FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Sabemos ser amigos...como os escolhemos ?


Se Platão é o autor de um dos tratados mais conhecidos sobre o amor (basta ler, entre seus diálogos, o “Fedro” ou o “Banquete”), Aristóteles é, sem dúvida, um dos autores clássicos que mais e melhor se expressou sobre a natureza da amizade. Em “Ética a Nicômaco”, talvez a mais conhecida de suas obras sobre o assunto, o filósofo diz que existem basicamente três qualidades geralmente amáveis – isto é, que se podem amar – que servem como motivos para a amizade: a utilidade, o prazer e a virtude. Mas isso não significa que as amizades decorrentes de qualquer uma destas três razões são necessariamente amizades “reais”. Para que uma amizade possa ser considerada autêntica, segundo Aristóteles, é necessário: “aos amigos, devemos desejar-lhes o bem no interesse deles próprios. Mas aos que desejam bem dessa forma só atribuímos benevolência, se o desejo não é recíproco; a benevolência, quando recíproca, torna-se amizade. Pois muita gente deseja bem a pessoas que nunca viu, e as julga boas e úteis; e uma delas poderia retribuir-lhe esse sentimento. Tais pessoas parecem desejar bem umas às outras; mas como chamá-las de amigos se ignoram os seus mútuos sentimentos? A fim de serem amigas, pois, devem conhecer uma à outra como desejando-se bem reciprocamente por uma das razões mencionadas acima” (pg. 140). Ou seja, o desejo de boa vontade deve ser mútuo e conhecido: Aristóteles diz que um homem não pode ser amigo de um objeto inanimado, porque seria “ridículo se desejássemos bem ao vinho” (pg. 140), porque um objeto não pode fazer o mesmo por nós: não é uma boa vontade mútua. Assim, se entende que se uma pessoa deseja o bem para outra, mas esse desejo não é recíproco, não podemos falar que entre essas duas pessoas realmente exista uma amizade. Por isso, Aristóteles define a amizade como “uma boa vontade mútua entre as pessoas conhecidas para uma das qualidades amáveis: isto é, por utilidade, por prazer ou por virtude”. Amigos por utilidade Aristóteles ensina que “os que se amam por causa de sua utilidade não se amam por si mesmos, mas em virtude de algum bem que recebem um do outro” (pg. 141). Isto significa que em uma amizade por utilidade “a pessoa amada não é amada por ser quem é, mas porque proporciona algum bem ou prazer” (pag. 141). Ou seja, “os que amam por causa da utilidade, amam pelo que é bom para eles mesmos” (pg. 141). Isso não é necessariamente prejudicial, de acordo com Aristóteles, mas ele alega que essas amizades não são permanentes, porque se o benefício da utilidade acaba, a amizade também acaba. É o caso clássico, por exemplo, dos parceiros de negócios ou colegas de classe. Amigos por prazer Aristóteles observa que algo semelhante acontece neste tipo de amizade e na anterior. Este tipo de amizade acontece entre pessoas que amam seu amigo(a) não pelo bem do amigo(a), mas pelo prazer que podem receber dessa pessoa. Como na amizade por utilidade, amizades por prazer são relativamente frágeis, porque podem alterar ou terminar tão rapidamente como o prazer recebido. Aristóteles afirma que este é o tipo mais comum de amizade na juventude. “A amizade dos jovens, por outro lado, parece visar ao prazer, pois eles são guiados pela emoção e buscam acima de tudo o que lhes é agradável e o que têm imediatamente diante dos olhos; mas com o correr dos anos os seus prazeres tornam-se diferentes. E por isso que fazem e desfazem amizades rapidamente: sua amizade muda com o objeto que lhes parece agradável, e tal prazer se altera bem depressa” (pg. 141-142). Geralmente, de acordo com Aristóteles, uma amizade baseada no prazer é a que acontece entre amigos que compartilham os mesmos passatempos: companheiros de uma equipe de esportes ou de uma banda, por exemplo. Amigos por virtude Aristóteles escreve que a amizade perfeita é a das pessoas que são boas e afins na virtude, pois essas desejam igualmente bem uma à outra e são boas em si mesmas. Ora, os que desejam bem aos seus amigos por eles mesmos são os mais verdadeiramente amigos, porque o fazem em razão da sua própria natureza e não acidentalmente. Por isso sua amizade dura enquanto são bons — e a bondade é uma coisa muito durável. E cada um é bom em si mesmo e para o seu amigo, pois os bons são bons em absoluto e úteis um ao outro. E da mesma forma são agradáveis, porquanto os bons o são tanto em si mesmos como um para o outro, visto que a cada um agradam as suas próprias atividades e outras que lhes sejam semelhantes, e as ações dos bons são as mesmas ou semelhantes (pg. 142). O filósofo segue afirmando que “tal amizade é, como seria de esperar, permanente, já que eles encontram um no outro todas as qualidades que os amigos devem possuir” (pg. 142). Com isso, Aristóteles quer dizer que uma pessoa que é boa é também agradável, e sua companhia é prazerosa e útil. Assim, a amizade por virtude contém em si mesma os mesmos prazeres que as outras duas amizades, mas em grau mais elevado, tornando esta amizade uma amizade melhor e mais plena. No entanto, Aristóteles é realista: “Mas é natural que tais amizades não sejam muito frequentes, pois que tais homens são raros. Acresce que uma amizade dessa espécie exige tempo e familiaridade. Como diz o provérbio, os homens não podem conhecer-se mutuamente enquanto não houverem “provado sal juntos”; e tampouco podem aceitar um ao outro como amigos enquanto cada um não parecer estimável ao outro e este não depositar confiança nele. Os que não tardam a mostrar mutuamente sinais de amizade desejam ser amigos, mas não o são a menos que ambos sejam estimáveis e o saibam; porque o desejo da amizade pode surgir depressa, mas a amizade não” (pg. 142-143). Paz e bem

