FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Libertos em Cristo Jesus....


O Apóstolo Paulo disse aos Gálatas que nós estamos livres em Cristo Jesus, mas o que isso quer dizer? Livres do que? Inicialmente, deve-se frisar que quando Paulo escreveu esta carta, sua intenção era combater uma heresia que estava se levantando no meio da igreja de Cristo localizada na Galácia, numa região da Ásia Menor. Um determinado grupo de judeus convertidos, chamados de “judaizantes”, estavam impondo aos gentios (todo aquele que não era judeu) que se convertiam ao Cristianismo, que estes deveriam guardar todo o cerimonial, as leis, o sábado, as festas judaicas, e inclusive se circuncidarem, para serem aceitos por Deus. Ou seja, não bastava somente reconhecer Cristo como Senhor e Salvador, mas deveriam manter toda a tradição judaica, e contra isso Paulo se levanta bravamente. “Mas agora, conhecendo a Deus, ou, antes, sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos e pobres, aos quais de novo quereis servir? Guardais dias, e meses, e tempos, e anos.” Gálatas 4:9,10 (Grifei) O Apóstolo é bem claro em toda a epístola que nós não somos mais escravos da Lei, ou do pecado, pelo contrário, fomos libertos pela graça de Jesus manifestada na Cruz, e que não devemos de forma alguma retornar aos antigos rudimentos. Mas então somos aceitos de qual forma? Pela fé. Mas e a Lei, serviu pra que? Serviu de aio (servo encarregado da educação doméstica das crianças), para nos conduzir a Cristo, a Lei é como uma tutora nos indicando que o caminho da salvação é a fé em Jesus, o Cordeiro de Deus. “Logo, a lei é contra as promessas de Deus? De nenhuma sorte; porque, se fosse dada uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade, teria sido pela lei. Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar. De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados. Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de aio. Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus.” Gálatas 3:21-26 (Grifei) Portanto, pela fé em Jesus Cristo, somos achados justificados diante de Deus (considerados justos pela fé, não por obras ou sacrifícios pessoais), e podemos chama-lo de Pai, temos livre acesso a ele, e podemos viver uma vida plena em Deus. Livres. Que Deus lhe abençoe e que a cada dia nós conheçamos mais sobre sua Palavra. Paz e bem

terça-feira, 21 de julho de 2015

O fusquinha do poder nosso de cada dia.....




