FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

BOM NATAL PARA TODOS OS IRMÃOS DESTE BLOG


Quando chega o Natal todos se esmeram em dar presentes para os parentes, amigos, colegas de serviço, etc. Os mais abastados preparam a ceia com os produtos típicos da época que, devido à tradição são importados e, portanto, vendidos a preços proibitivos para a população em geral.

Não interessa! Até mesmo nos lares mais humildes, a presença do Natal é sentida e comemorada de forma especial, principalmente pelas crianças, que vêem na data uma oportunidade, talvez a única, de receber um brinquedo - usado que seja – mas que para elas representaria a realização de um sonho.

Ah! Voltar no tempo, voltar à infância. Dormir, ansioso para acordar no dia seguinte diante de um presente que nos foi deixado pelo Papai Noel. Se não foi possível, a frustração do momento, dará lugar à esperança do futuro (no ano que vem, o presente virá, pois este ano Papai Noel não deve ter tido tempo...).

Mas, e o Natal? O que é o Natal?
Alguns darão um enfoque capitalista, pragmático, no qual o Natal é um período do ano em que as pessoas gastam e consomem mais, adquirindo presentes e produtos alusivos à data. Há os chamados “festeiros” ou “arroz de festa” e, para eles, é mais um motivo para comemoração.

Há também os consumistas inveterados, chamados “compulsivos”, que aproveitam “as festas” para dar vazão a sua volúpia de compras, “atacando” o comércio “a prazo” e endividando-se para o resto do ano.

Segundo os dicionaristas, NATAL é um adjetivo que diz respeito ao dia do nascimento. É também um substantivo, dia em que se comemora o nascimento de CRISTO. É, sobretudo neste conceito que estamos interessados.

É que poucos comemoram, na verdade, o nascimento do Cristo, o nascimento de um Deus, ocorrido no meio do nada, num estábulo, perante a assistência de alguns animais.No entanto, um Rei, um Senhor, um Soberano, que veio ao mundo para anunciar o Reino dos Céus, inaugurando uma “Nova Era de Esperança para os homens de boa vontade”.

Faço votos que neste Natal tenhamos uma “festa de aniversário”; celebrando, cada um nós, dentro de nossas possibilidades, a Fraternidade, o Aniversário de Jesus, que é o verdadeiro e único motivo para a comemoração.

Finalmente, dentro do chamado “espírito de natal”, façamos uma festa solidária, convidando parentes, amigos e etc.

Ah! Uma recomendação importante se faz pertinente: Não esqueçamos de convidar o Aniversariante.

FELIZ NATAL!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

DESCONFIE


Viver numa sociedade não emancipada é um sacrifício pra qualquer ser humano que possui um pequeno indício de racionalidade. A autonomia roubada rouba-nos o direito de prescindir do pensamento do outro e seguir mediante o pensamento que construímos no percurso da nossa própria existência. Vivemos uma crise no mundo contemporâneo entre a individualidade e a coletividade, esta, insiste em privar o individuo em suas ações e escolhas. A coletividade em suas referências e convenções sociais sempre tem uma forma desumana de inibir a iniciativa individual.

Os mecanismos de inibição produzem o sentimento de culpa e de medo que eternizam ainda mais o status de dependência do sujeito. Na ausência de um mínimo de reflexão critica não resta ao manipulado escolher apenas o que lhe foi proposto ou induzido. Assim, a vida vai sendo esticada nessa estranha dialética entre opressor e oprimido, entre senhores e escravos. A mídia, por exemplo, com seus aparatos sensoriais manipula ao máximo o poder de compra das pessoas, ditando o produto que se deve comprar, sem, na maioria dos casos, a devida necessidade de compra. O que acontece é um processo de sedução do qual o comprador se vê impossibilitado de fazer alguma escolha diferente.

Na religião acontece o mesmo. Existe um fascínio de espiritualidade onde o indivíduo é levado a ser como a maioria. Todos passam pelo mesmo processo. Não dá pra ser diferente do coletivo. Se a pessoa esboçar qualquer tipo de reação não será aceita no grupo. Há uma mesma língua, um só pensamento, uma só prática, não de uma espiritualidade sincera, mas de uma pseudo-espiritualidade que não se estabelece nem pela lógica dos fatos. Por exemplo, dar dízimo em muitos ambientes evangélicos é sinal de obediência a Deus, mas, mais do que isso, é uma forma de se dar bem na vida. Espera-se que Deus retribua inúmeras vezes mais aquele valor ofertado. Assim, não é lógico imaginar que Deus seja comparado ao baú da felicidade ou coisa parecida. Dar dízimo não é jogar na loteria.

Por isso que é difícil viver sem autonomia racional. Sem capacidade de pensar escolhas. Nem o sistema educacional brasileiro nos ensina a pensar. Apenas engolimos idéias antiquadas e vomitamos pensamentos obsoletos. Não progredimos nunca. Não criamos, não inventamos, apenas mantemos com muita precariedade o que está posto. O lema positivista de Auguste Comte na Bandeira do Brasil é balela. Não há progresso no Brasil. Olhe para o Senado, são os mesmos autocratas de sempre. Enfim, faço um apelo para quem lê, desconfie. Desconfie de tudo

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

PARA REFLEXÃO, NATAL


Você já foi a alguma festa na qual o aniversariante não estava presente, ou que não havia sido convidado por seus amigos nem por seus pais que organizaram a comemoração? Acredito que sua resposta seja não, aliás, uma pergunta desta estirpe soa no mínimo estranha tendo em vista que a pessoa homenageada da festa é o aniversariante. E quem teria tamanha falta de consideração em deixa–lo de fora? Porém por mais ilógica que uma situação dessa possa parecer, ela se repete todo final de ano no natal, dia 25 de dezembro, data em que comemoramos o nascimento de Jesus Cristo. Basta ligar o nosso aparelho de televisão, sintonizar o rádio, ou acessarmos a Internet e tão logo iremos perceber que a maior festa da cristandade perdera toda sua essência e espiritualidade. Se antes, tinha por finalidade relembrar o nascimento do príncipe da paz, atualmente tem sido uma boa época para a industria marketeira lançar seus produtos, atrair clientela (e como sempre, o maior alvo são as crianças) e ganhar dinheiro e convenhamos, muito dinheiro!

Por isso não é de se admirar que embora seja uma festa cristã ela atenda o interesse até mesmo do ateu mais convicto em sua filosofia antagônica a qualquer tipo de religião. Logo, tem sido mais plausível falar do bom velhinho do que até mesmo de Jesus. E embora o Papai Noel seja uma figura lendária e fictícia tem roubado cena, sendo querido e idolatrado por crianças de várias etnias e de todo tipo de crença, e isso mesmo sem existir e sem ser o homenageado da ocasião.

Em razão destes desvirtuamentos, a festa natalina tem assumido um caráter um tanto quanto sincrético, ou seja, embora ela tenha raízes cristãs, não envolvem mais somente cristãos. Porém, isso não seria de todo ruim se todos entendessem o seu real significado. Sendo assim, ao se desviar de seu cerne tem sido uma festividade mais humanista do que propriamente cristã, mais materialista do que espiritual, substancialmente pragmática e relativamente filantrópica.

O problema disso tudo se encontra no fato de que a maioria das pessoas se reúnem diante de mesas fartas e bem adornadas para comemorar o nascimento de Jesus, sem antes conhecê–lo e sem que ele faça parte de suas vidas. Convidam parentes, vizinhos, crianças carentes para fazerem parte daquele momento, mas Cristo onde está ?

O natal sem Jesus é semelhante àquela manjedoura que reservaram para José e Maria, esta, grávida e já ás vésperas do parto para passarem a noite. Aquele lugar não passava de um estábulo velho (não sei se era velho, mas suponhamos que fosse...) cheio de palha e cheirando animais. Porém quando Maria deu a luz ao Salvador, aquele lugar passou a ser então um dos lugares mais importantes e privilegiados de toda história.

Que nesta data tão sublime não haja simplesmente um comer e beber acompanhado de blateração e festejo, mas que venha ter também uma reflexão em cima do que este dia simboliza. Que o natal não termine nas primeiras horas do dia 26 de dezembro, mas que ele se estenda até a volta de Cristo, e que em cada momento lembremos que ele nasceu para morrer por cada um de nós. Todo dia é propício para estender a mão ao necessitado, a dar lugar ao amor, ao perdão e a fraternidade.

Neste natal, que estejamos comemorando também nosso novo nascimento, e que ofereçamos a Deus este dia racionalmente, nos desvencilhando de todas projeções feitas em relação ao natal pelo mercado consumista, ou das deturpações causadas por fábulas infundas e oriundas da imaginação humana. Um Feliz natal com Cristo a todos.

ACHEI JESUS, O CRISTO !

Sei que ainda estamos um pouquinho distante do natal, onde neste período, sempre aparece um tal espírito natalino, ouve-se que as pessoas se tornam boazinhas, ajudadoras, compadecidas das misérias alheias, enfim, durante todo o ano, com seus trezentos e sessenta e cincos dias, destes, apenas sete, são utilizados para a caridade, num total de 1,91% do ano, utilizado para a bondade, pouquíssimo não é?

Mas como dizia, não é tempo de natal, entretanto, salta-me ao coração uma situação narrada nas páginas da Bíblia: E entrando na casa, viram o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro incenso e mirra. Ora, sendo por divina revelação avisados em sonhos para não voltarem a Herodes, regressaram à sua terra por outro caminho. (Mateus 2:11 e 12).

Esta narrativa, conta de três homens sábios, que através dos livros proféticos do Antigo Testamento, tomaram conhecimento que dentre os judeus nasceria o messias. Chegando o tempo oportuno, vieram até Israel em busca de tal feito. Sem saber da localização da casa onde estava Jesus, buscaram informações. Sabendo disso, Herodes, rei em Israel, chama secretamente os três sábios, e diz-lhes que quando acharem o menino deveriam avisá-lo, pois também queria oferecer seus presentes ao pequeno Rei.

Bem, quem procura sempre acha. Acharam o menino, juntamente com sua mãe, ofereceram seus presentes, e por um sentimento nada humano, sobrenatural, voltaram por outro caminho, não pelo caminho de volta ao palácio de Herodes, pois certamente morreriam.

Isso tudo, é uma grande realidade em nossos dias. Todos nós, sem exceção, nascemos com um vazio em nosso ser, uma sede desesperada, uma inquietação nos sentimentos, que quando não suprida, leva-nos a experimentar os Herodes da vida. Estes Herodes são tudo aquilo que devoram nossas preciosas vidas, alcoolismo, drogas, corrupção, medo, ansiedade, vergonha, religiosidade, traumas, e uma infinita lista de situações que nos impedem de viver plenamente.