Ser bondade...ponte para o amor...


4k 0 Por diferentes motivos, existem pessoas que caminham pela vida pensando que qualquer dano que os outros sofram é uma vantagem para elas, de modo que não hesitam em se alegrar por isso e até mesmo em provocar o mal. Para este tipo de pessoa, a melhor resposta que podemos dar é uma lição de bondade. Este é o jeito mais adequado de agir. Neste sentido, os conceitos de bem e de mal deram muito o que falar ao longo da história, principalmente porque a alma humana pode se aproximar das duas. Também porque depende muito da cultura, da sociedade e de outras variáveis que podemos adicionar ao debate. Além de uma contribuição técnica e científica do tema, neste artigo vamos procurar uma reflexão individual. O ponto do qual partir será uma situação real e abstrata na qual uma pessoa age com maldade e nos prejudica. Como respondemos a isso? Por que a bondade é uma lição Existem muitos motivos pelos quais a bondade pode ser considerada uma grande lição, ainda que nunca possamos compreender o que levou o outro a nos prejudicar. Essencialmente, adotando a bondade como resposta não isentamos o outro das suas ações, mas libertamos a nós mesmos das emoções negativas. flor-nascendo Muitas vezes é extremamente complicado perdoar o outro, e isso é compreensível. Contudo, basta lembrar que é possível perdoar sem esquecer ou sem entregar novamente a confiança própria. Assim, o perdão não nos torna ingênuos nem mais vulneráveis, apenas nos liberta de uma carga pesada que mantém a ferida do dano causado. “A cada nova cobrança, a cada nova crueldade, precisamos fazer oposição com um pequeno suplemento de amor e de bondade conquistado em nós mesmos.” -Etty Hillesum- A bondade age como lição porque é gratificante, fomenta a solidariedade, beneficia a autoestima e abre a porta para a dor e o aprendizado. Um ato de bondade olha para o bem alheio e o próprio. A maldade, ao contrário, só olha para si mesma e procura somente repercutir nos seus interesses. A bondade nasce do coração Uma das opiniões mais comuns é de que não nascemos nem bons nem maus, mas que cultivamos a bondade ou a maldade à medida que crescemos emocionalmente. Por essa razão podemos dizer que a bondade nasce do coração e se alimenta dele. Se durante nossas vidas queremos progredir sem prejudicar ninguém, como vamos responder com vingança aquele que apenas procura prejudicar? coracao Uma resposta à altura de uma ação ruim não muda nada, não resolve o dano e apenas alivia momentaneamente. O rancor destrói, transforma e não colhe nenhum fruto positivo em nós mesmos. Não só isso, a outra pessoa continuará vendo você cair na sua mesma velocidade; e, então, não apenas você terá perdido tudo, mas não ganhará nada. “Mas tinha além disso uma arte maior, uma arte que não se aprende: a da bondade.” -Úrsula K. Le Gin- Assim como afirmou Gandhi, seria bom que fôssemos a mudança que queremos ver no mundo. Desde aquelas situações maiores e mais complicadas, difíceis de superar, até aquelas outras pequenas. Também podemos olhar a ética de Kant que afirmava que a virtude está em “fazer das nossas obras, obras universais”. Não permita a maldade ao seu redor Estamos rodeados de ódio, violência e medo, de modo que é necessário educar quanto a valores que contribuam para um bem-estar social e individual, valores que impeçam uma escalada das atitudes censuráveis que nos rodeiam. De fato, quem já passou por isso sabe que não serve mais aquele “olho por olho” porque no fim das contas acabamos todos cegos. Paz e bem

