FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Os meus, os teus e os nossos....


Carlos “Catito” e Dagmar Grzybowski Dentre os vários fenômenos que a modernidade nos trouxe, os que mais afetam a família são as novas configurações familiares. Com a facilitação dos processos de divórcio e as consequentes novas uniões, temos visto uma sociedade representada por inúmeras famílias reconstituídas. Muitas dessas famílias são compostas por filhos do casamento anterior -- ou, até mesmo, de vários casamentos anteriores -- de um ou de ambos os cônjuges, que agora se veem convivendo debaixo do mesmo teto com os novos cônjuges de seus pais/mães e até com os filhos desta outra pessoa que se uniu a seu progenitor/sua progenitora. Visando a convivência nessas novas configurações, são necessários muitos acordos e ajustes para o bom funcionamento familiar. A educação dos filhos pequenos e, ou, adolescentes é um dado importante para reflexão. Em uma família chamada “intacta” (que não passou por divórcio algum), o processo de educação dos filhos passa necessariamente por acordos entre os pais, especialmente no que diz respeito aos valores que julgam importantes a serem passados para as crianças. É preciso conciliar os valores que cada um dos pais recebeu de suas famílias de origem, atualizando-os ao contexto no qual vivem hoje e buscando criatividade para desenvolver modelos novos quando os modelos recebidos se tornam inadequados ou são divergentes entre o casal. Em famílias provenientes de situações de divórcio, a questão se torna ainda mais complexa, pois muitas vezes são três ou até quatro pessoas adultas com valores diferentes que acreditam que a forma de educar deles é a melhor para as crianças -- sejam estas filhos consanguíneos ou não. Isso pode gerar muita confusão na mente delas, além de abrir brechas para que se façam alianças e os filhos iniciem jogos colocando um adulto contra o outro, com o intuito de levarem vantagens. Para ultrapassar esses obstáculos, é preciso, primeiramente, o entendimento de que paternidade e maternidade não se definem por vínculos biológicos. A dimensão educacional -- que envolve o ensino de valores, o colocar limites e, enfim, a instrução para a vida em sociedade -- é de fato a mais difícil. E tais tarefas não dependem necessariamente da dimensão biológica. Logo, é preciso identificar quais são os cuidadores que estão envolvidos de fato com os filhos. Por exemplo: se um pai biológico é do tipo que visita os filhos por algumas horas em vastos intervalos de tempo e que só se importa em dar o dinheiro da pensão para não responder à justiça, o novo esposo da mãe pode tornar-se o verdadeiro cuidador dos filhos desta. O mesmo pode acontecer com a nova esposa do pai quando a mãe fica envolvida com outras atividades e distancia-se dos filhos. Entretanto, os filhos só irão aceitar os cuidados e sujeitar-se ao comando deste novo cuidador se o pai/mãe “autorizar” este cuidador diante dos filhos. É preciso reunir os filhos e dizer explicitamente a eles que possui um novo vínculo relacional e que autoriza este novo(a) companheiro(a) a cuidar deles de forma integral, o que inclui dar ordens e disciplinar. Numa sociedade que deseja reduzir as questões relacionais a uma dimensão biológico/fisiológica, as ideias expostas acima devem soar estranhas, mas os cristãos devem lembrar-se de que o primeiro a mudar o conceito de família ligada por vínculos biológicos foi o próprio Senhor Jesus quando afirmou: “Quem é minha mãe? E quem são meus irmãos? [...] Porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, este é meu irmão, e irmã e mãe” (Mt 12.48, 50). • Carlos “Catito” e Dagmar são casados, ambos psicólogos e terapeutas de casais e de família. São autores de Pais Santos, Filhos Nem Tanto.

