FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Senhor quero pedir.....


Perdão por não conseguir em muitos casos, neutralizar meus impulsos agindo e falando em nome de minhas vãs filosofias e idealizações. Perdão por ser insubmisso, quando deveria colocar em prática tudo aquilo que aprendo com as instruções e manifestações divinas direcionadas a mim. Perdão por não querer morrer e insistir em viver para tentar inutilmente mudar pessoas e situações com a força do meu medíocre intelecto e códigos de conduta exterior, esquecendo que o homem só é transformado quando nasce de novo e isso vem de dentro para fora. Perdão por ser mesquinho e achar que posso reter em minhas mãos reservas de garantia para eventualidades, perdendo-me na dúvida de que tenho um Deus que sabe de tudo que necessito e provê minhas necessidades enquanto durmo. Perdão por estar em constante ansiedade sobre o amanhã que nem foi desembrulhado, mas me tira o sono tentando descobrir o que está reservado para um tempo que nem sei se existirá. Perdão por ser incrédulo e tentar colocar escoras em construções divinas e neutralizar os desafios que apontam para conquistas que não possuem nenhuma chance de dar certo, perdendo-me no fato de que Aquele que começou a boa obra em minha vida, não precisa me provar nada, pois Ele é DEUS. Paz e bem.

Aprender a sofrer como cristão...


A disposição ao sofrimento não é só para missionários e os que vivem em campos difíceis, a Bíblia mostra que é uma marca de todo o sincero seguidor de Jesus. Pedro ensina que o sofrimento deve ser esperado como reação ao testemunho cristão, e que isso não deveria causar medo ou autopiedade, mas alegria, por causa de sua identificação com Cristo e porque esse sofrimento é controlado quanto ao tempo e à extensão. (1 Pedro 4.12-19) Cristãos não devem ficar surpresos diante de ardentes tribulações. Pedro usa várias palavras com a mesma raiz: “xenizeste” não fiquem surpresos ou chocados pela estranheza de alguma coisa, do verbo “xenizô” – passivo, ficar chocado. Ele também usa “xenos” – uma coisa surpreendente, uma coisa estranha. Pedro declarou nosso privilégio e a vitória de Cristo sobre os poderes das trevas e da morte. Por que então ainda deveríamos sofrer? Se compreendermos por que o sofrimento vem, não apenas vamos aceitá-lo, mas nos alegrar no mesmo. Jesus sofreu por nós, agora nós participamos dos seus sofrimentos, e um dia vamos compartilhar da sua glória. Porque ele sofreu por nós, podemos nos alegrar quando somos considerados dignos de sofrer por ele. A realidade do nosso sofrimento por Jesus é a garantia de que pertencemos a ele. Isso nos traz força e esperança. Quando os crentes sofrem como cristãos, Deus é glorificado. E exalamos o perfume de Cristo que atrai outros ao Senhor. A experiência do isolamento cultural e da hostilidade não é o que estes cristãos esperavam como bênçãos de Deus. Pedro mostra que a perseguição está de acordo com as predições de Jesus (Mt 10:34; Mc 13:9-13; Jo 15:18-20). Eles, e os fiéis seguidores de Jesus hoje, sofrem o mesmo tipo de reações que Cristo recebeu. Podemos entender o nosso sofrimento como identificação com o sofrimento de Cristo, que nos levará a participar de sua glória. Assim podemos nos alegrar pela evidência de pertencermos a ele. A perseguição é sinal de sermos abençoadores abençoados (Mt 5:11-12). Se formos insultados por causa do nome de Cristo, e rejeitados pela sociedade por causa do nosso estilo de vida cristão e por causa de nossa confissão cristã, somos abençoados porque o Espírito repousa sobre nós. Jesus prometeu o Espírito, num contexto de perseguições e tribulações. Aqueles que sofrem por Cristo, através do Espírito já experimentam a glória prometida para o futuro. Deus não é visto como quem causa o sofrimento. O sofrimento é causado pelo mundo influenciado pelo diabo e por pessoas más. Mas Deus o permite e transforma para o nosso benefício. Mostra que os que sofrem por sua fé tem um grande motivo para se alegrar. Os cristãos compartilham dos sofrimentos injustos de Cristo. Esse destino comum nos leva a sofrer e traz a garantia de compartilharmos da sua glória. Os verbos no v.14 estão no tempo presente, e falam de uma expe-riência contínua (Se pelo nome de Cristo sois injuriados, bem-aventurados sois). Só os que sofrem como cristãos são abençoados, não os que sofrem por agirem mal. Se sofremos por causa do nosso testemunho cristão, ou porque defendemos a justiça, não há motivo para ficarmos envergonhados. Deveríamos nos lembrar das palavras de Jesus a Pedro em João 21:13 (Deus seria glorificado através do sofrimento dele). Não devemos nos envergonhar de ser condenados por juízes corruptos, podemos manter as cabeças erguidas e dar glória a Deus. Nossa disposição ao sofrimento e o fato de que nosso compromisso com Cristo é a única acusação, traz honra a Deus. Cristãos que sofrem de acordo com a vontade de Deus devem confiar nele. Pedro se refere ao sofrimento como resultado de uma escolha para viver de acordo com Sua vontade. Deveríamos nos entregar tão inteiramente, quanto Cristo fez no Getsêmane. Deveríamos ver o sofrimento como meio de graça, para nos moldar de acordo com a imagem de Cristo. Missão no Terceiro Milênio implica em disposição a pagar o preço, não procurando o sofrimento, nem fugindo do mesmo. E esse custo não é apenas para os enviados, eles só poderão pagá-lo se houver um apoio compreensivo de suas igrejas. Que Deus nos ajude como igreja brasileira a sermos canais de suas bênçãos para os lugares mais áridos da terra, trabalhando e orando pelos nossos missionários, sempre antenados com a dor e sofrimento que há no mundo. • Antonia Leonora van der Meer, a Tonica, é missionária e professor experiente de missiologia.