A cruz porque ...simbolo...ou despertador


A cruz é o símbolo de uma das torturas mais horríveis que o homem inventou para outro homem. A primeira imagem conhecida de Cristo crucificado – nas portas de madeira da Basílica de Santa Sabina em Roma – é do século V. A manifestação da (não) fé Antes, os cristãos não retratavam de nenhuma maneira a ferramenta da morte de Jesus. Representava-se a chamada crux gemmata ou a cruz preciosa, de ouro e enfeitada com pedras preciosas, sem a pessoa do crucificado. E essas representações aparecerem só no século IV. Até então, os cristãos evitavam a utilização do sinal da cruz. Não porque era proibido, mas pela natureza controvertida desse símbolo. Entretanto, durante pelo menos dois séculos depois de Cristo, as cruzes continuavam sendo colocadas ao longo dos caminhos dos impérios, em que agonizavam os escravos. A cruz era, pois, um símbolo muito ambíguo, despertando perguntas. E por isso levo a cruz no pescoço. Ela tem que despertar perguntas. Em mim. Porque, pelo lado de Jesus crucificado não teria nem graça nem brilharia para admirá-lo. E, por outro lado, precisamente no contexto do anúncio da cruz, o Pai o clamava do céu: “Tú és o meu Filho amado! Em ti ponho minha afeição!” A cruz no meu pescoço é para que eu possa ir-me voltando às perguntas: “Consigo obedecer o Pai? Meus pensamentos, decisões, palavras e atitudes agradam o Pai? Aceito a cruz na minha vida, já que levo sua miniatura no pescoço todos os dias? A cruz no pescoço é o convite diário ao mais simples exame de consciência. Não a levo para manifestar alguma coisa. A cruz no meu pescoço é a manifestação de minha fé, do meu ponto de vista. A cruz no peito não significa nada. O próprio fato de se sentar na cadeira não garante, automaticamente, um bom testemunho Daquele que morreu na cruz. A cruz aparecia em muitas bandeiras e cartazes e estava em muitos emblemas. Mas nem todas tinha um motivo nobre. A cruz no meu pescoço pode se transformar, igualmente, em um testemunho de Jesus, como também na manifestação de não-fé. Vai decidir meus gestos, palavras, ações, comportamento. O despertador E por isso levo a cruz. Para que, no mundo das lutas sem fim, manifestações, empurrões e batalhas, ela seja a âncora do barco da minha vida atracada em outro mundo. Coloco a cruz para recordar que a terra de onde eu venho e a terra para onde volto são diferentes. É como a bandeira, atrás da qual caminho lentamente, desde onde começa o reino da verdade e da vida, o reino da santidade e da graça, o reino da justiça, amor e paz. Não levo a cruz para me proteger da desgraça, nem para mudar nada em meu caminho independentemente da minha vontade. Não é amuleto. Com a cruz no pescoço, posso ser atropelada por um carro, ter câncer e perder meu emprego. Da mesma forma, carregando a cruz no pescoço posso enganar, difundir rumores e ser um pesadelo para quem tem que conviver comigo todos os dias. Ela não vai me mudar de maneira mágica, nem mudar a realidade que me rodeia. Nenhuma magia “batizada”, nenhum sistema ou mecanismo espiritual consegue essas mudanças. A transformação, ou a Páscoa, de minha vida e do mundo que me cerca só pode ser levada a cabo por Deus – o Senhor de toda a realidade e de meu pequeno coração. E por isso eu uso a cruz. Para que ela me lembre a quem pertence tudo isso e quem tem a última palavra. Uso a cruz para recordar que fui comprada por um preço muito alto e Aquele que me redimiu e me limpou com seu sangue não tem intenção de me abandonar. A cruz no pescoço é uma promessa e um convite para Deus deixar operar em mim e sempre comigo. Para trabalhar com Ele – na medida do possível – em minha salvação. Aqui e agora. Onde me encontro e com quem estou lutando. Jesus foi a cruz para atrair a todos até Ele. Morreu e ressuscitou. E, na verdade, em certo sentido, o drama de minha redenção continua. Pascal escreveu: “A agonia de Jesus continuará até o fim do mundo. Não se deve dormir nesse momento.” Levo a cruz porque preciso de um despertador. Por Dk. Michal Lubowicki Paz e bem

