FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

sexta-feira, 22 de julho de 2011

ELE CONHECE VOCÊ, E VOCÊ O CONHECE?

Mas o firme alicerce que Deus colocou não pode ser abalado, e sobre esse alicerce estão escritas estas palavras: “O Senhor conhece as pessoas que são dele.” 2 Timóteo 2.19 NTLH
Amados, não temam as lutas que sobrevêem, não temam as tempestades que teimam em levantar-se, não temam, pois o Senhor os conhece, o Senhor sabe quem vocês são, vocês são Dele!
Uma coisa só é preciso pedir e buscar: que se possa habitar com o Senhor eternamente – esse era o pedido do salmista a Deus (Salmo 27.4-5) - para contemplar a beleza do Senhor e no dia mal o Senhor o esconder em seu tabernáculo.
Não há nada melhor do que estar escondido e seguro nos braços do Senhor, apesar do mundo tentar fazer de tudo para que venhamos a nos esquecer do Senhor Jesus, Ele não nos esquece, não nos abandona e está sempre disposto a nos acolher.
Somente o Senhor nos conhece por dentro, aliás, Ele nos conhece melhor do que nós mesmos nos conhecemos, pois, quantas vezes você se deparou com atitudes suas que o surpreenderam e você pensou: “como fui capaz de fazer isso?”
Deus não se surpreende com você, Ele sabe do que você é capaz e apesar de todos os nossos defeitos, Ele continua a nos amar e jamais desiste. Somos nós mesmos que desistimos de vencer, de lutar e de buscar a verdade. Somos nós que nos cansamos de nossas vidas e achamos melhor abandonar tudo, porque pensamos não haver mais saída, mas o Senhor sempre terá uma mão estendida e uma solução para você.
 Louvado seja Deus, o SENHOR, pois ele ouviu o meu grito pedindo ajuda. Salmo 28.6
O Senhor sempre o ouvirá quando você clamar por ajuda, peça, grite como o salmista, mesmo que seja um grito da alma, um grito do coração, mas faça isso com sinceridade e você verá como Deus o ama, como Ele não se cansou ou desistiu de você, como Ele conhece você e sabe exatamente o que você precisa!
VOCÊ PRECISA DELE!
O SENHOR é a minha força e o meu escudo; nele o meu coração confia, nele fui socorrido; por isso, o meu coração exulta, e com o meu cântico o louvarei. Salmo 28.7
 Peço que todas as manhãs tu me fales do teu amor, pois em ti eu tenho posto a minha confiança. As minhas orações sobem a ti; mostra-me o caminho que devo seguir! Salmo 143.8
Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. João 14.6
Paz e bem 
Fonte: Luiz C Gomes

O TEMPO TEM SEU PRÓPRIO TEMPO

Tudo neste mundo tem o seu tempo; cada coisa tem a sua ocasião
Há tempo de nascer e tempo de morrer
Há tempo de ficar triste e tempo de se alegrar
tempo de chorar e tempo de dançar
Deus marcou o tempo certo para cada coisa
Ele nos deu o desejo de entender as coisas que já aconteceram
e as que ainda vão acontecer,
porém não nos deixa compreender completamente o que ele faz
Eu sei que tudo o que Deus faz dura para sempre;
não podemos acrescentar nada, nem tirar nada.
Tudo o que acontece ou que pode acontecer já aconteceu antes.
ECLESIASTES 3.1,2b,4,11,14,15a
Quando as circunstâncias que nos rodeam são contraditórias, a impotência nos leva a desesperança, ao medo, a dúvida e tudo quanto possa nos causar mais dor, angústia, sofrimento. Quando não compreendemos os fatos da vida, só temos uma coisa a fazer: confiar em Deus!
E peço ao Deus do nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai glorioso, que dê a vocês o seu Espírito, o Espírito que os tornará sábios e revelará Deus a vocês, para que assim vocês o conheçam como devem conhecer. Peço que Deus abra a mente de vocês para que vejam a luz dele e conheçam a esperança para a qual ele os chamou. E também para que saibam como são maravilhosas as bênçãos que ele prometeu ao seu povo e como é grande o seu poder que age em nós, os que cremos nele. Esse poder que age em nós é a mesma força poderosa que ele usou quando ressuscitou Cristo e fez com que ele se sentasse ao seu lado direito no mundo celestial. Efésios 1.17-20
Por meio da revelação do Espírito Santo é que poderemos compreender melhor tudo o que nos acontece, o Espírito Santo também nos ajuda a sermos melhores, tomarmos as decisões corretas e principalmente: É ele que nos conforta em toda a nossa tribulação, para podermos consolar os que estiverem em qualquer angústia, com a consolação com que nós mesmos somos contemplados por Deus. 2 Coríntios 1.4
Somente em Deus eu encontro paz e nele ponho a minha esperança. Salmos 62.5
Esperança de que dias melhores virão, de que todo sofrimento não é em vão e que tudo um dia será esquecido e viveremos para Ele e por Ele para todo o sempre!
E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras. Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida. O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho.
Apocalipse 21.4-7.
Paz e bem.
 Fonte: Luiz.C.Gomes

ORAR E VIGIAR

“Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes na fé.” 1 Pedro 5.8-9

A exortação de Pedro diz que devemos ser sóbrios e vigilantes, até mesmo se estamos sempre confirmando a vitória de Jesus. Paulo diz exatamente o mesmo em Efésios 6.10-11. Ele não diz que devemos lutar contra os ataques astutos do inimigo, antes pelo contrário, que devemos nos tornar fortes no Senhor. Negamos o combate da fé? Não! Mas não lutamos para alcançar a vitória, lutamos a partir da vitória alcançada por Jesus! Talvez agora alguém possa retrucar: se Satanás de fato foi vencido, como então ele ainda pode estar tão atuante?

1. Porque a vitória do Senhor Jesus Cristo tem que ser colocada à prova diante do mundo visível e invisível por meio daqueles que crêem em Jesus Cristo.
2. Porque a pessoa só pode ser salva com base em sua livre decisão. Ela deve escolher entre Jesus e Satanás, entre luz e trevas, entre vida e morte.
3. Porque o Deus soberano e santo não tem necessidade de oprimir as trevas pela força. Pois pura e simplesmente a presença de Deus e o dom do Seu amor, Jesus Cristo, que, como a luz do mundo, reconciliou o mundo com Deus, tirou o poder de Satanás!
(Extraído do livro “Pérolas Diárias” de Wim Malgo)

Efésios 6.10-11: “No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.”
Amados, não vamos nos embriagar, nem tão pouco dormir, a Palavra diz para sermos SÓBRIOS e VIGILANTES, pois o inimigo anda ao nosso derredor, rugindo, procurando alguém para devorar. Precisamos estar constantemente atentos, orando em todo o tempo, consagrando nossas vidas ao Senhor a todo instante. Não vamos esperar vir a adversidade, temos que fazer agora, nesse momento. Não espere para clamar o nome de Jesus quando todas as circunstâncias ao redor estão contra sua vida. Não espere vir o momento de dor, de luta, de derrota para buscar socorro em Deus.
Faça agora, enquanto é tempo, vigie neste momento, esteja sóbrio e desfrute da vitória que o Senhor já te deu. Resista ao diabo, não ceda às tentações, não dê ouvidos à ele. O diabo é mentiroso, astuto e só veio para matar, roubar e destruir (João 10.10).  Não cobice os manjares oferecidos por ele, pois são manjares de miséria, derrota, agonia, aflição, apenas estão disfarçados e aparentam as melhores formas, mas não se deixe enganar.
Consagre esse dia ao Senhor, jejue, ore, peça entendimento e revestimento de poder a Deus, para que ao vir o dia da adversidade você esteja preparado para resistir firme na fé.
No amor de Cristo Jesus. Paz e bem


Fonte: Luiz C. Gomes



quinta-feira, 21 de julho de 2011

GERADOS NA GRAÇA PARA UMA NOVA ESPERANÇA.

Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. 2 Coríntios 5.17
O Senhor Jesus é infinitamente bondoso e compassivo, devemos depositar toda a nossa confiança Nele, pois Ele morreu em nosso favor.
O nosso adversário, está sempre tentando nos impor seu fardo de acusações e mentiras, porém, a Palavra é determinante “…as coisas velhas já passaram…”, o ontem já não importa mais.
Se você sofre com acusações do passado, com sentimentos de dúvida, amargura, rancor, auto piedade, deixe para trás todos estes sentimentos malignos e siga para o alvo que é Jesus, porque com Cristo “tudo se fez novo”, desfrute da vida nova que Ele tem para você.
Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração. Romanos 12.12
Devemos nos alegrar em Cristo que é o motivo da nossa esperança. Olhar para as circunstâncias que nos rodeiam e murmurar, não irá melhorar a situação, nem tampouco nos trará a solução, mas agradecer a Deus em todo o tempo, estar com o coração esperançoso e grato, nos fará olhar a situação de outra maneira, saberemos lidar melhor com as tribulações, perseveraremos em oração e o Senhor, nos dará o escape e a vitória.
Cientista já comprovaram por meio de estudos que a esperança tem um papel fundamental na vida das pessoas (A Anatomia da Esperança). Um estudo com pacientes terminais demonstrou a evolução do quadro clínico dos pacientes que possuíam esperança e daqueles que não possuíam.
Estes cientistas declaram que ainda não foi possível definir os limites da esperança, mas que consideram “a esperança o verdadeiro coração da cura”.
Ora o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo. Romanos 15.13
A Bíblia diz que o nosso Deus é o Deus de Esperança, ele nos enche de “gozo e paz em crença”, pela “virtude do Espírito Santo”, logo entendemos que a esperança só é manifesta na vida do cristão por meio do Espírito Santo de Deus, então busque cada vez mais o Espírito Consolador para que você seja cheio Dele.
No início do texto, abordamos o fato de que “tudo se fez novo”, se unirmos este sentimento de “nova vida” a “esperança”  nada irá nos impedir de desfrutar de tudo aquilo que o Senhor Jesus tem preparado para nós.
Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos.
1 Pedro 1.3 . Paz e bem


FONTE: Luiz.C.Gomes

UM TEMPO PARA DEUS

Me deparei com um questionamento: “Quanto tempo perco pensando nos problemas e quanto tempo dedico ao Senhor entregando à Ele todos os problemas?”
O tempo que perdemos nos preocupando com os problemas, dilemas, dia-a-dia, falta de dinheiro, vida emocional, desgaste, stress, etc, etc, etc… não se compara ao tempo que dedicamos ao Senhor Jesus.
Estou pensando em mim mesmo e na forma que conduzo minhas atitudes, e percebo que é mais fácil eu perder horas e horas em busca de soluções naturais para as questões que enfrento, do que simplesmente dobrar meus joelhos e dedicar este tempo ao Senhor em oração e adoração.
Estamos invertando os valores, estamos elevando e exaltando nossas dificuldades, estamos “endeusando” os problemas e menosprezando a Deus! Peço perdão ao Senhor por minhas atitudes e espero que daqui para frente seja diferente, espero que você, meu irmão, também reflita em suas atitudes e reveja, será que você não tem perdido tempo demais pensando e alimentando seus problemas? E o tempo que deveria ser dedicado a Deus, não tem sobrado?
Encontramos tempo para trabalhar, estudar, namorar, assistir televisão, passear e não encontramos tempo para adorar a Deus, não encontramos tempo para orar ao Senhor, não encontramos tempo para refletir na Palavra de Deus. Será que na verdade, o tempo que temos para adorar ao Senhor Jesus, estamos desperdiçando com tantas outras coisas e esquecendo o que verdadeiramente importa?
A Palavra de Deus diz: “Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Mateus 6.33
Ou seja, não devemos perder tempo pensando em como resolver isso ou aquilo, mas busque ao Senhor Jesus, busque o Reino de Deus e a sua justiça, conforme diz a Palavra, porque o Senhor Deus, melhor do que ninguém sabe do que precisamos, e no tempo certo Ele irá nos abençoar com toda sorte de bênçãos espirituais (Conforme Efésios 1.3).
Devemos seguir confiantes no Senhor, independente do que ocorre em nosso meio, devemos perseverar, crer, confiar e agir de acordo com a Palavra do Senhor, porque como diz em Gálatas 6.9 “E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido.”
Portanto meu irmão, não desista, não desfaleça, pelo contrário, prossiga, persevere e dedique o seu tempo ao Senhor, passe bons momentos em oração, adoração, leitura da Palavra e você verá o Poder de Deus agindo em sua vida!
Tão somente creia! (Leia: Marcos 5.36 e Lucas 8.50)
Eu já estou exercitando, dedicando parte do meu tempo a Deus, compartilhando com vocês aquilo que da parte do Senhor tenho recebido. Compartilhe você também com alguém, fale do Senhor Jesus, pois dedicar tempo ao Senhor, não é somente orar e ler a Palavra, mas também falar da Palavra para aqueles que ainda não conhecem ou que estão passando por dificuldades. Faça como diz em Gálatas 6.6 e compatilhe todas as coisas boas. Paz e bem

FONTE: Luiz.c.gomes

INCONDICIONAL AMOR

Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Romanos 5:8
Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos. João 15:13
O amor de Deus para conosco é o mais puro, sincero e não há nenhum outro que se compare em grandeza. Este amor não pode ser comparado com sentimentos humanos. Deus não é homem para que viva inconstante e tenha um ânimo dobre.
Jamais devemos duvidar do amor de Deus, pois, Ele é fiel e justo! Devemos honrar ao Senhor e louvá-lo todos os dias por sua fidelidade, bondade e misericórdia! Devemos nos alegrar e agradecer à Deus, porque Ele nos resgatou e nos deu nova vida!
Em Romanos 5.8 diz que Deus deu a Cristo para morrer por nós, enquanto ainda éramos pecadores, ou seja, enquanto estávamos longes de Deus, separados de sua presença, enquanto ainda éramos inimigos do Senhor, Ele nos amou e ofereceu Jesus Cristo por perdão de nossos pecados, não há amor maior que este!
Nossa vida aqui é passageira, nossos dias são poucos, porém, a eternidade ao lado do Senhor, essa não se compara a nada por aqui e é exatamente por este motivo que devemos estar sempre confiantes e gratos ao Senhor, não importando as circunstâncias, porque temos o amor do Senhor o seu precioso cuidado e a promessa de vida eterna com Ele, além disso, é desejo do Senhor fazer-nos prósperos nessa terra, então não murmure, não reclame, faça como o apóstolo Paulo, seja grato em todas as circunstâncias (Fp 4.12-13), pois, Deus é amor e fará mudar toda e qualquer situação controvérsia, basta crer e não esmorecer!
Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. Romanos 8.37-39

O MAIOR ESPETACULO DA TERRA

Nossa intercessão abre espaço para que os anjos de Deus possam lutar e vencer no mundo espiritual. Não podemos ser ingênuos. Somos guerreiros, mas nosso campo de batalha é outro. No mundo espiritual, anjos lutam com anjos. Nossa função é interceder firmes e constantes. Somos combatentes na oração. Precisamos entender e assumir nossa missão.

