convergência de princípios” com o governo do Brasil “no que diz respeito às ameaças à Paz mundial, quando esta se vê afetada pela ausência da visão de respeito ao próximo em sua dignidade humana”.




“O recente conflito no Médio Oriente prova a necessidade de apoiar todas as iniciativas destinadas a resolver pacificamente as divergências e faço votos de que o vosso Governo prossiga nesta direção”, disse ao embaixador brasileiro.




Segundo Bento XVI, “os objetivos, o da Igreja, na sua missão de natureza religiosa e espiritual, e o do Estado, apesar de distintos, confluem num ponto de convergência: o bem da pessoa humana e o bem comum da Nação”.




“O recente Acordo, no qual se define o estatuto jurídico civil da Igreja Católica no Brasil e se regulam as matérias de mútuo interesse entre ambas as partes, são sinais significativos desta sincera colaboração que a Igreja deseja manter, dentro da sua missão própria, com o vosso Governo”, acrescentou.




O Papa saudou as iniciativas do governo de Lula da Silva “destinadas a favorecer a luta contra a pobreza e o despreparo tecnológico, tanto a nível nacional como internacional”.




Para Bento XVI, contudo, é preciso olhar para a “pobreza moral que grassa pelo mundo fora”.



“O perigo do consumismo e do hedonismo, aliado à falta de sólidos princípios morais que norteiem a vida do simples cidadão, torna vulnerável a estrutura da sociedade e da família brasileira”, indicou.




Por isso, disse ainda, “nunca é demais insistir na urgência de uma sólida formação moral a todos os níveis, inclusive no âmbito político, face às constantes ameaças geradas pelas ideologias materialistas ainda reinantes e, particularmente, à tentação da corrupção na gestão do dinheiro público e privado”.







Última Alteração: 14:52:00

Fonte: Agência Ecclesia
Local:Cidade do Vaticano

O ABORTO NO PARAISO TERRESTRE


Ogeni Luiz Dal Cin*



Reduzido o ser humano a “produtor” e “consumidor”, segundo as exigências do “sistema econômico-financeiro”, a produção representa o princípio da realidade e o consumo, o princípio do prazer. Todo o bem consiste em não perder de vista que viver é produzir e consumir, podendo, esse binômio, ser traduzido juridicamente em deveres (e obrigações) e direitos. Assim, a única e verdadeira crise é a crise de ordem econômico-financeira, a crise ontológica por excelência, pois as demais, apenas epifenomênicas, atingem somente valores que são meros sentimentos subjetivos, de ordem cultural ou religiosa, pouco importando na efetiva conquista do bem-estar.



Neste contexto existencial, perde o sentido maior a discussão a respeito do valor da vida humana como bem ontológico de todos. Com efeito, o sistema internacional, acima do bem e do mal, controla o planeta Terra com a finalidade de propiciar o máximo de produção e de consumo. Ele é o senhor que financia os meios e impõe limitações ao direito de existir de certos seres humanos, sob o sofisma de que é para o bem de todos. Por isso, tem o direito de controlar, livremente e sem constrangimento, o consumo de todos os seres humanos, estabelecendo os que devem ser descartados, antes ou depois de nascer. Nada nem nunca houve algo de tão típico da chamada “consciência burguesa”, hoje também uma das mais altas bandeiras das esquerdas, “filhotas” do marxismo.



Os “abortistas” têm verdadeira ojeriza ao livro da Bíblia, principalmente à concepção de Deus pessoal, Deus da vida, e pela transcendência do paraíso prometido a todos enquanto conquistado na efetiva ação histórica concreta de promoção de toda vida humana. Em nome do empenho de conquistar o paraíso terrestre, sinônimo da felicidade individual e coletiva, fechado exclusivamente no tempo e só para o tempo, os “abortistas” seguem, pregam e impõem a “religião atéia” dos que comandam o “Sistema da Terra”. Apresentam, por isso, como inevitável e normal a doutrina que autoriza a matar os nascituros indesejados, podendo, contudo, chegar aos nascidos improdutivos. Tudo como exigência inquestionável da “Mãe-Terra” que condiciona, assim, a entrada na habitação do paraíso terrestre, sem culpa, sem dor, sem miséria, manifestando o grande poder representado pelos senhores da morte, quer no Brasil, quer no exterior. Esta, a nova consciência humana a ser pregada e difundida pelos “abortistas”. Mesmo não sendo explícita, no início, a ordem é a de cortar qualquer ligação com Deus transcendente, com a consciência moral natural que daí decorre, para relativizar todos os valores fundamentais insertos na ordem jurídica. É que o direito à vida, em última instância, acabará, logicamente, a se reduzir, para os “abortistas”, a uma questão meramente religiosa, isto é, de uma religião de teísmo transcendente, já que a defesa última dos que propugnam pelo aborto, a rigor, também é religiosa em seus pressupostos ontológicos e em sua pregação salvífica. Esta a maior irracionalidade da pretensa racionalidade dos “abortistas”.