Espiritualidade: contra ou a favor do corpo ???


“Desapareceu a doença, e ele ficou limpo”. (Marcos 1.40-45) A discussão de hoje refere-se à integridade espiritual do cristão. Paulo discutirá com os cristãos coríntios o bom emprego da palavra “espiritualidade”. Quase sempre nos referimos a esta palavra pensando como os filósofos gregos, que imaginavam possível um estado de perfeição do espírito somente quando o corpo não interfere na abstração espiritual, fora do corpo e das realidades humanas. Quer dizer, o melhor estado espiritual é aquele alcançado pela mortificação do corpo. Os monges gregos, ainda no começo da Idade Média, já diziam: “o espírito é para Deus, o corpo é para o imperador” (espírito é “nous”, e “soma” é corpo, no grego). Mas isto não corresponde ao pensamento bíblico e paulino original, por exemplo1. Nenhuma escola rabínica, no tempo bíblico apostólico, ensinaria tal coisa. Paulo foi instruído na concepção judaica, embora fosse inevitável a influência e pressões culturais do mundo helênico. O modelo de espiritualidade religiosa que prevaleceu não tem a ver com a revelação bíblica, mas sim com uma religião pagã do século 7º a.C., “Religião Órfica da Trácia”. Desde os primeiros séculos da era cristã essa concepção se tornou dominante no cristianismo, informa Renold Blank. Até para as pessoas mais simples: “o espírito é tudo, o corpo não vale nada; o espírito valoriza o corpo e a matéria degrada o espírito”. A depreciação do corpo prossegue. Equivocadamente! Sem fugir do foco da discussão, precisamos insistir que o modelo antropológico dualista (espírito e corpo separados) tem suas raízes numa cultura alheia à do povo bíblico original, conforme refletido no Primeiro Testamento. Uma discussão mais habilitada da teologia nos levará à coragem para refinar conceitos que versam sobre o poder e a vida, e sobre o próprio corpo. A Bíblia, por sua vez, não absorve essas razões culturais e ideológicas de um cristianismo aculturado já distante das fontes apostólicas. Não há nada mais universal que o corpo. Ele cria o mundo e tudo quanto existe se organiza a partir dele. Tudo quanto o homem criou, seus instrumentos de trabalho, sua sociedade, seus valores, suas aspirações, suas esperanças, seus mitos, sua linguagem, sua religião, suas ideologias, sua ciência, e qualquer outra coisa que se possa inventariar como surgida do homem – ficou engendrado em meio à luta pela sobrevivência do corpo. É justamente no centro, como fonte e razão de ser e existir, que está o corpo do homem. O corpo é a origem do imperativo categórico de agir. “O corpo é o lugar fantástico onde mora, adormecido, um universo inteiro”2. Temos uma página bastante comum no evangelho de Marcos (1.40-45): Jesus não somente prega a respeito do corpo, mas também, de fato, o cura. Jesus associa palavras e atos. Suas ações trazem libertação, porém libertação integral, espiritual e corporal. Seu modo de expressar a religião professa solidariedade, compaixão, misericórdia, cuidado, amor libertador. São valores espirituais elevados muito acima da religiosidade sem sentimentos, catártica, regulamentar, desencarnada. Jesus não pratica