Um fusquinha, insatisfeito com sua pouca potência, sonhava alto. Que tal um motor de Fórmula 1(F1)? Decidido a realizar seu sonho, ele foi até um construtor de F1 e pediu para que lhe colocasse um motor de carro de corrida. O construtor olhou para o fusca, com um misto de riso e pena, e falou: “Meu filho, você já pensou no que você teria que passar para ter um motor tão potente? Sem ajustes, esse poder lhe arrebentaria na primeira curva. Para eu lhe dar tanto poder, sem o destruir, teria que fazer outras mudanças em você. Teria que mudar os freios porque os seus não foram feitos para frear em alta velocidade. Teria que mudar sua suspensão para maior estabilidade. Mudaria a aerodinâmica, o escapamento, etc. Ou seja, para ter condições de usar tal poder, você teria de ser transformado a tal ponto que seria outro carro. Em nome da misericórdia, fusca sem transformação tem que ter motor de fusca”. Penso se, às vezes, alguns de nós não somos fuscas querendo o motor de carros de corrida. Motor, nesse caso, seria o poder adquirido através de dinheiro, glória, talentos, etc. Pedimos a Deus muitas coisas que aumentariam o nosso poder, sem nos perguntarmos se estamos aptos para usá-las com sabedoria, sem nos corromper. O poder corrompe quem não está preparado para lidar com ele. Até quem passa a ganhar dois salários mínimos pode se envaidecer e desprezar quem ganha apenas um. É de amplo conhecimento que muitos “novos ricos” que ganharam na loteria acabaram mal, com seus relacionamentos destruídos. Vários atletas, artistas, que ficaram famosos subitamente, acabaram se envaidecendo e perdendo sua identidade original. Alguns Pregadores tropeçam muitas vezes, confundindo o fruto do trabalho do Espírito com o resultado de sua própria desenvoltura no púlpito. Até Moisés hesitou em tirar o véu para não revelar ao povo que a glória inicial que resplandecia em seu rosto não existia mais. Ter poder não é, em si mesmo, um bem ou um mal, uma virtude ou um defeito. Alguns milionários ou políticos cristãos na história foram agentes de grandes transformações que trouxeram justiça e liberdade, enquanto outros se corromperam e se tornaram parasitas de suas nações. Judas, Ananias e Safira, Simão, foram pessoas escravizadas pelo dinheiro enquanto que outras foram escolhidas por Deus para administrar recursos materiais (como José de Arimatéia, Zaqueu, as mulheres que mantinham Jesus e alguns discípulos). Para isso, essas pessoas receberam o poder de não se apegar ao dinheiro e usá-lo para ajudar pessoas e manter o ministério dos discípulos. Pessoas escolhidas para serem despenseiras de bens materiais, administradoras da “fazenda” de Deus, não são muitas e recebem o poder de Deus para isso. Não é difícil perceber que há uns poucos “ricos” provedores. A maioria que é rica. Sustento, todos devem ter, mas a riqueza não é para todos. A riqueza também não nos isenta do sofrimento. Pelo contrário, essa administração é bem pesada para quem é fiel ao chamado. Não é fácil, para quem tem misericórdia, ter que ouvir, ver e socorrer pessoas em sofrimento. O prazer do consumo pelo consumo não está nessas pessoas. A ideia aceita por alguns de que o cristão tem que ser uma pessoa de sucesso (leia-se: rica e saudável) é um dos responsáveis pela perda de visão sobre nossa missão na terra. Esse pensamento nos desvia da verdade apresentada por Jesus: “negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me”, “no mundo tereis aflições”, “as raposas têm seus covis, as aves têm seus ninhos, mas o filho do homem não tem onde repousar a cabeça”... Heróis da fé como o apedrejado Estevão, os executados Paulo e Pedro, o decapitado João Batista não costumam ser nossa inspiração. Eles receberam outro tipo de poder: amar, perdoar e resistir ao mal até a morte. Quantos de nós buscamos poder para resistir ao mundo e ser santos? Devemos buscar de Deus aquilo que precisamos para cumprir nossa missão como pais, cônjuges, profissionais e cidadãos cristãos. Devemos pedir poder para perdoar, repartir, orar pelos que nos fazem mal. Buscar poder, dinheiro e glória apenas para saciar nossa vaidade é um caminho curto para perdermos nossa paz e sacrificarmos nossas relações: “... pois nada trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar; por isso, tendo o que comer e com que vestir-nos, estejamos com isso satisfeitos. Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos.” (1 Timóteo 6.7-10). A simples priorização dessas coisas já é capaz de tirar o nosso foco sobre o mandado de Deus para nós. Pessoas aptas para administrar poder e dinheiro são aquelas que têm estatura espiritual suficiente para não se submeter aos valores materiais. Paz e bem

Aprender com a ...........