O aborto é um sofisma. Não é o direito à vida inerente ao valor do ser humano. Para os “abortistas”, o direito à vida, fora do binômio produtor/consumidor – que por si é garantia de vida -, reduz-se às ligações afetivas entre as pessoas, donde nasce a dor da perda, a única que subjetivamente importa. Assim, o nascituro ainda não é conhecido para possibilitar ligações afetivas mais completas e complexas, tornando menos aguda a sua destruição e destinação para o lixo. A mãe, aconselhada e induzida a matar seu filho nascituro por agentes especializados, e que, com isso, decide pelo abortamento, não verá nada. E, no entanto, ainda que este não deixe vestígio algum de que existia de fato, que era alguém, um ser humano, esta mãe dificilmente conseguirá livrar-se da culpa. Se o nascituro sofre ao ser assassinado, pouco importa, pois ninguém vê sua dor e seu instinto de viver, porque tudo é feito por um profissional da morte a serviço do sistema envolvente – e as ligações afetivas ainda não são tão profundas e amplas. Além disso, outros profissionais da morte se encarregam da limpeza psicológica na mãe e familiares. Tudo no mais absoluto silêncio, na maquinação sigilosa entre quatro paredes, bem longe da mídia. E o Governo brasileiro, como já se manifestou favorável ao direito de matar crianças não nascidas, não só endossa esse modelo de sociedade, mas promete recursos financeiros necessários para as mães executarem seus filhos nascituros, mesmo não existindo, atualmente, verbas para atender a um padrão mínimo da saúde. Espera apenas a autorização legislativa.



Tudo isso porque o direito à vida não é mais um direito do ser, mas é apenas o conjunto das ligações afetivas do ser com a mãe, com seus familiares e seus amigos. Um bom apagador, químico ou psíquico, das ligações afetivas resolve o problema da vida e da morte, viabilizando definitivamente o paraíso terrestre movido pelo impulso do Sistema da Produção e do Consumo, não mais existindo, então, pobres, culpa, dor, angústia, pois nem Deus será mais necessário. E, finalmente, ninguém mais ousará discutir a necessidade da prática do aborto, pois tudo estará sob os olhares bondosos do Estado provedor da felicidade.



* Ogeni Luiz Dal Cin é advogado e filósofo, membro da Comissão de Defesa da República e da Democracia da OAB-SP.

