FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

terça-feira, 1 de junho de 2010

CAMINHO SEM VOLTA

Eis aqui um testemunho autêntico. Meu nome é Patrícia, tenho 17 anos, e encontro-me no

momento quase sem forças, mas pedi para a enfermeira Dane,
minha amiga, para escrever esta carta que será
endereçada aos jovens de todo o Brasil, antes que seja
tarde demais:
Eu era uma jovem 'sarada', criada em uma excelente
família de classe média alta Florianópolis. Meu pai é
Engenheiro Eletrônico de uma grande estatal e procurou
sempre para mim e para meus dois irmãos dar tudo de bom e
o que tem de melhor, inclusive liberdade que eu nunca soube
aproveitar.
Aos 13 anos participei e ganhei um concurso para modelo e
manequim para a Agência Kasting e fui até o final do
concurso que selecionou as novas Paquitas
do programa da Xuxa. Fui também selecionada para fazer um
Book na Agência Elite em São Paulo.
Sempre me destaquei pela minha beleza física, chamava a
atenção por onde passava. Estudava no melhor colégio de
'Floripa', Coração de Jesus. Tinha todos os
garotos do colégio aos meus pés.
Nos finais de semana freqüentava shopping, praias, cinema,
curtia com minhas amigas tudo o que a vida tinha de melhor a
oferecer às pessoas saradas, física e mentalmente.
Porém, como a vida nos prega algumas peças, o meu destino
começou a mudar em outubro de 2004. Fui com uma turma de
amigos para a OKTOBERFEST em Blumenau.
Os meus pais confiavam em mim e me liberaram sem mais
apego. Em Blumenau, achei tudo legal, fizemos um esquenta no
'Bude', famoso barzinho na Rua XV.
À noite fomos ao 'PROEB' e no 'Pavilhão
Galego' tinha um show maneiro da Banda Cavalinho Branco.
Aquela movimentação de gente era trimaneira''.
Eu já tinha experimentado algumas bebidas, tomava
escondido da minha mãe o Licor Amarula, mas nunca tinha
ficado bêbada. Na quinta feira, primeiro dia de OKTOBERFEST,
tomei o meu primeiro porre de CHOPP.
Que sensação legal, curti a noite inteira
'doidona', beijei uns 10 carinhas. Inclusive minhas
amigas colocavam o CHOPP numa mamadeira misturado com
guaraná para enganar os 'meganha', porque menor
não podia beber; mas a gente bebeu a noite inteira e os
'otários' não percebiam.
Lá pelas 4h da manhã, fui levada ao Posto Médico, quase
em coma alcoólico, numa maca dos Bombeiros. Deram-me umas
injeções de glicose para melhorar. Quando fui
ao apartamento quase 'vomitei as tripas', mas o meu
grito de liberdade estava dado. No dia seguinte aquela dor
de cabeça horrível, um mal estar daqueles, como
tensão pré-menstrual. No sábado conhecemos uma galera de
S. Paulo, que alugaram um 'ap' no mesmo prédio. Nem
imaginava que naquele dia eu estava sendo
apresentada ao meu futuro assassino. Bebi um pouco no
sábado, a festa não estava legal, mas lá pelas 5:30 h da
manhã fomos ao 'ap' dos garotos para curtir o
restante da noite. Rolou de tudo e fui apresentada ao famoso
baseado 'Cigarro de Maconha', que me ofereceram.
No começo resisti, mas chamaram a gente de 'Catarina
careta', mexeram com nossos brios e acabamos
experimentando. Fiquei com uma sensação esquisita, de
baixo astral, mas no dia seguinte antes de ir embora
experimentei novamente.
O garoto mais velho da turma o 'Marcos', fazia
carreirinho e cheirava um pó branco que descobri ser
cocaína. Ofereceram-me, mas não tive coragem naquele dia.
Retornamos a 'Floripa', mas percebi que alguma coisa
