FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

sábado, 21 de junho de 2008

Liturgia diária

Liturgia diária

CATÓLICA NET ( AMOR DE DEUS )



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A paixão do amor de Deus - 20/06/2008 - 13:40
“A Paixão de Jesus é a maior e mais estupenda obra do amor de Deus”.São Paulo da Cruz (1694-1775)Fundador da Família Passionista
São João Apóstolo do amor escreve: “Pois Deus amou o mundo, que entregou o seu Filho Único, para que todos o que nele crê não pereça, mas tenha vida eterna” (Jo 3,16).O bom Deus primeiro nos amou (1 Jo 4,19).“Mas Deus demonstra seu amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós quando éramos ainda pecadores. Quanto mais, então, agora, justificados por seu sangue, seremos por ele salvos da ira. Pois se quando éramos inimigos fomos reconciliados com Deus pela morte do seu Filho, muito mais agora, uma vez que reconciliados, seremos salvos por sua vida” (Rm 5, 8-10).“Jesus deu a sua vida por nós. E nós devemos dar a nossa vida pelos irmãos” (1 Jo 3,16).O verdadeiro amor é a doação pelos outros. Principalmente quando o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm 5,5).Foi esse amor pela Paixão de Cristo que levou os filhos de Deus a realizarem obras monumentais em prol do próximo e outros foram martirizados. São Paulo da Cruz escreve: “Vejo cada vez melhor que o meio mais eficaz para converter os pecadores obstinados é a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo. Eu converti por esse meio os mais empedercidos pecados e ladrões, enfim toda a espécie de pessoas perversas, e tão sincero era o arrependimento que, ao confessá-lo mais tarde, não encontrava matéria de absolvição. É que tinha sido fiéis aos conselhos que lhes dera de meditarem os sofrimentos de Jesus” (1).É muito relevante ressaltar que o tempo vivido por São Paulo da Cruz, era dominado pelo iluminismo, com seu culto à razão e pelo materialismo. Realmente, nada resiste o amor da Paixão de Jesus. Seja: tempos tenebrosas ou corações de pedras.
A OBRA DO AMOR DE DEUS
“Deus ama tanto a cada um de nós como se não existisse ninguém mais a quem Ele pudesse dar Seu amor”.Santo Agostinho de Hipona (354-430)Bispo e Doutor da Igreja
A obra que Jesus veio executar neste mundo era a reconciliação do pecador com Deus. Pelo pecado original de Adão e pelos pecados pessoais, que os homens de todos os tempos têm cometido, afastou-se o homem de Deus ocorreu, por um pecado, num débito infinito que lhe era absolutamente impossível saldar. Por sua desobediência, Adão perdeu para si e para todos seus descendentes a vida divina da graça, que Deus lhe dera como um presente. Este presente , a graça, acrescentava uma finalidade sobrenatural à vida do homem. O pecado original perdeu esta vida da graça para o homem e tornou-o absolutamente incapaz de recuperá-la.Ora, Deus podia ter desprezado o pecado do homem, ignorado sua falta e tê-lo reintegrado completamente no seu amor e amizade. Mas seria impossível conciliar-se uma tal ação com a infinita justiça de Deus que devia requerer alguma reparação pela rebelião voluntária do homem. Por outro lado, Deus poderia ter simplesmente condenado toda a raça humana à perda do gozo eterno do céu para o qual criara o homem e ainda condená-la aos tormentos eternos do inferno mesmo que por um único pecado mortal. Mas seria difícil de se conceber como conciliar um tal plano com a misericórdia divina, embora viesse satisfazer completamente a justiça divina. A infinita sabedoria de Deus encontrou perfeita solução e a este dilema. Deus necessitava de uma expiação pelo pecado do homem, pelo menos equivalente à ofensa. A ofensa do homem contra Deus é infinita, pois a gravidade de todas as ofensas ou insultos se mede pela dignidade do ofendido, no caso, Deus. O homem, sendo finito ou limitado, não podia oferecer reparação proporcional. Por isto, o próprio Deus tornou-se homem para sofrer e morrer pelos pecadores. Deus tornou-se homem para sofrer e morrer pelos pecadores. O valor de sua ação, sofrimento e morte é infinito, (Pois o valor de uma ação meritória se medem pela dignidade do que a prática). Só Cristo, portanto podia oferecer e de fato ofereceu completa e adequada satisfação pelo débito do homem com Deus tornando-se “obediente até a morte e morte de cruz” (Fl 2, 8). Esta foi a essência da obra em razão da qual Deus se fez homem pela Igreja que Ele fundou. Para completar a eficiência de sua obra, Jesus também ensinou os homens verdades religiosas e apresentou em sua própria vida o exemplo da vida humana. Um dos mais fiel seguidor do exemplo de Cristo foi São Paulo Apóstolo, ao ponto de afirmar: “Sede meus imitadores, como eu mesmo sou de Cristo” (1 Cor 11,1).
QUEM ÉS TU, ALTÍSSIMO SENHOR?
Vós sois o santo Senhor e Deus único, que operais maravilhas (Sl 76,15). Vós sois o forte. Vós sois o Grande. Vós sois o Altíssimo. Vós sois o Rei onipotente, santo Pai, Rei do céu e da terra. Vós sois o Trino e Uno, Senhor e Deus, Bem universal. Vós sois o Bem, o Bem universal, o sumo Bem, Senhor e Deus vivo e verdadeiro. Vós sois a delícia do amor. Vós sois a sabedoria. Vós sois a humildade. Vós sois a paciência. Vós sois a segurança. Vós sois o descanso. Vós sois a Alegria e o Júbilo. Vós sois a Justiça e a Temperança. Vós sois a plenitude da Riqueza. Vós sois a Beleza. Vós sois a Mansidão. Vós sois o Protetor. Vós sois o guarda e o Defensor. Vós sois a Fortaleza. Vós sois nossa Fé. Vós sois nossa inefável Doçura. Vós sois nossa eterna Vida, ó grande e maravilhoso Deus, Senhor onipotente, misericordioso Redentor.
São Francisco de Assis Louvor de Deus(Para Frei Leão)
São Francisco de Assis, quando contemplava o mistério da cruz, costumava rezar: “nós vos adoramos, Senhor Jesus cristo, aqui e em todas as vossas igrejas que estão no mundo inteiro e vos bendizemos porque por vossa santa Cruz remistes o mundo”. Prescreveu essa oração como testamento para os seus seguidores. (test. 4-5). O mistério da Cruz vivido intensamente por Francisco de Assis, se tornou a força da pregação de seus filhos e fonte de renovação para a Santa Madre Igreja. O Pobre de Assis, o santo do amor, da paz e da ecologia, viveu ardentemente a Paixão de Cristo. Se ler o Evangelho na vida de São Francisco e a Paixão nos seus estigmas. Ninguém alcança explicitar a dimensão do amor que teve São Francisco por Jesus Cristo. A radicalidade do mistério do amor à pobreza é inexplicável em São Francisco. Dizia São Francisco: “... E cada qual ame e alimente a seu irmão como a mãe ama e nutre o seu filho ...”
CAUSA DE NOSSA SALVAÇÃO
“A caridade é a rainha das virtudes; onde ela reina, aí aparecem todas as outras virtudes”.Santo Tomás de Aquino (1225-1274)O Doutor Angélico da Igreja
Todos os anos as cerimônias da Semana Santa nos permitem aprofundar nosso conhecimento e devoção pelo Cristo Redentor que nos resgatou com o seu Preciosíssimo Sangue em sua Paixão, a qual é a causa eficiente (1)de nossa salvação. No caso presente, ensina Santo Tomás de Aquino, há uma dupla causa eficiente: a principal e a instrumental. A causa eficiente principal da salvação dos homens é Deus Ele mesmo. A causa instrumental é a santa humanidade de Cristo, isto é, seu corpo e sua alma, cujas ações operam a salvação dos homens. É deste modo que a Paixão de Cristo é causa eficiente da salvação dos homens (2).Além dessa eficiência compartilhada com os outros mistérios de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, como a Ressurreição e a Ascensão, a Paixão é a causa de nossa salvação de modos que lhe são próprios.Foi Santo Tomás que esquematizou a liturgia da festa de Corpus Christi, a pedido do Papa Urano IV.A sua intelectualidade teológica está conectada na obra do amor da Paixão de Cristo.
(1) Causa eficiente é aquela que explica a origem ou existência de u ser. (2) Cf. S. Th. III ª, q.48.
CONCLUSÃO
A Paixão de Cristo causa em nossos sentimentos um impacto enorme, devido a brutalidade dos sofrimentos suportados por Nosso Senhor Jesus Cristo, no fim de sua vida para a nossa redenção. Desde o tempo do pecado de nossos primeiros pais no Paraíso, as Sagradas Escrituras salientam que, pelo pecado, o ser humano se torna inimigo de Deus e merecedor de castigo; todavia, mesmo no ato de punir, o Senhor Deus anunciou a esperança do perdão e a remissão do pecado (Gm 3,15). Para realizar esse plano, foi necessário ao Filho de Deus que se fizesse homem para padecer e morrer, e que, tomando sobre Si, os sofrimentos devidos pelos pecados dos homens, obtivesse, pelos merecimentos infinitos de sua dolorosa Paixão, aquele perdão completo, que o homem era incapaz de alcançar pelos seus méritos.“Éramos por natureza como os demais, filhos da ira. Mas Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, quando estávamos mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo e pela graça somos salvos” (Ef 2, 3-5). Na Paixão e Morte de Cristo, está todo o projeto do amor de Deus em prol da salvação da humanidade. O fundamento da espiritualidade cristã se encontra na Paixão e Ressurreição de Jesus Cristo. A cruz e o sepulcro vazio são as nossas meditações constantes. Pe. Inácio José do ValePároco da Paróquia São Paulo ApóstoloProfessor de História da IgrejaFaculdade de Teologia de Volta RedondaE-mail: pe.inaciojose.osbm@hotmail.com