O PODER DE JESUS


Através dos Evangelhos se percebe claramente o poder divino de Jesus que operou curas maravilhosas do corpo e da alma. Lemos em São Marcos o que Ele disse àquele leproso que, de joelhos, lhe suplicava que o libertasse daquela terrível moléstia: “Eu quero: fica curado” (Mc 1,41). É de se notar a perspicácia daquele hanseniano que havia assim se dirigiu a Cristo: “Se queres , tens o poder de curar-me”. Mostrou duas condições básicas para que a força celeste do Filho de Deus possa realizar prodígios, ou seja, total conformidade com a vontade divina e a fé irrestrita no seu poderio. O próprio Cristo mostrou qual a fonte deste seu império sobre todos os males: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10,30), isto é, Ele é verdadeiramente Deus, sendo sem limite sua providência. Qualquer doença, mesmo a morte, os poderes ocultos, todas as forças deste mundo, tudo está submetido à sua palavra poderosa. Ao contrário dos homens, Ele só empregou sua onipotência para fazer o bem. Abraham Lincoln disse com razão: “ Muitos são os que podem suportar a adversidade, mas se quereis testar o caráter de um homem, dai-lhe poder”. A própria maneira como agiu Jesus neste mundo é, aliás, uma prova a mais de sua divindade: Ele pode tudo, mas veio como Salvador a serviço da humanidade! Ele mesmo afirmou: “Eu vim para que todos tenham a vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Percebe-se, além disto, que nunca Jesus quis dar espetáculo ao operar maravilhas, mas tinha sempre uma finalidade superior ao fazer seus milagres. Eis por que Ele pediu ao leproso que não divulgasse aquele feito extraordinário. A notoriedade meramente humana estava fora de seus planos. Lemos, com efeito em São Lucas que, mais tarde, quando Jesus foi preso, Pilatos soube que Ele era da jurisdição de Herodes, enviou-O até aquele governador. Registrou o Evangelista que "Herodes alegrou-se muito em ver Jesus, pois de longo tempo desejava vê-lo, por ter ouvido falar dele muitas coisas, e esperava presenciar algum milagre operado por ele". (Lc 23,8). Jesus nada fez, pois jamais realizaria algo apenas para satisfazer a curiosidade malsã daquele tetrarca da Galiléia. Inúmeras, portanto, as lições que no exercício de sua soberania Jesus nos legou. Mostrou, com efeito, que todo poder deve estar unicamente a serviço do próximo e da glória do Ser Supremo. Quem foi investido de alguma autoridade precisa, portanto, estar cônscio de sua enorme responsabilidade. Jesus é disto, de fato, o modelo, pois nem Moisés, nem Davi, nem Salomão ou qualquer outra personagem da História soube como Ele exercer com total retidão um posto de honra entre os homens. Jesus, sim, é o Rei de justiça e misericórdia, sempre ajudando a monitorar os desvios do coração no relacionamento com o próximo. Por ter um poder divino, outro ensinamento, que a cura do leproso traz para todos os cristãos, é uma confiança inabalável em Cristo. Confiança esta baseada num profundo engajamento interior do coração naquele que, realmente, pode amparar em qualquer circunstância da vida. Daí a consciência de uma total dependência dele e decisão corajosa de viver uma vida que reflete uma íntima união com ele. São Paulo penetrou fundo na onipotência de Cristo e afirmou: "Tudo posso naquele que me conforta" (Fl 4,13). O Apóstolo tinha uma confiança indefectível que lhe dava uma segurança incondicional. Quem assim procede se torna destemido e constante em qualquer momento da vida, ciente de que, sempre que necessário, Cristo intervirá e com seu poder todas as tribulações poderão ser vencidas. Feliz aquele cuja fé não conhece outros limites senão os da Onipotência e da infinita Bondade do Coração do todo-poderoso Redentor . * Professor no Seminário de Mariana de 1967 a 2008.


Última Alteração: 11:21:00

Fonte: Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho
Local:Mariana (MG)

SÃO MIGUEL GUARDIÃO DOS SACRAMENTOS


Sua Santidade, Pio X, disse em 18 de setembro de 1903: “DEUS, na primeira luta, venceu, servindo-se do Arcanjo São Miguel; devemos, portanto, acreditar firmemente que a luta atual terminará triunfante e também como outrora com o socorro e ajuda deste Arcanjo bendito”.
O predecessor de S. Pio X, o grande Papa Leão XIII, por estar convencido da realidade desta terrível luta final, e da visão que teve durante a celebração de uma missa particular, a qual soube que o Demônio pediu permissão para submeter a Igreja a um período de provações. Deus concedeu-lhe permissão para provar a Igreja por um século (este século). Assim que o Demônio se afastou, Deus chamou Nossa Senhora e São Miguel Arcanjo e lhes disse:
“Dou-vos, agora, a incumbência de contrabalançar a obra nefasta do Demônio.”
O Papa Leão XIII, a seguir compôs a oração a São Miguel Arcanjo, ordenando que obrigatoriamente no fim de cada Santa Missa , os sacerdotes a rezassem de joelhos, e fez publicar com a data de 29 de setembro de 1891.
“São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, sede nosso refúgio contra as maldades e as ciladas do demônio!
Ordene-lhe Deus, instantemente o pedimos; e vós, príncipe da milícia celeste, pela virtude divina, precipitai ao inferno satanás e a todos os espíritos malignos que andam pelo mundo para perder as almas. Amém.”