O maior espetáculo da terra será a vinda do Senhor com glória e poder.
Os mortos ressuscitarão como Jesus. Em seguida, os que estiverem vivos serão arrebatados ao encontro do Senhor nos ares. Não passarão pela morte, pois num abrir e fechar de olhos terão seus corpos transformados. Por isso tudo, nós, guerreiros, teremos de nos preparar e ajudar os nossos a se prepararem também. Mais do que nunca precisamos buscar a santidade, para que, vivendo santamente, possamos ser fermento de salvação para os nossos irmãos.

Para que os nossos sejam influenciados, precisamos estar num caminho decidido de santidade, não podemos estar no “mais ou menos”. Agindo assim, nada conseguiremos, pelo contrário, colocaremos em risco a própria salvação.


Mesmo nos arrastando na nossa fraqueza devemos caminhar pelo caminho da santidade.
Nessa luta [pela santidade], Jesus põe-se ao nosso lado para ser, a nosso favor, o Orante, o Intercessor, o Mediador, aquele que guerreia por nós, o Valente, o Vitorioso por excelência.

Deus te abençoe!


Monsenhor Jonas Abib

Fundador da Comunidade Canção Nova

(Trecho do livro "Céus Novos e uma Terra Nova" de monsenhor Jonas Abib)

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O PODER DA LINGUA

Escutei algumas coisas estes últimos dias que me deixaram triste e incomodado, por essa razão fui motivado a escrever utilizando o texto bíblico de Mateus 12.33-37, onde encontramos Jesus nos ensinando sobre a centralidade da comunicação.

"Ou fazei a árvore boa e o seu fruto bom ou a árvore má e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore. Raça de víboras, como podeis falar coisas boas, sendo maus? Porque a boca fala do que está cheio o coração. O homem bom tira do tesouro bom coisas boas; mas o homem mau do mau tesouro tira coisas más. Digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no Dia do Juízo; porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado." - Mateus 12.33-37


Meu entendimento de centralidade é que nossa comunicação deve ser equilibrada, coerente, e que as palavras devem ser proferidas com cuidado, devido à importância eterna que as mesmas possuem.


Tenho escutado irmãos na fé falando asneiras, não medindo as consequências de suas palavras e provavelmente não se importando com o sofrimento que possam impingir aos outros.


Podemos perceber claramente no texto bíblico que nossas palavras tem poder, elas revelam nosso caráter - "a boca fala do que está cheio o coração" - e que as palavras produzem frutos. Qual tem sido seu fruto meu irmão? Você está no pomar do Senhor como a árvore boa que produz bons frutos? ou você tem sido a erva daninha que não produz nada que se aproveite?


Devemos estar sempre atentos, pois satanás apresenta muitas distrações que podem nos fazer distanciar da corrente de águas que é a palavra do Senhor, a qual deve ser nosso alimento dia e noite. Se nos distanciarmos da corrente de águas certamente murcharemos, porém se nos aproximarmos, nós cresceremos e daremos bons frutos.


Para finalizar devo lembrar que as palavras decidirão nosso destino, daremos conta no Dia do Juízo de toda palavra frívola, ou seja, toda palavra sem importância, sem valor, inútil, desnecessária que proferirmos.


Deus nos designou para realizarmos coisas por meio do uso sábio de nossas palavras, por essa razão não perca tempo em conversas de corredor sem importância, em críticas desnecessárias que não edificam e em fofocas inúteis. Se você exerce liderança na Casa do Senhor, você é duplamente responsável, como cristão e como líder.


Deus soberano e misericordioso, tem piedade de nós, pois somos pecadores, precisamos do Teu amor e da Tua graça. Nos dá o Teu sustento Senhor, para que possamos continuar nos teus caminhos, e aviva em nós o desejo de Te servir como Tu merece. Precisamos do Teu perdão, Justo Deus, e suplicamos por Tuas bençãos, no nome santo de Jesus, Amém.


"A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto." - Provérbios 18.21

SEMPRE É TEMPO DE DAR GRAÇAS

“Habite, ricamente em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração. E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”. (Colossenses 3.16,17)

Obrigada Senhor, pelo ano que já passou e pelo novo ano de oportunidades


Obrigada pelas provações, pelas decepções, e por tudo que doeu


Obrigada por ter usado tudo isso pra ensinar a te valorizar mais, a te amar mais


Obrigada por me mostrar que estar dentro de tua vontade é mais importante do que ver a minha vontade sendo realizada


Obrigada por me ensinar a buscar tua presença mesmo quando ela, aos meus olhos, parecia estar distante


Obrigada por mostrar como sou imperfeito, incapaz, e dependente de Ti


Obrigada por mostrar como és fiel mesmo quando eu não o consigo ser completamente


Obrigada pelos amigos que me deste, por aqueles que se foram e pelos que ainda vais enviar


Obrigada por cuidar de minha saúde, de minha família e de toda a minha vida


Obrigada por usar as diversidades para que minha confiança em Ti cresça e floresça em obediência a tua vontade


Obrigada por valorizar o meu talento; ensina-me a usar conforme a Tua Palavra!


Obrigada por ouvir essa oração, e falar diariamente comigo


Obrigada por ser o meu Deus, o meu Rei, meu Salvador, meu Senhor e Amigo


Obrigada por se importar com minha existência, sim, tu sabe que eu existo, se importa comigo e me ama, eu sei disso Senhor.


Obrigada pelas lagrimas derramadas tanto em momentos de alegria como de tristeza, obrigada por recolher cada uma delas com tuas santas mãos


Sim Jesus, obrigada por tuas bênçãos infinitas sobre minha vida e sobre os meus, por tua Salvação imerecida na Cruz, prova do teu grande amor por mim


Fica comigo Senhor, não me deixa ser guiada pelo meu coração, mas guia meu coração a Ti.


Em nome de Jesus Cristo, teu filho Amado.


Amém.

TECEDURAS COM JOSÉ O PRESENTE É A RESPOSTA




Todas as vezes que me encontro com a história de José, seja por (re)leitura voluntária ou por uma pregação que escuto, a memória revira as velhas caixas e vai buscar – em meio à poeira já instalada pelo tempo e escondida em um canto qualquer – a lembrança da primeira vez que a ouviu. De lá para cá, uns 18 anos se passaram.

Naquele primeiro retiro simples que participei – de chão batido, sem piscina ou quadra poliesportiva, com seus alojamentos de tijolos cinzas à vista, bicamas de ferro nos quartos, cozinha larga onde nos revezávamos para lavar as enormes panelas que preparavam o delicioso mingau de banana do café da manhã – e naquele salão ao lado, onde montávamos o nosso espaço de culto, com os bancos carregados por todas as crianças, eu conheci José.

Não sei se pelo suspense criado pelos contadores – que nos faziam aguardar o dia seguinte para só então sabermos mais um pedacinho do enredo – ou se pelo próprio encanto da história, José e seus irmãos entraram para o rol dos preferidos. O modo como fomos apresentados, cercados por tantos afetos, não me permite lembrar de José como mais um personagem bíblico, ou um exemplo a ser seguido, ou como o quarto na fila dos patriarcas – José é um amigo de infância.

Dessa vez não ouvi soar seu nome, nem meus olhos percorreram as velhas linhas. Acho que ele mesmo cutucou-me o ombro e foi logo entrando na minha história. Amigos são de fato assim; alegram-se quando têm um caso semelhante ao nosso para contar; no meio da conversa franca, começam a abrir seus baús de exemplos e a tirarem as tralhas adquiridas ao longo da vida para compará-las, lado a lado, com as nossas. Quando algo entre elas parece se assemelhar, ainda que seja uma coincidenciazinha, aquele sorriso maroto aparece nos lábios. E diriam em uníssono, “bingo”(!), se algo precisasse ser falado para traduzir o olhar de cumplicidade de ambos.