REFERÊNCIAS E BIBLIOGRAFIA
(1) Carlos Palacín, S.J. e Nilo Pisaneschi. Santo nosso de cada dia, rogai por nós! Santoral Popular, São Paulo: Loyola, 1991, p. 244.Filipe Aquino. Na Escola dos Santos Doutores, Lorena: Cléofas, 1996.Santo Agostinho, Confissões, São Paulo: Paulinas, 1990.

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Fonte: Pe. Inácio José do Vale Local:Rio de Janeiro (RJ)
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Côn. Vidigal - Medicina, carreira sublime - 20/06/2008 - 15:01
Carreira sublime a do médico, que mereceu gloriosamente o consagrador elogio da Bíblia com as famosas e encantadoras palavras do Eclesiástico. Este livro sapiencial, assim, em cadências celestes, escande o belíssimo encômio:“Honra o médico porque dele necessitas; pois o Altíssimo é quem o fez para teu bem. Porque de Deus procede toda Medicina e ela será remunerada pelo rei. Ao médico elevará sua ciência e será celebrado perante os poderosos. O Altíssimo é quem criou da terra os medicamentos e o homem prudente não os desprezará” (Ecl 38,1-4). Prossegue o formoso texto exaltando os medicamentos e aclamando o liame que une Deus e a Medicina. Isto torna o médico criatura privilegiada, detentor de misteriosos poderes. Um vigário da divindade é ele entre os homens. Um ser singular que, possuidor de dotes celestes, é mimoseado pelo Onipotente com prerrogativas sublimes. Está nimbado de uma sabedoria celestial, opulentado com uma ciência peculiar, entrajado numa luz fulgentíssima de paradisíaca benemerência. Em sua chancelada fronte como que admiravelmente baixa uma centelha divina, fazendo-o partícipe da virtude criadora do Eterno, ministro do Deus Poderoso a levar às trágicas misérias da humanidade sofredora conforto e bálsamo, alívio e paz. Célebre o axioma: “É obra divina mitigar a dor”. Como nos mostra Vieira, nos planos do Criador, no Paraíso, foi entregue ao homem a árvore da vida. Árvore de tal virtude que, comido o fruto dela, era restituído o vigor e eram recuperadas as forças. A prevaricação edênica exulou o homem. Foi perdida a árvore da vida. Um querubim fulgurante, com terrível espada de fogo, na descrição da Bíblia, a defender a entrada do Éden, tornou inacessível esta virtuosa árvore. Toda a “felicidade se converteu em miséria, e à vida que haveria de ser quase imortal sucedeu sentença de morte, ao vigor do corpo se seguiu a fraqueza, à saúde, a enfermidade e tudo sem remédio ou esperança dele [...]. Quem surgiu, porém, na mente de Deus, para conciliar as razões da misericórdia com os motivos da justiça, a exaltar a “misericórdia tão prezada de se elevar gloriosa sobre as execuções da mesma justiça?” A resposta no-la dá o mesmo Vieira: “a misericórdia levou o Onipotente a plantar fora do Paraíso uma outra árvore da vida e a entregou à custódia de outro querubim, não armado de fogo, senão de luz, o qual não só defendesse mas cultivasse a mesma árvore, e com seus frutos recuperasse aos homens a saúde e lhes acrescentasse a vida. A árvore foi a ciência da medicina, e o querubim é o médico”. Desde então tal a ordem admiranda estabelecida: “o autor da vida do homem, em sua criação foi só Deus, mas o autor da conservação da mesma vida é Deus e o médico: de Deus dependente in fieri, e do médico, in conservari”. Gratidão a Deus pela existência; gratidão ao Médico pela saúde. Louvor a Deus porque é melhor ser do que não ser; mas honra ao Médico, porque não há riqueza no mundo que se iguale à saúde. Loas a Deus que do nada criou o homem; loas ao Médico, porque zela pela existência dada pelo Onipotente e no catálogo dos bens da vida a saúde a todos os outros supera”. União íntima com o Criador, consórcio profundo entre Deus e o Médico! Na mais remota antiguidade os sacerdotes eram quem atuavam como médicos. Faziam os ritos lustrais, levavam a cabo as “cartases”. Do conceito primitivo, absolutamente teúrgico da Medicina, desde a Bíblia até o cristianismo, se passou à meritória apreciação do Médico que cuida e que cura. Cuida da preciosa vida dada por Deus. Cura dos terríveis males inerentes à inexorabilidade da fatal paga da rebeldia lá no Paraíso. A medicina não se propõe a perpetuar a existência, pois não esposa o ideal fantasmagórico dos alquimistas de querer descobrir o elixir da longa vida, dado que a morte é uma fatalidade biológica. Reconhece, sim, sua gloriosa tarefa de proteger a saúde, velando pelo bom funcionamento fisiológico do organismo humano. * Professor no Seminário de Mariana - MG


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Fonte: Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho Local:Mariana (MG)
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Cessem os discursos e falem as obras - 20/06/2008 - 16:07
de Cecília de Paiva*
“Mostrar a todos os fiéis a necessidade de ser missionário” é o que acredita José Figueiredo, ministro da eucaristia, ao explicar o que pensa sobre a comemoração principal do Jubileu de Ouro da Arquidiocese de Campo Grande, em 13 de junho de 2008, na Praça do Papa, em Mato Grosso do Sul.
Eram mais de cinco mil pessoas aglomeradas diante de um palco iluminado, coroando um dia de atrações com uma missa solene. A narrativa de abertura do Padre Ubajara Paz de Figueiredo expôs os importantes passos dados em 50 anos de “vida e missão nesse chão”, lema representativo de toda a caminhada. Fatos idealizados e concretizados pelo primeiro bispo, Dom Antônio Barbosa, trouxe novidade para os muitos jovens presentes e saudosismo para aqueles que conviveram ou simplesmente chegaram a conhecê-lo.
Para Maila Aguiar Santos, da coordenação da Escola Diocesana de Agente de Pastoral, EDAP, todos deram sua contribuição e formaram história, sendo difícil falar de nomes, mas pensa que tudo começa com aqueles que dão o pontapé em tudo, como Dom Antônio Barbosa, o atual arcebispo Dom Vitório Pavanello e Dom Eduardo Pinheiro, o bispo auxiliar, além de lembrar “das figuras presentes dos irmãos padres Ubajara e Fabiano Paz de Figueiredo,” os primeiros ordenados por Campo Grande, há 42 anos.
Dom Vitório enriqueceu sua homilia com palavras do sermão de Santo Antônio, citando - “a palavra é viva quando são as obras que falam, e então, cessem os discursos e falem as obras, pois estamos saturados de palavras, mas vazios de obras.' Disse que parecem palavras bem atuais porque, ao celebrar o 50 anos, “mais do que tecer grandes discursos, queremos humildemente mostrar muitas das obras, porque são 50 anos de graça e de bênçãos em obras que se fizeram pelo Espírito Santo, na acolhida dos muitos que foram e são, dentro desta igreja particular, verdadeiras testemunhas, pastores dedicados e até mártires da sua própria vocação.”
O momento do ofertório trouxe núcleos familiares e a simbologia da formação migrante, com representantes dos mineiros descendentes do fundador da Capital, José Antonio Pereira, da comunidade de italianos, japoneses, paraguaios, bolivianos, árabes e toda a riqueza populacional da arquidiocese.
Alguns participantes declararam que, ao viverem momentos de celebração desse tipo, saem engrandecidos e cheios de espiritualidade, recebendo novo ânimo e fôlego para continuarem.
*Jornalista/ Regional Oeste l da CNBB