A Sua Santidade o Papa João Paulo II, também nos fala de São Miguel, na sua visita de 24 de maio de 1987, ao Santuário de São Miguel, no Monte Gargano, na Itália. Nos dizendo o que a Igreja pensa sobre a atualidade do culto ao Príncipe e grande Chefe dos Anjos, no mundo de hoje. O Papa nos diz que se sentiu muito alegre por estar no santuário, onde há tantos séculos vem sendo lugar de peregrinação. Sua Santidade diz que também foi rogar e reverenciar o Arcanjo pedindo para que ele ampare e resguarde a Santa Igreja. João Paulo também fala sobre a presença do Arcanjo Miguel nas Sagradas Escrituras, da sua luta contínua contra o Grande Dragão, o qual foi vencido, derrotado por Miguel e seus anjos. Diz também que é verdadeiro: “as portas do inferno não prevaleceram” , mas isto não significa que nós estamos livres dos testes e das batalhas contra o inimigo, contudo nesta luta temos São Miguel, o defensor da Igreja, ao nosso lado combatendo por nós.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O QUE A FELICIDADE NÃO É


A idéia errônea do que seja a verdadeira felicidade pode vir a ser a principal causa da infelicidade. A pessoa mal informada buscará um estado de contentamento inexistente, quando não impossível. A influência da literatura ingênua e o apego à preguiça tornam muitas pessoas presas fáceis de uma felicidade que ninguém alcança. Convém, pois, apontar o que a felicidade não é, deixando claro, por eliminação, o que ela é.

A felicidade não tem ligação com a ausência de embaraços, dificuldades, imprevistos, oposição ou embates. Antes, a presença destas coisas exercita e valoriza a vida. Muitas vezes quebram a rotina e servem de degraus para posições mais altas.

A felicidade não depende de circunstâncias favoráveis. Se fosse circunstancial, ela sofreria duros golpes, deixando-nos, sem mais nem menos, na mão. Seria instável, transitória, incerta. A felicidade deve apoiar-se sobre base mais profunda, para não estar sujeita a fatores que nem sempre estão sob o controle humano.

A felicidade não é resultado da satisfação de todo desejo do coração. Os nossos desejos freqüentes são contraditórios e surgem de fontes opostas entre si. Qualquer pessoa descobre que a não satisfação de certos desejos, conquanto fortes e audaciosos, resulta em extraordinária felicidade. Há muito tempo, o rei Jorge V, morto em 1936, declarou que “o segredo da felicidade não está em se fazer aquilo que a gente gosta de fazer, e, sim, em aprender a gostar daquilo que se deve fazer”.

A felicidade não significa uma aceitação silenciosa e compulsória das dificuldades existentes, como se fossem determinadas por Deus. A resignação é virtude cristã e preciosa, mas não deve ser confundida com a indisposição para a luta nem com o medo, a covardia ou a falta de fé. Quando a Bíblia diz “que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28), ela não está sugerindo passividade, mas, antes, o aproveitamento de toda ocorrência, dada ou permitida por Deus, para benefício do verdadeiro cristão.

Na verdade, a felicidade está na comunhão perene do homem com Deus. Fora disso ela é efêmera e, para subsistir um pouco mais, precisa de recursos quase sempre escassos e de valor transitório.

AQUELE QUE DIZ "VOU"NEM SEMPRE VAI.


Os dois irmãos da parábola que aparece em Mateus 21.28-32 eram possuídos de temperamento e reações diferentes, como na parábola do filho pródigo, que envolve também “um homem que tinha dois filhos” (Lc 15.11-32). Naquela parábola, o filho mais velho disse que iria trabalhar na vinha a pedido do pai, mas acabou não indo. O mais novo afirmou de pronto que não iria, mas, depois, arrependeu-se e foi.