O desejo daqueles sábios era conhecer Jesus Cristo. Eis aí o grande segredo, conhecer a Jesus Cristo! Não mais um Jesus menino, deitado estático numa manjedoura, ou ainda, pendurado numa cruz, mas alguém vivo, completamente vivo.

Note, que o trio de magos após conhecerem o Messias, não voltaram pelo mesmo caminho, pois seria uma rota de morte. Depois que alguém deparar-se com a amada pessoa de Jesus Cristo, não tem como ser a mesma pessoa. Nossos caminhos mudam, os conceitos e preconceitos caem, a vida se torna algo fascinante, há sentido no que fazemos.

Esta história tão remota é uma grande verdade para nossos dias. Pare de andar pelos caminhos de Herodes, pois levaram você até a morte. Ache Jesus Cristo, vivo, eterno, completamente apaixonado por você. Isso mesmo, do jeito que você é, sem máscaras, machucado, saudável, feliz, preso, livre, ache Ele agora mesmo.

Jesus Cristo te ama do jeitinho que você é, mas fará de tudo para te deixar jeito que Ele é.Paz e bem

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

CEGUEIRA


Há poucos dias atrás assisti em DVD "Ensaio sobre a cegueira", filme dirigido por Fernando Meirelles, baseado numa obra de autoria do escritor português José Saramago.
Achei o filme bom, apesar de complexo em sua temática.

Todo o elenco esteve bem integrado, destaque para as interpretações de Mark Ruffalo e Julianne Moore, esta numa performance ao menos digna de uma indicação ao Oscar.

O filme trata sobre uma inédita e inexplicável epidemia de uma "cegueira branca", uma vez que as pessoas atingidas apenas passam a ver uma superfície leitosa. Os afetados pela doença são colocados em quarentena e, quando os serviços ofertados pelo Governo começam a falhar, as pessoas passam a lutar por suas necessidades básicas, expondo seus instintos mais primários.

Tentando analisar o comportamento dos personagens do filme, fui ao dicionário Wikipédia, buscando relembrar alguns conceitos da psicologia, já esquecidos por mim, quando fui aluno da disciplina de Introdução à Psicologia, em 1985. Vejam o que encontrei:

"ID – O id é a fonte da energia psíquica (libido). É de origem orgânica e hereditária. Apresenta a forma de instintos que impulsionam o organismo. Está relacionado a todos os impulsos não civilizados, de tipo animal, que o indivíduo experimenta. . Não tolera tensão". "EGO – Significa "eu" em latim. E responsável pelo contato do psiquismo com o mundo objetivo da realidade. O Ego atua de acordo com o princípio da realidade. Estabelece o equilíbrio entre as reinvindicações do Id e as exigências do superego com as do mundo externo". "SUPEREGO – Atua como censor do Ego. É o representante interno das normas e valores sociais que foram transmitidos pelos pais através do sistema de castigos e recompensas impostos à criança". "São nossos conceitos do que é certo e do que é errado. O Superego procura inibir os impulsos do Id, uma vez que este não conhece a moralidade. É o componente social da personalidade. As principais funções do Superego são: inibir os impulsos do id (principalmente os de natureza agressiva e sexual) e lutar pela perfeição".

Do que tenho visto no mundo, e analisando de forma mais apurada o comportamento dos personagens do filme, o que realmente acho é que, à luz do conhecimento emanado da psicologia, o “Superego” parece não vir mais cumprindo adequadamente o seu papel, em face do afrouxamento dos valores morais e éticos que temos observado na sociedade.

Assim, o Superego vem inibindo cada vez menos os impulsos do Id, e o que resta é uma flagrante e desenfreada prática das obras da carne, “...as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia, Idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus” (Gálatas 5:19-21)

O fato é que a psicologia não consegue oferecer uma solução para o dilema do pecado, mas o Evangelho de Cristo garante a gratuíta salvação ao pecador, que, se arrependido, e convertido ao Evangelho de Cristo, é regenerado em seu ser, obtém o completo perdão dos pecados, e recebe uma capacitação vinda do Espírito Santo para ir moldando as próprias ações pessoais à vontade de Deus (explicitada na Bíblia), a que a teologia chama de Santificação.

Com isto, não quero afirmar que somente os cristãos sejam capacitados às práticas morais e éticas para uma boa convivência social, mas certamente a falta de temor a Deus, e a descrença nos ensinos da Bíblia (fato bastante comum nos dias de hoje), levam as pessoas bem mais facilmente a certas atitudes pecaminosas.

Embora sejamos salvos unicamente pela fé em Jesus, como cristãos, precisamos nos deixar guiar inteiramente pela Palavra do Senhor, para que vivamos nesta terra de uma maneira que glorifica a Deus e para não experimentarmos as conseqüências dos pecados que praticamos, pois “Não havendo profecia, o povo perece; porém o que guarda a lei, esse é bem-aventurado” (Provérbios 29:18).

É certo que continuaremos pecando enquanto estivermos vivendo nesta terra, pois há uma luta constante entre a carne e o espírito. Entretanto, como já foi dito antes, uma das principais funções do Superego é lutar pela perfeição (algo que se estende pela vida inteira), e as possibilidades de êxito serão sempre maiores quando conhecermos a Palavra de Deus e praticarmos os Seus mandamentos, pois assim escreveu um Salmista:

“Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti” (Salmos 119:11)

É tempo de debruçarmos cada vez mais o nosso olhar sobre a Palavra de Deus, pois assim nos afirmou o Apóstolo Paulo:

“Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça” (2 Timóteo 3:16)

Meditem nisto!

QUANDO CONHECEMOS O PROXIMO


Ei.. Você! Poderia me dar uma informação?

- Sim!

- Sabes se é por aqui o caminho que segue para Gramado?

- Sim eu sei! Mas primeiro quero que saiba uma coisa!

- Surpreso respondo: Opa! O que seria?

- Quero que saiba o meu nome, muito prazer eu sou o "João"!

- Com muita vergonha respondo: Ola, Muito prazer João!

- Bem agora que sabe quem sou, vou te dizer o caminho que deves seguir para Gramado...

Esta foi uma lição que recebi em um breve dialogo sem pretensão com um senhor de idade avançada, aparentando cerca de 90 anos, que residia em uma estrada de terra situada em uma cidade do interior do RS. Ele com a maior gentileza me ensinou algo revelador e precioso sobre mim, com apenas uma resposta. Creio que realmente foi uma resposta sem intenção, e sim um impulso empático, resultado de sua experiente sabedoria e grande simpatia. Com uma simples frase ele mostrou-me a forma superficial a qual nós costumeiramente nos utilizamos uns dos outros.

Enquanto eu seguía para gramado cruzando por são José dos Ausentes, fui assombrado por aquele breve e revelador encontro, onde percebi que estamos acostumados com a síndrome da "solidão em grupo", onde cruzamos por pessoas, mas não as percebemos. Fui conduzido a analisar a força deste espírito, que posso chamar de "Espírito capitalista" onde valorizamos as pessoas não por sua identidade, e sim por sua produção, não buscamos conhecer e sim obter, não queremos relacionamentos, sim contratos de compra e venda.

Este espírito capitalista ronda nossa sociedade a manipulando, tornando todos os sentimentos que cercam os seres humanos, em apenas objetos de compra e venda. O “espírito capitalista” não ama o individuo, ele ama sim o advogado, o médico, ou o administrador. Para este espírito Somos apenas meros “objetos” e não ” indivíduos”. Passamos a analisar as pessoas pelo bem ou prazer possível que possam nos produzir deixando de lado a responsabilidade do amar o próximo como a nós mesmos.

Este mesmo sentimento, influencia diretamente a igreja contemporânea, e para entender é só ter uma breve percepção realista da forma como o evangelho tem se posicionado nestes últimos anos. O resultado concreto que vemos é uma avalanche de Igrejas de teor triunfalista, onde o sinônimo de benção é definido pelo que possuímos, ou por seus números produzidos, onde na verdade a benção virou Cifras.

Não queremos mais perceber as pessoas ao derredor, muito menos saber os seus nomes ou problemas, é uma distancia proposta pelo “espírito capitalista”, é confortável, e nos livra da responsabilidade do compartir para integrar.

Se pensarmos, quantos “Joões e Marias” cruzam por nosso caminho todos os dias e não notamos, perceberá que fazemos uso constante desta insensibilidade gerada por este sentimento parasita que nos assedia. Quantas vezes nós buscamos pessoas apenas por algum interesse comum ou beneficio ao qual elas nos propõem? Quantas vezes não nos sentimos usados por pessoas que eram originalmente perfeitos representantes deste “espírito capitalista”? Por uma questão de sobrevivência precisamos urgentemente desincorporar esta teologia, onde se excluí um simples “Muito prazer”, substituindo por um “o que pode me oferecer?”.

Com urgência, temos de trocar nossas influencias e leituras, pois se percebermos grande maioria dos livros evangélicos é de origem norte-americana, onde seguramente podemos afirmar que grandes parcelas destas teologias propostas são resultado de uma cultura religiosa que é diretamente influenciada por um pensamento de consumo.

Assim como os EUA é o berço do capitalismo no mundo, grande maioria dos seus teólogos são resultados desta sociedade de consumo. Precisamos ter maior atenção ao que estamos consumindo como informação pratica e influência para nossas liturgias, pois estas futuramente irão formar nossas percepções da vida, e religião.

Precisamos valorizar mais o “ser - humano” ressuscitando em nossas comunidades a vida comunitária, e com isso valorizando a vida cristã na Práxis, não somente a nominalidade. Abandonemos as hipocrisias e sejamos mais amigos ,empáticos e despretensiosos, batalhando por substituir o “o que pode me oferecer?” Por um “muito Prazer!” Paz e bem

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

CURAR ENFERMOS.....................


É muito bom ver como Deus vai moldando e nutrindo a nossa vida no decorrer dos anos. Sempre de novo, vamos descobrindo que sua despensa é muito farta e nunca iremos “consumir tudo” o que ele reserva para nós. Como bem posso testemunhar, ele nunca se cansa de caminhar conosco nessa vereda do discernimento e da maturidade.

Esta série sobre o chamado dos discípulos vem considerando cada uma das dimensões e significados da vocação cristã. Vimos que Jesus chama os discípulos “para estarem com ele”, num claro convite para o estabelecimento de sólidos laços de relação com o seu Mestre. Ao deter-nos no chamado “para pregar o evangelho”, vimos como a palavra de Deus nos alcança de forma redentora nos becos mais escondidos da vida.