Pois bem. Aproximou o amigo a sua história da minha e fez-me perceber os entrementes. Não quer que eu lhe lasque logo, como os que só o conhecem de nome, o epíteto costumeiro de sonhador, que o coroou pelos séculos. Entre os sonhos da juventude – quando vira os feixes e depois os astros inclinando-se para si – e o fim da história, momento em que os irmãos prostam-se perante ele... – “O que vê?” – pergunta-me. – “O que vejo?” – demoro-me na resposta com medo de não dizer o que espera de mim. (Sim, até entre os amigos existem algumas cerimônias e quem sabe um certo medo de dar um passo em falso). Finalmente, digo-lhe, num tropel de palavras, tudo o que me vem à mente, para não correr o risco de errar: “ – Inveja, venda, trabalho, armadilha, prisão, sonhos, revelações, riqueza...”. Sem me deixar terminar a lista, ele anuncia em tom afirmativo: – “Resposta”. Sem rudeza nem doçura, apenas convicto, ele pronuncia a única palavra e se vai. Sua “resposta” transforma-se na minha pergunta: – “Resposta?”. Creio que me abandonara assim de repente não de maldade. Afinal, todo bom amigo nunca tem todas as “respostas” e esmera-se na tarefa de nos deixar – com sua ajuda, mas com alguma liberdade – chegarmos às nossas próprias conclusões.

Sentada de frente para o painel natural que está diante de mim, reflito no modo como pensei que a tal “resposta” sempre estaria num porvir. Talvez tenhamos algo de semelhante, eu e você, nessa busca infindável por estarmos no centro da vontade de Deus; nesse desejo de descobrir quando se cumprirá o sonho, qualquer que seja ele; ou, ao menos, de ter a certeza que a caminhada está na direção dos dias que foram “escritos e determinados quando nenhum deles havia ainda”. Ansiamos, de algum modo, pelo fim da história, onde tudo, mesmo que não termine bem, parecerá mais conclusivo do que todos esses retalhos que temos em mãos.

Começo a tecer. A colcha de cores sempre me encantou. Nesse movimento percebo que trabalho o presente com o que ele me oferece. Agulha, linha e panos não me pareciam de muito valia. Não que os considere inferiores, mas apenas não consigo coisa alguma fazer com eles, assim como estão, na concha das mãos. Resolvo começar. Acerto, erro, furo o dedo, sinto dor, perco a linha, tenho vontade de chorar, recomeço, faço um ponto e outro e outro, sorrio.

Nesse devaneio multicolorido pareço ter perdido José e sua resposta. Não. Soube o jovem traído pelos irmãos juntar os seus panos. Viveu no Egito fazendo ali tudo o que pôde. Jamais te ocorreu perguntar o porquê de ele não ter voltado para Canaã após ter conseguido dinheiro e status suficiente para fazê-lo? Haveria ele se esquecido dos sonhos da juventude? Pouco provável. Ironicamente, foi interpretando sonhos que se estabeleceu em uma terra que não era a sua.

Intriga-me perceber como ele não correu atrás do sonho. Antes, o esperou. Esperou em plena ação. Talvez por entender cada dia como uma resposta, soube andar com a bruma misteriosa que só nos permite ver o próximo passo, e nada mais adiante. Nem mais um sonho teve ele no Egito, para lhe assegurar de que o caminho era mesmo aquele que percorria. Entretanto, teceu. Trabalhou com todo o material disponível. Tornou-se ele mesmo instrumento.

Vamos ao arremate. Com a chegada dos irmãos, do pai, com a compreensão de que o sonho de José não foi apenas um capricho da parte de Deus para fazê-lo melhor que os irmãos, mas um plano “para a preservação da vida”, compreendemos que no Egito estava a resposta. Na ânsia por encontrá-la, José poderia nunca ter visto que ela estava diante de si, sendo formada a cada nova atitude sua.

Com minha colcha posta sobre os joelhos, cobrindo-me do vento frio que faz agora, vejo José que me diz: – “Aí está!”. Eu, inocente, pergunto: – “O que?”. Olho para o meu colo, volto o olhar para esse garoto matreiro de minha infância e levanto correndo para alcançá-lo. Deixo-te, amigo, chegar à sua resposta.

__________
Mariana Furst tem 29 anos, é mestre em Teoria Literária pela UFMG

VENHAM A MIM

Eduardo Galeano colheu esta frase irônica, colocada no portão de Auschwitz, campo de concentração nazista: “O trabalho liberta!”. Por outro lado, numa igreja frequentada pelo populacho pobre, no centro da Cidade do México, estava o cartaz: “Amados paroquianos, cuidado com seus pertences...”. Gandhi, na África do Sul, procurou uma igreja protestante, depois de uma noite lendo os Evangelhos, e viu na porta: “Proibida a entrada de cães e negros...”. O evangelho requer atenção para com o convite de Cristo: “Que venham a mim todos os que estão cansados e oprimidos, e eu lhes darei alívio” (Sl 40.18; Mt 11.28).

Temos um convite para desfrutar a alegria da vida com Deus. Viver. Vida bem-aventurada, no chamado de Jesus. Evidente é que o gozo, a alegria, se apoia na beleza e na simplicidade, no observar dos mais humildes, ingênuos, pacíficos, não-violentos, enfim, os que são amados por Deus. Tudo isso porque Cristo, antes de tudo, é revelação de Deus, aquele que se apresenta com um coração terno, manso, pacificador dos homens e das mulheres, e não como alguém em busca de sucesso a qualquer custo, impondo-se sobre os outros, com força intelectual ou política. Ou pelo poder econômico.

Um exemplo para a paz na Igreja. É também sinal de acolhimento dos maltratados pela vida, até pelo fato de estarem vivos, incomodando o mundo hostil com sua pobreza e miséria. Se a identidade coletiva prevalece, como muleta para atrofiados, escudo para temerosos, cama para preguiçosos, diversão gospel para irresponsáveis, bem poderia ela ser albergue para os desabrigados, porto para náufragos, nova família para órfãos, utopia para os socialmente inconformados, terra para os despatriados, curral seguro para os desgarrados, mãe nutriz para o crescimento das novas gerações.

O que um budista indiano chama ahimsa, um personagem bíblico, como Jesus, chama de rahamim. É a mesma atitude de compaixão, originalmente “não-machucar” o outro. Uma atitude que se sobrepõe à vontade de dominar a qualquer custo; acima da gana de pisar no pescoço de alguém para passar à frente, entrar em sua realidade para dominá-lo. Praticar “limpeza” cultural ou social. Ao contrário de nós, Deus não guarda rancor pelos “improdutivos”, à margem da vida, os que não podem consumir, que são excluídos do bem estar geral, inclusive porque não podem pagar pelas bem-aventuranças do mundo do consumo. Para identificar a compaixão de Deus pelo oprimido, pobre, aflito, despojado, sem-posses, sem-nada, o hebreu usa a palavra rahamim (“ter entranhas”, “ter coração”, que é sede dos melhores sentimentos). Deus é como a mãe que vê seus filhos com extremo cuidado, acolhendo-os sempre com amorosa compaixão. O Deus da Bíblia ama menos que a mãe humana? Não. E não fica magoado por nossas fugas, nossas desobediências; não castiga nem pede obras reparadoras, retributivas, para doar graça e misericórdia (hesed).