O primeiro rapaz retrata aqueles que têm um bom começo e pronto. O segundo é o protótipo daqueles que encontram uma indisposição inicial, mas mudam o curso dos acontecimentos. No primeiro caso há uma disposição aparente, verbal, sem firmeza, sem provas. No segundo, uma resposta áspera seguida de arrependimento e ação positiva. O filho mais velho faz a vontade própria -- não a vontade do pai. O mais novo faz a vontade do pai -- não a própria.

O que vale perante Deus, no final das contas, não é a mera disposição, não são palavras, mas o obedecer. Não há substituto para a obediência: “Tem porventura o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua palavra?” (1 Sm 15.22). Jesus sempre mostrou a necessidade de se obedecer e relacionou a segurança do crente com a obediência (Mt 7.24-27). O que faz a vontade de Deus liga-se a ele por laços de parentesco espiritual; é seu “irmão, irmã e mãe” (Mt 12.50). Quando a mulher dentre a multidão disse a Jesus: “Bem-aventurada aquela que te concebeu e os seios que te amamentaram”, o Mestre respondeu: “Antes bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a guardam!” (Lc 11.27-28).

NOVELAS FAZEM MAL À SAÚDE...DO CASAMENTO


Além das bobagens de sempre, agora as pesquisas apontam uma novidade nas novelas, se é que não sabíamos: onde chega o sinal da Globo, aumenta o número de separações. Não é preciso ser um gênio para perceber como as novelas tratam o casamento, as relações pessoais e, especialmente, os valores cristãos.

A novidade está na pesquisa dirigida pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e sugere uma ligação entre as novelas da Globo e um aumento no número de divórcios no Brasil nas últimas décadas. Publicada pela BBC.com, a pesquisa leva em conta os censos dos anos 70, 80 e 90 e o alcance da TV Globo em todo o país. Para os autores, Alberto Chong e Eliana La Ferrara, “a parcela de mulheres que se separaram ou se divorciaram aumenta significativamente depois que o sinal da Globo se torna disponível”.

Não parece história da carochinha, como é o caso dos dramalhões. Foram analisadas 115 novelas transmitidas pela Globo entre 1965 e 1999. Nelas, 62% das principais personagens femininas não tinham filhos e 26% eram infiéis a seus parceiros.

Não conheço a alma feminina. Mas desconfio que, quando os homens se acham frouxos, pobres ou incompetentes ao assistirem aos “modelos” de virilidade e sucesso da espécie masculina apresentados na tela, as mulheres também se descabelam. Não se sentiriam elas gordas, mal-amadas e incompletas ao verem no “espelho das 8” aquela mistura de “barbie” e mulher-fatal, uma espécie vencedora-sem-estrias e que nunca fica velha? Não há casamento que resista, se esse é o alimento diário.

PORQUE FAZEMOS O QUE FAZEMOS ?


O apóstolo se exime de qualquer responsabilidade, depois de fazer a sua parte: “Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente construtor; e outro edifica sobre ele. Porém cada um veja como edifica” (1Co 3.10). O fundamento é Cristo. O que alguém edifica a partir daí pode ter ou não algum valor. No grande dia das apurações, manifesta se tornará a obra de cada um. Um certo horror ao fracasso não seria nada mal. O próprio Paulo se deixava preocupar com a possibilidade de trabalhar ou correr em vão (Gl 4.11; Fl 2.16; 1Ts 3.5).

Seria bom perguntar-nos: estamos investindo tempo, energia, recursos e saúde, errada e inutilmente? Qual é o verdadeiro móvel de nossa operosidade? Trabalhamos para nós mesmos ou para a extensão do reino de Deus? Estamos substituindo ou modificando os princípios básicos do evangelho?

Se não conseguirmos as respostas agora, por dificuldade de auto-análise, elas certamente virão no dia do julgamento das obras realizadas sobre a pedra, que é Cristo. “Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão; se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas esse mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo” (1Co 3.14-15). Graças a Deus, o prejuízo será apenas do galardão, porque a salvação não é por obras, mas pela fé em Cristo.

A CRISE ECONOMICA, DICAS DE SOBREVIVENCIA


Tenho uma mania que, se não é de origem genética, deve ser algum trauma mal resolvido ou um pretensioso sentido de misericórdia com “as coisas”. Ao abrir uma torneira, não vou até o fim e, ao fechá-la, cuido para não forçar os sulcos do seu “parafuso”. Evito a todo custo virar o volante do carro até não ser mais possível o movimento; prefiro ir e vir várias vezes para completar a manobra. Aprecio muito um aparelho de som de qualidade, para ouvi-lo baixo; e não gosto de ter vários programas ou páginas abertos no computador para não exigir demais da sua memória...