A vocação “para curar enfermos”, para a qual olhamos hoje, não consta no texto de Marcos. Porém foi uma marca inquestionável da vocação dos discípulos, assim como do ministério de Jesus. Em Mateus 10.1ss, Jesus envia os doze discípulos e dá-lhes autoridade “para expulsar espíritos imundos e curar todas as doenças e enfermidades”. Marcos, num texto paralelo (Mc 6.7-12), diz que Jesus, “chamando os Doze para junto de si, enviou-os” (v. 7), e “eles saíram e pregaram ao povo que se arrependesse. Expulsavam muitos demônios e ungiam muitos doentes com óleo, e os curavam” (v. 12-13). Os relatos de Lucas evidenciam uma unidade clara entre o que Jesus manda os discípulos fazerem e o que ele mesmo faz. Depois de passar a noite orando no monte e então escolher os doze discípulos, ele desce do monte para encontrar-se com uma multidão, “que vieram para ouvi-lo e serem curados de suas doenças”. E o texto continua: “Os que eram perturbados por espíritos imundos ficaram curados, e todos procuravam tocar nele, porque dele saía poder que curava todos” (Lc 6.12-19).

Os diferentes momentos em que Jesus enviou os discípulos, ou exerceu o seu próprio ministério, deixam claras as marcas da nossa vocação: “pregar o evangelho, curar os enfermos e expulsar os demônios”. São três dimensões ministeriais -- “salvação, restauração e libertação” -- e nenhuma delas deve ser exercida isoladamente; na verdade, uma caminha para dentro da outra. Juntas, elas se constituem em expressão do reino de Deus a irromper na vida cansada, destroçada e perdida do ser humano.

Curar enfermos... tem certeza?
O meu ancoradouro espiritual foi um movimento muito piedoso e rígido; havia muita coisa que um cristão não fazia e com que não se envolvia. Enfatizava-se a conversão, a comunhão cristã e o crescimento na fé, e o instrumento-chave para que isso acontecesse era a pregação do evangelho e o ensino da Palavra. Quanto aos enfermos, devia-se orar com eles e por eles; mas qualquer ênfase ou “espetáculo público” neste sentido era descartado. Orava-se por cura e esperava-se a resposta, mas isso era feito com gratidão, silêncio e discrição.

Quando fui estudar teologia -- e esta era de caráter liberal --, a coisa ficou difícil e tensa. Mesmo querendo apegar-me aos princípios e fundamentos da minha fé, fui confrontado com uma teologia que queria desconstruir essa fé “pietista e infantil”. Sair por aí dizendo que na caminhada da fé os enfermos são curados era algo incabível no universo desta teologia, pois uma das suas maiores dificuldades era lidar com milagres e qualquer coisa que fugisse a processos de racionalização. Milagre tinha de ser explicado e não experimentado.

Porém o convite-desafio a curar os enfermos continuava lá, assim como Deus continuava lá, insistindo em mostrar-me que esta dimensão da cura era importante para ele, para os enfermos e para mim mesmo. Afinal, há tantos doentes ao nosso redor e tanta enfermidade dentro de nós que é impossível imaginar que Deus não se preocupe com os doentes e suas mazelas.

Revisando minha caminhada, percebo duas vertentes que me levaram a agradecer a Deus por querer curar as pessoas. A primeira é o próprio Deus. Eu continuo a ver nas Escrituras que ele se importa com os doentes, e ele insistia em dizer que eu também deveria me importar. Eu percebia que não poderia abraçar uma das expectativas de Jesus -- pregar o evangelho --, enquanto ignorava a outra -- curar os enfermos. Aliás, fui percebendo mais e mais como um dos mandatos de Jesus se encaixa no outro e como precisamos de todos eles se queremos anunciar e experimentar salvação:

Estar com Jesus
Pregar o evangelho
Curar os enfermos
Expulsar os demônios

A segunda vertente é a enorme quantidade de doenças e pessoas enfermas ao nosso redor, sem ignorar o peso que a enfermidade tem na nossa vida e na vida dos que nos são próximos. Basta ver quanto das nossas conversas giram em torno de doenças, quantos remédios temos em casa, quantas vezes nos automedicamos, quantos pedidos de oração por pessoas doentes na igreja. Somos pessoas doentes vivendo numa sociedade doente -- e Deus se importa com isso! Por isso Jesus diz aos discípulos: “Quando entrarem numa cidade... curem os doentes que ali houver e digam-lhes: O reino de Deus está próximo de vocês” (Lc 10.8-9). Agradeço a Deus por ele tocar os doentes com o seu toque restaurador, e nós sabemos que isto pode tomar muitas direções na vida de muitas pessoas. Porém sempre que ele nos toca o reino de Deus está próximo. Paz e bem

E VOCÊ, O QUANTO AMA O MUNDO ?


“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito...”
João 3.16

Imagino que haja muitas objeções a este raciocínio. A primeira se baseia em 1 João 2.15: “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele”. A solução é fácil. Apesar de os dois textos usarem a mesma palavra, “kosmos” (mundo), em João 3.16 ela se refere ao mundo físico ou humano, enquanto em 1 João 2.15 se refere aos valores negativos de um “mundo” pecaminoso. Voltando à pergunta do título, se Deus amou o mundo a ponto de dar seu único Filho, qual é a medida do nosso amor pelo mundo? Surge então a segunda objeção: Será que João não está se referindo ao mundo de pessoas em vez de se referir ao mundo físico?

Ele está falando do mundo de pessoas sim. Aqui, “mundo” claramente se refere aos dois aspectos do mundo criado por Deus: humano e não-humano. Basta ler João 1.9-10. Talvez a conexão entre os dois fique mais clara se considerarmos Romanos 8.18-25, em que a salvação da humanidade e do mundo não-humanos é interligada.

Toda a criação um dia será “salva”, isto é, renovada e recuperada. Porém, de acordo com Romanos 8, esta redenção da criação só acontece depois da salvação dos seguidores de Cristo. E o motivo é que, embora a redenção venha sempre e unicamente de Deus, ele próprio incumbe o seu povo de ser instrumento para anunciar tal redenção. Por isso, o povo de Deus, a igreja, tem um papel importantíssimo na redenção da criação. Certamente, entre outras coisas, isso implica num compromisso ativo que os ecologistas chamam de “conservação”. A palavra preferida das Escrituras parece ser “redenção” ou “renovação”. Basicamente, o que Paulo descreve em Romanos 8 é o que o visionário João fala em Apocalipse quando descreve o novo céu e a nova terra.

Agora talvez já tenha surgido uma terceira objeção à ideia de “amarmos este mundo como Deus amou”.

Afinal, a Bíblia não afirma que este mundo físico, antes do fim dos tempos, se desfará? Então, por que tanto esforço para conservá-lo? Será que a Bíblia ensina que o mundo físico que conhecemos um dia não mais existirá? Vejamos 1 Pedro 3.7 e 12. Ambos os versículos falam da “destruição” por meio do “fogo”, tanto na maioria das nossas traduções quanto no original. Lendo esses versículos isoladamente e fora do seu contexto, só podemos concluir que o mundo físico aguarda, de fato, uma destruição futura total, uma aniquilação e o desaparecimento, assim como o fogo transforma a madeira em cinzas. Porém, o versículo 6 muda esta leitura. Os céus e a terra, isto é, o mundo físico, serão destruídos, consumidos pelo fogo, “da mesma forma” que o mundo físico anteriormente foi destruído pelas águas. Que tipo de “destruição” é essa? Por um lado, tal destruição certamente não é aniquilação, obliteração, e extinção total. Pois, depois do dilúvio, o mundo continuou a existir. Porém, tal destruição não ocorreu sem dor e sem estrago substancial. Portanto, a destruição do dilúvio e do mundo futuro “envolve grande dano, mas não a inexistência”. Outros usos desta linguagem nas escrituras apontam para a ideia de purificação e transformação, um processo doloroso e abrangente (Ml 3.1-4; 1Co 3.12-15).

Isto significa que “novos céus” e “nova terra” não são “outros céus” e “outra terra”, mas céus e terra renovados, da mesma forma que Cristo nos transforma em novos homens e novas mulheres, isto é, não fisicamente em outras pessoas, mas em pessoas renovadas, e assim, em outras pessoas interiormente.

Voltamos à pergunta inicial: Quanto nós amamos este mundo? Quanto amamos a criação de Deus, que ele próprio pretende renovar? Qual é a nossa ação atual de manifestação deste amor?

terça-feira, 17 de novembro de 2009

O TERRENO E AS SANTAS SEMENTES


O que fica à beira do Caminho

Em sua jornada continuará sozinho

Chega até a ouvir a Palavra de Deus que lhe é pregada

No entanto sobre a Verdade continua sem entender nada

E o único arrebatamento que ele experimenta

É o da própria ignorância com a qual a Deus tenta

Consequentemente não experimenta o novo nascimento espiritual

E em sua alma nada acontece de especial

E como desprezou a Palavra em sua mente

O diabo veio e roubou-lhe a Preciosa e Santa Semente

Roubou-lhe também a oportunidade

De ingressar gloriosamente na eternidade

O que se assemelha ao terreno pedregoso

Até parece que vai ter um desfecho mais glorioso

Pois externa uma certa emoção

E se alegra com as boas novas da salvação

Mas o que é um lamento

É que é de pouca duração tão sublime momento

Pois no instante em que chegou a perseguição e a angústia

Contra ele o diabo mostrou toda a sua maligna astúcia

E levantando-se contra a própria Palavra de Deus

Ofendeu-se de ser contado dentre os filhos Seus

Esse também não pode ver Deus agindo na sua terrena história

O que lhe afastou do Caminho no fim do qual receberia a Coroa da Vitória

Mas a Semente cai mesmo em todo lugar

Pois caiu em um “terreno” que tinha espinheiros como pomar

Lugar de muito cuidado e atenção

Onde há até espaço para se fazer uma reflexão

Pois ali foi semeada a Santa Semente

Só que as muitas vozes lhe confundiram a mente

Apesar de ser boa a Palavra há coisas mais importantes a fazer

E duas delas são: a busca do sucesso e o sonho de enriquecer

E assim o diabo percebeu

Que aquele ainda poderia ser seu

E com a glória do mundo a lhe propor

Sufocou-lhe a Palavra de Amor

Assim voltou-se para a intelectualidade

E fechou seu coração para a gloriosa eternidade

Mas, para o semeador, sempre chega o momento esperado

E ele encontra um “terreno” preparado

O arado por ali seu trabalho já exerceu

E toda a terra remexeu

Então a Palavra de Deus é semeada

E é ouvida, acolhida e amada

Abraçando assim a Santa Semente em seu coração

Experimenta uma maravilhosa transformação

Pois a Semente se transforma em uma árvore grande e frondosa

Cujos inúmeros frutos a tornam ainda mais formosa

Pois foi regada pela chuva da Graça de Deus

Sendo contada dentre os filhos Seus

E crendo ser o Evangelho de Jesus da Verdade a revelação

Não desprezou tão grande salvação

Sem perder, portanto, a oportunidade

Recebeu a Vida abundante e ingressou na gloriosa eternidade

MAIS UM GOLIAS


Realmente algumas pessoas marcam nossas vidas, nossos pais, nossos irmãos, namorados, irmãos em Cristo, enfim, por todas as situações de nosso viver estamos rodeados de pessoas.