Lembre-se sempre de Jesus Cristo


O Jesus do qual nunca podemos nos esquecer é o Jesus da Bíblia, o Jesus dos quatro Evangelhos, o Jesus do evangelho que Paulo pregava! A quem o apóstolo Paulo endereçou a exortação “Não perca Jesus de vista”? Por mais curioso que possa parecer, não foi a uma das igrejas por ele fundadas na Europa mediterrânea, nem a algum novo convertido, nem a algum candidato ao ministério. O “Lembre-se sempre de Jesus Cristo” está na última das treze cartas escritas por Paulo, entre os anos 64 e 68 depois de Cristo. Ela foi dirigida a Timóteo, que não era mais aquele jovem que o apóstolo havia levado a Cristo, no mínimo vinte anos antes. Quem sabe Timóteo teria agora uns 40 anos! Além do mais, o pedido de Paulo foi dirigido a alguém que havia herdado a fé sincera de sua mãe Eunice e de sua avó Lóide (2Tm 1.5); a alguém que o apóstolo chamava de “meu verdadeiro filho na fé” (1Tm 1.2); a alguém que havia acompanhado Paulo em suas viagens missionárias desde o início da segunda viagem, por volta do ano 51 depois de Cristo (At 16.1-3); a alguém que havia sido seu companheiro de prisão em Roma por volta do ano 60 depois de Cristo (Fm 1); a alguém que havia sido corremetente de seis das treze cartas de seu pai na fé (2 Coríntios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenses e Filemom); e a alguém que seria, segundo a tradição, o primeiro bispo de Éfeso. Tudo isso indica que perder Jesus de vista é um perigo real, para qualquer pessoa e em qualquer tempo. Significa também que as igrejas de hoje, os ministros religiosos de hoje e os crentes de hoje precisam levar continuamente a sério a advertência de dois milênios atrás: “Lembre-se sempre de Jesus Cristo” (2Tm 2.8)! Perdemos Jesus de vista quando desprendemos os olhos dele, quando viramos as costas para ele, quando o tiramos do foco, quando o colocamos de lado ou o empurramos para trás, quando projetamos nossa sombra sobre ele e quando o substituímos por qualquer outra pessoa ou coisa. Lembre-se sempre do Jesus certo Não é para ter em mente o Jesus errado. Paulo deixa claro a Timóteo: “Lembre-se sempre de Jesus Cristo, “que é” de descendência humana e que ressuscitou segundo o meu evangelho” (J. B. Phillips). Outras versões ajudam a entender melhor ainda o texto paulino: “Não se esqueça nunca do fato maravilhoso de que Jesus Cristo foi um homem nascido na família do rei Davi; e que também era Deus, como foi demonstrado pelo fato de que ele se levantou novamente dentre os mortos” (CV); “Visualize este quadro: Jesus, descendente de Davi, ressuscitou dos mortos” (AM). O Jesus que absolutamente não podemos perder de vista não é um Jesus qualquer. Não é filho de Maria e José nem filho bastardo de Maria (Jo 8.41). Não é um misterioso extraterrestre. Não é um megalomaníaco (Jo 7.4), um doente mental (Jo 10.20) nem um endemoninhado solto por aí (Jo 8.49). Não é um milagreiro nem um mercenário religioso (Jo 10.11). Não é um Mahatma Gandhi, um Martin Luther King nem uma Madre Teresa de Calcutá. Não é um agitador das massas nem um revolucionário. Não é um pobre coitado nem alguém que gosta de sofrer. Não é um homem morto, sepultado, putrefato e reduzido a pó. O Jesus do qual nunca podemos nos esquecer é o Jesus da Bíblia, o Jesus dos quatro Evangelhos, o Jesus do evangelho que Paulo pregava! Lembre-se sempre do Jesus incrível Do Jesus que sempre existiu -- no princípio mais remoto possível, Jesus já estava com Deus e já era Deus (Jo 1.1). Do Jesus sem o qual nada do que existe teria sido feito (Jo 1.3, 10). Do Jesus que tira o pecado do mundo (Jo 1.29). Do Jesus que “veio à terra com o firme propósito de exterminar as atividades do Diabo” (1Jo 3.8, Phillips). Do Jesus que está colocando debaixo de seus pés todos os poderes hostis à criatura e à criação, inclusive a morte, aquele monstro até então implacável, cujo lábio superior alcança os céus e o inferior encontra-se ao rés do chão (1Co 15.26). Do Jesus que há de vir com poder e muita glória, sob o olhar de todo ser humano de qualquer tempo e raça (Mt 24.30). Do Jesus que transformará os vivos e ressuscitará os mortos, tornando-nos outra vez semelhantes a ele (1Ts 4.15-17). Do Jesus que retira do mapa e da história o paraíso perdido e coloca no lugar dele o paraíso recuperado (Ap 21.5). Lembre-se sempre do Jesus homem e Deus É de John Stott o seguinte esclarecimento: Jesus não é “um Deus disfarçado de homem, nem um homem com qualidades divinas” (“Cristianismo Básico”, p. 27). Ele quer dizer simplesmente que Jesus é Deus e homem não sucessivamente, mas ao mesmo tempo. Ora Jesus referia-se a si mesmo como Filho do Homem -- “O Filho do Homem veio buscar e salvar quem está perdido” (Lc 19.10) --, ora como Filho de Deus -- “Vem a hora, e ela já chegou, em que os mortos vão ouvir a voz do Filho de Deus, e os que ouvirem viverão” (Jo 5.25). O Senhor tinha duas naturezas -- a natureza divina e a natureza humana. Jesus não deixou de ser Deus quando tomou a forma humana nem deixou de ser homem quando ressuscitou dentre os mortos. Por ocupar um corpo humano, Jesus torna-se visível, audível e palpável. Ele tem fome, tem sede, tem sono, tem cansaço. Ele chora, paga impostos, ora, passa por privações e tentações. Por ser “a revelação visível do Deus invisível” (Cl 1.15), ele está acima das leis que regem o