tinha mudado, eu sentia a necessidade de buscar novas
experiências, e não demorou muito para eu novamente
deparar-me com meu assassino 'DRUGS'.
Aos poucos, meus melhores amigos foram se afastando quando
comecei a me envolver com uma galera da pesada, e sem
perceber, eu já era uma dependente química, a partir do
momento que a droga começou a fazer parte do meu cotidiano.
Fiz viagens alucinantes, fumei maconha misturada com
esterco de cavalo, experimentei cocaína misturada com um
monte de porcaria.
Eu e a galera descobrimos que misturando cocaína com
sangue, o efeito dela ficava mais forte, e aos poucos não
compartilhávamos a seringa e sim, o sangue que cada
um cedia para diluir o pó.
No início, a minha mesada cobria os meus custos com as
malditas, porque a galera repartia e o preço era
acessível. Comecei a comprar a 'branca' a R$ 10,00
o grama, mas não demorou muito para conseguir somente a R$
20,00 a boa, e eu precisava no minimo de 5 doses diárias.
Saía na sexta-feira e retornava aos domingos com meus
'novos amigos'. Às vezes, a gente conseguia o
'extasy', dançávamos nos 'Points' a noite
inteira e depois... farra!
O meu comportamento tinha mudado em casa, meus pais
perceberam, mas no início eu disfarçava e dizia que eles
não tinham nada a ver com a minha vida...
Comecei a roubar em casa pequenas coisas para vender ou
trocar por drogas... Aos poucos, o dinheiro foi faltando e
para conseguir grana fazia programas com uns velhos que
pagavam bem.
Sentia nojo de vender o meu corpo, mas era necessário para
conseguir dinheiro. Aos poucos toda a minha
família foi se desestruturando.
Fui internada diversas vezes em Clínicas de Recuperação.
Meus pais, sempre com muito amor, gastavam fortunas para
tentar reverter o quadro.
quando eu saía da Clínica agüentava alguns dias, mas
logo estava me picando novamente. Abandonei tudo: escola,
bons amigos e família.
Em dezembro de 2007 a minha sentença de morte foi
decretada; Descobri que havia contraído o vírus da AIDS,
não sei se me picando, ou através de relações sexuais
muitas vezes sem camisinha.
Devo ter passado o vírus a um montão de gente, porque os
homens pagavam mais para transar sem camisinha.
Aos poucos os meus valores, que só agora reconheço,
foram acabando, família, amigos, pais, religião, Deus, até
Deus, tudo me parecia ridículo.
Meu pai e minha mãe fizeram de tudo, por isso nunca vou
deixar de amá-los.
Eles me deram o bem mais precioso que é a vida e eu a
joguei pelo ralo. Estou internada, com 24 kg, horrível,
não quero receber visitas, porque não podem me ver assim.
Não sei até quando sobrevivo, mas do fundo do coração
peço aos jovens que não entrem nessa viagem maluca...
Você com certeza vai se arrepender, assim como eu, mas
percebo que é tarde demais pra mim.
OBS: Patrícia encontrava-se internada no Hospital
Universitário de Florianópolis e a enfermeira Danelise,
que cuidava de Patrícia, veio a comunicar que Patrícia
veio a falecer 14 horas mais tarde depois que escreveram
essa carta, de parada cardíaca respiratória em
conseqüência da AIDS.
Por favor, repassem esta carta. Este era o último desejo de Patrícia.
POR FAVOR AMIGOS, PEÇO-LHES ENCARECIDAMENTE QUE ENVIEM
ESSA CARTA A TODOS... SE ELA CHEGOU A SUA MÃO NÃO É POR
ACASO! SIGNIFICA QUE VOCÊ FOI
ESCOLHIDO PARA AJUDAR ALGUÉM!!!!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