Por que não falar de nossos amigos de infância, da nossa primeira professora, a primeira namorada? O interessante disso tudo, é que nem sempre as pessoas que cruzaram nossas vidas nos trazem boas lembranças. Isso me traz à memória o primeiro dia no dentista (risos). Estas pessoas as vezes não recebidas como dádivas divinas, que as vezes surgem em nosso caminho como obstáculos, são na verdade as ferramentas de Deus para forjar o nosso caráter.

Em alguns momentos até em ouvir o nome dessas ferramentas, gera dentro de nós um certo desconforto, mas com o passar dos dias, vemos que se não passássemos por tais, a vida não valia tanto ser vivida.

Hoje olhamos, vemos algumas cicatrizes, no momento doloridas, feridas abertas, mas agora apenas marcas sem dor. Claro que lembramos, rimos, nos emocionamos, são apenas marcas que contribuíram para o que somos hoje.

Vem em minha memória a vida de Davi, um homem tão cheio de vitórias, marcas, conquistas, entretanto, no profundo do seu ser entendia que a melhor coisa da sua vida era estar nos átrios do Senhor. Davi, por sua vez, também enfrentou situações que na verdade eram conflitos entre pessoas, e o mais marcante destes conflitos foi com o gigante Golias.

E eu lhe pergunto: Quem seria Davi sem Golias? Para Davi alcançar o que alcançou, ele teve que passar por Golias. Golias pode representar muitas coisas em nossas vidas, temores, complexos, pessoas, situações que achamos que nunca vamos superar. Davi encarou o gigante de frente. Primeiramente sabia que o Senhor era com ele, e em segundo lugar não aceitou a afronta do gigante para com o seu Deus.

Por mais que Saul tentou impedi-lo de lutar, Davi entendeu que aquele era o momento, que o gigante era alguém que o Senhor tinha colocado na sua vida, e ele teria que derrubá-lo.

Isso tudo é uma ótima lição para nossas vidas. Gigantes foram feitos para serem vencidos. Pare de reclamar, de murmurar, de dizer que o gigante é grande demais para você, que sua espada está manchada de sangue. Levante-se, erga a cabeça, saiba que o Senhor dos Exércitos é com você, Ele te chamou para este momento, vença!

O interessante disso tudo, é que Davi tomou para si cinco pedras, para muitos retrata uma questão apostólica, bem cada um com a sua revelação. Para mim Davi tomou cinco pedras, porque sabia que Golias era de uma família de cinco irmãos. Na sua mente dizia ele: Em nome do Senhor o primeiro vai cair, e se vier os demais, certamente cairão também.

Glória a Deus! Entenda que todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam o Senhor (Romanos 8:28), se você realmente ama ao Senhor, descanse, e encare a vida de frente, pois tudo isso está contribuindo com a sua vida.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

DERRUBANDO MUROS


"Pois foi Cristo quem nos trouxe a paz, tornando os judeus e os não-judeus um só povo. Por meio do sacrifício do seu corpo, ele derrubou o muro de inimizade que separava os judeus dos não-judeus." – Ef 2.14

09 de Novembro de 2009 é uma data marcante para a Humanidade. Vinte anos atrás o mundo viu extasiado, como quem sonha acordado, a queda do muro que cercava o Portão de Brandemburgo, na entrada de Berlim Oriental.

Para quem não se recorda dos fatos ou mesmo desconhece a História, Lúcia Hipólito, jornalista da Rádio CBN, resumiu com brilhantismo esse evento sócio-político insano, que não apenas dividiu a Alemanha, dividiu o Planeta. Acompanhe o resumo:

"Em 13 de agosto de 1961, com o acirramento da Guerra Fria e com a grande migração de berlinenses do lado oriental para o ocidental, o governo da Alemanha Oriental resolveu construir um muro dividindo os dois setores. Dele faziam parte 66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas electrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda. Foi também proibido a passagem das pessoas para o setor ocidental da cidade. Checkpoint Charlie, um dos pontos de passagem entre os lados da cidade. A construção do muro – símbolo da separação dos blocos capitalistas e comunistas – não respeitou casas, prédios ou ruas. Policiais e soldados da Alemanha Oriental impediam e até mesmo matavam quem tentasse ultrapassar o muro. Muitas famílias foram separadas da noite para o dia. Pelo menos 80 pessoas morreram, 112 ficaram feridas e milhares foram aprisionadas nas diversas tentativas de atravessá-lo. Sua estrutura chegou a ser reforçada por quatro vezes."

COMO OS MUROS SÃO ERGUIDOS?

Muros são erguidos quando começamos a acreditar que somos melhores que os outros, ou, como pensava Jean Paul Sartre, quando achamos que “o inferno são os outros”.

Quando isso acontece, muros de separação são erguidos não apenas entre cidades ou nações, mas também entre pessoas, instituições e denominações religiosas.

A arrogância, a presunção e a ganância do ser humano são o cimento e as pedras que continuam erguendo muros de separação por toda a parte.

UMA LEITURA CRISTÃ DA HISTÓRIA

Como seguidores de Jesus Cristo, somos desafiados a ver a História da Humanidade da mesma maneira como ele viu e como com ela interagiu. Somos chamados a derrubar novos muros de separação e a mostrar o Caminho Vivo e Novo que pode ser trilhado por todos - Jesus!

Mas como faremos isso? Como derrubaremos os muros externos, se internamente erguemos muros de proteção que nos mantém isolados uns dos outros, alimentando em nós a idéia tola de que somos realmente melhores do que os outros? É, precisamos reencontrar o Caminho da humildade.

Durante a minha formação acadêmica de um bom cristão, dois pensadores foram decisivos para que eu desenvolvesse uma compreensão cristã da vida e da própria História: Merval Rosa e Leonardo Boff.

Com o professor Merval, aprendi que igreja não é um clube social dos ótimos e que não fazemos parte dela porque somos melhores do que qualquer outro membro da sociedade, mas, tão somente, porque tivemos a graça de sermos achados por Cristo.

Com Boff, aprendi que o único caminho que o ser humano, especialmente o ser humano cristão, é chamado a trilhar é o da humildade. Bater no peito e dizer – como Fernando Henrique disse com Lula “eu não sou igual a ele” – além de ser deselegante, é também uma grande tolice, visto que somos humanos e nada do que é humano nos é indiferente, como bem declarou Publius Terêncios (170 a.C.).

Observe as palavras do apóstolo Paulo aos Efésios: “Pois foi Cristo quem nos trouxe a paz, tornando os judeus e os não-judeus um só povo. Por meio do sacrifício do seu corpo, ele derrubou o muro de inimizade que separava os judeus dos não-judeus.” – Ef 2.14

Cristo nos trouxe a paz, derrubando muros de inimizade.

Aproveitemos, portanto, as comemorações dos vinte anos da queda do muro de Berlim, para derrubar os muros de separação que por desventura carregamos na alma. Vamos reencontrar aqueles que para nós mesmos dissemos não querer saber nunca mais e tornar o acesso livre novamente. Com o martelo do perdão e do amor podemos fazer muito mais do que com o cimento e as pedras da arrogância e da presunção. Afinal, o muro de separação não priva apenas de quem está do lado de lá, mas quem está do lado de cá também . Paz e bem

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

BARTIMEU OU ZAQUEU ?


Assim como qualquer meio em que vivemos, sempre existem os paradoxos, as discrepâncias. Não era para ser assim, mas dentro do Reino de Deus, por sua vez existem coisas que realmente não posso entender. Estas irregularidades, já existiam desde os tempos mais remotos.

Pois bem, para melhor entendermos o quero transmitir, reportemo-nos para dois milagres, a cura do cego Bartimeu e a conversão de Zaqueu, por sinal, aconteceram quase que próximos um do outro, nas regiões de Jericó.

Bartimeu, muito interessante, embora cego, viu o que ninguém viu em Jesus, ele viu Jesus como filho de Davi, para muitos uma forma de pedir esmolas, até podia ser, mas ele declarou que Jesus era o Messias, se era filho de Davi, então era o herdeiro do trono de Davi. Clamando, faz com Jesus o atenda, e por fim curado da cegueira.

Zaqueu, por sua vez, desprezado por seu ofício de publicano, mas com um tremendo interesse em conhecer quem era Jesus. Correndo a frente da multidão, sobe em uma árvore e espera o que vai dar. Jericó, a cidade dos suaves perfumes, era rica em vegetação, muitas árvores, e Jesus para exatamente sob a árvore onde há um homem que queria conhecê-lo. Chamado por seu nome, ele desce com alegria, e ao encontro com Jesus ele confessa seus erros, promete restituição a que tivera defraudado, exatamente como dizia lei.

Até aqui nada de mais, nada de incrível, nada revelador, duas situações envolvendo Jesus Cristo e dois homens com vidas bens distintas. Mas, ao ler sobre a reação daqueles que estavam como testemunhas destes dois milagres, algo me salta ao coração.

Com a cura de Bartimeu, diz-nos o texto que toda a multidão vendo o que acontecera ia louvando a Deus pelo caminho.

Com a conversão de Zaqueu, a reação da multidão foi de murmuração, o texto diz que todos murmuravam porque Jesus iria hospedar-se na casa de um pecador.

Exatamente isso que acontece, nos milagres muito louvor, muita festa, já na conversão murmuração, reclamação, biquinhos e testas franzidas.

E a grande pergunta é esta: qual dos dois realmente garantiram salvação? Bartimeu ou Zaqueu?

Hoje vivemos uma igreja que é voltada exatamente para necessidades, para os milagres, não que isso seja pecado, não, mas não passam de milagres. Não nos alegramos mais com a conversão, a confissão de pecados tornou-se algo fora de moda, restituir o que foi defraudado, não tem nada haver. Nossos púlpitos estão fartos de promessas de cura, riquezas, farturas, e longe de arrependimento, de confissão. Arrependimento não dá ibop, milagres lotam estádios.

Quando perdemos a noção do pecado, perdemos também a alegria do perdão.

O Reino de Deus tem alegria? Sim! Mas primeiro é justiça, depois a paz, e por fim a alegria. Muitos vivem sem paz, porque querem somente a alegria do Reino, não sabendo, ou não sendo levados a entender, que o gerador de paz e alegria é a justiça.

Se não mudarmos radicalmente nossas pregações, conselhos, sermões, nossos filhos não saberão o que realmente é o Reino de Deus.

Reflita nisso, seja ousado, seja um profeta nesses dias.

NÃO SE ENGANE


Falsas esperanças faziam parte dos discursos dos falsos profetas na época em que Jeremias viveu (Jr 14:13-15). Anunciavam "paz, paz", quando não havia paz nenhuma (Jr 6:13-14). Curavam superficialmente a ferida do povo oferecendo band-aid, quando era necessária uma profunda cirurgia.