Cada geração tem interrogado sobre Jesus Cristo, o Filho, de uma maneira peculiar, buscando entender onde Deus se revela. Nem os primeiros cristãos imaginaram Jesus num texto de louvor e gratuidade tão expressivo. De Jesus, ouvimos as palavras audazes e dominantes: “Venham a mim!”. Essas palavras articulam a experiência de Deus na forma de acolhimento mais profundo existente. Não é a toa que a palavra pater, pai na língua grega – daí a expressão “pátrio poder” – se sobreponha ao termo aramaico. Abbá, na língua de Jesus tem um sentido doce: “Paínho”, no jeito baiano de expressar o carinho. Ocorre o contrário do que a autoridade do nome pater sugere. A experiência filial, humana, de Jesus, se harmoniza com o que homens e mulheres mais procuram: cuidado, ternura, solidariedade amorosa. Exatamente porque isso lhes é negado. Jesus é o homem que ama seus semelhantes como Deus, Pai de Misericórdia que ama a todos sem eleições preferenciais. Predestinação é heresia.

A interiorização recomendada pelo Evangelho trata de absolutos éticos que escapam e distanciam-se da inteligência prática. Induz à sensibilidade para com a realidade dos esmagados e triturados pelos sistemas de pensar desse mundo. Este é o mundo da ganância: ter-sem-ser e aparecer-a-qualquer-custo; que se ocupem espaços ambicionados no universo da superficialidade, valendo pisotear valores da solidariedade e da misericórdia. Na verdade, as “revelações” de Deus aos pequenos e mansos são um desafio à oração dos bem-postos, dos sábios e detentores do conhecimento, que ensinam as melhores estratégias para “se dar bem na vida”. A práxis de Jesus nos remete ao mundo prosaico dos simples, mansos, humildes deste mundo, a quem faltam recursos mínimos para a sobrevivência, enquanto expostos à ganância egoísta do mundo que sobrecarrega de privilégios quem já é privilegiado.

terça-feira, 19 de julho de 2011

ENCARANDO A VERDADE PARA O BEM ESTAR.



“O stress é causado em parte por relacionamentos humanos mal resolvidos. Se melhorarmos a capacidade de nos relacionar, teremos menos brigas, menos stress e, consequentemente, menos processos e pessoas doentes”, diz o italiano Piero Massimo Forni. Professor da Universidade Johns Hopkins e um dos maiores especialistas mundiais no estudo da civilidade.
Se fala muito sem dizer nada.
Se vê muito sem enxergar nada.
Se ouve muito sem escutar nada.
Se beija muito sem sentir nenhum cheiro.
Se abraça muito sem sentir calor.
Se anda muito sem chegar a nenhum lugar.
Se junta muito sem estar ao lado.
Se deseja muito sem nada oferecer.
Se presenteia muito sem nenhum coração.
Se critica muito sem nenhum elogio.
Se ira muito sem nenhum equilíbrio.
Se odeia muito e muito sem nenhum amor.
Se exigir muito sem nenhuma obediência.
Se mente muito sem nenhum medo da verdade.
Se sonha muito sem nenhum pensamento realizável.
Se propaga muito a fé em Deus sem nenhuma prática evangélica.
Se diz e escreve muito sobre a felicidade e sem nenhum prazer de viver.
Se promove muito a paz e sem nada fazer contra a indústria bélica.
Se fala muito em respeito pela vida e sem nenhum temor de matar.
Se legisla muito e sem nenhum fim da impunidade.
Se confia muito na justiça e sem nenhum término a corrupção.

 “Quanto aos homens maus e impostores, eles progredirão no mal, enganado e sendo enganados. Tu, porém, permaneceu firme naquilo que aprendeste como certo; tu sabes de quem o aprendeste. Desde a tua infância conheces as sagradas letras; elas têm o poder de comunicar-te a sabedoria que conduz à salvação pela fé em Cristo Jesus”, escreve para o jovem bispo Timóteo, São Paulo Apóstolo, Doutor e Missionário da Igreja Primitiva (2 Tm 3, 13-15).
Encarar a verdade para derrubar as barreiras da hipocrisia; tirar as máscaras; se libertar da maldade e praticar a caridade; buscar a sabedoria celestial para eliminar a boçalidade e viver com qualidade de vida: física, emocional e espiritual. Trabalhar incansavelmente pela civilização do amor. Tudo em prol da verdade pela paz e felicidade de todos.
“A verdade de Cristo é o fundamento para o bem-estar individual e social.”

Pe. Inácio José do Vale
Escritor e Conferencista
Professor de História da Igreja
Especialista em Ciência Social da Religião
E-mail: pe.inaciojose.osbm@hotmail.com
 

UMA JORNADA DE PESO

Mais de dez mil jovens de vários estados brasileiros terão o privilégio de representar o Brasil numa JMJ, Jornada Mundial da Juventude. O encontro já se firma como tradição e terá como figura central dentre seus assessores o papa Bento XVI. Será em Madri, Espanha, de 16 a 21 de agosto próximo. Será mais uma oportunidade para a juventude católica brasileira sentir-se inserida no contexto de uma Igreja verdadeiramente Universal.

O encontro acontece desde 1986, a cada dois ou três anos, não apenas com o objetivo de congraçamento entre os jovens, mas para celebrar de maneira universal a fé e a alegria da revelação messiânica de Jesus a toda a humanidade, em especial aos jovens. Resgata a afirmativa de Pedro diante da questão: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem”? E Pedro não hesita na resposta: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo”! Da mesma forma que, por ocasião da primeira jornada presidida por João Paulo II, fundador desse evento, este lhes deixou uma frase de efeito e uma cruz como presentes: “Só em Cristo morto, mas ressuscitado, se encontra a redenção”.

Simultaneamente, as dioceses brasileiras estão sendo convidadas a realizarem uma pré-missão entre os dias 10 e 15 de agosto, dando oportunidade aos jovens que aqui ficarem de se sentirem unidos a esse encontro. Serão convidados à oração, reflexão ou quaisquer outras atividades que possam inseri-los nesse evento mundial. Para tanto, o secretário nacional da Pontifícia Obra da Propagação da Fé e Juventude Missionária, padre Marcelo Gualberto, que chefia a delegação brasileira, faz questão de divulgar o site www.jmjbrasil.com.br/jmj/, onde estarão sendo postadas todas as referências e atividades desse grande acontecimento católico.

Dadas essas informações básicas, não há nada mais revelador que antever, nas entrelinhas dessas atividades, um grande sinal de esperança, pois que num painel de grandes contradições ou mesmo negativas à crença cristã, eis que nossa juventude se levanta e diz não às opiniões contrárias à sua fé. Nem tudo está perdido, como às vezes deixamos escapar. O Cristo, Filho de Deus vivo, não deixou de lado seu cajado e continua apascentando seu rebanho, em especial nossos jovens, como a maior riqueza desse mundo. Diria o poeta  Fontoura Xavier: “Sondai a terra...no seu ventre aflito/ Revolvei-lhe o recôndito tesouro;/ E, envolto nas agruras do granito,/ Encontrareis o ouro...” É que às vezes não percebemos a preciosidade que temos dentre nós.

Também é revelador o aspecto missionário dessa jornada. Desde seu início, há uma grande preocupação da Igreja em associar a JMJ à dimensão missionária da vida cristã, cuja ação se dá não só por mero atributo que a doutrina cristã nos confia, mas sim pelo entusiasmo que o anúncio do Evangelho nos proporciona. Daí que um jovem renovado pelas revelações cristãs e com o coração transbordante de alegria nessa experiência pessoal com Cristo, nunca mais será o mesmo. Multipliquem, pois, esses dez mil por cem... “Quem encontrou um tesouro, vende tudo e compra o terreno”. Quem encontrou Jesus Cristo, se despoja do passado e investe no presente, naquilo que enche seu coração de alegria.