MANUAL PARA LIDERES AJUDA ESTE MINISTÉRIO A LIDAR COM O SOFRIMENTO DA JUVENTUDE


O Brasil possui 51 milhões de jovens entre 15 e 29 anos. Os dados são de uma pesquisa recente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), do Ministério do Planejamento, que ainda revela a baixa escolaridade, o desemprego e a miséria que afetam os jovens brasileiros. Os ministérios que trabalham com esta faixa etária nas igrejas precisam estar preparados ajudar esses milhares de jovens e adolescentes expostos a problemas sociais, familiares e psíquicos. O recém lançado Manual de Primeiros Socorros para Ministério com Jovens e Adolescentes traz orientações como a importância de ouvir e ser sincero com a vítima de uma circunstância dolorosa. Situações como perda de entes queridos, depressão, vícios, divórcios dos pais, abuso, conflitos na família e problemas na escola são tratadas a partir da necessidade de melhor compreender a circunstância para respondê-la de forma cristã, bíblica e contextual. O grupo também é valorizado como parte do processo de cura. A companhia e apoio dos jovens com quem vai à igreja, convive e se diverte é essencial para a superação de problemas. Assim, para cada tema, há dicas que esclarecem como o líder pode estimular a participação e quais as principais ações que os colegas podem fazer por aquele que vive um momento de dor. Para facilitar a consulta, os temas são identificados no índice. Cada capítulo traz depoimento de um jovem ou adolescente que viveu a situação, noções básicas sobre o assunto, cuidados que devem ser oferecidos, lista de passagens bíblicas, indicações de sites e literatura, dicas do que não dizer o do que dizer e orientações sobre a busca de ajuda profissional. Os jovens e adolescentes são o primeiro tema da série Manual de Primeiros Socorros para Ministério, que nas próximas edições tratará de crianças, mulheres e pequenos grupos. Dados sobre a juventude: “para refletir” O contexto em que vive o jovem brasileiro também deve ser considerado pela liderança de ministérios e das igrejas. Os dados do IPEA revelam baixa escolaridade, desemprego e miséria como problemas que afetam grande parte dos jovens brasileiros. A assistente social evangélica Franqueline Terto, de Alagoas, atua em políticas públicas de juventude na Rede FALE e considera os dados “preocupantes”. Como jovem, acredita que as informações são “para refletir sobre o nosso futuro”. Os dados abaixo foram selecionados e divulgados em artigo do diretor-presidente do IPEA, economista Marcio Pochman, no jornal Valor Econômico: - Há 51 milhões de jovens brasileiros entre 15 e 29 anos. - 66% deles estão fora de salas de aula. - Apenas 13% deles estão cursando curso superior. - Apenas 48% dos que têm 17 e 18 anos estão estudando no Ensino Médio. - A principal causa alegada para não estar estudando, entre os homens é ter que trabalhar para ajudar a família; entre as mulheres, a gravidez. - 46% deles estão desempregados. - E 50% dos 54% que estão empregados trabalham sem carteira assinada. Ou seja, do total de jovens, apenas 27% têm emprego com carteira assinada, e por tanto direitos trabalhistas e previdenciários. O que no futuro lhes trará muitos problemas. - 31% de todos eles podem ser considerados miseráveis, pois possuem renda per capita inferior a meio salário mínimo. - 70% dos jovens considerados pobres, são negros.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

CANÇÃO NOVA FORMAÇÃO



O homem também é capaz de criar?
Sempre ouvimos dizer que só Deus é o Criador de tudo
A+A-
Convenhamos que tudo isso é difícil de ser compreendido e nos deixa realmente confusos. Mais difícil ainda é admitir a possibilidade de se criar vida artificial, com a capacidade de auto-sustentação e reprodução. Sempre ouvimos dizer que só Deus é o Criador de tudo. Será que agora precisamos admitir que o homem também seria capaz de criar algo a partir do nada?
Não é bem assim. Em primeiro lugar porque estamos ainda tratando de bactérias, organismos muito simples; e no caso em questão estamos falando de uma bactéria chamada “mycoplasma genitalium”, cujo genoma foi mapeado, estudado e desmontado, para ser recomposto com outras propriedades. Fazendo uma comparação com o mundo da informática se poderia dizer que foi preparado um software (programa) para uma bactéria cumprir uma tarefa específica, mas até aqui ainda não se sabe como ativar este programa. E como observa o professor de engenharia biomédica de Boston Jim Collins, a ciência ainda está longe de entender o que é a vida e o que a comanda.
De qualquer forma, decisivamente nos encontramos hoje numa situação na qual a tecnologia avança a passos largos, bem mais depressa do que as reflexões de cunho jurídico e ético. Ademais, ao mesmo tempo em que olhamos com esperança para o que se denomina medicina molecular e biologia ambiental, capazes de apagar os efeitos desastrosos de pecados anteriores, uma vez mais, e sempre de novo, nos sentimos perplexos. Isso não só porque estas novas criaturas podem “enlouquecer”, mas porque podem ser programadas para enlouquecerem e passarem a agir perversamente.
Como tantos outros inventos anteriores, todas as descobertas vêm carregadas de uma ambivalência radical: tanto podem ser colocadas a serviço da vida, quanto a serviço da morte. Com uma diferença em relação ao passado: fica cada vez mais claro que as clássicas armas representadas por fuzis, metralhadoras, canhões e tanques só servirão para produzir filmes de terror e para ser guardadas em museus. As verdadeiras armas serão invisíveis e bem mais mortíferas. E as infundadas acusações contra Sadam Hussein, de que possuiria terríveis armas biológicas e bacteriológicas irão se transformar em verdades comprovadas: não no pobre e destruído Iraque, mas em milhares de laboratórios espalhados pelo mundo afora, sempre à espera de receber uma única ordem referente à direção para a qual serão encaminhadas. Ninguém vê, ninguém sente, ninguém sente nenhum odor: simplesmente todos morrem sem causas aparentes.
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Dr. Frei Antônio MoserAssessor da CNBB para