O profeta Hananias espalhava falsas esperanças ao povo, pois anunciava que o cativeiro seria apenas uma breve temporada de dois anos (Jr 28: 2-3). Esta era uma grave mentira (Jr 28:15), pois o cativeiro durou 70 anos (Jr 25:12). Os falsos profetas ofereciam falsas esperanças até aos sacerdotes (Jr 27:16), que detinham o controle religioso naquela época. Jeremias, pelo contrário, não oferecia falsas esperanças ao povo. Quando estavam no cativeiro, enviou-lhes uma carta deixando bem claro a situação que teriam que enfrentar lá no cativeiro (Jr 29: 5-10), e só depois de 70 anos retornariam à terra natal.

Nós também, como porta-vozes do Senhor, não devemos anunciar falsas esperanças. Não devemos anunciar palavras que o Senhor não nos autorizou a anunciar (Jr 29:23). É impressionante como falsas esperanças estão sendo espalhadas nos púlpitos hoje em dia. Os chamados pregadores da prosperidade enfeitam sua mensagem com esperanças vazias, que servem para entreter os auditórios lotados. Portanto, temos que remar contra a maré e anunciar a verdadeira mensagem do Senhor, que em nenhum momento apresenta falsas esperanças a ninguém.

Jesus Cristo nunca ofereceu uma mensagem recheada de vãs esperanças. Ele foi incisivo ao apresentar o custo do verdadeiro discipulado. Tomar a cruz dia a dia e seguir a Cristo não é algo agradável e prazeroso (Lc 9:23), mas é o único caminho para agradar a Deus. O escriba aproximou-se oferecendo o seu serviço, mas Cristo disse: “As raposas tem seus covis e as aves dos céus, ninhos. Mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça” (Mt 8:20). Cristo não ofereceu falsas esperanças ao jovem rico que se mostrou empolgado querendo saber o que fazer para ser salvo. Ele ofereceu o caminho da renúncia, não o caminho de promessas fáceis. Diante de Nicodemos, a proposta de Jesus Cristo foi considerada estranha (nascer de novo!), mas não estava carregada com pitadas de esperanças irreais.

Qualquer que seja o momento, não devemos incorrer no erro de oferecer esperanças vazias a quem quer que seja. As pessoas precisam saber que a única esperança real é aquela que a Bíblia apresenta, o que passar disso é pura ilusão. A esperança bíblica oferece um alicerce confiável que não trará frustração e desânimo. O homem precisa enxergar que somente na Palavra de Deus irá encontrar a verdadeira esperança, e nós, como porta-vozes do Senhor, devemos apresentar esta mensagem de forma transparente.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

PELA PAZ

...sou pela paz

A paz é tão mais
que ausência de guerra,
de balas perdidas,
assalto, seqüestro
e ataque homicida.
A paz é maior
que um mero conceito
gravado em cartazes,
cantado em frases
ou fotos no peito.
A paz, é respeito!

Por quê não dizer
bom dia, obrigado,
pedir por favor,
tratar gentilmente
o humilde e o doutor?
E ter compaixão
por cada vivente,
se bicho, se gente...
Ao pão e ao carinho,
todos têm direito.

E sem preconceito!

Qualquer seja a raça
ou terra de origem,
qualquer seja a crença...
A paz vai além
de vãs desavenças.
E alcança a grandeza
que irmana, congrega,
comparte, abençoa,
não fere ou magoa,
nem busca proveito.
Amar, é o preceito!

É lei que constrói,
em cada detalhe,
com coisas singelas,
presente e futuro
serenos, seguros.
E não suja a vida,
recicla, preserva,
protege a existência
das obras de Deus.
O amor tem sapiência.
O amor é o princípio;
a paz... Consequência.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

ELES SE DIZEM CRISTÃOS.......


Estão chamando de sensatez ao relativismo
Chamam de amor a licenciosidade
Ao liberalismo chamam de liberdade
A ausência de convicção chamam de equilíbrio
Estão chamando evangelização de proselitismo
Chamam de razão a negação da Verdade
Ao ser humano chamam de deus
Enquanto rebaixam Deus a um mero conceito
Sábios aos seus próprios olhos
Loucos aos olhos de Deus
Suas almas se tornaram vãs como suas vãs filosofias
Amam o mundo e o que no mundo há
Não é que não tenham esperança na volta de Jesus
Na verdade não desejam que Jesus volte
Na verdade, na verdade, nem esperam que Jesus volte
O que aspiram é uma experiência cósmica
Anseiam por encontrar um deus que não é Deus
Só desejam a si mesmos
O deus deles é o próprio ventre
Seja o ventre localizado na região abdominal ou na cabeça
Estão chamando de espiritualidade a intelectualidade
A filosofia chamam de “Nossa Mãe”
E ao pensamento humanista de “Nosso pai”
Dizem que o Absoluto é um absurdo
Mas vivem o absurdo de sua própria obstinação
Chamam a incredulidade de inteligência
E ao pecado chamam de virtude
Se vangloriam da argúcia de suas mentes réprobas
No espelho são Narcisos
Na doçura de suas palavras há veneno
Vestem-se de almas piedosas para disseminarem suas fábulas
Vestem-se de ministros de justiça à semelhança que Satanás se transforma em anjo de luz
Pois a luz que há dentro deles são densas trevas
A esses cabe a denúncia de Cristo: “Vocês têm por pai o diabo, pois satisfazem os desejos dele”
Entorpecem as mentes de seus ouvintes enquanto lhes roubam as almas
Esses são da Sinagoga de Satanás
E ao se dizerem cristãos se fazem duplamente mentirosos
São capazes de acender uma vela para Deus e outra para o diabo
Mas nesse caso só a do diabo é que permanece acesa
Possuem lâmpadas sem azeite
Dormem o sono da insensatez
Talvez acordarão com o brado do Anjo: “Eis que o Noivo já vem!”
Mas para eles será o início de um tempo de terror
Pois chamaram a mentira de Verdade
E deram as costas ao Salvador
Professam a Graça ao mesmo tempo em que a ultrajam
Usam da Palavra para negá-la
Afastam os sedentos da Fonte que pode saciá-los
Antes tivessem amarrado uma grande pedra ao pescoço e se lançado nas profundezas do mar
Que estar a desviar os “pequeninos” do Senhor
Pois se chamam as trevas de luz
Certamente a morte eterna lhes será o destino
A não ser que se arrependam e retornem para Jesus
Cessem de combater a fé
E se engajem no bom combate da fé e pela fé
Quem sabe assim o Senhor tenha misericórdia deles e lhes dê uma nova chance. Paz e bem

A ESPERANÇA QUE BROTA DO ESPIRITO


Não fosse a esperança e a certeza de um dia ser cheio de Deus a vida seria apenas desespero. Bendita esperança, conforto e consolo que brota do Espírito Santo.

A mídia fala sobre a angústia e a ansiedade que domina e desespera dependentes de drogas. Na verdade dependentes do prazer que drogas proporcionam. Fala-se de tráfico e venda de drogas, mas na verdade está se falando sobre o tráfico e a venda de prazer, uma perna do comercio do prazer.

Quis o Senhor que eu conhecesse o amor. Não me pergunte por quê. Não tenho a resposta. O fato é que numa noite extraordinária conheci o Amor e dele fiquei dependente. Viciado e dependente do prazer que Ele proporciona.

Prazer e prazer podem ser são coisas distintas. O prazer que flui de Deus não destrói, não mata, é santo, imaculado, amor. Maior que a soma de todos os prazeres terrenos. Imagine-se pleno de Deus transformado em um único sentimento, amor, amando a tudo e a todos com seu corpo inteiro cheio de uma energia indescritivelmente prazerosa. Prazer bendito. Êxtase santo. Arrebatamento.

Jamais imaginei ou busquei por aquela experiência. Naquela madrugada, ainda remoendo indignação com amigos de outros caminhos, navegando nas escrituras, tudo aconteceu. Uma única vez, nunca mais.

Regressar ao mundo é uma realidade terrível. Interesses, dissimulações, fachadas, desamor, línguas muitas vezes doces, mas cheias de veneno, maldades sem fim.Paz e bem

sábado, 31 de outubro de 2009

É GOSTOSO VIVER NA " GRAÇA "


Certo dia Simão recebeu em sua casa Jesus e seus discípulos, Lázaro e suas irmãs (Mt 26.6-13). Eles chegam com os pés empoeirados, os rostos desidratados e cansados da caminhada. Seis dias antes da Páscoa o clima era tenso e reticente. Jesus já havia anunciado a sua morte. Subitamente, entra na cena Maria que quebra um frasco de perfume e dá um banho em Jesus da cabeça aos pés! A macharada fica indignada pelo desperdício!

Maria quebra a rotina sisuda com um gesto de graça. Esta mulher adora para além do culto, da fala, da música. Ela ama para além das palavras: ela ama com gestos!

Maria enxerga no Messias uma pessoa e não uma função
A palavra Messias carrega todo o peso de uma função, da tarefa, da missão de Jesus. Ele é o Ungido de Deus que traria salvação para a humanidade! Mas para Maria da Graça, o Messias é para além disso: ele é gente merecedora de afeto, alvo de bondade! Ele não é uma máquina fria, um andróide, um robocope. Ela olha para Jesus e não vê uma coisa utilitária; Maria vê gente!

Em nossa cultura do descartável, do utilitário, do consumismo nós acabamos coisificando as pessoas, definindo-as por suas tarefas simplesmente: marido, pastor, advogado, gari, faxineiro, estudante... O resultado é que nos tornamos intolerantes, muito exigentes e insensíveis às carências do outro. Somos ágeis nas cobranças, enchemos o outro de tarefas, criticamos e não exercitamos os gestos de afetos!

Na casa de Simão alguém poderia ter dito: “Ele é Deus, Maria, não vai sentir falta de demonstração de carinho”. Mas Maria pensa diferente! E Jesus também. No versículo 10 ele diz: “Ela praticou uma boa ação para comigo”. Jesus se surpreende, Jesus se alegra.
Nesta cena Maria nos convida a olharmos para além do que as pessoas representam (perssona), para além dos seus papéis e enxergarmos ali humanos. Somente aí é que podemos ter uma relação de tolerância, ternura, bondade e praticarmos o amor!

Em Maria a graça é cheiro que faz memória
O perfume tem o poder de marcar época, de registrar momentos, de guardar memórias.

Este mesmo episódio narrado pelo evangelista João no capítulo 12.3 diz que “a casa inteira ficou cheia do perfume do bálsamo”. Eu imagino que depois daquela cena todos guardaram aquele perfume na memória de alguma maneira: alguns lembrariam como desperdício, outros, como exagero de mulher e Cristo lembraria como o perfume da graça. E quem sabe se aquele cheiro não acompanhou Jesus até o Getsêmani, até a cruz, até a volta para o Pai!