Por essas e outras é que acredito mais e mais na força transformadora de nossa juventude cristã. Ela nos enche de esperança. Ela, só ela, tem em mãos o trunfo que buscamos para a construção de um mundo melhor, um mundo sem as aflições e conflitos que hoje dominam nossos noticiários, nossa história. Pois que das agruras do indiferentismo humano às propostas de Cristo já estamos cansados, não pelas frustrações que colhemos, mas pela decepção de uma colheita frustrada. Também, pudera, colher o quê, se plantamos pouco? Mas uma nova safra virá, mais frutuosa do que a nossa.


wagner@meac.com.br

segunda-feira, 18 de julho de 2011

PREVENIR A VIOLÊNCIA COM ESPAÇOS DE SOLIDARIEDADE



Por: Luíz e Fátima Marques
 Ao tratarmos da violência enquanto um fenômeno social e urbano, não é de surpreender a sensação de estarmos caindo em lugares-comuns: tanto por conta das já conhecidas explicações para a existência e o crescimento desse fenômeno quanto em função das prováveis opções para a sua superação. Vale dizer que essas opções foram raramente executadas de forma plena e competente pelo Estado e pela sociedade civil. O fato é que isso não pode ser mais um motivo para levar o cidadão comum à indiferença, à resignação ou ao descrédito diante desse fenômeno que não só cresce, como também ameaça, sobretudo, o futuro da nossa sociedade, uma vez que faz dos jovens, suas principais vítimas. Não há como ignorar isso, uma vez que, diariamente, a grande imprensa nos faz “contemplar” essa realidade.
Pensando especificamente na violência urbana – hoje, capaz de fazer uma “página de jornal jorrar sangue”, tamanha é sua magnitude – não é difícil entender por que ela pede uma resposta radical da sociedade¬, de cada cidadão, para além das ações públicas do Estado. Segundo o professor doutor Guilherme de Assis Almeida, docente da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), o próprio conceito de violência – e o de não violência, por assim dizer, o seu melhor enfrentamento direto – não abre espaço para uma terceira opção. A violência, “enquanto ação intencional de provocar dano contra um grupo ou uma pessoa”, não é parcial, algo “mais ou menos”, afirma o professor. Ela sempre provoca dano, grande ou pequeno. Da mesma forma, a “não violência” não pode ser uma resposta superficial.
Qualquer que seja a natureza do ato violento (físico, moral ou mesmo espiritual), assim como, qualquer que seja seu grau ou origem (fruto de ação criminosa, de acidente de trânsito, atitude de desrespeito ou preconceito, suicídio ou outro), tende a possuir raízes históricas, sociais e/ou psicológicas profundas. Para Almeida, no caso da sociedade brasileira e ocidental, uma das raízes históricas mais significativas está associada ao desenvolvimento do individualismo como valor fundamental da vida humana. Um contravalor, na realidade.
O professor salienta que, curiosamente, desde o século XVIII, movimentos políticos, sociais e culturais, como a Revolução Francesa, colocaram em evidência o valor do indivíduo em reação às imposições sociais sobre a pessoa que haviam marcado toda a Idade Média.

Da individualidade ao individualismo
O resgate da individualidade da pessoa – aquilo que faz dela única, irrepetível e, portanto, traduz também suas qualidades –, especialmente com o advento do capitalismo, nas chamadas sociedades ocidentais modernas, transformou-se em individualismo – aquilo que nos faz estar centrados exclusivamente em nós mesmos – a partir do momento em que a valorização do “ser” foi sobreposta pelo acúmulo de bens como base da realização humana.
Curiosamente, esse mesmo individualismo passou a ser legitimado por discursos em defesa dos direitos da pessoa os quais, no entanto, assumiram a condição de valor absoluto. “Prevaleceu, pois, a ideia de cada um por si”, conclui o docente da USP.
Por outro lado, lemas como o tradicional “Liberdade, igualdade e fraternidade”, que marcaram eventos como a própria Revolução Francesa, foram esquecidos ou, conforme determinadas conveniências do contexto capitalista, parcialmente esquecidos. Por isso, pela perspectiva individualista, investiu-se muito na liberdade do indivíduo e no seu direito à igualdade de ter (e, hoje, talvez, de “parecer” mais do que “ser”) o que o outro tem (ou parece) e, conforme argumenta o professor Guilherme Almeida, provocou um “déficit na fraternidade”, isto é, no exercício desinteressado da solidariedade, do cuidado, do zelo para com o outro.
Esse quadro, facilmente reconhecível, mas nem sempre devidamente considerado, é um dos componentes do quadro sobre o qual se desenvolve a violência urbana em sociedades como a brasileira. Diante do fato de não poder ter o que se convencionou ser a garantia de realização pessoal, a opção mais fácil – para muitos – é a violência. Da mesma forma, parece pensar aquele que, dominando o capital, se “protege” do semelhante, mais do que protege seu patrimônio. Nesse sentido, o pesquisador da USP é categórico: erguer muros ou fazer uso de outros instrumentos de defesa não é a solução para o combate à violência.

Jovens, principais vítimas

Não fica difícil, portanto, segundo o professor Almeida, associar o consumismo ao individualismo como base para o contexto de violência. E, nessa linha, também não é difícil entender por que os jovens costumam ser, já há algum tempo, as principais vítimas dessa violência. Como vítimas prediletas da crise de valores fundamentais da vida humana – e, por isso, mais suscetíveis aos apelos do individualismo, do consumismo e do hedonismo, entre outros “ismos” que pervertem as relações sociais –, crianças, adolescentes e jovens são cotidianamente envolvidos pela violência, uma das consequências mais flagrantes desse contexto. Esse quadro é agravado pela indústria das drogas que tem, entre os jovens, seu público-alvo: são, ao mesmo tempo, traficantes e consumidores.
De acordo com o “Mapa da violência 2011 – Os jovens do Brasil” – estudo produzido por Júlio Jacobo Waiselfiz, sob o patrocínio do Instituto Sangari, de São Paulo (SP), e Ministério da Justiça do governo federal –, no que diz respeito à morte (a forma extrema de violência) de indivíduos entre 15 e 24 anos, entre o período de pouco menos de três décadas (são os dados mais recentes sobre o tema), “a taxa de homicídios entre os jovens passou de 30 (em 100 mil jovens), em 1980, para 52,9 no ano de 2008”, enquanto a taxa de homicídios de não jovens permaneceu praticamente constante ao longo desse mesmo período. “Se a magnitude de homicídios correspondentes ao conjunto da população já pode ser considerado muito elevada (ver gráfico) a relativa ao grupo jovem adquire caráter de epidemia”, conclui o estudo.
Na apresentação do seu trabalho de pesquisa, Júlio Waiselfiz explica que o estudo se concentra em dados relativos a mortes violentas, porque é muito difícil obter dados confiáveis sobre outras formas de violência. De fato, são poucos os registros de queixas feitas à polícia, relativos a furtos, trânsito, preconceito racial, entre outras formas de ação violenta. De qualquer modo, essa gama variada de formas de violência, “longe de serem produtos aleatórios de atores isolados, configuram ‘tendências’ que encontram sua explicação nas situações sociais, políticas e econômicas que o país atravessa”, argumenta o pesquisador.
A propósito do que pareceria ser mais um lugar-comum, especialistas de diferentes áreas insistem na falta de perspectiva de grande parte dos jovens brasileiros a respeito do próprio futuro. Essa lacuna, de longa história, tem levado muitos jovens a uma condição de marginalidade, no sentido amplo do termo: permanecem à margem de condições dignas de vida, de acesso à educação, lazer, alimentação, emprego, moradia etc. Evidentemente, políticas públicas de inclusão social e um sistema judiciário munido de recursos adequados e competência são o mínimo que se possa esperar do Estado, particularmente no sentido de tirar jovens e outros segmentos sociais das condições que, como bem sabemos, os torna amplamente vulneráveis à violência.

