FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

A ponte da simplicidade....


“O menino vestido com roupas de príncipe e cheio de correntes preciosas no pescoço perde o prazer de brincar. Suas roupas o atrapalham a cada passo. Temendo rasgar a veste ou sujá-la de pó, ele se afasta do mundo, e até de mover-se tem medo. Mãe, não vale a pena essa tua prisão elegante. Ela afasta o menino do pó saudável da terra e lhe rouba o direito de entrar na grande festa da vida humana comum”. (R.Tagore). Nestes versos o poeta enaltece a simplicidade, preocupa-se com a falta de movimentos daquele que se sente preso às “roupagens” desta vida. Na verdade de que prisão elegante somos prisioneiros? Onde está a grande festa da vida humana? A estagnação não se limita ao físico, mas infelizmente atinge também o pensamento, os sonhos, a alma. Além de muitas vezes não participarmos efetivamente da construção da sociedade, somos alheios aos acontecimentos e não fazemos questão nenhuma de saber sobre a realidade que nos cerca. Somos alvo fácil da prisão do comodismo e do relativismo que a vida egoísta nos impõe. A simplicidade é uma ponte maravilhosa para sairmos deste marasmo. Então descobriremos e aprenderemos que as pessoas não existem para nos admirar, mas para compartilhar conosco a beleza da existência. Precisamos nos mover em direção a esta ponte, lançando-nos ao encontro da Vida, das pessoas...de Deus. É aí que a grande festa se inicia. Quando sem medo de rasgar a vestimenta da hipocrisia, do preconceito negativo das coisas e das pessoas, quando dermos o salto que registrou a cura do cego que jogou sua capa para trás ao seguir Jesus, quando o entusiasmo e o brilho voltar aos nossos olhos, como criança a brincar: sentiremos de novo o pó saudável da terra. Terra que sustenta nossos pés vacilantes e que aguarda ansiosa por lembrarmos de que ela está ali a nos esperar - nas pessoas que anseiam por um olhar mais amoroso e compassivo, por um abraço, um reconhecimento, um carinho, uma ternura; -e também nas coisas que manipulamos sem nos dar conta de que podemos estar afetando o bem comum. Realmente não vale a pena nenhuma prisão elegante que nos afaste da vida. Hoje podemos não nos dar conta disto. A conta virá, talvez, na hora em que nossas possibilidades não forem suficientes para atravessar a ponte. E o pagamento desta conta, ficará também elegantemente preso e engalanado na sofisticação de um vazio eterno. Na verdade será a nudez diante de Deus que nos incomodará .Mesmo aparentemente vestidos para este mundo. Mas ainda há tempo para jogarmos o manto e a cegueira para trás, de aliviarmos o nosso dia -a -dia de tantos pesos desnecessários.” A cada dia basta o seu peso”, embora o mesmo Senhor se coloque como auxiliador que alivia o nosso fardo e se coloque como Luz para os nossos passos. Será maravilhoso conseguirmos enxergar pela fé a ponte invisível da simplicidade que nos leva ao coração das pessoas e ao coração do próprio Deus. Cônego Vonilton Augusto Ferreira

Creio mais não pratico.....


Quando, num encontro de amigos, a conversa gira em torno de assuntos religiosos, é comum alguém declarar, com naturalidade e segurança: "Creio, mas não pratico!" Trata-se de uma afirmação que parece ser tão bem formulada, tão lógica, que, normalmente, ninguém a contesta. Assim, dias depois, em outro grupo, se a discussão for também sobre questões religiosas, é possível que alguém volte a fazer a mesma afirmação. Mais do que uma afirmação isolada, essa idéia de que se pode acreditar sem colocar em prática aquilo em que se acredita é tão comum que já se tornou uma mentalidade em muitos ambientes. A justificativa desse comportamento varia de pessoa para pessoa. Há aquela que deixou de lado a prática religiosa pela decepção com um líder da comunidade; outra, sem perceber, abandonou, pouco a pouco, sua vida de fé: passou tanto tempo sem ler a Palavra de Deus, sem rezar e sem assistir à missa dominical que, quando notou, já havia organizado sua vida de tal maneira que não havia mais espaço para expressões religiosas; outras pessoas tinham um conhecimento tão superficial de sua religião que, sem grandes questionamentos, a abandonaram. Há, também, as que procuram o batismo dos filhos, a missa de formatura ou de sétimo dia, tão somente como atos sociais. Afinal, é possível crer sem praticar? Algumas pessoas deixam a prática religiosa com o argumento de que buscam uma maior autenticidade. Dizem não gostar de normas e ritos: preferem uma religião "mais espiritual", sem estruturas. Esquecem-se de que somos seres humanos, não anjos. Os anjos não precisam de sinais, gestos e palavras para se relacionarem. Nós, ao contrário, usamos até nosso corpo como meio de comunicação. Traduzimos nossos sentimentos com um sorriso ou um aperto de mão, uma palavra ou um tapinha nas costas; fazemos questão de nos reunir com a família nos dias de festa e telefonamos para o amigo, cumprimentando-o no dia de seu aniversário; damos uma rosa para nossa mãe e nos encantamos com o gesto da criança que abre seus braços para acolher o pai que chega. Como, pois, relacionar-nos com Deus tão somente com a linguagem dos anjos, que nem conhecemos? A fé nos introduz na família dos filhos e filhas de Deus; nela, é essencial a prática do amor a Deus e ao próximo. Nossa família cristã tem uma história, uma rica tradição e belíssimas celebrações. Pode ser que alguém não as entenda. Mas, antes de simplesmente ignorá-las ou, pior, de desprezá-las, não seria mais prudente procurar conhecê-las, penetrar em seu significado e descobrir seus valores? O essencial, já escreveu alguém, é invisível aos nossos olhos. Não se pode querer uma fé sem gestos, com a desculpa da busca de maior autenticidade. O Pai eterno, quando nos quis demonstrar seu amor, levou em conta nosso jeito de ser, de pensar e agir. Mais do que expressar "espiritualmente" seu amor, concretizou-o: enviou-nos seu Filho, que habitou entre nós. Algumas Bíblias, em vez de traduzirem o ato descrito pelo evangelista João, na forma clássica - "e o Verbo se fez carne, e habitou entre nós" (Jo 1,14) -, preferem a expressão: "e armou sua tenda no meio de nós", para expressar a idéia de que Deus, em Jesus Cristo, passou a morar em uma tenda ao lado da nossa. Em sua primeira carta, S. João dá um testemunho concreto dessa experiência de proximidade: "O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e o que as nossas mãos apalparam da Palavra da Vida (...) isso que vimos e ouvimos, nós vos anunciamos, para que estejais em comunhão conosco" (1Jo 1,1.3). Ele considerou ter sido uma graça especial ter podido ouvir, ver e tocar o Filho de Deus. Jesus, por seu lado, tendo assumido a natureza humana, submeteu-se a ritos: passou noites em oração, foi ao Templo de Jerusalém e frequentou sinagogas. "Creio, mas não pratico". A fé ("creio") e a vida ("não pratico") não podem estar assim separadas. Por sua própria natureza, devem estar unidas. Uma fé sem obras é morta; obras, mesmo que piedosas, sem fé tornam-se vazias. Escrito por Dom Murilo S. R. Krieger, scj - Arcebispo de São Salvador da Bahia, enviado por Cônego Vonilton Augusto Ferreira. Dom Murilo S. R. Krieger