Jesus diz para aqueles que tentaram desmerecer o gesto de Maria: “Eu lhes asseguro que em qualquer lugar do mundo inteiro onde este evangelho for anunciado, também o que ela fez será contado, em sua memória”.

Maria me chama para fazer história com o perfume da graça; ela me inspira a fazer memória nas pessoas com gestos de delicadeza e doçura.

O conselho da Maria é: não subestime os pequenos gestos, eles podem ser, mesmo que você não fique sabendo, âncora de fé para as pessoas; um sinal do amor de Deus para o próximo. Maria nos chama para uma comunidade onde nós exercitamos os gestos; uma comunidade de gente de carne e osso que trocam olhares, acenos, afetos, abraço, gentileza, bom dia, cordialidades, solidariedade, afagos, o compartilhar, o ombro amigo. Que sejamos lembrados pelo amigo que fomos, pelo carinho que fizemos, pelo amor que compartilhamos, pelo perfume que espalhamos.

Em Maria a graça perde as contas
Os discípulos fazem cálculos, colocam na ponta do lápis: “por que este desperdício? 300 denários!” Maria foi exagerada! Ela não calculou direito. Quebrou o gargalo do frasco e despejou todo o perfume na cabeça de Cristo. “Não exagera, Maria! Por que tanto?"

É porque a graça não sabe ser de outro jeito, a graça é assim: não sabe contar ou não quer contabilizar, a graça é ruim de matemática; a graça não é justa - a justeza da graça é ser ela flexível, misericordiosa!

Os últimos serão os primeiros. O filho pródigo que desperdiçou parte da herança é recebido pelo Pai com festa. Aquele que trabalhou apenas 1 hora ganha o mesmo valor de quem trabalhou o dia inteiro. Deus diz que vai destruir a cidade de Nínive e Jonas vai anunciar meio a contra gosto, a cidade se arrepende e Deus muda de idéia – coisas da graça!

Maria despeja na cabeça de Jesus um perfume caríssimo que correspondia a 1 ano de serviço de um trabalhador braçal! Maria é generosa na sua demonstração de afeto! O afeto vale o preço!

Precisamos aprender com Maria a sermos mais generosos para atender o outro mesmo que isso nos custe alguma coisa, ou muita coisa! Quanta gente está precisando, dentro e fora da igreja, daquilo que nós temos com fartura: seja conhecimento, seja dinheiro, sejam habilidades, seja carinho, sejam roupas, calçados e pão! Maria me chama para uma comunidade onde devo perder a conta para abençoar o outro - uma comunidade onde não se sovina a bondade, uma comunidade de graça desmedida! Paz e bem

SE VOCÊ ME OUVISSE


Se as minhas palavras chegassem aos seus ouvidos, você saberia que o brilho dos seus olhos ilumina minha vida e que o seu sorriso é um bálsamo para a minha alma.

Se, por acaso, você atentasse seu coração para minhas palavras, entenderia que o corpo vale mais do que as roupas; o saber é mais precioso do que o diploma; a essência é incontavelmente maior do que o "status".

Se você não me negasse alguns minutos do seu tempo, teria sensibilidade para compreender que gaguejo quando tento abrir os portões do meu ser para outra pessoa, mas isso não a impede de entrar.

Se seus olhos me enxergassem, você me consolaria quando eu lhe dissesse que, por ter consciência de que sou apenas pó, me envergonho de mim mesmo. Quero fugir das minhas limitações. Anelo viver uma noite eterna, repudio a chegada do amanhecer.

Se meus convites implorando uma esmola de atenção tivessem sido atendidos – pelo menos por uma vez – eu não teria de guardar para mim mesmo a tristeza do não-ser, a saudade de um sonho, nem o riso que foi abortado da minha face fértil de lágrimas.

Se você quisesse dividir um pouco das angústias de sinto, o vazio que me enche poderia ter se esvaído e dado lugar para um mar de ternura.

Se eu não fosse motivo de aversão, você saberia que perdi noites por sua causa; comunguei do seu pranto; aguardei sua bonança; torci por sua vitória; aplaudi sua chegada ao pódio, mas não fui convidado para a festa.

Se eu não me sentisse invisível diante dos seus olhos, você perceberia que meu coração tenta escapar da caixa torácica toda vez que minha visão lhe enxerga. Você teria noção que tento exaltar minhas virtudes para que eu lhe seja útil. Tento abafar meus defeitos, purificar meus erros, contornar meus atos.

Se você me ouvisse por uma vez, desenvolveria o dom de entender meu silêncio. Me calo quando as palavras não conseguem traduzir o que habita no espírito. Não gosto de jogar frases ao vento. Falo apenas o que considero importante – mesmo sabendo que, muitas vezes, minhas falas ficam presas no ar, aguardando quem as entenda...

Entretanto, você não quer me ouvir! Minhas palavras lhe incomodam; minha presença lhe constrange; minhas ideias lhe assustam; meus desejos lhe atormentam! Cabe a mim, portanto, conter a minha voz. Estou decidido. Não falo mais! A decisão é dolorosa, mas sensata. Escondo na parte mais profunda do íntimo do meu ser o tesouro que quero lhe entregar – mas você insiste em chamar de lixo… Paz e bem

E AS FAMILIAS ?


Não tenho respostas e nem alternativas para responder tal pergunta. Sou sabedor, que em tempo algum da história, houve casamentos ou famílias perfeitas; logo, não passamos de simples pecadores mortais. Mas, pouco se faz, para ajudar manter um casamento estruturado e uma família equilibrada. Deus tem as ferramentas e, passou às nossas mãos, para que com as quais, possamos ajudar a ajustar a célula mater, a familia. A propósito, citaremos algumas passagens das Sagradas Escrituras:

"Quando edificares uma cas nova, far-lhe-ás, no terraço, um para- peito, para que nela não ponhas culpa de sangue, se alguém de algum modo cair dela" (Dt 22.8).

Acredito, que nós a certos momentos, somos culpados. Quando as oculpações pastorais nos escravisam, e, então, falhamos, exatamente naquilo que Jesus quis que fizéssimos: "Apascenta os meus cordeiros; 'apascenta as minhas ovelhas". Às vezes, são as próprias familias, por não ter ainda quebrado aquele velho tabu: "Ter medo de conversar com o seu sacerdote ou conselheiro espiritual", sobre o assunto. Concordo com elas, pois temem, de está colocando seus problemas em um saco furado e a conversa do gabinete ser repassada no púlpito indiretamente. E, ao invés de sarar, almenta mais a ferida.

A família precisa de cura. Satanás tem intencificado sua cruzada maligna contra o casamento e o equilíbrio da família. As estatisticas são de assombrar: Nos EUA, entre 100 casamentos, 60 terminam em divórcio; 35 não se separam por falta de coragem; dos 5 casamentos que se salvam, 3 são suportáveis (ruim com ele (a), pior sem ele (a), dá pra suportar! No Brasil, entre 4 casamentos, 3 terminam em separação; e nos países latinos, não deve ser diferente à realidade americana.

As causas destes disturbios são os mais variáveis: Às vezes, as feridas das famílias não são mostradas à sociedade, aos amigos, aos filhos ou à igreja. O casal sofre sozinho, ninguém sabe, só os dois conhecem a situação; o casamento está à beira de um colapse, à margem de uma decisão: Do continuar, ou, o de quebra de aliança. O sofrimeento é maior ainda, nas famílias que não seguem a Jesus Cristo; são como feridas purulentas, como granguena que vai devorando, levando à loucura, desespero e finalmente à morte. Neste momento, o amor deve falar mais alto. O amor, é ceder mais que querer; o amor, é um eterno aprender. Ele e somente ele, dá forças pra seguir, tira da aflição e mostra o caminho onde ir.

As famílias que seguem a Cristo, tem também seus sofrimentos. No casamento em Caná de Galiléa, mesmo com a presença de Jesus aconteceu um desconforto, faltou vinho. A falta daquele líquido, trouxe um certo incômodo aos noivos, mesmo o Mestre estando presente; mas graças a Deus, Ele estava lá. Entendo, que mesmo Jesu estando na família, podem acontecer algo desconfortável: Perdas, doenças, decepções, desastre etc. Mas estas feridas, nas famílias cristãs, é como ferida limpa que dói, sangra, mas sara. E com o tempo, só restam cicatrizes. O sofrimento do crente não dura a vida toda.

A figura da casa, em Dt 22.8, pode bem, representar a família, que, com o início do casamento, precisa ser edificada e super protegida com o parapeito da oração, comunhão com a Palavra, jejum, culto domestico (muito raro hoje), consagração, conscientização do certo e do errado, diálogo etc. Os avós, mesmo não influenciando diretamente na nova família, podem ajudar na sustentação espiritual (quando consultados), dedicando-se a eles como Lóide, avó de Timóteo, que possuia uma fé não fingida (2 Tm 1. 5).

É possível, nestes tempos trabalhosos, ter uma família equilibrada. Basta viver dentro dos parâmetros das Escrituras Sagradas, em constante oração. Leia (Ef 5. 22-29; 2 Tm 3. 1-9).

ESTAMOS ORANDO PELA SUA FAMÍLIA.Paz e bem

terça-feira, 27 de outubro de 2009

O SOM RETUMBANTE DA LIBERDADE


Uma grande luta que se trava na história da humanidade diz respeito à liberdade.

Povos subjugados lutaram para serem livres e independentes; escravos aspiraram pela liberdade dos grilhões que os prendiam; pessoas da raça negra lutaram contra as imposições e humilhações do segregacionismo e todo tipo de preconceito, os quais lhes roubavam a liberdade de ser; mulheres lutaram em prol da liberdade de ser, opinar e realizar, diante de uma sociedade machista que sempre desconsiderou, desmereceu e anulou as pessoas do sexo feminino.

Lutas por direitos iguais; lutas pela liberdade de expressão; lutas pelo direito de ir e vir; lutas pela liberdade e o direito de fazer as próprias escolhas e tomar suas próprias decisões.

A liberdade é com certeza um dos motivos e razões mais marcantes nas lutas registradas na história da humanidade. É o grande tema da saga humana.

No entanto, embora a luta pela liberdade seja legítima, ela gerou, pelo menos, outras duas situações no processo histórico da humanidade:

1) Uma luta pela liberdade a qualquer preço. Sob o lema “Liberdade a qualquer custo” muita guerra, muitos confrontos, muito sangue e muita morte, passaram a fazer parte de uma estatística cruel da história humana;

2) Diz respeito à manutenção da liberdade e o medo de perdê-la.

Essas duas situações geraram outro tipo de escravidão: A escravidão da violência tanto quanto do medo e do liberalismo.