Uma pergunta fundamental

Praticamente, existe um grande consenso em relação ao fato de que a exclusão social é geradora de violência. No entanto – e aqui retornamos à questão do nosso modelo de sociedade colocado no início deste artigo – uma questão que, talvez, não esteja sendo tratada com o devido cuidado: sobre quais valores fundamentais o Estado e toda a sociedade devem fundamentar-se para apresentar uma proposta para a população marginalizada e, especialmente, indefesa? Em outras palavras, não se está dando a devida importância à pergunta: é possível construir um modelo de inclusão social baseado nos valores que mantêm a sociedade atual individualista e de consumo? Ou melhor: se o nosso estilo de vida leva os jovens a identificar realização e bem-estar pessoais com possesso de certos bens de consumo, não estamos criando as bases para frustrações individuais e conflitos sociais?
Em última análise, a pergunta de fundo que deveria ser feita no enfrentamento da questão da violência é: existe a possibilidade de insistir num projeto de realização pessoal e profissional que prescinda do exercício da relação com os outros e de um projeto de fraternidade entre todos? Com efeito, para a professora doutora Miriam Abramovay, docente da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flasco) e especialista em estudos sobre a juventude, a violência que hoje explode, por exemplo, no ambiente escolar não pode ser compreendida apenas no seio da própria escola, mas é essencialmente fruto da crise nas relações sociais que nascem fora da escola.
Segundo ela, a violência que atinge os jovens, dentro e fora da escola, é fruto da crise desses mesmos valores que definem o sentido para a vida do ser humano. Por isso, a professora chama a atenção para o fato de que a chamada “sociedade do espetáculo”, que, pela grande mídia, faz da violência um “show”, incute nos jovens valores que, deliberadamente, mascaram comportamentos violentos. Não bastasse isso, e de forma contraditória, essa mesma mídia costuma culpabilizar, com frequência, os próprios jovens pela violência.

O papel da comunidade

A propósito da questão da violência na mídia, o professor Guilherme de Almeida reconhece a necessidade da divulgação dos fatos violentos, porque de interesse público. Mas, ao mesmo tempo, ironiza: “Violência é uma ótima notícia de jornal”. Nesse sentido, ele critica a sensação generalizada de insegurança que a grande imprensa ajuda a criar, mediante abordagens sensacionalistas. Segundo o docente, parece faltar à mídia cumprir o papel de articulação para o diálogo e a reflexão sobre o tema, bem como para o esclarecimento verdadeiro dos fatos violentos.
Como meio privilegiado de articulação e formação da opinião pública, cabe à mídia esse papel de favorecer a consciência crítica sobre o tema da violência, argumenta o professor. A esse respeito, ele defende que, no lugar da construção de muros e em vez de tratar a questão da violência apenas como um problema de segurança, é justamente a criação de laços, de espaços de convivência, a alternativa radical para iniciar o processo de superação da violência, especialmente nas grandes cidades. Espaços que ultrapassem os limites impostos por categorizações sociais e que, desse modo, aproximem as pessoas, todas as pessoas de forma natural, sem imposições culturais. Assim chega-se à raiz da questão.
Embora admita que a resposta total às diferentes formas de violência seja complexa, porque exige a ação conjunta de diferentes atores sociais, Almeida aposta que a raiz da não violência está aí e se faz, sobretudo, pela ação das famílias e das pequenas comunidades que assumem a iniciativa dessa responsabilidade. Em alguns casos, o que se vê é o poder público atuando como parceiro em vez de impor programas e projetos “de cima para baixo”, tal qual um “estrangeiro”.
É nas comunidades, segundo o pesquisador, que crianças, adolescentes e jovens, pela convivência estimulada por agentes como a escola, a igreja, a associação de moradores, mediante pequenos projetos sócio-culturais de sua própria iniciativa, são capazes de criar uma identidade e, desse modo, valorizar o que possuem, mantendo-se mais ilesos aos apelos do consumo e da consequente violência.
Essa visão corresponde exatamente à experiência da Ilha Santa Terezinha, de Recife (PE), comunidade ameaçada pelo mercado imobiliário daquela região, conforme divulgou Cidade Nova, na edição de junho deste ano. No seio de uma comunidade capaz de criar espaços de convivência pacífica a ponto de constituir um “patrimônio espiritual” para a própria sociedade ao seu entorno, não há oportunidade para a supremacia da violência.
Essa também é a experiência e é também opinião da psicóloga Guiomar da Costa Braga, que atende voluntariamente crianças no Projeto da Afago (Associação de Apoio à Família, ao Grupo e à Comunidade), no bairro da Pedreira, periferia de São Paulo (SP). Ela diz viver ali na Pedreira uma experiência de relacionamento autêntico e construtivo com as crianças, pais e outros moradores do bairro. Uma experiência em cujo contexto a violência está diluída, resume a psicóloga. Mesmo que possam existir casos de problemas entre pais e filhos, com eventuais situações de agressão, Guiomar diz que há mais de 20 anos não se tem notícia ali de fatos de violência grave, associados a atos criminosos. Essa realidade – no interior de uma metrópole como São Paulo – é um caso raro e testemunha a diferença que a vida da comunidade faz, argumenta emocionada.
A psicóloga – cuja atuação profissional segue a linha da logoterapia, concebida por Viktor Frankl – salienta que, para ela, assim como para outros voluntários que realizam um trabalho de promoção humana no Bairro da Pedreira, uma exigência é necessária: estar com coração aberto, livre de preconceitos, especialmente da tentação de julgar-se superior àquelas famílias simples. A experiência concreta do respeito e de outros valores fundamentais para o ser humano como partilha, solidariedade, honestidade e diálogo – mais que qualquer discurso – constitui a contribuição essencial dos moradores de comunidades como a Pedreira e Santa Terezinha – entre outras, Brasil afora – à não violência. São valores inequívocos e universais, portanto, para qualquer tempo, lugar e pessoa, argumenta Guiomar.

VIGIAR E ORAR

 Essas palavras foram dirigidas por Jesus a Pedro, Tiago e João, durante sua agonia no Getsêmani, ao vê-los dominados pelo sono. Ele tinha levado consigo esses três apóstolos – os mesmos que haviam testemunhado sua transfiguração no monte Tabor – para que ficassem ao seu lado, naquele momento tão difícil, e se preparassem com Ele pela oração, pois o que estava para acontecer seria uma terrível provação também para eles.


“Vigiai e orai, para não cairdes em tentação, pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca.”

Mais do que uma recomendação de Jesus aos discípulos, é preciso entender essas palavras – à luz das cir-cunstâncias em que são pronunciadas – como um reflexo de seu estado de espírito, ou seja, de como Ele se prepara para a provação. Diante da paixão iminente, Ele reza com todas as forças de seu espírito, luta contra o medo e o pavor da morte, lança-se no amor do Pai para ser fiel até o fim à sua vontade, e ajuda seus apóstolos a fazerem o mesmo.
Aqui Jesus revela-se como o modelo para quem precisa enfrentar uma provação e, ao mesmo tempo, como o irmão que se coloca ao nosso lado naquele momento difícil.