FAMÍLIA IDÉIA DE DEUS


Num passado não muito distante as famílias eram muito grandes; chamadas "patriarcais": compunham-se do pai, mãe, filhos, filhas, noras, genros, netos, netas, bisnetos, bisnetas e, às vezes trinetos, tetranetos. Viviam no interior, na Casa Grande, e o regime era patriarcal, governado pelo homem, o pai [patriarca], que já não era só pai, mas avô, bisavô, etc.

Com o advento da Revolução Industrial (Séc. XVIII), a necessidade de mão de obra fez migrar para as cidades grande quantidade de pessoas, e foram constituídas outras famílias menores, agora denominadas nucleares: pai, mãe, filhos e filhas.
Os filhos e filhas saiam de casa, ao se casarem, e formavam novo núcleo [novas famílias nucleares], sem perder, todavia, o vínculo afetivo com seus ascendentes.
Em síntese, de maneira simples, essa é a história das famílias até bem pouco tempo, poucas décadas, não muito diferente do que Deus criara, e determinara que assim fosse.
Com a “evolução” dos costumes [involução dos princípios] as famílias se viram mescladas com outros envolvimentos [e não estamos aqui, como o macaco, sentando sobre a própria cauda apontando para a cauda de terceiros. Em nossa família, como em quaisquer outras, hoje, há situações como às que nos referimos].
O erro de um dos cônjuges leva o outro a um caminho sem volta. O mundo ruiu. Deu-se o desenlace. Sem chão, sem teto, na solidão, há a justa busca, em segundas núpcias, do direito à felicidade.
Esses novos envolvimentos são segundos, terceiros cônjuges e com eles filhos dos primeiros ou segundos cônjuges, que passaram a fazer parte do novo tipo de família [não mais nuclear!].
Não é suposição, mas convicção, que as cabecinhas das crianças estão confusas com esses fatos. Por exemplo, soubemos que uma criança de uns 10 anos perguntou à sua mãe: “mãe por que a ‘fulana’ é avó de meu irmão e não é minha avó?”
Por oportuno, embora dito em outra situação, citamos um texto de J. I. Packer, que se enquadra neste contexto:
“O que virá em seguida? Não há nada de bom a esperar? Há, mas temos de buscar esta boa esperança fora do processo sócio-político-econômico. Deus o Criador, que nos fez, que nos sustenta e que conhece os nossos corações, nunca pretendeu que os seres humanos vivessem sem esperança”.
Houve, da parte de Deus, indiscutíveis bons propósitos ao criar a humanidade. Um deles foi o de que tivéssemos a plenitude da perfeição, da felicidade, do amor, da paz, não pecássemos, tivéssemos a vida eterna.
Satanás, todavia, travestido de serpente, soprou no ouvido da mulher: “é certo que não morrereis” (Gn. 3. 4). Começou ali a ação satânica de desvirtuar a vontade e os propósitos de Deus, e, tendo logrado êxito, levou a humanidade ao desastre, desastre progressivo, mas constante, que alcança os dias de hoje.
Outro grande propósito foi e é a constituição da família, a família nos moldes dEle: “Deixe o homem pai e mãe, e se une à sua mulher” (Gn. 2. 24).
Esse modelo era necessário para que os filhos pudessem nascer e crescer num ambiente sadio, tendo os pais como exemplos, referenciais de vida. A família foi criada como bênção, a partir da qual o Senhor construiria a Sociedade, sendo a família o instrumento para definir e viver os valores.
Assim, o mundo seria outro. Famílias comprometidas com Deus, fundamentadas em sua Palavra, em busca, como prioridade, de uma vida segundo os padrões divinos.
Nós cristãos somos chamados a ser bênção, devemos dar o exemplo para a promoção de uma mudança dessa Sociedade distante dos valores da família sadia, e afastada dos valores cristãos.
Satanás, nosso adversário e de Deus, sempre travestido de algo sedutor, já está soprando nos ouvidos da humanidade, mais algumas de suas perversões.
Hoje estamos vivendo dias confusos; as pessoas já não sabem o que é o certo, e o que é o errado, cada um quer ter a liberdade de exercer os seus Direitos [o Direito de exercer a sua liberdade]. Mas a nossa liberdade vai até onde começa a liberdade do outro.
Amamos as pessoas, as respeitamos enquanto pessoas, mas a liberdade de cada um de nós não poderá jamais ferir a vontade de Deus, e Ele [não as Igrejas] não quer esse novo modelo de família que está prestes a ser formalizado. Optamos por não detalhar, tendo em vista, hodiernamente, a escravização da Sociedade ao, já famoso e indigesto, “politicamente correto”.
Como cristãos, temos que orar pelas famílias e estar vigilantes para que os propósitos de Deus, em relação ao seu modelo familiar, não sejam corrompidos pela ação permanente e incansável do inimigo.
Assim, aquela nossa esperança, destacada nas palavras de J. I. Packer, é a concretização da Palavra Profética, que aponta para o retorno de Jesus, quando então o mundo viverá a paz, a felicidade, a pureza, o amor perfeito [ágape] para o qual Deus nos criou.