Ou seja, a busca da liberdade passou a justificar toda e qualquer violência; o medo de perder a liberdade tornou as pessoas mais presas dentro de si mesmas e mais rápidas em externar agressividade; e o não saber lidar com a liberdade deram vazão à libertinagem.

As pessoas passam a “viver” para destruir as ameaças, para se defender de tudo que seja imposição e associa-se a isso uma vida desenfreada na busca de satisfazer os desejos.

Na verdade a agressividade é uma paranóia na defesa da suposta liberdade; o medo é um trauma que adveio do tempo em de escravidão, o que também representa uma denúncia do escravo que ainda existe dentro de nós; e o liberalismo é uma distorção do que é realmente liberdade.

A partir daí o jugo da escravidão não estava mais sobre os lombos, mas agora estavam sobre a alma.

Pela liberdade o ser humano se armou e se prontificou para a guerra; pelo medo de perder a liberdade o ser humano se transformou numa ameaça para a própria raça; por não saber lidar com a liberdade o ser humano se tornou escravo dos seus desejos e paixões.

Livres das gargantilhas, braceletes e tornozeleiras da escravidão, os seres humanos se prenderam a terríveis grilhões e correntes em suas almas.

De carregados que estavam passaram a ficar sobrecarregados.

Os seres humanos não estão tão cansados fisicamente quanto o estão na alma.

Não é à toa que os livros mais vendidos de são os de auto-ajuda, a profissão mais em alta é a que trabalha com o Divã e as doenças mais frequentes estão ligadas à depressão e ao desânimo em viver.

Na verdade as pessoas estão cansadas e sobrecarregadas com as guerras, com o medo e com o liberalismo. Elas só não abandonam estas “coisas” e não mudam porque ainda são escravas.

Se a vida parecia ganhar algum sentido quando se estivesse livre do jugo que estava sobre os lombos, ela perdeu todo o sentido quando se descobriu que havia um jugo ainda mais pesado sobre a alma.

É nesse momento que retumba o som libertador do convite de Jesus, o Cristo: Venha a mim toda pessoa que está cansada e sobrecarregada. Esse convite de Jesus, tanto denuncia que a liberdade pela qual todo ser humano anseia não está fora, mas dentro dele, quanto revela que ela só é possível de ser alcançada com a ajuda de Deus.

Só Deus, por meio de Seu Filho, Jesus Cristo, pode arrebentar os grilhões e correntes que aprisionam a alma humana – “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo. 8.36).

É bem verdade que toda espécie de jugo e escravidão é inconcebível, mas certamente, o jugo e a escravidão da alma é a pior e mais terrível espécie que aprisiona todo ser humano.

Portanto, toda pessoa que estiver cansada e sobrecarregada em sua alma, venha logo a Jesus e assim seja aliviada e plenamente liberta de toda e qualquer escravidão.

Caso alguém que esteja lendo este texto esteja cansado e sobrecarregado em sua alma eu digo:

Onde você estiver escute o convite de Jesus, aceite-o e receba a verdadeira libertação.

UMA PALAVRA AOS LIDERES


Hoje em dia vivemos em mundo aonde se faz necessária uma adaptação tanto às coisas como as pessoas ao nosso redor. Uma constatação que é feita e chega a ser pessimista é o fato de que o mundo como conhecemos hoje, amanhã poderá ser totalmente diferente. Uma guerra pode eclodir a qualquer momento afetando todos os setores, uma tragédia relativa à natureza pode surgir e destruir povos, a queda da bolsa de valores pode afetar todo o sistema político econômico de uma nação ou até um continente, provocando de riqueza a miséria completa, sem falar nas inovações tecnológicas que deixam tudo cada vez mais ultrapassado.

Até o presente momento citei fatos que podem acontecer no âmbito mundial, e o que dizer dos fatos que acontecem no âmbito individual? Pessoas que sofreram perdas emocionais, grande o suficiente para desencadear depressões avassaladoras; morte de ente querido, de uma pessoa bem próxima, esposa(o), filhos; um acidente, um assalto, sequestro, roubo, estupro, traição, desemprego, dividas a pagar, família a sustentar sem um meio para isso, enfim com toda a certeza não dá para citar aqui, pelo pouco espaço em folha, todos os males que pode ocorrer na vida de qualquer pessoa, seja ela quem for. A questão ou a pergunta que temos que responder é a seguinte: "...da onde que virá o socorro?"

Precisamos responder esta pergunta como o salmista respondeu: “O socorro vem do SENHOR que fez o céu e a terra. Não deixará vacilar o teu pé; aquele que te guarda não tosquenejará. Eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel. O SENHOR é quem te guarda; o SENHOR é a tua sombra à tua direita. O sol não te molestará de dia nem a lua de noite. O SENHOR te guardará de todo o mal; guardará a tua alma. O SENHOR guardará a tua entrada e a tua saída, desde agora e para sempre”. Sl 121. 2-8.

As pessoas hoje estão precisando conhecer o Jesus que transforma corações atribulados, angustiados em corações alegres e que depositam sua confiança naquEle que pode todas as coisas e faz conforme sua vontade. Nós temos esta mensagem impactadora, nós temos a salvação! Precisamos repassar isso à comunidade ao nosso redor que necessita desesperadamente de uma luz, pois quem não está com Cristo está perdido! (Rm 3.23; Is 53.6)

A proposta dos evangelhos não é sanar os problemas da humanidade e nem muito menos resolver os problemas que as pessoas têm, mas sim mostrar e apontar para Jesus, através da sua palavra, que Ele pode resolver os seus problemas conforme o seu querer.

Grupos acolhedores e amigáveis, essa deve ser a proposta de nossas igrejas, um lugar onde as pessoas poderão se reunir, compartilhar experiências e crescer no conhecimento e na graça do Senhor através da comunhão.

Líderes acordem para a tão grande missão que os espera, anunciar Cristo num mundo desiludido na busca do autoconhecimento para enriquecimento da carne e de coisas materiais não sanando as necessidades do espírito.

Para anunciarmos Cristo neste mundo as pessoas procuraram exemplos a serem seguidos. Para sermos esse exemplo precisamos estar com nossa vida no altar de Deus, procurando sempre crescer no conhecimento e graça salvadora de Cristo e não dando espaços para que a nossa vida seja motivo de afastamentos de outras pessoas por meio do nosso mal testemunho.

Líderes de Atitude, uma geração que mudará a cara da nossa comunidade, um exemplo a ser seguido pelos crentes e não-crentes. Iniciaremos uma caminhada rumo ao aperfeiçoamento em Cristo Jesus, no qual nos fará crescer nele mesmo!

Glorias a Deus que sempre nos faz triunfar em Cristo!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

ORAR A TODO TEMPO


"Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo" (Tiago 5. 16).

Todos nós passamos por momentos de sofrimento, tendo Jesus nos alertado sobre isso, quando disse: "No mundo passais por aflições; tende bom ânimo, eu venci o mundo" (João 16. 33).

Também já dissemos, em data anterior, que "vida cristã" não é certificado de imunidade contra dissabores. E já mencionamos que a Palavra de Deus, a Bíblia, nos assegura que "Deus envia chuva sobre bons e maus" (Mateus 5. 45).

A Escritura Sagrada nos afirma que "muito pode, por sua eficácia, a oração do justo" (Tiago 5. 16); e ela nos orienta a "Orar sem cessar" (I Tessalonicenses 5. 17).

O orai sem cessar é a atitude santa que devemos adotar, não só por ser uma orientação sábia de Deus, mas por nos trazer constante certeza de que estamos em comunhão com o Senhor. Isso porque sabemos que dEle dependemos, porque o amamos, e essa nossa submissão deve ser em oração e em ação, isto é, "tudo o que fizermos, devemos fazer para a glória de Deus".

Há até um texto bíblico que diz: "Quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus" (I Coríntios 10. 31).

Temos convicção de que Deus ama essa comunhão conosco, e que está atento às nossas petições, pois Ele quer o nosso bem. E, ainda, para termos vida em abundância [no tempo e na qualidade], como é desejo dEle, é que devemos, em qualquer tempo, em qualquer lugar, procurar a sua ajuda, buscar a sua orientação em oração.

Também é importante que estejamos em comunhão com os demais cristãos, orando uns pelos outros, o que, aliás, é costume entre nós: os seguidores de Jesus. Trata-se de obediência a Deus, pois Ele nos aconselha assim através do versículo acima enunciado.

A dependência uns dos outros, no amor e na graça de Deus, nos dá segurança, nos dá a alegria de podermos não só ajudar aos que necessitam de suporte, mas também de podermos contar com esse consolo nos momentos difíceis.

Foi gratificante para nós, quando passamos por um deserto, no ano de 2007. Percebemos que, durante todos os momentos de aflições, recebíamos contatos carinhosos de pessoas amadas [telefonemas e visitas]. Essas pessoas estavam orando por nós, e ainda se disponibilizando para uma ajuda, que sempre é bem vinda, por mais simples que possa ser.

E, apesar dos momentos nebulosos terem passado, a atenção, o cuidado e o amor não cessaram, provando o amor de Deus nos corações.

Assim como amamos e apreciamos estar na dependência de Deus, também amamos o estar recebendo o carinho daqueles que nos amam como irmãos em Jesus. E, temos testemunhado, que só agem dessa maneira os que têm comunhão com Deus e com os domésticos da fé.

Que Deus abençoe a todos.

ANCHIETA APOSTOLO DO BRASIL


Neste mês de outubro, consagrado às missões, destacamos um dos missionários mais importantes na História do Brasil, logo no seu início de colonização.

A devoção ao padre José de Anchieta, um dos fundadores da cidade de São Paulo, e cuja festa é celebrada no dia 9 de junho, vem aumentando desde sua beatificação. A CANAN < Associação Pró-Canonização de Anchieta < recebe mensalmente centenas de cartas com relatos de graças alcançadas.

Entre a Praça da Sé, Ladeira Porto Geral, ruas e vielas do centro antigo de São Paulo, encontra-se o Pátio do Colégio (foto). Um conjunto arquitetônico, histórico e religioso em estilo colonial, que começou a ser erguido com a construção de uma cabana de pau-a-pique, em 1554, e onde no dia 25 de janeiro do mesmo ano foi celebrada a primeira missa de fundação daquela que viria a ser a maior cidade brasileira.

Hoje, no local, é possível fazer uma verdadeira incursão à vida e obra de um de seus principais fundadores, o bem- aventurado padre José de Anchieta, beatificado em 1980 pelo papa João Paulo II. No museu, que leva o nome do beato, o visitante pode conhecer obras de grande valor, entre elas, a pia batismal usada pelo missionário para batizar os nativos. Na igreja, contígua ao museu, além da imagem em bronze de Anchieta, estão em exposição o seu manto, que depois do restauro inspirou a Oração do Manto contra assaltos e seqüestros; um fragmento de seu fêmur; e uma réplica da imagem de Nossa Senhora da Candelária, padroeira das Ilhas Canárias.