“Vigiai e orai, para não cairdes em tentação, pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca.”

A exortação à vigilância aparece com frequência nos lábios de Jesus. Para Ele vigiar significa jamais se dei-xar vencer pelo “sono espiritual”, estar sempre pronto a acolher a vontade de Deus, saber captar os sinais dela na vida de cada dia e, sobretudo, saber interpretar as dificuldades e os sofrimentos à luz do amor de Deus.
Mas a vigilância é inseparável da oração, pois a oração é indispensável para vencer a provação. A fragilida-de conatural ao homem (“a fraqueza da carne”) pode ser superada pela força que vem do Espírito.

“Vigiai e orai, para não cairdes em tentação, pois o espírito está pronto, mas a carne é fraca.”

Como podemos, então, viver a Palavra de Vida deste mês?
Também nós devemos prever, em nosso programa, o encontro com as provações, as pequenas ou as gran-des que enfrentamos todos os dias. Podem ser provações normais ou provações clássicas, com as quais, cedo ou tarde, quem é cristão, não pode deixar de deparar-se. Ora, a primeira condição para superar a provação, qualquer provação – alerta Jesus –, é a vigilância. Trata-se de saber discernir, de perceber, que são provações permitidas por Deus, não certamente para nos desencorajar, mas para que, ao superá-las, amadureçamos espiritualmente.
Ao mesmo tempo, devemos rezar. A oração é necessária, porque as tentações às quais estamos mais ex-postos nesses momentos são de dois tipos: por um lado, a presunção de conseguirmos superar sozinhos a provação; por outro, o sentimento oposto, ou seja, o temor de não sermos capazes de superá-la, como se ela fosse superior às nossas forças. No entanto, Jesus nos garante que o Pai celeste não nos deixará faltar a força do Espírito Santo, se estivermos vigilantes e se lhe pedirmos essa força com fé.


Um retrato da aprendizagem em áreas de vulnerabilidade social


Quanto maior a vulnerabilidade social do território, menor o nível da qualidade

de ensino ofertado e menor a aprendizagem dos alunos. Essa foi a conclusão da
pesquisa “Educação em territórios de alta vulnerabilidade social na metrópole”,
da Fundação Tide Setubal em parceria com a Fundação Itaú Social, o Unicef e o Centro
de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec).
“Alguns estudos mostram a influência da vizinhança sobre as oportunidades
educacionais. Então nosso objetivo foi apreender como numa região se dava esse
efeito quando o território é muito vulnerável socialmente”, comenta Antonio Batista,
coordenador da área de Desenvolvimento de Pesquisas do Cenpec.
De acordo com Batista, o isolamento da escola é um dos fatores que contribuem
para limitação do ensino em áreas de alta vulnerabilidade. Por conta disso, segundo
o pesquisador, a escola, muitas vezes, vê-se na necessidade de lidar sozinha com
problemas relacionados à violência, à saúde, e à assistência social. “A escola acaba
recebendo muitas tarefas e perde a capacidade de fazer aquilo que é específico dela, que
é ensinar e aprender”, revela.
Para a coordenadora da Fundação Tide Setubal, Paula Galeano, a pesquisa também tem
o mérito de apresentar, sob diversas óticas, os mecanismos que geram as desigualdades.
“A Fundação atua em territórios vulneráveis onde percebemos a reprodução das
desigualdades, devido ao precário acesso da população aos bens e serviços que não
estão distribuídos de forma justa na cidade. Nosso papel é o de integrar ações e políticas
na tentativa de romper este ciclo e promover o desenvolvimento”, conclui ela.
Uma das conclusões do estudo é que alunos com o mesmo nível sociocultural têm
desempenhos diferentes conforme o nível de vulnerabilidade do local onde se situa
a escola. Foi observado que, dentre os alunos de quarta série com baixos níveis
socioculturais que vivem em territórios de alta vulnerabilidade, 50% tiveram nível de
proficiência abaixo do básico na Prova Brasil em Língua Portuguesa, em 2007. Este
índice cai para 38% nas regiões mais centrais. Esta evidência expressa um princípio
fundamental para a Educação que é de que todos os alunos podem aprender, desde que
garantidas às condições para isto.
Segundo a diretora da Fundação Itaú Social, Valéria Riccomini, os resultados da
pesquisa indicam a necessidade do desenvolvimento de políticas públicas especificas
para territórios de alta vulnerabilidade social. De acordo com Riccomini, se o estudo
indica que, de fato existem diferenças de desempenho em crianças com o mesmo nível
sociocultural, as políticas deveriam respeitar as desigualdades e as especificidades de
cada comunidade
A pesquisa está disponível para consulta no site: http://cenpec.org.br/ 

O PERDÃO





Era um vez um rapaz que ia muito mal na escola. Suas notas e o comportamento eram uma decepção para seus pais que sonhavam em vê-lo formado e bem sucedido.
Um belo dia, o bom pai lhe propôs um acordo: Se você, meu filho, mudar o comportamento, se dedicar aos estudos e conseguir ser aprovado no vestibular para a Faculdade de Medicina, lhe darei então um carro de presente. Por causa do carro, o rapaz mudou da água para o vinho.
Passou a estudar como nunca e a ter um comportamento exemplar. O pai estava feliz, mas tinha uma preocupação. Sabia que a mudança do rapaz não era fruto de uma conversão sincera, mas apenas do interesse em obter o automóvel. Isso era mau!.
O rapaz seguia os estudos e aguardava o resultado de seus esforços. Assim, o grande dia chegou! Fora aprovado para o curso de Medicina. Como havia prometido, o pai convidou a família e os amigos para uma festa de comemoração. O rapaz tinha por certo que na festa o pai lhe daria o automóvel.
Quando pediu a palavra, o pai elogiou o resultado obtido pelo filho e lhe passou às mãos uma caixa de presente. Crendo que ali estavam as chaves do carro, o rapaz abriu emocionado o pacote.
Para sua surpresa, o presente era uma Bíblia. O rapaz ficou visivelmente decepcionado e nada disse.
A partir daquele dia, o silêncio e distância separavam pai e filho. O jovem se sentia traído e, agora, lutava para ser independente. Deixou a casa dos pais e foi morar no Campus da Universidade. Raramente mandava notícias à família.
O tempo passou, ele se formou, conseguiu um emprego em um bom hospital e se esqueceu completamente do pai. Todas as tentativas do pai para reatar os laços foram em vão. Até que um dia o velho, muito triste com a situação, adoeceu e não resistiu. Faleceu.
No enterro, a mãe entregou ao filho, indiferente, a Bíblia que tinha sido o último presente do pai e que havia sido deixada para trás. De volta à sua casa, o rapaz, que nunca perdoara o pai, quando colocou o livro numa estante, notou que havia um envelope dentro dele.
Ao abri-lo, encontrou uma carta e um cheque. A carta dizia: "Meu querido filho, sei o quanto você deseja ter um carro. Eu prometi e aqui está o cheque para que você escolha aquele que mais lhe gradar. No entanto, fiz questão de lhe dar um presente ainda melhor: A Bíblia Sagrada. Nela aprenderás o Amor a Deus e a fazer o bem, não pelo prazer da recompensa, mas pela gratidão e pelo dever de consciência".
Corroído de remorso, o filho caiu em profundo pranto. Como é triste a vida dos que não sabem perdoar. Isto leva a erros terríveis e a um fim ainda pior.
Antes que seja tarde, caro leitor, perdoe aquele a quem você pensa ter lhe feito mal. Talvez se olhar com cuidado, vai ver que há também um "cheque escondido" em todas as adversidades da vida.