Desconfio que a crise econômica vai espalhar uma “mania” parecida entre nós: a frugalidade. Ou seja, o contentar-se com menos, o não desperdício, quem sabe a simplicidade e a rebusca até (Lv 19.9-10). Aqui e ali é possível ler sobre os novos tempos que nos aguardam, além das dicas de sobrevivência para tempos de crise. Sergio Augusto escreveu no caderno Aliás, d’O Estado de S. Paulo: “Se não estamos, ficaremos mais simples”. Para o autor “as artes já dão claros sinais disso”, e vai sobrar também para o mercado editorial: “Muito menos livros serão impressos, com pouquíssima margem para autores inéditos ou sem boas perspectivas de venda. Nem todo best-seller é ruim, embora a grande maioria o seja [...] Diversas editoras suspenderam, por tempo indeterminado, a compra de novos títulos, reduziram os valores dos adiantamentos pagos a autores de prestígio, e passaram a controlar as despesas com almoços de negócio e puxaram o bridão do marketing”.

Claro, conheço de ouvir falar esse “mercado editorial”, mas os meus olhos nunca o viram. Enfim, nós cristãos não precisávamos desses estímulos sombrios. Temos razões (bíblicas) suficientes para diminuir nossa pegada ecológica, para não acumular, para emprestar, para dividir, para dar. Quem sabe, podemos até acreditar nas bem-aventuranças (MT 5.1-11)?

Marcos Bontempo


Leia o livro
• Jesus e a Terra, James Jones

NÃO TENHA MEDO DAS PREVISÕES


Elas significam exatamente isso: suposição, hipótese, acontecimento incerto. Para combater previsões, cujo único “produto” palpável é a ansiedade, conhecemos uma “receita” antiga (Mt 6.25-34).

Por exemplo, as do FMI. É, ele ainda existe. Aliás, ontem o velho jornalista da “Folha” Jânio de Freitas foi ao ponto: “As previsões catastróficas do FMI para este ano são importantes como notícia, mas não como previsões. Servem para aumentar a agitação, sem qualquer outro efeito. O FMI nunca acertou uma”.

Agora, as “agências de risco”. Mesmo depois da bancarrota e da quase estatização de algumas dezenas de instituições financeiras (capitalistas?), elas não fecharam. E o pior, seu mau agouro continua sendo a cartilha de muitos analistas e comentaristas de TV, alguns vestindo preto, que “avisam” os moribundos telespectadores do seu futuro sombrio. “Como essas agências, que se provaram sistematicamente incorretas em suas passadas previsões, podem ser consideradas confiáveis em novas análises?”, pergunta o professor Paul De Grauwe, economista do Centro de Estudos Políticos Europeus, em artigo publicado no "Financial Times" e traduzido pela “Folha”.

Esta é mais fácil. Qual foi a última vez que a previsão do tempo acertou sobre a inundação da sua cidade, ou que a chuva de um dia foi mais do que o “previsto” para todo o mês? Pois é, encare assim qualquer previsão. Melhor, faça como Neemias ao enfrentar as reações previsíveis dos seus inimigos: “Nós oramos ao nosso Deus e colocamos guardas de dia e de noite para proteger-nos deles” (Ne 4.9). De resto, não se preocupe com amanhã; basta a preocupação de hoje (Mt 6.33-34).

A ARTE DA REANIMAÇÃO


Não permita que 2009 o encontre desanimado. Não comece o Ano Novo sem ânimo. Talvez você não saiba: o ânimo é uma de suas maiores riquezas. Sem ânimo, você não levanta o pé, não levanta a mão, não levanta a cabeça. Sem ânimo, você não se alegra. Sem ânimo, você não vive.