CANÇÃO NOVA FORMAÇÃO



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A falta de fé
No tempo em que vivemos só é possível sobreviver se tivermos fé
A+A-
O Evangelho de São Marcos, no capítulo 9, versículos de 14 a 29, coloca-nos diante de um pai desesperado, alguém que já esgotou todos os recursos para ver o filho curado e liberto. Desde criança este é oprimido por um demônio que causava nele uma terrível epilepsia.
A falta de fé do pai levou-o a procurar todo tipo de ajuda em muitos lugares. Mas agora está ali, diante de Jesus, Aquele que de fato pode curá-lo.
Aflito, o pai diz ao Senhor: "Se podes fazer alguma coisa, tem piedade de nós e ajuda-nos" (v. 22). Esse modo de falar revela a atitude de alguém que já está prestes a desistir, revela desespero e não fé. Por isso, Jesus o exorta: “Se podes!… Tudo é possível para quem tem fé!” (v. 23).
Então, o pai, com humildade, reconhece sua falta de fé e pede socorro. Na verdade, não é só o filho que precisa de ajuda, mas também o genitor. Jesus vem em auxílio deles, liberta o filho e devolve a fé àquele pai.
Dessa forma, o Senhor revela duas realidades fundamentais para quem quer viver liberto: Fé e Oração.
No tempo em que vivemos só é possível sobreviver se tivermos fé e se mantivermos uma constância na oração. Não existe outro modo.
Jesus é Aquele que, de fato, pode trazer uma solução às realidades mais difíceis e para isso é preciso ter fé. Se não recorremos a Ele, as coisas vão ficando cada vez mais difíceis. O bom é que sempre podemos recorrer ao Senhor.
Não podemos ter medo de assumir diante de Jesus nossa falta de fé e pedir que Ele a aumente; isso é sinal de humildade e desejo sincero de mudança. E fé aqui não é apenas crer em Jesus, mas crer também naquilo que Ele pode fazer, visto que Ele realmente pode!
O caso desse filho é uma situação de muito sofrimento não somente para ele, mas para o próprio pai. Não sei se você conhece alguém que sofreu algum tipo de crise epiléptica, é muito doloroso para quem está tendo a crise e desesperador para quem está ali próximo tentando ajudar. Se não se tem um pouco de instrução de como lidar com essa situação, realmente fica difícil fazer alguma coisa. Nesse caso narrado pelo Evangelho, a causa da epilepsia estava vinculada a um ataque do demônio, isso agrava ainda mais a situação para o pai, que, muito provavelmente, tenha sido alvo de zombaria e de desprezo por parte das pessoas que estavam ali apenas para ver o “espetáculo”. A atitude de Cristo foi a de libertar o filho e devolver a alegria para o genitor. Jesus agiu de maneira muito respeitosa para com a situação e na verdade o fez porque teve compaixão, viu o sofrimento daquele jovem e de seu pai.
A fé que o Senhor nos exorta a ter é uma atitude de confiança em Deus, e, ao mesmo tempo, uma atitude de misericórdia e de compaixão para com aquele que sofre. Foi por isso que Ele afirmou que alguns demônios só são expulsos pela oração, ou seja, por uma intimidade e confiança em Deus. Quando oramos, depositamos em Deus nossa confiança e cremos que Ele verdadeiramente pode agir e mudar a situação. É também uma atitude de abandono n’Ele.
Esse Evangelho é um verdadeiro convite de Deus para que renovemos nossa confiança e fé n’Ele e também um convite para uma vida de oração mais intensa e verdadeira.
Deus abençoe você e aumente sua fé!
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Pe. Clovis19/06/2008 - 07h30

CANÇÃO NOVA FOMAÇÃO (Pdre FABIO DE MELO )



Formações

Acreditar sem ver
Homem de fé é aquele que não vê e mesmo assim não desiste
A+A-
Deus não decepciona aquele que busca e espera n’Ele. É belíssima a passagem de quando Moisés é levado pelo movimento das águas e é encontrado pela filha do faraó. Para o povo sair da escravidão, o mar precisou se abrir. O povo, diante da impossibilidade de vencer as águas, se volta contra o profeta e lhe pergunta por que ele os retirara do Egito, se eles não têm como ultrapassar o mar. Diante do questionamento dele, o Senhor lhe diz apenas uma frase: "Diga ao povo que caminhe". Deus não lhe proferiu uma frase que garantisse o milagre, mas que requeria fé.
A expressão de Deus não é uma expressão que facilita a vida, mas que encoraja. O Senhor não facilita, pois quem facilita corre o risco de infantilizar o facilitado e Ele não nos quer infantis na fé. Deus nos quer amadurecidos, prontos para dar o primeiro passo. Fé é saber acreditar quando tudo está ao contrário. Homem de fé não é aquele que vê. É o que não vê e mesmo assim não desiste.
Na experiência do povo de Israel, diante de um povo que o [Moisés] quer matar, Deus não facilita para ele, mas requer sua fé. O povo queria uma reposta mágica, mas Deus dá uma ordem que encoraja, que faz crescer dentro deles a lembrança que aquele Deus que caminhou com eles não os deixará na mão. Nós não sabemos como será, mas não desistimos do que esperamos. Quando tudo indicava que a morte iria chegar, com os pés na água, seguindo a ordem do Senhor, o milagre aconteceu.
Por um lado, eles estavam imobilizados pelo mar que podia afogá-los; por outro, pelo exército que poderia matá-los. Aquele povo estava emparedado. Ser homem e mulher de fé é você viver uma única alternativa: aquela de não poder recuar. É como diz Santo Agostinho: "Deus só nos pede aquilo que Ele já nos deu. Tudo está em nós sob forma de dom".
A experiência da fé nos movimenta para sermos o que realmente somos. Você não tem outro destino, a não ser a santidade; da mesma forma que o povo de Israel não tinha outra opção a não ser a libertação. Ninguém emagrece fazendo novena. Ou nós nos disciplinamos ou não vamos emagrecer!
O que faz um homem ser de fé é a resposta que dá diante da insegurança. Isso é Cristianismo. Não é uma postura angelical, é uma forma de se tornar guerreiro, soldado. Coragem! Vitória é o que Deus quer celebrar na nossa vida por meio da fé.
(Artigo produzido a partir da homilia de 20/fev/2007)

Padre Fábio de MeloPadre Fábio de Melo é professor no curso de teologia, cantor, compositor, escritor e apresentador do programa "Direção espiritual" na TV Canção Nova.20/06/2008 - 07h15
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Papa se dirige às vozes que levam pessoas a amar Cristo
Da Redação, com Ecclesia
Bento XVI recebeu nesta manhã, na Sala Clementina, cerca de 130 participantes no Congresso Internacional para os Responsáveis de Rádio Católicas, promovido pelo Pontifício Conselho das Comunicações Sociais.No discurso que dirigiu aos presentes o Papa, primeiramente saudou com afeto, através dos presentes, os muitos ouvintes dos diversos países e continentes que todos os dias ouvem as suas vozes e graças ao seu serviço de informação aprendem a conhecer melhor Cristo, a escutar o Papa e a amar a Igreja. "É importante tornar a Palavra de Deus atraente dando-lhe corpo através de transmissões radiofônicas que toquem o coração dos homens do nosso tempo e participem na transformação da vida dos nossos contemporâneos", exortou o Santo Padre.A palavraDepois de agradecer o Presidente do Pontifício Conselho das Comunicações, Dom Cláudio Maria Celli, pela saudação feita momentos antes, o Papa disse que as muitas e diversas formas de comunicação com as quais devemos nos confrontar, manifestam, com evidente clareza, como o homem, na sua estrutura antropológica essencial, seja constituído parase comunicar com outro. E isso é feito, sobretudo, através da palavra."Com a palavra, o rádio participa da missão eclesial, mas, ao mesmo tempo, gera uma nova maneira de viver, de ser e de fazer Igreja. As múltiplas formas de comunicação podem ser um dom de Deus a serviço do desenvolvimento da pessoa humana e de toda a humanidade. O rádio, em particular, através da palavra e da música pode informar e formar, anunciar e denunciar, mas sempre no respeito da realidade e na clara perspectiva da educação à verdade e à esperança", afirmou o Papa.Encorajamento na missão "Jesus nos doa a verdade sobre o homem e para o homem – disse ainda o Santo Padre – e, a partir desta verdade, nos dá uma uma esperança para o presente e para o futuro das pessoas e do mundo". Por isso o Papa encoraja as rádios católicas na sua missão e as felicita pelo seu trabalho.O Papa, em seguida, citando a sua encíclica Spe Salvi disse que o Evangelho, que "não é somente uma comunicação de coisas que se podem saber, mas sim uma comunicação que comporta fatos e muda a vida". "Esta autocomunicação de Deus é a que oferece um novo horizonte de esperança e de verdade às esperanças humanas, e dessa esperança é que surge, já neste mundo, o início de um mundo novo, dessa vida eterna que ilumina a obscuridade do futuro humano", lembrou Bento XVI.PerspectivasO Santo Padre encerrou o discurso falando das entusiastas perspectivas que se abrem ao trabalho dos comunicadores. As suas emissoras podem representar, desde agora, um pequeno, mas concreto, eco no mundo daquela rede de amizade que a presença de Cristo Ressuscitado, o Deus conosco, inaugurou entre o céu e a terra e entre homens de todos os continentes e épocas. "Assim fazendo - concluiu o Papa - o trabalho de vocês se inscreverá a pleno título na missão da Igreja, à qual convido a amar profundamente. Ajudando o coração de cada homem a abrir-se a Cristo, vocês ajudarão o mundo a abrir-se à esperança e a espalancar-se àquela civilização da verdade e do amor que é o fruto mais eloquente da sua presença entre nós.
Tags: Meios de Comunicação Bento XVI Rádio
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Dom Demétrio Valentini - Sonho e pesadelo - 19/06/2008 - 11:32
Dois acontecimentos simultâneos, nesta semana, revelam os grandes contrastes que ainda marcam nosso mundo, neste início de terceiro milênio.
No Canadá se realiza o 49O. Congresso Eucarístico Internacional, reiterando o simbolismo da Eucaristia como mesa comum, onde toda a humanidade é convidada a participar.
Por outro lado, a União Européia, que congrega vinte e sete países do velho continente, acaba de votar a “diretiva de retorno”, um estatuto jurídico com severas restrições aos imigrantes, visando claramente barrar sua entrada no continente europeu, e autorizando medidas drásticas para expulsar os que se encontram ilegalmente em seu território.
Calcula-se em oito milhões os imigrantes clandestinos na Europa, entre os quais quinhentos mil brasileiros. De um momento para outro, podem ser detidos por um ano e meio, como providência para serem deportados e reenviados para o respectivo país de origem. A lei é tão dura que prevê a repatriação imediata das crianças, enquanto seus pais são conduzidos para a prisão. Assim os imigrantes vêem seu sonho transformar-se em pesadelo.
Diante desses dois acontecimentos simultâneos, ficam muitas perguntas e sérios questionamentos. Como celebrar a Eucaristia, símbolo da partilha fraterna, enquanto se expulsam milhões de pessoas do banquete da vida?
Por sua grande vinculação com a vida de Cristo, a Eucaristia permanece como um gesto carregado de profundo significado, que precisa ser captado adequadamente. E’ o que todos os congressos eucarísticos procuram fazer. Em Québec, nesta semana, foi lembrado o exemplo comovente dos cristãos martirizados na Argélia. Eles encontraram na celebração eucarística a força e o estímulo para também darem sua vida como testemunho de amor pelo povo argelino, mesmo sendo incompreendidos e mortos.
A radicalidade da Eucaristia, na qual Cristo colocou a memória da entrega de sua vida pela salvação da humanidade, mostra a seriedade e o empenho que são necessários para transformar este mundo, tornando-o a “casa comum”, onde a humanidade pode viver com dignidade.
Não é com medidas punitivas, como a tomada nesta semana pela Comunidade Européia, que se resolve o problema dos imigrantes. Sua existência aponta com clareza para um duplo desafio.
De um lado, é cada vez mais urgente que os benefícios do desenvolvimento sejam colocados à disposição de toda a humanidade, num ingente esforço de crescimento sustentável de continentes e países que ainda se debatem com a miséria. Só assim se estancarão os fluxos migratórios em direção das regiões mais desenvolvidas.
Por outro lado, é preciso superar a cultura do desperdício dos países ricos, cujo padrão de consumo é incompatível com um projeto de desenvolvimento sustentável para toda a humanidade. Os recursos do nosso planeta são limitados. A própria crise atual de alimentos serve de alerta.
Na cena evangélica da “multiplicação dos pães”, que na verdade foi uma “divisão dos pães”, o gesto final de Cristo passa desapercebido. Ele pediu para recolher os pedaços que tinham sobrado. Em questão de alimentos, não se pode desperdiçar nada. Somos chamados para a sobriedade, que abre caminho para a partilha, que nos permite encontrar nossa realização humana não no acúmulo que leva à depredação da natureza, mas na realização profunda do amor e do convívio fraterno.
Para um mundo que perdeu os rumos da partilha, nada mais urgente do que a mensagem do Evangelho, traduzida no gesto da Eucaristia.