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Ser abraçado por Deus....


Na vida, a generosidade exige renúncia. Renúncia ao próprio desejo, à possessão, a ter tudo, à paz constante, ao descanso permanente, aos meus planos. Amar é renunciar. O amor que não renuncia seca, morre. O amor que cresce a partir da morte ao próprio eu é um amor fecundo, grande, próprio de um coração que se dilatou, que se tornou enorme no caminho. Um coração capaz de entregar a vida no silêncio, sem buscar aplausos ou reconhecimento. É um coração assim que queremos: um coração livre e pleno. Santo Inácio rezava: “Tomai, Senhor, e recebei / Toda a minha liberdade, a minha memória também. / O meu entendimento e toda a minha vontade / Tudo o que tenho e possuo, vós me destes com amor. / Todos os dons que me destes, com gratidão vos devolvo. / Disponde deles, Senhor, segundo a vossa vontade. / Dai-me somente, o vosso amor, vossa graça. / Isto me basta, nada mais quero pedir”. Em nosso coração são tomadas as decisões mais importantes, e ninguém pode interferir nelas. Decisões nas quais nos entregamos e abandonamos totalmente. Lá, na solidão da alma, nós abraçamos Deus. Lá onde ninguém mais pode entrar, porque é nossa intimidade mais profunda e cálida. E queremos que o nosso coração seja um lar para Cristo. Nesse lar de paz, poderíamos descobrir seu querer e estar dispostos, assim, a entregar tudo, a renunciar a tudo. Diante do desconhecido, diante do que não controlamos, temos de olhar para Deus, confiar nele, abandonar-nos em suas mãos, sabendo que Ele nos conduz a um porto seguro. Na verdade, nossa santidade repercute nos que nos cercam. Somos membros do Corpo místico de Cristo. O bem que fazemos é um bem para os outros. O mal que provocamos é uma ausência de bem. Nosso amor pode ajudar outras pessoas a amar mais, a amar melhor, a amar mais santamente. “O verdadeiro amor é aquele que não diz “é suficiente”. A medida do amor é amar sem medidas. Nossa relação mútua deve nos submergir cada vez mais profundamente nesta medida sem medidas, no eterno, no Deus infinito.” Uma vida que ama e é capaz de não dizer jamais “Isso é suficiente” é a vida à qual aspiramos. Uma vida entregue nas mãos de Deus. É o abandono no meio do perigo. Quando nem tudo está garantido, quando nossa vida não está totalmente sob controle. É natural ter medo do futuro, da morte, da cruz. Não é natural viver sem medo. Ninguém vive sem medo, a não ser por uma graça especial, por um dom sobrenatural, por uma união profunda do seu coração com o coração de Cristo na cruz. Os mártires suportaram o martírio não por falta de medo, mas porque receberam uma graça especial de Deus. Nós não vivemos sem medo, mas sempre podemos entregar esse medo a Deus para que Ele nos liberte. O medo está na alma e pode nos impedir de avançar. Hoje somos conscientes dos nossos medos. Sabemos quantas coisas existem em nossa vida que nos inquietam. O futuro, a crise, o medo de doenças: entreguemos tudo isso a Deus, para que Ele sustente nossa vida e nos dê sua paz em meio às tempestades. Paz e bem