universo, de cuja criação ele participou. Por essa simples razão, Jesus acalma as ondas do mar e a fúria do vento, caminha por cima da superfície líquida do mar, transforma 600 litros de água em vinho da melhor qualidade, multiplica pães e peixes e seca a figueira sem frutos. Por não ter perdido nem reduzido sua divindade, Jesus “ia curando toda espécie de mal e doenças do povo” (Mt 4.23). Cura a mulher hemorrágica por doze anos, a mulher encurvada por dezoito anos, o homem de Betesda paralítico por 38 anos. Ele reimplanta a orelha de Malco, expulsa os demônios do geraseno e de Maria Madalena, perdoa os pecados da mulher pecadora e da mulher adúltera. Ele ressuscita uma adolescente que acaba de morrer, um jovem que está sendo levado para o cemitério e um homem de idade que já está em estado de putrefação. Por ser “Filho do Homem”, Jesus está dentro do tempo e do espaço, e é possível dizer que ele tinha oito dias de vida quando foi circuncidado, 12 anos quando dialogou com os mestres da lei e 30 anos quando iniciou o seu ministério. Por ser “Filho de Deus”, Jesus está fora do tempo e do espaço, e então é possível dizer que ele era mais velho que a própria mãe, mais velho que João Batista, que nasceu três meses antes dele, mais velho que Isaías, Davi, Moisés e Abraão, que viveram antes dele, respectivamente, 700, 1.000, 1.500 e 2.000 anos. Não há nada mais saudável do que lembrar-se sempre do Jesus que aparece nos quatro Evangelhos! Lembre-se sempre do Jesus imatável O adjetivo “imatável” é uma palavra nova que precisa ser colocada entre as 400 mil palavras do português falado no Brasil e entre os 150 mil vocábulos inseridos na última edição do “Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa”. Ele é imprescindível, embora possa referir-se a uma única pessoa -- o Senhor Jesus Cristo. Sem ele não seria possível explicar em poucas palavras o que Jesus declarou quando se apresentou como o Bom Pastor: “Ninguém tira a minha vida de mim, mas eu a dou por minha própria vontade, [já que] tenho o direito de dá-la e de tornar a recebê-la [uma referência à sua ressurreição], pois foi isso que o Pai me mandou fazer” (Jo 10. 18). Outras versões dizem: “Ninguém a toma de mim -- eu a entrego porque quero” (AM); “Ninguém me tira a vida, mas por mim mesmo eu dela me despojo” (TEB). Em outras palavras, Jesus poderia ter dito: “Ninguém tem poder sobre a minha vida”; “Ninguém me faz cair morto”; “Ninguém tem meios para me matar”; “Pois eu sou ao mesmo tempo imortal (aquele que não morre) e imatável (aquele que não pode ser assassinado)”. Desde o berço até a idade adulta, houve pelo menos três sérias tentativas de assassinato contra Jesus, todas fracassadas. “A primeira tentativa não deu certo” -- Porque os magos não lhe deram a informação solicitada, Herodes, o Grande, “ficou “furioso” e ordenou que matassem todos os meninos de dois anos para baixo, em Belém e nas proximidades” (Mt 2.16). Herodes era um adversário de peso. Homem cruel e sem escrúpulos, já havia mandado matar a sogra, Alexandra, os cunhados Aristóbulo e Costobardes, a esposa, Mariane, e os filhos Alexandre e Antípatro. Devem ter morrido uns vinte meninos de peito na ocasião (Herodes tinha 70 anos), mas Jesus não estava entre eles, pois José já o havia levado a salvo para o Egito (Mt 2.13-14). “A segunda tentativa não deu certo” -- Quando Jesus engrossou o discurso feito em Nazaré no início de seu ministério, “todos os que estavam na sinagoga ficaram “furiosos”... [Então] levantaram-se, expulsaram-no da cidade e o levaram até o topo da colina a fim de atirá-lo precipício abaixo” (Lc 4.28-29). Jesus correu sério risco de vida porque estava no meio de pessoas “tomadas de cólera” (TEB) e à beira de um abismo. Todavia, nenhum mal lhe aconteceu porque o Senhor estranhamente “passou por entre eles e retirou-se” (Lc 4.30). “A terceira tentativa não deu certo” -- Por não ter princípio nem fim, por ser autoexistente, por ser eterno, claro, Jesus era mais velho que Abraão. Isso quer dizer que Jesus não mentiu nem blasfemou ao declarar: “Eu sou o que sou muito antes que Abraão fosse alguma coisa” (Jo 8.58, AM). Não obstante, os judeus encheram as mãos de pedras para atirarem nele, “mas Jesus se ocultou [ou se escondeu, em outra versão] e saiu do templo” (Jo 8.58, ARA). Apesar do cerco, da fúria e dos recursos dos seus oponentes, Jesus não foi atravessado pela espada em Belém, nem teve seu corpo esmagado em Nazaré, nem foi apedrejado em Jerusalém. Se abrirmos o Apocalipse, encontraremos, embora figuradamente, mais uma tentativa de morte contra Jesus, certamente a mais brutal de todas. Um imenso e furioso dragão, identificado como o Diabo, se agacha diante de uma mulher em trabalho de parto para devorar a criança, identificada como o Messias, aquele que governará todas as nações. Todavia, logo ao sair do ventre da mãe, o filho é tomado e posto em segurança junto ao trono de Deus (Ap 12.1-7). Não é possível abrir mão do adjetivo “imatável” (ou “inassassinável”) diante desses livramentos e diante da explicação dada pelo próprio Jesus: “Ninguém me tira a vida, mas por mim mesmo eu dela me despojo” (o que aconteceu na sexta-feira da Semana da Paixão!). Desde o berço até a idade adulta, houve pelo menos três sérias tentativas de assassinato contra Jesus, todas fracassadas. Paz e bem