José de Anchieta nasceu aos 19 de março de 1534, em La Laguna, Tenerife, uma das mais belas ilhas do arquipélago das Canárias, pertencente à Espanha e localizado próximo a Marrocos, África. Aos 14 anos, foi estudar em Coimbra, Portugal, e em 1551 entrou para a Companhia de Jesus. Em busca de um clima favorável para tratar de sua saúde, chegou a Salvador, Bahia, no dia 13 de julho de 1553. Depois de sua cura, embora tenha ficado corcunda, recebeu a convocação de rumar para a Capitania de São Vicente e, depois, subir ao Planalto de Piratininga, hoje cidade de São Paulo.

O Colégio de São Paulo, que deu origem à metrópole, só foi fundado, porque o padre Manuel da Nóbrega, superior dos jesuítas na Colônia, já tinha em mente um ambicioso projeto de evangelização, e pôde contar com a capacidade do padre Anchieta. Além de falar Latim, Espanhol e Português, havia-se formado em humanidades e filosofia na Universidade de Coimbra. "Ele foi o pioneiro da catequese, uma pessoa que demonstrou um grande amor pelos menos favorecidos. Há uns momentos em que ele diz: Oeu vim ao Brasil para evangelizar os indígenas¹, não que tivesse uma atitude de exclusão para com os brancos, mas estava consciente de que os privilegiados de sua missão eram os nativos", revela o padre César Augusto dos Santos, vice-postulador da Causa de Anchieta e responsável pela CANAN.

Missão e serviço pelo país

O Apóstolo do Brasil é considerado o primeiro mestre e incentivador da cultura brasileira, ao estudar a língua e os costumes dos nativos, ensinando-os por meio do teatro, da dança, da música e poesia. Foi enfermeiro, historiador, poeta, professor e gramático. Compôs um vocabulário e escreveu a primeira gramática em Tupi: A arte de gramática da língua mais usada na costa do Brasil.

Durante os 44 anos em que viveu no País < ele morreu no dia 9 de junho de 1597, aos 63 anos, em Reritiba, hoje cidade de Anchieta, Estado do Espírito Santo <, o padre Anchieta viajava pelo litoral brasileiro a pé ou em canoas. Só mais tarde, pôde utilizar-se da nau Santa Úrsula, que ele mesmo pilotava nas visitas a aldeias e no exercício das atividades de reitor, visitador e provincial das casas e colégios dos jesuítas. Esteve na Bahia mais de uma vez, em uma delas, aos trinta anos de idade, para ser ordenado padre.

É notável sua influência nos acontecimentos históricos que marcaram o Brasil na metade do século XVI. Participou em 1565, com Estácio de Sá < sobrinho do governador-geral Mem de Sá < da fundação da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro e ajudou na expulsão definitiva dos franceses, que pretendiam fazer da Baía de Guanabara um reduto francês.

Empenhou-se na solução de conflitos entre portugueses e indígenas. O mais conhecido é o caso em que ficou refém dos índios Tamoios por vários meses em Iperoig, hoje Ubatuba, no litoral paulista. Enquanto esteve preso, correndo vários riscos, escreveu nas areias da praia e decorou o poema: De Beata Virgine Matre Dei Maria de 5.732 versos, em que pede proteção a Nossa Senhora.

Na expectativa da canonização

Por ocasião dos 450 anos da cidade de São Paulo, foram organizadas visitas da imagem e relíquia do beato às paróquias da Capital e litoral. "O objetivo foi incentivar a devoção e houve bons resultados com o aumento dos pedidos de oração e relatos de graças. Anchieta é de fato muito forte diante de Deus, um taumaturgo, mas sua canonização ainda depende da comprovação de um milagre", informa o padre César.

Enquanto isso, outras iniciativas para divulgação de sua causa acontecem com imagens do beato para veneração na igreja da Consolação, Catedral da Sé e no litoral. No Pátio do Colégio e no Colégio São Luís, na Avenida Paulista, são celebradas missas no dia 9 de cada mês com a bênção das rosas, devoção instituída pelos jesuítas na solenidade da Confraria de Nossa Senhora do Rosário, na Vila de Piratininga.

Há ainda a construção do Santuário Ecológico José de Anchieta, na Praia Grande. O projeto prevê também um espaço cultural, assim como um roteiro turístico-histórico-religioso Caminhos de Anchieta que refaz, desde a Praça da Sé e Pátio do Colégio e, em pelo menos, nove cidades litorâneas, a trajetória do Apóstolo do Brasil. Tudo isso leva em conta também a sensibilidade de Anchieta pela natureza. Pelos relatos em cartas e andanças por matas, rios e trilhas, ele ajudou a abrir estradas que deram na Via Anchieta e, mais recentemente, inspiraram o Dia Nacional da Mata Atlântica.

OS ATRIBUTOS DE MARIA


Trata-se de um estudo baseado nos critérios de análises interpretativas que buscam oferecer subsídios para o entendimento dos hinos marianos na atualidade, visto que a bibliografia que trata do assunto é muito moderada.

A análise é feita seguindo os preceitos dos dogmas marianos: Virgindade, Maternidade, Imaculada Conceição e
Assunção de Maria.

O conceito de uma “Maria libertadora” é bastante exposto no desenvolvimento dos hinos já que verificamos uma grande parcela de poemas com o sentido libertador.

Maria é indicada como uma verdadeira “protetora” dos povos, os autores dos dois cantos pesquisados desenvolveram seus trabalhos colocando em evidência uma santa que está mais próxima dos problemas enfrentados pela sociedade atual.

As dificuldades que os “humildes” enfrentam hoje são evidentemente lembrados e, na maioria das vezes, focalizados nos textos mariais com o auxílio dos epítetos apresentados.

A música mariana está sempre presente na história do povo religioso católico. Desde seu surgimento, da solenidade ao culto, expressa e se adéqua a momentos de louvor e adoração à Virgem Maria. Não só no passado, deixa sua marca pelo tempo, como vemos que os fatos citados na história presente nos cânticos ocorrem também na atualidade. Ela se mantém presente na vida do ser humano, do devoto, traduzindo sentimentos, desejos e inspirações. Nos cânticos mariais brasileiros, os elementos que aparecem com destaque em nosso estudo são os atributos, ou seja, os variados títulos dados a ela.
Há atributos que recordam sua vocação e missão em relação a Cristo e à Igreja: “Mãe do Salvador”, “mãe do meu Senhor”, “mãe de nosso Deus”; outros exaltam suas qualidades: “Virgem Prudente”, “Virgem”, “Nobre Senhora”, “mãe de misericórdia”; alguns lembram determinados fatos de sua vida: “Nossa Senhora das Dores”, “Nossa Senhora das Mercês”; outros aceitam-na como representante de algum local, país: “Santa Padroeira do Brasil”, “Senhora da América Latina”; e muitos lembram alguma intercessão da Virgem em favor dos homens: “Mãe dos pobres e fracos”, “Virgem dos desamparados”, “Mãe da humanidade”; é também reconhecida pela beleza e doçura: “Mãe amável”, “Mãe bela”, “Mãe querida”; apresenta recordações familiares: “mãe”, “nossa mãe”, “senhora”, e assim por diante.
Observe, a seguir, a Ladainha de Nossa Senhora:
Virgem do SIM à Palavra,
Rogai por nós!
Virgem do risco do Amor,
Rogai por nós!
Virgem de toda alegria,
Rogai por nós!
Encontra-se, nesta oração uma série de atributos que, assim como em outros cantos, fazem menções à história da passagem de Maria pela terra, os fatos que a fizeram “mãe de todos nós”, “a protetora e guia” daqueles que a aceitaram como mãe de Deus e intercessora entre os homens e Deus.
Assim, a “Virgem do SIM à palavra” refere-se ao episódio da visita do anjo Gabriel a Maria, tendo esta aceitado a missão de dar à luz Jesus. Creditou o pedido de Deus, transmitido pelo anjo, colocando em risco todo o amor: “Virgem do risco do Amor”; segundo as Escrituras, ela também seguiu os preceitos com muita alegria: “Virgem de toda alegria”.
Seguindo o exposto, é bem possível dizer também que Maria recebe o título de “A Virgem das altas montanhas” por ela ser uma “serva de Deus” que pode estar até mesmo nos mais altos lugares, nas mais altas montanhas pois está somente abaixo de Deus. Aquela que estimula seu povo a seguir os preceitos divinos: “Virgem do entusiasmo”, e a caminhar em busca de um lugar para viver: “Virgem do irmão caminheiro”:

Virgem das altas montanhas,
Rogai por nós!
Virgem do entusiasmo,
Rogai por nós!
Virgem do irmão caminheiro,
Rogai por nós!
Observa-se também, neste mesmo cântico, uma Maria que cuida dos desamparados: “Virgem dos desamparados”, e que olha para os filhos, vigiando os lares: “Virgem de todos os lares” e, dispondo também de observações para o mundo, busca a paz: “Virgem da paz para o mundo”:
Virgem dos desamparados,
Rogai por nós!
Virgem de todos os lares,
Rogai por nós!
Virgem da paz para o mundo,
Rogai por nós!
De igual modo, verifica-se neste outro hino “Mãe do céu morena” atributos que apresentam uma Maria morena, representante de todas as raças, e que é o símbolo dos povos sofridos, pequenos e oprimidos:

Mãe do céu morena
Senhora da América Latina
de olhar e caridade tão divina,
de cor igual à cor de tantas raças,
Virgem tão serena, Senhora desses povos tão sofridos,
Patrona dos pequenos e oprimidos,
derrama sobre nós as tuas graças.
(Veja esse cântico na íntegra na segunda capa desta revista).
Aqui Maria é qualificada de “Mãe do céu morena”, “Senhora da América Latina”, “Virgem tão serena”, “Senhora desses povos tão sofridos” e “patrona dos pequenos e oprimidos”. São termos que indicam uma santa voltada ao “povo sofredor” que teve suas terras tomadas, os oprimidos e escravizados de todas as formas.
Neste sentido, para Leonardo Boff (1990, p. 21), por exemplo, sem Maria faltaria algo na história de todos os homens, pois estaríamos privados da colaboração e presença da mulher que compõe a outra metade dos seres humanos. Os relatos que encontramos sobre a Virgem Maria é sempre fecundo, passível de ser aproveitado para esclarecer dúvidas e ser divulgado.
Os diversos atributos que temos a oportunidade de conhecer por meio dos textos marianos são particularidades que, se não tivessem sido tornados públicos por meio dos cânticos que foram feitos em homenagem à santa, consequentemente também não teríamos tido a oportunidade de conhecê-los, promovê-los e venerar cada vez mais a “Senhora da América Latina” e por conseguinte “Nossa Senhora Aparecida”.