Muitos vêem no envelhecimento apenas o declínio natural da vida, a perda de oportunidades e o aparecimento de dores, flacidez e rugas indesejáveis que incomodam, mas ainda não põem fim a vida, já eu vejo, além disso, crescimento pessoal e aprendizado. Aprendizado · Aprendi que devemos nos amar de forma incondicional, haja o que houver. Tenhamos ou não cabelos brancos, debilidades, imperfeições físicas; se não nos amarmos quem o fará por nós? · Aprendi que ao gerar um filho, o primeiro a ter em mente é que ele é outro ser, um dia vai seguir a vida separado-se de você – se imaginou que poderia “utilizá-lo” na velhice como enfermeiro, vai se dar mal; · Aprendi que na vida vale tudo para ser popular e ter muitos “amigos”, inclusive mentir para agradar; · Aprendi, por outro lado, que as pessoas fogem de quem fala a verdade, quem expressa o que pensa e sente (diz o ditado popular: “a verdade dói”); · Aprendi também que, apesar de tudo, a mentira muitas das vezes não é uma coisa ruim – é apenas a forma que uns encontraram de fazer outros felizes; · Aprendi que é dando que se recebe portanto, se plantar jaca não espere colher uva! · Aprendi que ao nos doarmos a alguém ou a alguma causa façamos por amor, se pensarmos, por algum momento, que por isso seremos recompensados, a decepção será certa e grande; · Aprendi e percebi que todos querem estar no topo da montanha para se sentirem realizados, mas se esquecem que é durante a escalada que encontram a felicidade; · Aprendi que o melhor é fazer sempre a coisa certa mesmo que não tenha ninguém nos olhando (isso sim é moral e ético); · Aprendi que a vida é dura e muitas vezes triste, mas o bom de tudo é ter um sorriso nos lábios mesmo que por dentro chore; · Aprendi, por outro lado, que se sentir vontade de chorar por alguém ou algo – chore, isso não o transformará num (a) fraco (a) mas em alguém sensível a dor do próximo; · Aprendi que por mais que eu sofra a vida segue; · Aprendi que a justiça dos homens pode até ser justa, desde que o homem saiba esperar por ela e não a faça com as próprias mãos; · Aprendi, percebi com o tempo que uma multidão furiosa transforma o homem médio numa fera capaz das piores atrocidades – “efeito manada” ou “maria vai com as outras”; · Aprendi que “olho por olho e dente por dente” não é e nunca foi justiça – justiça é outra coisa, é algo que se aprende lendo a Constituição de um país, seu Código Processual Penal e os tratados internacionais de Direitos Humanos; · Aprendi que há muito mais de meus pais em mim do que imaginava, coisas que hei de me orgulhar enquanto viver; · Aprendi a ouvir mais e falar menos, aceitar críticas negativas e opiniões distintas das minhas; · Aprendi a dizer não mesmo que esse não, desagrade o interlocutor e pomha fim a conversa; · Aprendi que minguém é de ninguém, por mais sólido que seja um relacionamento ambos são livres para dizer adeus – lembre-se: almas gêmeas não existem o que existem são pessoas que se amam por uma vida toda ou parte dela; · Aprendi que sonhar é o primeiro passo para o sucesso mas que passar a vida sonhando e nada fizer para torná-los reais é o pior dos desatinos; · Aprendi que a vida é um aprendizado, quando se acredita que já aprendeu tudo – só que não, ela nos prega uma infeliz peça e termina! Aprendizado Portanto, viva da melhor forma, transforme sua passagem em algo especial ao próximo e a ti mesmo, lute para não ser apenas mais um normal e corrente, que “segue em manada”, mas o que “puxa a manada” em direção a algo bom! Autoria: Elane F, de Souza OAB-CE

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Quando o AMOR, nos torna cúmplices de Cristo....





Amar é uma arte excelente e sem limites. Quem quiser conhecê-la e praticá-la haverá de dedicar toda sua força e um pouco mais. Qual tem sido a medida de teu amor? Qual seu alcance? Existe um manual que nos ensine sobre o amor? Quem é a maior autoridade no assunto? Você tem disposição e interesse para se aperfeiçoar na maior das artes? O comentário do apóstolo Paulo em Efésios 3: 18, "a fim de poderdes compreender qual é a largura, e o comprimento, e altura, e a profundidade do amor de Cristo...", usa as figuras das dimensões para elucidar a grandeza do amor de Deus manifestado no Filho. A ALTURA do amor de Cristo vai até o lugar de onde Ele veio, o céus dos céus. Não tem limites. É inalcançável sua grandeza. A LARGURA desse amor foi demonstrada na cruz quando o Salvador se entregou de braços abertos para abarcar todos os pecados da humanidade. A medida se estende até hoje e alcançará todos quantos se arrependam. O COMPRIMENTO equivale a distância necessária que Deus percorreu para vir até nosso mundo tenebroso e nos resgatar dos laços das trevas. Jesus se esvaziou de sua divindade e veio do seu distante e eterno reino para se compadecer de nós e nos conquistar. A PROFUNDIDADE do amor de Deus é um mergulho além razão. Nos locais inacessíveis ao homem natural. Tudo que só pode ser revelado com o auxílio da iluminação do Espírito que sonda os mistérios do Deus eterno. Em Cristo, começamos a adentrar nos labirintos da imensidão da maior de todas as artes. Mas isso é só o início da longa e eterna jornada do aperfeiçoamento no amor . Devemos crer e colocar em pratica uma única certeza sobre o amor : " Ele é simplesmente tão só imensurável quanto pequenino ", só dependera da nossa disposição de torna-lo realidade, amor não é emoção, mas sim uma atitude plena e consciente de nascemos e vivemos para amar , pois quando o amor é puro e sincero sem imposições, torna-se para nós o céu aqui na terra. Paz e bem

O erro nosso necessário de cada dia.....