TRÊS CRÔNICAS


Desespero

"Vida cristã, para ser cristã, deve compreender o reflexo do próximo no espelho da sua existência e na nascente da sua espiritualidade."
Alguém poderia dizer, com irrepreensível propriedade, ter condições de apresentar antídotos, diante dos períodos de desespero? De certo, descrever e definir condições no que toca a enfrentar tal situação se torna explicável. Evidentemente, para quem não experimenta esse estado de vácuo, de insignificância e destruição.
Em tais períodos, sejamos sinceros e sérios, tudo parece que será pulverizado. A fé cristã, a confiança na vida e nas pessoas, o abrigo na comunhão espiritual, à liberdade e o perdão protagonizado por Cristo.
Tudo adentra em convulsões. O chão se transforma em precipícios. O próximo passa a ser uma testemunha de culpa e condenação e buscar um esconderijo passa a ser a melhor alternativa. Embora estejamos na apoteose de um evangelho acima das vicissitudes, das inclemências, das torpezas e perdas da vida, quer queiramos ou não, na realidade concreta, identificamos, exatamente, o oposto.
Por mais que muitos ecos possam dizer não, as turbulências são partes da vida. Então, o que faço ou posso fazer? Ouso ciente das minhas superficialíssimas condições, adotar o primeiro mandamento, a declaração de Deus é Deus, mesmo diante da mais espinhosa das dúvidas e dos malogros.
Quem sabe, não precisamos da incidência do Deus-ser humano ‘’Jesus Cristo’’ a fim de resgatar o sentido, o destino e o motivo de uma espiritualidade revolucionária e uma coragem de ser.
A miséria que mais dói
Atrevi-me a intitular essa contida e superficialíssima intenção de, quem sabe, chegar a algum lugar, ‘’a miséria que mais dói’’. De maneira graciosa, extraí essa frase, do escritor Moçambicano Mia Couto, da obra Vozes anoitecidas. Sem nenhuma delonga, contempla-nos com a seguinte observação, aliás, fruto de uma verdade inquebrável:
‘’confrontados com a ausência de tudo, os homens abstêm-se do sonho, desarmando do desejo de serem outros’’.
Parto dessas afirmações e convido-lhes a andarmos pelos cômodos de uma realidade divorciada de uma percepção e concepção acurada da transcendência. Muito embora tenhamos a nossa disposição uma profusão de discursos voltados ao místico, divino, sobrenatural e ecumênico. No entanto, arrisco pontuar, observo uma ausência, nunca dantes vista na história da humanidade, de uma perspectiva do transcendente que leve o ser humano a uma esperança genuína, a uma fé solidária, fraterna e dialética.
Em poucas palavras, parece que aceitamos as regras do jogo de um sistema de afortunados e infortunados. Neste ínterim, tenho visto um evangelho desarmado no que toca a enfrentar um estado de escassez espiritual, de nos tornar mais gente, mais alma, mais sangue, mais liberdade... Tudo vem inclinado a uma relação de ‘’resolver os meus problemas’’ e só.
Vou além, em meio a uma cultura que faz do ser humano um espetáculo de consumo descartável; quiçá não seja também a nossa postura diante da Graça de Cristo? Por enquanto, paro por aqui e deixo, a cada um de vocês, a importância em ponderar nas palavras de Eclesiastes 04. 01.
Um mundo sem curiosidade
‘’Com Deus existindo, tudo dá esperança; sempre um milagre é possível, o mundo se resolve. (...) Tendo Deus, é menos grave se descuidar um pouquinho, pois no fim tudo dá certo.’’
As palavras decantadas pelo narrador-protagonista, o velho jagunço Riobaldo, de Grande Sertão, veredas, de Guimarães Rosa, nos levam a compreendermos, com maior elucidação, a biografia do povo brasileiro.
Aliás, indo as páginas constituidoras dessa obra, monumental e antológica, torna-se categórico e contundente uma versão do milagre pautado num processo de proximidade, de intimidade e transparência à existência humana. Faz-se notar, estabelece uma relação de confiança desenvergonhada, diante de Deus. Não por menos, ao escarafuncharmos o personagem Riobaldo, considero a urgência de bebermos da sua porção de, efetiva e retumbantemente, trilharmos por uma espiritualidade sem os pesos de provar e provar.
Digo isso, em decorrência de vivenciarmos uma panorâmica social submetida ao secularismo ‘’pragmático, utilitário e individualista’’ e isto tem desencadeado uma geração aflita e atemorizada.
Afinal de contas, num mundo de reconhecidos e rejeitados, a segunda opção pode ser catastrófica, vexatória e aviltante. Muito embora haja, no limiar do Séc. XXI, uma pluralidade de vertentes de milagres e de uma visão do divino mais parecida com um mundo perdido na sua ânsia desenfreada pelo progresso.
Lá no fundo, necessitamos, prioritariamente, de uma fé, de um milagre, de uma espiritualidade que ande afinada com utopias possíveis e com uma humanidade que não trate pessoas, segundo uma classificação de espécies úteis e descartáveis, de redefinir a proposta de os sonhos nos tornarem mais próximos e libertos em benefício da vida e de uma dimensão do sagrado não desumanizador.