É só falta de educação ?


A gravidade dos tempos em que vivemos é percebida pelo nervosismo latejante em muitos textos que na mídia abordam a realidade brasileira de nossos dias. Pessoas de diversos estratos culturais registram que a sociedade está enferma. Isso mesmo. A sociedade. Não se trata mais de denunciar apenas a classe política e os equívocos dos três poderes da nação, mas de reconhecer que o mal é geral. As recorrentes tentativas de linchamento de bandidos ocorridas em diferentes locais do país, por exemplo, atropelam o fato de serem elas mesmas formas de banditismo e os comentários de setores da mídia sobre serem tais tentativas expressões de revide da sociedade chancelam esses crimes. Como poderia a sociedade continuar obstinadamente elegendo criminosos – os do mensalão e outros – se não estivesse ela mesma anestesiada pela corrupção que abriga em seu dia a dia, negando-se a respeitar o direito do próximo em filas, no trânsito, nos estádios e em outros locais públicos, cometendo violência contra o seu meio e buscando cada um apenas seus próprios interesses? Várias vozes afirmam resultar tudo isso da falta de educação. Com a tranquilidade de herdeiros da tradição Reformada, concordamos, mas entendemos ser necessário esclarecer que falta de educação não é sinônimo apenas de falta de escolas. É que, mesmo onde há escolas, faltam muitas vezes valores. Faltam valores em nossa sociedade, e eles não se perderam por distração, antes, foram abandonados por convicção. Isso mesmo. Foi abraçada a ideia de que a educação deveria ser promovida sem os valores da herança judaico-cristã, a mesma que buscou sempre promover e universalizar a educação. A Reforma, particularmente, mostrou o impressionante efeito de sua influência nos países que a abraçaram. Nessa linha, o educador Reformado Comenius sustentava que era preciso “ensinar tudo a todos”, mas a educação não seria ministrada de modo divorciado do reconhecimento da soberania de Deus. Ao contrário, decorreria dela. Não se daria a transmissão de conhecimento como se isso pudesse ser feito de modo isolado dos valores defendidos pela fé cristã ou, afinal, sem quaisquer outros valores. Sim, sem quaisquer outros valores, porque quando o Ocidente defende uma educação “destituída de valores”, negam-se os mencionados valores judaico-cristãos, mas adotam-se outros, verdadeiros “des”-valores. Se a verdade não é o que a Escritura assim apresenta, então cada um conceberá a sua própria e instalam-se o caos e as trevas. O Brasil e as nações precisam hoje de luz para prosseguir, a luz do Senhor: “Atendei-me, povo meu, e escutai-me, nação minha; porque de mim sairá a lei, e estabelecerei o meu direito como luz dos povos” (Is 51.4). Essa luz alcança as nações por meio do evangelho de Cristo pregado pela Igreja até o fim destes tempos difíceis.