Nos últimos dias, estive pensando sobre nós, enquanto seres errantes e cheguei à conclusão de que o erro é essencial para que possamos alcançar nossos objetivos de vida. Temos, no mínimo, duas personalidades: a objetiva, que todos ao nosso redor conhecem; e a subjetiva... Em alguns momentos, esta se mostra tão misteriosa que nos perguntarmos - Quem somos? Não saberemos dizer ao certo!!! Isto não é uma apologia ao erro, apenas uma reflexão: viver em sociedade é um desafio porque às vezes ficamos presos a determinadas normas que nos obrigam a seguir regras limitadoras do nosso ser ou do nosso ‘’não-ser’’. Equívoco, falta, engano, inexatidão, dúvida, abuso e culpa são palavras que nos perseguem diariamente e tidas como sinônimos de erro. Inúmeros pensadores já trataram sobre esse tema. Certa vez, o escritor e filosofo iluminista, Voltaire escreveu: ‘’os homens erram, os grandes homens confessam que erraram’’. É extremamente importante reconhecer, assumir e confessar um erro, ele é natural, constante e até necessário na vida de qualquer pessoa que deixa de ser estática e se predispõe à evolução. E a maior evolução é saber que o outro vai errar, que nós, mesmo não querendo, iremos errar, mas então fica o conselho de Lucas 17: 3-4: ‘’ Se o seu irmão pecar, repreenda-o e, se ele se arrepender, perdoe-lhe. Se pecar contra você sete vezes no dia, e sete vezes voltar a você e disser: estou arrependido, perdoe-lhe’’. Diante desta informação, reconheço que é preciso reconhecer o erro como ferramenta estratégica. Ter atitude! Encarar! Até porque temos que ser sinceros e aceitar que grandes ideias e inúmeras histórias de sucesso tiveram o erro como ponto de partida ou recomeço, na verdade, acredito que o erro é a motivação mais estimulante para colocar em prática o segundo plano. Da renovação a cada dia. Paz e bem

Tempo de descansar.....