O poder da caridade....


A caridade, amor em obras, tem um poder imenso de transformação. Como é forte o coração que ama, que não mede esforços para ajudar. A caridade brota do coração do próprio Deus, da consciência, sacrário da criatura humana, e jorra pelas mãos solidárias e comprometidas do discípulo de Cristo Jesus. Brota de Deus, por que Ele é o próprio amor! Criou-nos por amor, não precisava nos criar. Não acrescentamos nada a Deus, Ele é Deus conosco e sem nós. Nossa existência, orações, atitudes... Não aumentam ou diminuem a Deus. Pelo contrário nós é que somos beneficiados quando oramos, ou agimos em Deus. Contudo, Ele quis nos criar e, "num excesso de amor", nos criou à sua imagem e semelhança. Quis precisar de nós, aguardou o Sim de Abraão, Moisés, dos Profetas, de Maria. Pede permissão para entrar na sua casa, no seu coração. "E para aquele que abrir a porta, Ele entrará ... "( Ap3,20). Você pode ser um missionário da caridade, um Apóstolo... mas antes deverá ser Discípulo! Conhecer a verdade é condição para o exercício do amor sincero, pois a verdade ilumina os gestos. Jesus é a verdade, e Ele a revela em suas palavras ungidas, na simplicidade de seu comportamento, na coerência de sua vida, na compaixão e na alteridade. Tudo o que fizermos não terá sentido sem o amor. Por isso tantas vidas são vazias e fúteis. São João da Cruz, grande místico já dizia: "Advirtam, pois aos que são muito ativos, que pensam abarcar o mundo com suas pregações e obras exteriores, que fariam muito bem e agradariam muito mais a Deus, sem falar no bom exemplo que dariam, se gastassem ao menos a metade deste tempo em estar com Deus em oração... Com isso fariam mais, e com menos trabalho, com uma só obra de que com mil, alcançando merecimento de sua oração e recobrando forças espirituais com ela; do contrário, tudo não passa de agitação, de fazer pouco mais que nada e, às vezes, nada e, outras vezes, dano". O ativismo não é sinônimo de realização. Sabemos da velocidade das informações, da era tecnológica que vivemos, contudo, devemos nos lembrar que ainda somos humanos e temos por missão convivermos e apoiarmos uns aos outros na trajetória, na grande travessia. E que no final das contas, valerá a partilha que fizemos entre nós, da experiência do amor. Corremos o risco de no ativismo, aumentarmos a distância e a incoerência entre o que fazemos e falamos. Uma das expressões do ativismo é a falta de renovação na vida pessoal. Estudo, oração, descanso. O ativista dá a impressão de que é necessário, como estilo de vida, um grande volume de trabalho externo. E pode ser uma fuga dos problemas e de suas soluções. Pode também ser atacado pela impaciência e o desânimo, que são gêmeos. Ambos são filhos do orgulho, da auto-suficiência, do esquecer que "tanto o que planta como o que rega, não são nada, e sim Deus que faz crescer"(1Cor3,7). Que o poder da caridade vença a força da destruição e do vazio que vai se instalando no coração de tantos seres insensíveis, produzidos por uma geração que enaltece o provisório, o descartável e a felicidade comprada. A única força capaz de gerar uma pessoa melhor, uma família com mais harmonia, um clima melhor no trabalho, uma religião que atinja seus objetivos e uma sociedade mais solidária, virá de dentro de cada um de nós, depois de bebermos na única fonte: o Sagrado Coração de Jesus. Cônego Vonilton Augusto Ferreira