domingo, 6 de abril de 2014

A idade do Gato.


Texto de Adair Lara (premiada escritora norte-americana, tendo artigos escritos em colunas de diversas revistas de circulação nacional nos USA) Acabo de perceber que, enquanto crianças representam cães – leais e afetuosos – , adolescentes são gatos. É fácil ser dono de um cachorro. Você o alimenta, treina-o e manda nele. O cachorro apoia a cabeça no seu joelho e fica olhando como se você fosse um quadro de Rembrandt. Corre com entusiasmo quando chamado. Por volta dos 13 anos, seu adorável cachorrinho vira um grande gato velho. Quando chamado para entrar, ele parece surpreso, como se perguntasse quem morreu e nomeou você imperador. Em vez de acompanhar seus passos, ele desaparece. Você só o verá novamente quando estiver com fome. Nesse momento, interromperá a corrida através da cozinha durante tempo suficiente para farejar o que você está oferecendo. Quando estende a mão para acariciar-lhe a cabeça, naquele antigo gesto afetuoso, ele se afasta com um tranco e oferece um olhar gelado, como se estivesse tentando lembrar onde já o viu antes. Você, sem perceber que o cachorro agora é um gato, pensa que algo deve estar desesperadamente errado com ele. Parece tão anti-social, tão distante, talvez deprimido. Recusa-se a comparecer às reuniões familiares. Como foi você que o criou, ensinou-o a buscar o graveto, ficar parado e sentar-se ao ouvir o comando, supõe que fez algo errado. Afogado em culpa e medo, redobra esforços para fazer seu bichinho se comportar. Agora você está lidando com um gato e, portanto, tudo o que funcionava antes produz o resultado oposto. Chame-o e ele fugirá. Diga-lhe que fique sentado, e ele pulará para o balcão. Quanto mais se aproximar dele, torcendo as mãos, mais ele se afastará. Em vez de continuar a agir como dono de cachorro, você precisa aprender a se comportar como dono de um gato. Ponha o prato de comida próximo à porta e deixe que ele volte para você. Mas não se esqueça de que um gato também precisa de amor e de afeição. Sente-se imóvel e ele virá, procurando o colo aquecido e confortável do qual não se esqueceu completamente. Esteja lá para abrir a porta. Algum dia, seu filho crescido entrará na cozinha e lhe dará um beijo. Dirá: “Você ficou em pé o dia inteiro! Deixe-me lavar estes pratos.” Perceberá, então, que seu gato voltou a ser um cãozinho.

O perdão.

Perdoar é sentir o coração fervilhado de amor.