Julho, férias, descanso, certo? Nem sempre. Não são poucas as pessoas que “desaprenderam” a descansar. Não basta não precisar ir ao trabalho. É necessário ter compreensão do valor do descanso verdadeiro; daquele que renova forças e alivia as cargas. Deus pode nos ajudar a descansar. Aproveitamos a data e o tema para compartilhar um trecho do livro Trabalho, Descanso e Dinheiro, de Timóteo Carriker. O livro, de 80 páginas, é um simples, mas precioso guia para vivermos uma espiritualidade sadia, equilibrada e coerente com a vontade de Deus. E, por falar nisso, afinal, o que a Bíblia fala sobre descanso? Confira a seguir. **** “E, havendo Deus terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha feito”. (Gn 2.2) Parte da nossa vocação consiste em descansar. O próprio Deus descansou depois de haver criado o mundo. Aliás, no Decálogo, a proibição de trabalhar no sábado tem o mesmo peso que a proibição de matar ou de roubar. Enquanto Israel estava no deserto e, depois, no exílio, Deus lhe prometeu descanso na terra (Dt 3.20; Jr 46.27). A nação toda seguia o ritmo de uma vida de trabalho e descanso. Cada sétimo dia, cada sétimo ano e cada sétimo de sete anos era um sábado para as pessoas, os animais e até para a própria terra. Esse ciclo de trabalho e descanso estava intimamente ligado à sua dependência fiel de Deus. Pois, para descansar no sétimo ano, Israel precisava confiar em Deus que a terra produziria o suficiente para passar o ano sabático (Lv 25.18-24). No quinquagésimo ano, a sua fé era provada mais ainda, porque Israel precisava passar dois anos sem trabalhar com as mãos, dependendo de doações de Deus (Lv 25.8-12). De modo semelhante, no Novo Testamento, a nossa suprema dependência de Deus, a salvação, é descrita em termos de entrar no descanso do Senhor (Hb 3-4). Não se deve confundir este descanso com a inatividade física ou mental. Para justificar sua atividade no sábado, isto é, o seu descanso, Jesus disse: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5.17). Portanto, o descanso cristão não é a falta de esforço físico ou mental, como no conceito popular. Em Hebreus 4.11, muito longe de pressupor inatividade, o repouso cristão exige empenho, requer esforço (cf. Hb 12.2, 3). Trata-se de um esforço para permanecer na dependência de Deus. No conceito bíblico, o descanso se define como nossa dependência de Deus e a sua resposta em Jesus à maldição da dor no trabalho (Mt 11.28-30). São os desobedientes, ou independentes de Deus, que não conseguem entrar no descanso do Senhor (Hb 4.11). Ora, não foi a primeira desobediência humana - a vontade de ser independente de Deus - que causou, como castigo divino, a dor do trabalho (Gn 3.14-19)? Se o castigo, a dor e o sofrimento do trabalho, e não o trabalho em si, foram resultados de um desejo de independência de Deus — uma vontade outras vezes descrita como desobediência ou infidelidade —, a reversão desse castigo se dá pela obediência e fidelidade ao Deus Supremo, em Cristo, e é descrita como o antônimo do trabalho doloroso, isto é, o descanso. O apelo para entrar no descanso de Deus, então, é um convite para entregar todas as nossas ansiedades, todas as nossas preocupações e toda a nossa autossuficiência a Jesus. Expressa-se mais nítida e profundamente no convite de Jesus: “Vinde a mim todos os que estais cansados” (Mt 11.28). O verdadeiro repouso está em Jesus. Não é a invulnerabilidade e a inércia dos estoicos, mas a paz, o contentamento, a segurança e a completa dependência de Deus, revelados em Jesus. Dito dessa forma, vejamos quais são as implicações da visão bíblica do descanso para nós. Quero destacar três princípios: 1. O descanso é mais que recuperação do serviço ou preparo para ele. Não é simplesmente o produto de fatores externos, o resultado inevitável de tempo sobrando, um feriado ou um fim de semana. É uma condição, e até atitude, de toda nossa vida. Aliás, o descanso e o trabalho podem envolver atividades semelhantes, porém realizadas com perspectivas, atitudes e motivações diferentes. Por exemplo, a leitura faz parte tanto do meu trabalho como do meu descanso. E o meu descanso inclui tanto uma longa caminhada, como o trabalho duro na horta e o esforço físico de um dia inteiro surfando na praia. 2. O descanso está ligado à fé. Esta é a razão por que a maioria de nós evita o verdadeiro descanso e a razão por que o cristianismo medieval o entendeu como uma atividade mais elevada. A Bíblia relaciona a falta do descanso à desobediência e incredulidade (Sl 95.8-11; Hb 3.7-4.10). Quando descansamos estamos reconhecendo que todo esforço da nossa vontade, por si só, nada adianta. O descanso genuíno pressupõe o reconhecimento de que os nossos irmãos na fé sobrevivem sem a nossa intervenção. Esse descanso requer o reconhecimento da nossa própria insuficiência e uma entrega de responsabilidade. É uma trégua real aos caminhos de Deus. E é um momento de celebração quando reconhecemos que a bênção vem somente de Deus. É por isso que o descanso exige fé. É também por essa razão que a salvação pode ser descrita em termos de descanso. Quando descansamos, aceitamos a graça de Deus: não procuramos ganhar, recebemos; não justificamos, somos justificados. 3. O descanso não se destina ao consumo. Nossa sociedade está cada vez mais distante do descanso. Seus feriados fabricados se transformam cada vez mais em veículos de consumo. Nos países onde o expediente do dia útil diminuiu, o resultado que Karl Marx esperava acontecer acabou não acontecendo. Em vez de provocar, nos povos, o desenvolvimento da dedicação ao trabalho e do senso crítico, bem como o florescimento da cultura, produziram-se nações de consumidores. O descanso genuíno deve fluir de uma fé viva no Salvador, que assume o nosso fardo. Nota: trecho retirado do livro Trabalho, Descanso e Dinheiro (páginas 55-59), de Timóteo Carriker. Paz e bem