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Fonte: Dom Demétrio Valentini - Bispo de Jales (SP) Local:Jales (SP)
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Côn. Vidigal - A dignidade dos pobres - 19/06/2008 - 11:39
O capítulo VIII do Documento de Aparecida, texto conclusivo da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, realizada em maio de 2007, trata do reino de Deus e da promoção da dignidade humana. Na linha de Medelin volta a insistir na opção preferencial pelos pobres e excluídos (8.3). Notável foi a presença de Jesus junto dos pobres e marginalizados e sua doutrina libertadora tem sido o referencial na promoção dos deserdados deste mundo. Ele mostrou que todos os homens possuem a dignidade de filhos de Deus e todos os homens são verdadeiramente irmãos. Eis aí a base da antropologia cristã e o fundamento da ajuda humanitária aos necessitados. Trata-se da vivência plena da realização do Reino de Deus. Lemos no Evangelho de São Marcos: “Ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-se dela, porque era como ovelhas que não têm pastor” (Mc 6,34). Hoje, como no tempo de Jesus, os pobres constituem a maioria e o Redentor, através da Igreja e dos cristãos autênticos continua sua obra de misericórdia.Quem penetra fundo nas narrativas evangélicas percebe que tais “pobres” sofrem sob algum tipo de jugo opressor material. Cristo não apenas declararia a dignidade deles perante Deus, de modo que recuperavam sua dignidade subjetivamente, mas atacava pela raiz as causas de sua indignidade social, ou seja,a as condições materiais de sua existência. Portanto, não é suficiente proclamar a dignidade dos sem dignidade, mas cumpre desmascarar e transformar as raízes de sua situação sócio-econômica. Jesus proclamou: "O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu; e enviou-me para anunciar a boa nova aos pobres ..." (Lc 4,18). Esta boa nova é operante sobre a realidade social e inclui a denúncia das injustiças e leva ao serviço do próximo. São Marcos registrou esta passagem expressiva. Assim preceituou Jesus a seus epígonos: “Sabeis que os que são considerados chefes das nações dominam sobre elas e os seus intendentes exercem poder sobre elas. Entre vós, porém, não será assim: todo o que quiser tornar-se grande entre vós, seja o vosso servo; e todo o que entre vós quiser ser o primeiro, seja escravo de todos. Porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em redenção por muitos” (Mc 10.42-45). Suas palavras produziam efeito, como aconteceu com Zaqueu. Está em São Marcos “Zaqueu, entretanto, de pé diante do Senhor, disse-lhe: Senhor, vou dar a metade dos meus bens aos pobres e, se tiver defraudado alguém, restituirei o quádruplo” (Marcos 19,8). Cristo exigia um serviço concreto para a libertação dos marginalizados. Esta libertação deve ser proclamada, não apenas como a vontade Deus para o mundo, mas deve se concretizar na história, deve ser um fato concreto. Trata-se de uma responsabilidade social de todo cristão que reconhece o direito dos pobres ao alimento, ao vestuário, à assistência na doença, ao consolo nos cárceres. Cada um com seu carisma próprio pode e deve se desdobrar, direta ou indiretamente, em todos estes aspectos. Na prática, todas estas situações podem ser objeto de uma ação caritativa que muito agrada a Deus. Verídico o axioma “o supérfluo dos ricos pertence ao pobres”,. Portanto, tudo aquilo do qual alguém pode se privar a bem dos outros entra nesta filosofia social de alto valor. São Basílio assim se expressou: “O que despoja um homem de suas vestes terá o nome de ladrão. E o que não veste a nudez do mendigo, quando pode fazê-lo, merecerá outro nome? Ao faminto pertence o pão que guardas gananciosamente. Ao homem nu, o manto que fica nos teus baús. Ao descalço, o sapato que apodrece na tua casa. Ao miserável, o dinheiro que tu guardas enfurnado”. Tudo isto merece profunda reflexão. * Professor no Seminário de Mariana - MG