essa religião. Ao contrário, combate o legalismo que impede a abertura para o outro, seu corpo ou a comunidade em si mesma. Para ele, amar é libertar. Essa, pois, é a economia do corpo saudável ou doente em questão, seguramente ligada a uma determinada forma de capital, própria vida comercializada na medicina pública e privada. Sob a sensibilidade de instrumentos especiais, uma espécie de GPS que perscruta as recentes visitas médicas ou farmacológicas ao corpo dos homens, mulheres, crianças, idosos, em meio a uma paisagem social devastada pela desigualdade. Especialmente no tratamento do corpo doente. Remodelando os contornos da medicina, da cidadania da saúde, das raças e de outras formações políticas, não temos mais que decidir entre uma interpretação materialista ou espiritualista desses desenvolvimentos3. Poucas atividades são tão transparentes nas injustiças e desigualdades na sociedade moderna. A ética somática e o capital têm se unido desde o nascimento. Com efeito, podendo a medicina e a seguridade colocar-se a serviço da saúde e da vida, onde a vida mesma atingiu tal importância ética; onde as tecnologias para manter a vida e incrementá-la, podem representar a si mesmas. Muito mais destacada que a corrupta corrida por lucro e ganho individual. Seria possível ao “biocapital” alcançar nossas economias de esperança, de imaginação e de cuidado com o homem e a sociedade? Nesse sentido, podemos afirmar que a ética pragmática ou positiva, enquanto consente na capitalização da vida, estando intrinsecamente ligada ao “espírito do biocapital”, expressa tanto na medicina pública quanto na medicina privada, distancia-se do evangelho do Reino de Deus. A concepção bíblica refere-se ao ser total, que é corpo, é alma e é espírito, finalmente. E isso no Segundo Testamento, porque no Primeiro os exegetas do século 19 já haviam descoberto que a palavra “Espírito” (“pneuma”, na Septuaginta) refere-se somente ao Espírito de Deus. O hebreu não conhece outra forma de identificar o ser humano senão através do “corpo que é alma e da alma que é corpo” (“nephesh”). Para ele, corpo e alma são indissociáveis. O ser humano é o centro da pregação de Jesus, e isto se demonstra na ordem do mundo a partir do ponto de vista daqueles que não têm o poder. Eles são o centro da vida. Por isso, quando descubro que “sou eu o centro”, homem indivisível, ser humano, desautorizo-os, e passo a ser um perigo para os comandantes do mundo. Não existe objetividade no poder. Se houvesse, não haveria problemas em permitir falar da “realidade com realismo”. Somos o que somos porque somos um corpo. Meu corpo é parte de outros corpos, na igreja, na comunidade, na sociedade, ensinou Rubem Alves. Paulo prossegue nesta linha: “quer comam ou bebam, ou que façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus”. Não só as atividades religiosas tradicionais têm a ver com a espiritualidade concreta do corpo, mas o comum do cotidiano de cada um e de todos: “...porque nós, embora muitos, somos um só corpo” (1 Co 10.17; 10.31-11). Esse acréscimo identifica outros aspectos, como os que envolvem a comunidade, a sociedade e o cristão. Derval Dasilio