ONISCIÊNCIA DE DEUS


"Senhor, tu me sondas e conheces:


conheces meu sentar e meu levantar,

de longe penetras o meu pensamento;

examinas meu andar e meu deitar,

meus caminhos todos são familiares a ti."
"A palavra ainda não chegou à minha língua,
e tu, Senhor, já a conheces inteira.
Tu me envolves por trás e pela frente
e sobre mim colocas a tua mão.
É um saber maravilhoso, e me ultrapassa,
é alto demais: não posso atingi-lo!"
Salmo 139 v.1-6 (BJ)
O salmista diz que o Senhor o sonda. Esta palavra é interessantíssima e muito profunda. Porque ela quer dizer que o Senhor caminha por labirintos escondidos da minha alma; transita por lugares escuros e profundos e conhece os porões sujos e imundos da minha vida.
Ele conhece estes recantos melhor do que eu.
Ele sabe o que vai no mais profundo do meu ser.
Portanto, aos olhos de Deus eu sou como uma grande vitrine, muito iluminada em que nada escapa de seu conhecimento.
Veja que o salmista diz que, Deus se interessa até pelas coisas mais singelas do nosso dia a dia, como o jeito dele de se sentar e de se levantar, e o acompanha aonde quer que ele vá.
Por outro lado, isso demonstra que Deus tem um profundo interesse na sua criatura – a pessoa humana.
Por conhecer com riqueza e minúcias de detalhes o pensamento do salmista, este declara que antes que a palavra lhe chegue à língua o Senhor já há conhece.
Por fim, o salmista declara que Deus o envolve totalmente. Fico pensando que a melhor ilustração deste envolvimento é de um casulo que as lagartas fazem em torno de si. É um envolvimento absoluto. Nenhuma área da vida do salmista escapa deste contorno.
Se já não fosse maravilhoso estar envolvido pelo Senhor, este ainda estende a sua mão sobre o salmista e o cobre com a sua proteção.
Atônito e perplexo, imbuído de um sentimento de impotência diante da grandeza do que ele acaba de constatar, o salmista então declara:
“É um saber maravilhoso, e me ultrapassa, é alto demais: não posso atingi-lo!” Salmo 139 v.1-6 (BJ)
Reverente então, o salmista aceita e recebe com felicidade aquilo que não compreende e descansa nos braços do Senhor.
Que nós possamos também aceitar como dádiva, a transparência de nossa alma para com Deus, e nos regozijar-mos nela, elevando ao Senhor orações sinceras, sem rodeios e que exponham o âmago de nossos problemas. Evitemos assim, as preces dissimulatórias e hipócritas que tentam esquivar de Deus aquilo que ele já está cansado de saber.