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Fonte: Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho Local:Mariana (MG)
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A Bíblia, «Grande Código» da cultura ocidental - 19/06/2008 - 17:26
Revisitaremos apenas dois aspectos de um tema que justamente se arrisca a ser considerado inesgotável. Primeiro, o tópico da qualidade «estética» da Bíblia, visto ela ser também um texto literário. A palavra desempenha uma função capital: a Palavra divina está, de fato, na raiz da representação bíblica da criação e da própria História da Salvação (pense-se tanto no fenômeno do profetismo, como na proclamação do prólogo de João sobre o Logos, a Palavra divina que é Cristo). Esta Palavra encarna-se e exprime-se em palavras humanas que têm no símbolo a sua vida privilegiada. Abordaremos, em seguida, um outro aspecto talvez mais explícito quanto ao tema proposto, e que é aquele da presença da Bíblia na cultura ocidental, como componente estrutural do domínio artístico, ético e social. «As Sagradas Escrituras são o universo sobre o qual a literatura e a arte ocidentais operaram até ao século XVIII e, em grande medida, ainda operam». Esta afirmação do conhecido ensaio O grande código de Northrop Frye (1981), sobre a relação entre a Bíblia e a Literatura, assenta num fato facilmente comprovável para quem perscrute a história cultural do Ocidente: durante séculos, a Bíblia tem sido uma imensa gramática ou um repertório iconográfico, ideológico e literário ao qual ela se atém constantemente, quer a nível da alta cultura, quer a nível daquela popular. Até Nietzsche, que se tinha por filósofo “anticristão”, confessa, na sua obra Aurora (1881), que «para nós Abraão é mais significativo que qualquer outro personagem da história grega ou alemã. Entre o que sentimos lendo os Salmos e o que experimentamos com a leitura de Píndaro e de Petrarca vai a mesma distância que separa a pátria de qualquer terra estrangeira».Procurar delimitar esta presença, na multiplicidade das suas formas, ora idealizadas ora manipuladas, é uma tarefa ciclópica para não dizer desesperada, de tal maneira interminável e provisória permanece qualquer catalogação. Permanecendo numa trajetória puramente exemplificativa, indicaremos apenas alguns modelos que possam emblematicamente representar este imenso influxo.
1. Um primeiro modelo poderia ser definido como reinterpretativo ou atualizador: assume-se o texto ou o símbolo bíblico que é relido no interior de coordenadas historico-culturais novas e diversas. Pensemos na figura de Job que, depois de se ter tornado para a Arte Sacra uma imagem do Cristo paciente, transforma-se no paradigma da condição humana em Kierkegaard: no destino de Job ele lê a sua experiência incompleta de amor e a tentativa de recuperá-lo do passado por obra de Deus. Escrevia o filósofo dinamarquês: «Eu não leio Job com os olhos como se lê um outro livro qualquer, mas coloco-o sobre o coração... Cada palavra é alimento, agasalho e bálsamo para a miséria da minha alma».
Continuando ainda com este filósofo, pensemos no sacrifício de Isaac (Gen 22), tal como nos aparece revisto em Temor e Tremor: o terrível e silencioso caminho de três dias percorrido por Abraaão até ao monte da grande prova torna-se retrato de todo o itinerário de fé, mistério de luz e de sombra, no qual o crente deve chegar a desprender-se de todos os apoios humanos, inclusive afetos e relações fundamentais. O exegeta Gerhard von Rad, num volume intitulado O sacrifício di Isaac, recolherá em torno a este texto bíblico, além do comentário de Kierkegaard, as reinterpretações actualizadas de Lutero, Rembrandt e Ko³akowski, sabendo que já a tradição judaica na ‘aqedah, isto é no «atamento» sacrificial de Isaac sobre o altar do monte Moriá, vira o mistério do sofrimento do povo hebraico e se interrogou sobre o silêncio de Deus (sobretudo em conexão com o trágico acontecimento da shoah desencadeada pela perseguição nazi).
2. Há um outro modelo a individuar: esse elabora os dados bíblicos de maneira desconcertante e que podemos definir como degenerativa. Na própria história da teologia e da exegese verificaram-se frequentemente desvios e deformações hermenêuticas. O Texto sagrado transforma-se em pretexto para falar de outra coisa («alegoria») ou até para rebater o seu sentido original. Assim acontece também na história da cultura. Tomemos ainda como protótipo o livro de Job. A tradição, ignorando, de fato, o superlativo poema que constitui a substância da obra, fixou-se quase exclusivamente sobre o prólogo e o epílogo. Aqui Job aparece apenas como o homem paciente que supera a prova e é, por fim, recompensado por Deus. O corpo central da obra apresenta, porém, o drama de uma fé colocada diante do mistério de Deus e do enigma do mal. O culminar de uma procura dilacerada e exigentíssima está naquela profissão de fé que sigila realmente o inteiro escrito: «Eu já te conhecia por ouvir falar de ti; mas agora são os meus olhos que te vêem» (42,5).
É verdade que a arte cristã, no sulco de uma interpretação parcelar já presente no Novo Testamento (Tg 5,11) e nos Padres da Igreja, contentar-se-á em ilustrar um Job colocado sobre as cinzas da penitência, disposto a suportar os sofrimentos mais atrozes, a ironia da mulher e a contestação dos amigos, à espera da libertação final. Mas a “degeneração” do significado autêntico do livro bíblico pode ser ulteriormente ilustrada na infinda retoma literária que a história de Job conheceu (de Goethe a Dostojevskij, de Roth a Singer, de Bloch a Camus, de Morselli a Pomilio etc.). Exemplar neste sentido é a Resposta a Job de Carl G. Jung (1952), na qual o célebre sofredor bíblico se ergue como símbolo da moralidade e da responsabilidade diante de um Deus indiferente a qualquer ética, na sua omnipotência e omnisciência. Cristo será aquele que, proveniente de Deus e assumindo a humanidade, conseguirá aprender a lição moral de Job, o que o levará a erguer-se contra a dureza “imoral” e a insondabilidade do Pai celeste. Como é evidente, o texto bíblico corre assim o risco de redução a um fundo tênue sobre o qual se tecem novas tramas e novos significados, fenômeno que ocorre com muitas outras figuras bíblicas.
3. Há que reconhecer, contudo, que, se é sinal de fecundidade e de força plástica do original bíblico esta literatura assim “em desvio”, maior testemunho de força espiritual e cultural a Bíblia oferece quando consegue transparecer em toda a sua riqueza simbólica e teológica. É por isso que queremos ainda falar de um terceiro modelo, o transfigurativo. A arte consegue frequentemente tornar visíveis ressonâncias secretas do texto sagrado, transcrevendo-o em toda a sua pureza, fazendo germinar potencialidades que a exegese científica só com muita fadiga conquista ou, então, ignora de todo. Gaston Bachelard dizia , por exemplo, do famoso pintor Marc Chagall que nos seus quadros «ele lê a Bíblia e imediatamente os passos bíblicos tornam-se luz».
Nesta linha emerge como particularmente sugestiva a grande música que, no período histórico que vai de ‘600 aos inícios de ‘800, superou muitas vezes as artes figurativas como intérprete da Bíblia (Carissimi, Monteverdi, Schütz, Pachelbel, Bach, Vivaldi, Buxtehude, Telemann, Couperin, Charpentier, Haendel, Haydn, Mozart, Bruckner etc.). Imagine-se só o que pode significar uma oratória como Jefté de Carissimi ou Vésperas da Bem-Aventurada Virgem de Monteverdi ou uma Paixão segundo Mateus de Bach ou ainda, olhando para os nossos dias, a Paixão segundo São Lucas de Penderecki ou os Chichester Psalms de Bernstein. Para estudar um caso, específico e existencial, bastaria seguir a suprema releitura que Mozart faz de um salmo literariamente modesto, o brevíssimo 117 (116), caro contudo a Israel porque proclama as duas virtudes fundamentais da aliança que liga Deus ao seu povo, isto é veritas et misericordia, como diz a versão latina da Vulgata utilizada pelo músico, ou o «amor e a fidelidade», numa tradução mais próxima do original hebraico. E claro, o Laudate Dominum em Fá menor das Vésperas solenes de um Confessor (K 339) de Mozart consegue recriar toda a carga teológica e espiritual, hebraica e cristã do salmo, como não o saberia fazer nenhuma exegese textual direta.Em conclusão: deve-se entender que a Bíblia é um dos pontos de referência capitais não só para a fé, mas também para a nossa própria civilização. Não por acaso Goethe dizia que o cristianismo é «a língua materna da Europa».