Muitas pessoas que são traídas por seus cônjuges passam a viver vidas amarguradas e fechadas em si mesmas, acreditando que jamais poderão voltar a confiar no outro e, por conseguinte, jamais terão novamente vidas plenas. Todavia quando o infrator realmente se arrepende de seu feito e pede perdão, é necessário buscar um caminho de reconstruir o que foi demolido pelo dano. Sei também que o processo de construção da confiança é sempre um processo lento, mas deve ser perseguido com perseverança. Há sempre três estágios intimamente ligados numa situação de “traição” (ainda que virtual). O primeiro é o perdão, o segundo é a restauração da confiança e o terceiro é o esquecimento. 1. O perdão O PERDÃO é algo que fazemos em benefício de NÓS MESMOS! Por quê? Porque o perdão nos livra da compulsão da repetição, ou seja, ficamos livres de ficar repetindo para nós mesmos que fomos machucados, que fomos enganados, que estamos sofrendo por causa disto, que somos criaturas infelizes, que o outro é mau, etc. Nos livrarmos disso é sempre sinal de saúde emocional! Quando eu posso, honesta e sinceramente, dizer “fui ferido(a), fui magoado(a), não merecia isso mas aconteceu, agora quero parar de repetir isso e DECIDO perdoar o outro”, então passo para uma nova dimensão – a dimensão da liberdade que posso experimentar. Entretanto somos relutantes em perdoar porque perdoar é ARRISCAR-SE a ser ferido novamente. E se o outro fizer de novo? Vou passar por idiota? Como vai ficar minha auto-estima? É preciso correr este risco se queremos gozar de saúde emocional. Temos que estar conscientes que, se o outro repetir o erro, o maior prejudicado será ele mesmo, pois estará cada vez mais se isolando na marginalidade, perdendo os relacionamentos mais significativos e tornando-se uma pessoa fechada em si mesma, amarga e que provavelmente vai terminar a vida sozinha e abandonada, pois nenhuma pessoa ÍNTEGRA cria vínculos profundos com quem constantemente machuca os que lhe são preciosos. Creio que foi por isso que Jesus nos incentivou a perdoar 70 x 7 – para NOSSA saúde emocional. Se perdoamos ficamos mais saudáveis e o outro, cada vez que erra fica mais doente. 2. A confiança A CONFIANÇA é passo seguinte. Ela só vai acontecer se a pessoa que nos ofendeu demonstrar, através de atitudes concretas, que sua vida foi mudada e que houve aprendizagem com o erro. São os pequenos detalhes que devemos observar e que vão restaurando a confiança. A forma de olhar, a ternura, o diálogo – tudo isso deve ir mudando. Claro que não muda de um dia para o outro; é um processo lento e progressivo. Entretanto devemos estar abertos à possibilidade do ver mudanças no outro e atentos aos detalhes que evidenciam estas mudanças. Muitas vezes as pessoas dizem “o outro não vai mudar nunca”, e repetem isso tantas vezes (acho que para elas mesmas se convencerem) que comunicam ao outro uma DESESPERANÇA. Devemos lembrar que as Escrituras nos alertam que “não devemos ser como os que não têm esperança”! E quando comunicamos desesperança ao outro em relação à sua mudança, também o outro acaba ACREDITANDO nisso e não se esforçando o suficiente para mudar. Fecha-se um círculo vicioso onde o outro não muda: eu deixo de acreditar na mudança, comunico desesperança e esta comunicação provoca uma paralisação e uma não mudança no outro. 3. O esquecimento Por último, o ESQUECIMENTO é algo que virá com o tempo. E aqui temos que fazer uma distinção bem clara. Não é o esquecimento dos FATOS e sim a mudança das EMOÇÕES ligadas aos fatos. É como se eu lembrasse o fato, mas ele NÃO causasse mais DOR EMOCIONAL. Eu lembro que fui machucado, que fui ferido, mas que isso hoje já não me dói mais. Que houve uma mudança em minha atitude mental em relação o ocorrido – que chamamos de RE-significação. Isso faz parte de um processo de aprendizagem e crescimento pessoal para chegarmos cada vez mais próximos da “estatura de Cristo”, ele que é chamado de “varão de dores e que sabe o que é padecer”. Se você foi ferido(a) por uma traição e o outro lhe pediu perdão de forma sincera e agora você deseja restaurar seu relacionamento, continue nessa caminhada de crescimento, EM MEIO À DOR, pois os mais belos cristais são apenas os que suportam as mais altas temperaturas! ___________________________ Carlos “Catito” Grzybowski