O ânimo tem muito a ver com Deus. É uma energia que se extrai da comunhão com Deus, que se armazena e que se gasta. Quando o gasto é maior, por causa de circunstâncias especiais, as reservas de ânimo se acabam e você fica numa situação delicadíssima. Daí a arte não da animação, mas da reanimação. A prática constante da reanimação é a arte de recuperar o ânimo enfraquecido ou perdido, por meio de um esforço especial na presença de Deus, logo depois de uma significativa quebra de disposição provocada por qualquer situação de ordem interna ou externa.

Seja realista. Há muitas coisas que agridem o seu ânimo, todos os dias. A começar com a canseira do corpo, com a repetição do mal, com a eterna mesmice das coisas, com as dificuldades no relacionamento doméstico, com o sufoco da falta de dinheiro, com a concorrência dos mais fortes, com o desprezo dos soberbos, com a dor das perdas, com as ameaças dos que detêm o poder, com a selvageria deste mundo cão, com a propaganda do absurdo, com a fragilidade da saúde e com a exposição sistemática daquilo que é hediondo. Você ainda está no deserto e não em Canaã. Você ainda é um cordeiro no meio de lobos. O pecado ainda habita em você e ao seu redor, e quer dominá-lo. Você ainda é parcialmente medroso, parcialmente tímido, parcialmente incapaz. Você ainda está dentro de um corpo que precisa de água, comida, sono e descanso. Daí a imperiosa necessidade da reanimação, vez após vez.

Em certa ocasião, um dos mais atraentes personagens da história sagrada passou por vários reveses. A cidade onde Davi e outros 600 homens e suas famílias viviam foi incendiada. As esposas e os filhos foram levados cativos por seus inimigos. Todos choraram até não mais poder. Alguns ficaram insatisfeitos com a liderança de Davi e chegaram a pensar em apedrejar o seu chefe. Foi no meio dessa trapalhada toda que “Davi se reanimou no Senhor” (1 Sm 30.6).

Para tomar qualquer providência, para agir com acerto e coragem, e até para começar a movimentar-se depois daquela tragédia, Davi precisou recobrar seu velho ânimo. Sem ânimo, ele não saberia o que fazer nem como fazer. O expediente deu certo. Uma vez reanimado, Davi perseguiu e derrotou os amalequitas e trouxe de volta o despojo, as mulheres e as crianças.

Algum tempo antes, frente aos problemas gerados pela insegurança de Saul, Jônatas havia fortalecido a confiança de Davi em Deus (1 Sm 23.16). A esta altura foi Davi mesmo quem procurou reanimar-se no Senhor.

Você já observou quantas vezes Jesus apela para a reanimação? Ao paralítico de Cafarnaum (Mt 9.2) e à mulher hemorrágica (Mt 9.22), Ele ordenou: “Tem bom ânimo”. Aos discípulos no mar da Galiléia (Mt 14.27) ou no cenáculo de Jerusalém (Jo 16.33), Jesus repetiu: “Tende bom ânimo”. E a Paulo, quando o apóstolo estava preso numa fortaleza em Jerusalém, “o Senhor, pondo-se ao lado dele, disse: Coragem!” (At 23.11).

Não abra mão do ânimo. Se ele estiver em baixa, trate de renová-lo. Se ele tiver acabado, busque-o outra vez. Não cometa suicídio emocional. Apegue-se à prática diária da reanimação.

O segredo da reanimação repousa na expressão “no Senhor”. Lembre que Davi se reanimou no Senhor e deu certo. Abra o Salmo 37 e veja lá estas expressões: “Confia no Senhor” (v. 3), “Descansa no Senhor” (v. 7) e “Espera no Senhor” (v. 34). São as mesmas palavras que Paulo usa na Epístola aos Filipenses: “Alegrai-vos sempre no Senhor” (v. 4).

Dirija suas súplicas de reanimação a Deus. Fale abertamente de sua necessidade de reanimação. Peça sem timidez alguma: “Anima-me!”, “Fortalece-me!”, “Livra-me do desânimo”, “Dá-me outra vez o ânimo de outrora” ou “Pastoreia-me!”. Pratique o derrame de queixas e preocupações na presença de Deus. Esse desabafo espiritual esvazia sua alma de temores e abre espaço para o ânimo. Você fica cheio não de medos, mas de ânimo.

Então você dirá sem vaidade alguma: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4.13), durante todo o Ano Novo. Deus o abençoe!