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Fonte: Agência Ecclesia Local:Portugal
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Quem é Católico pode ser "de Esquerda"? - 18/06/2008 - 09:41
Por Marcos Monteiro Grillo"Socialismo religioso, socialismo católico são termos contraditórios: ninguém pode ser ao mesmo tempo bom católico e verdadeiro socialista." Papa Pio XI, Encíclica Quadragesimo Anno)
Se ser "de esquerda" significasse simplesmente uma preocupação com os pobres, com os marginalizados etc., não haveria problema algum em um católico ser de esquerda. Acontece que ser de esquerda não é meramente preocupar-se com os pobres e com os problemas sociais, e é absolutamente fundamental que essa distinção fique bem clara, pois é com esse discurso, de que ser de esquerda é ficar do lado dos pobres, que os arautos do esquerdismo têm levado muitas pessoas, principalmente os jovens (naturalmente idealistas), para as fileiras socialistas. Vejamos, pois, em que realmente consiste ser "de esquerda".
Luta de classes: dogma básico da ideologia esquerdista
Em primeiro lugar, ser de esquerda significa, necessariamente, aderir a uma ideologia, a uma visão de mundo, enfim, a um conjunto de idéias e princípios que determinam o modo pelo qual o esquerdista enxerga e compreende a realidade. E mesmo quem nunca leu nada sobre o pensamento esquerdista sabe, mesmo que inconscientemente, que um dos dogmas dessa ideologia, talvez o dogma principal, é a luta de classes, que podemos definir, sucintamente, como o embate entre os ricos e os pobres, entre os "opressores" e os "oprimidos", entre os "donos do capital" (ou capitalistas) e os trabalhadores. Em suma, luta de classes é a idéia segundo a qual em todas as relações sociais existe essa tensão entre os "fortes" e os "fracos", e praticamente toda a realidade é afetada por esse embate, na medida em que todas as ações são determinadas pelos interesses desta ou daquela classe. De acordo com o esquerdismo, até mesmo os princípios éticos e morais estão sujeitos à luta de classes, no sentido de que, na luta contra os "poderosos" em favor dos "fracos", vale tudo, até mesmo mentir, roubar, desviar dinheiro público etc. Mas é preciso que o católico saiba que a Igreja reprova a teoria da luta de classes. Vejamos, por exemplo, o que nos ensinou o Papa João Paulo II sobre essa teoria:
"77. A Igreja, encorajando a criação e a ação de associações — tais os sindicatos — que lutam pela defesa dos interesses legítimos dos trabalhadores pela justiça social, nem por isso admite a teoria que vê na luta de classes o dinamismo estrutural da vida social. A ação que a Igreja preconiza não é a luta de uma classe contra outra para eliminar o adversário, nem provém da submissão aberrante a uma pretensa lei da história, mas se trata de uma luta nobre e ponderada, visando à justiça e à solidariedade sociais. Aliás, o fiel cristão sempre preferirá a via do diálogo e do acordo. Cristo nos deu o mandamento do amor aos inimigos (cf. Mt 5,44; Lc 6,27s 35). No espírito do Evangelho, a libertação é, portanto, incompatível com o ódio pelo outro, considerado individual ou coletivamente, inclusive o ódio ao inimigo."[1]
É inegável que a luta de classes, princípio fundamental da ideologia esquerdista, alimenta o ódio entre as pessoas e os grupos sociais. Quem adere ao esquerdismo é inevitavelmente tomado por esse ódio, mesmo que nunca tenha ouvido falar do conceito de luta de classes. E esse ódio esquerdista, por seu turno, é dirigido a todas as pessoas e instituições que possam, na visão esquerdista, simbolizar a "classe dominante". As Organizações Globo, os empresários, as pessoas mais abastadas e os países ricos (sobretudo os EUA), por exemplo, tornam-se objeto do ódio esquerdista, na medida em que servem à opressão dos poderosos sobre os mais fracos. E é de se notar que a própria Igreja passa a ser objeto desse ódio:
"12. Mas as 'teologias da libertação' que aqui nos referimos entendem por Igreja do povo uma Igreja de classe, a Igreja do povo oprimido, Igreja que deve ser 'conscientizada' em vista da luta libertadora organizada. O povo assim entendido chega mesmo a tornar-se, na opinião de alguns, objeto de fé.
13. A partir de tal imagem da Igreja do povo elabora-se uma crítica das próprias estruturas da Igreja. Não se trata apenas de uma correção fraterna dirigida aos pastores da Igreja cujo procedimento não reflita o espírito evangélico de serviço e se apegue a sinais anacrônicos de autoridade que escandalizam os pobres. Trata-se, sim, de pôr em xeque a estrutura sacramental e hierárquica da Igreja tal como a desejou o próprio Senhor. Na hierarquia e no magistério são denunciados os que desempenham objetivamente o papel da classe dominante, que é preciso combater. Teologicamente, esta posição equivale a afirmar que o povo é a fonte dos ministérios e, portanto, pode dotar-se de ministros à sua escolha, de acordo com as necessidades de sua tarefa revolucionária histórica."[2]
É claro que um esquerdista que ler esse texto retrucará dizendo que não tem ódio por ninguém, mas sim "amor pelos pobres" (vide a famosa "opção preferencial pelos pobres", da teologia da libertação). E mesmo que tal esquerdista admita que realmente sente ódio aos "ricos", aos "poderosos" etc., ele justificará esse ódio afirmando que é a luta em defesa dos "oprimidos" que o faz ter ódio aos "opressores". Mas, como lemos no documento já citado, "no espírito do Evangelho, a libertação é, portanto, incompatível com o ódio pelo outro, considerado individual ou coletivamente, inclusive o ódio ao inimigo." Cristo, como sabemos, nos deu o mandamento e o exemplo do amor, não do ódio.
Ainda sobre a luta de classes, convém ler o que escreveu o Papa Pio XI, em sua Encíclica Quadragesimo Anno:
"Mas não se vá julgar que os partidos socialistas, não filiados ainda no comunismo, professam já todos teórica e praticamente esta moderação. Em geral não renegam a luta de classes nem a abolição da propriedade, apenas a mitigam. Ora se os falsos princípios assim se mitigam e obliteram, pergunta-se, ou melhor perguntam alguns sem razão, se não será bem que também os princípios católicos se mitiguem e moderem, para sair ao encontro do socialismo e congraçar-se com ele a meio caminho? Não falta quem se deixe levar da esperança de atrair por este modo os socialistas. Esperança vã! Quem quer ser apóstolo entre os socialistas, é preciso que professe franca e lealmente toda a verdade cristã, e que de nenhum modo feche os olhos ao erro. Esforcem-se antes, se querem ser verdadeiros arautos do Evangelho, por mostrar aos socialistas, que as suas reclamações, na parte que tem de justas, se defendem muito mais vigorosamente com os princípios da fé e se promovem muito mais eficazmente com as forças da caridade."[3]
Em outras palavras, é preciso que os católicos saibam que a solidariedade, a fraternidade e a justiça, muito antes de constituírem uma espécie de "monopólio" dos esquerdistas, são valores que se defendem e se promovem muito mais eficazmente a partir dos princípios da fé cristã e da força do amor, e não segundo as idéias esquerdistas, as quais, como vimos, só produzem o ódio e a inveja, conforme deixa claro o trecho abaixo, da já citada Instrução da Congregação da Doutrina da fé "Libertatis nuntius":
"Por conseguinte, o ingresso na luta de classes é apresentado como uma exigência da caridade como tal; denunciam-se como atitudes obstaculizadoras e contrárias ao amor aos pobres a vontade de amar desde já todos os homens, qualquer que seja a classe a que pertença, bem como o empenho em ir a seu encontro pelas vias não violentas do diálogo e da persuasão. Se, porém, se afirma que o homem não pode ser objeto de ódio, afirma-se simultaneamente do mesmo modo que, pelo fato de pertencer objetivamente ao mundo dos ricos, ele deve, por princípio, ser combatido como inimigo de classe. Como conseqüência, a natureza universal do amor ao próximo e a fraternidade transformam-se num princípio escatológico, que terá validade somente para o 'homem novo' que deve surgir da revolução vitoriosa."[4]
Com relação à atração que alguns católicos sentem pela ideologia socialista, é de extrema importância lermos as advertências abaixo, do Papa Paulo VI:
"31. Há cristãos, hoje em dia, que se sentem atraídos pelas correntes socialistas e pelas suas diversas evoluções. Eles procuram descobrir aí um certo número de aspirações, que acalentam em si mesmos, em nome da sua fé. Em determinado momento têm a sensação de estar inseridos numa corrente histórica e querem realizar aí a sua ação. Mas sucede que, conforme os continentes e as culturas, esta corrente histórica assume formas diversas, sob um mesmo vocábulo; contudo, tal corrente foi e continua a ser, em muitos casos, inspirada por ideologias incompatíveis com a fé cristã. Impõe-se, por conseguinte um discernimento atento. Muito freqüentemente, os cristãos atraídos pelo socialismo têm tendência para o idealizar, em termos muito genéricos, aliás: desejo de justiça, de solidariedade e de igualdade. Eles recusam-se a reconhecer as pressões dos movimentos históricos socialistas, que permanecem condicionados pelas suas ideologias de origem. Entre os diversos escalões de expressão do socialismo - uma aspiraçâo generosa e uma procura diligente de uma sociedade mais justa, movimentos históricos que tenham uma organização e uma finalidade política, ou, ainda, uma ideologia que pretenda dar uma visão total e autônoma do homem - devem fazer-se distinções, que hão de servir para guiar opções concretas. No entanto, essas distinções não devem ir até ao extremismo de considerar esses diversos escalões de expressão do socialismo como completamente separados e independentes. A ligação concreta que, conforme as circunstâncias, existe entre eles, tem de ser lucidamente notada; e então, uma tal perspicácia permitirá aos cristãos estabelecer o grau de compromisso possível nessa causa, salvaguardados os valores, principalmente, de liberdade, de responsabilidade e de abertura ao espiritual, que garantam o desabrochamento integral do homem.
Evolução histórica do marxismo
32. Outros cristãos perguntam-se mesmo, se uma evolução histórica do marxismo não permitiria algumas aproximações concretas. Eles verificam que se deu, de fato, uma certa explosão do mesmo marxismo, o qual, até agora se apresentava como uma ideologia unitária, explicativa da totalidade do homem e do mundo no seu processo de desenvolvimento, e, portanto, atéia. Com efeito, para além do contraste ideológico que põe frente-a-frente, separando-os oficialmente entre si, os vários defensores do marxismo-leninismo, com a sua interpretação prospectiva do pensamento dos fundadores; para além das oposições abertas entre os sistemas políticos que atualmente derivam o nome desse mesmo pensamento: há alguns que estabelecem distinções entre os diversos escalões de expressão do marxismo.
33. Para uns, o marxismo continua a ser, essencialmente, uma prática ativa da luta de classes. Por isso mesmo que têm a experiência vivida da força sempre presente e a renascer sem cessar, daquelas relações de dominação e de exploração entre os homens, estes que assim encaram o maxismo reduzem-no freqüentemente a ser apenas a tal luta, por vezes sem nenhum outro objetivo; luta que é preciso prosseguir, e até mesmo suscitar, de modo permanente. Para outros, o marxismo será prevalentemente o exercício coletivo de um poder político e econômico, sob a direção do partido único, que intenta ser, ele somente, expressão e garantia do bem de todos, subtraindo aos indivíduos e aos outros grupos toda e qualquer possibilidade de iniciativa e de escolha. A um terceiro nível, o marxismo, quer esteja no poder, quer não, é algo que se relaciona com uma ideologia socialista, à base de materialismo histórico e de negação de tudo o que é transcendente.
Noutra perspectiva, finalmente, o marxismo apresenta-se sob uma forma mais atenuada e mais sedutora para o espírito moderno: como uma atividade científica, como um método rigoroso de exame da realidade social e política, ou ainda, como a ligação racional e experimentada pela história, entre o conhecimento teórico e a prática da transformação revolucionária. Se bem que este tipo de análise favoreça determinados aspectos da realidade, em detrimento dos outros, e os interprete em função da ideologia, ele proporciona entretanto a alguns, com um instrumento de trabalho, uma certeza preliminar para a ação: a pretensão de decifrar, sob um prisma científico, as molas reais da evolução da sociedade.
34. Se nesta gama do marxismo, tal como ele é vivido concretamente, se podem distinguir estes diversos aspectos e as questões que eles levantam aos cristãos para a reflexão e para a ação, seria ilusório e perigoso mesmo, chegar-se ao ponto de esquecer a ligação íntima que os une radicalmente, e de aceitar os elementos de análise marxista sem reconhecer as suas relações com a ideologia, e ainda, de entrar na prática da luta de classes e da sua interpretação marxista, esquecendo-se de atender ao tipo de sociedade totalitária e violenta, a que conduz este processo."[5]
E quanto ao socialismo "lignt"?
Note, caro leitor, que embora haja variações dentro do pensamento esquerdista, que vão desde o marxismo radical até o socialismo light, todas as formas de esquerdismo, em última análise, são contrárias à fé católica, na medida em que, como já foi dito, a adesão ao esquerdismo implica a aceitação um conjunto de idéias e princípios que são incompatíveis com a nossa fé (voltaremos a falar sobre esse ponto mais à frente).
Sobre a evolução do pensamento esquerdista e suas variações, leiamos o que disse o Papa Pio XI:
"Evolução do socialismo"
Não menos profunda que a da economia, foi desde o tempo de Leão XIII a evolução do socialismo, contra o qual principalmente terçou armas o Nosso Predecessor. Então podia ele dizer-se único, defendia uma doutrina bem definida e reduzida a sistema; depois dividiu-se em duas facções principais, de tendências pela maior parte contrárias, e irreconciliáveis entre si, conservando porém ambas o princípio fundamental do socialismo primitivo, contrário à fé cristã.
O partido da violência ou comunismo
Uma das facções seguiu uma evolução paralela à da economia capitalista, que antes descrevemos, e precipitou no comunismo, que ensina duas coisas e as procura realizar, não oculta ou solapadamente, mas à luz do dia, francamente e por todos os meios ainda os mais violentos: guerra de classes sem tréguas nem quartel e completa destruição da propriedade particular. Na prossecução destes objectivos a tudo se atreve, nada respeita; uma vez no poder, é incrível e espantoso quão bárbaro e desumano se monstra. Aí estão a atestá-lo as mortandades e ruínas de que alastrou vastíssimas regiões da Europa oriental e da Ásia; e então o ódio declarado contra a santa Igreja e contra o mesmo Deus demasiado o provam essas monstruosidades sacrílegas bem conhecidas de todo o mundo. Por isso, se bem julgamos supérfluo chamar a atenção dos filhos obedientes da Igreja para a impiedade e iniquidade do comunismo, contudo não é sem uma dor profunda, que vemos a apatia dos que parecem desprezar perigos tão iminentes, e com desleixo pasmoso deixam propagar por toda a parte doutrinas, que porão a sociedade a ferro e fogo. Sobretudo digna de censura é a inércia daqueles, que não tratam de suprimir ou mudar um estado de coisas, que, exasperando os ânimos, abre caminho à subversão e ruína completa da sociedade.
O socialismo propriamente dito, ou mitigado
Mais moderada é a outra facção, que conservou o nome de socialismo: porque não só professa abster-se da violência, mas abranda e limita de algum modo, embora não as suprima de todo, a luta de classes e a extinção da propriedade particular. Dir-se-ia que o socialismo, aterrado com as consequências que o comunismo deduziu de seus próprios princípios, tende para as verdades que a tradição cristã sempre solenemente ensinou, e delas em certa maneira se aproxima; por quanto é inegável que as suas revindicações concordam às vezes muitíssimo com as reclamações dos católicos que trabalham na reforma social.
Com efeito a luta de classes, quando livre de inimizades e ódio mútuo, transforma-se pouco a pouco numa concorrência honesta, fundada no amor da justiça, que se bem não é aquela bem-aventurada paz social, por que todos suspiramos, pode e deve ser o princípio da mútua colaboração. Do mesmo modo a guerra à propriedade particular, afrouxando pouco a pouco, chega a limitar-se a ponto de já não agredir a posse do necessário à produção dos bens, mas aquele despotismo social, que a propriedade contra todo o direito se arrogou. E de facto um tal poder não pertence aos simples proprietários mas à autoridade pública. Por este caminho podem os princípios deste socialismo mitigado vir pouco a pouco a coincidir com os votos e reclamações dos que procuram reformar a sociedade segundo os princípios cristãos. Estes com razão pretendem que certos géneros de bens sejam reservados ao Estado, quando o poderio que trazem consigo é tal, que, sem perigo do mesmo Estado, não pode deixar-se em mãos dos particulares.
Tão justos desejos e revindicações em nada se opõem à verdade cristã, e muito menos são exclusivos do socialismo. Por isso quem só por eles luta, não tem razão para declarar-se socialista.
Mas não se vá julgar que os partidos socialistas, não filiados ainda no comunismo, professam já todos teórica e praticamente esta moderação. Em geral não renegam a luta de classes nem a abolição da propriedade, apenas a mitigam. Ora se os falsos princípios assim se mitigam e obliteram, pergunta-se, ou melhor perguntam alguns sem razão, se não será bem que também os princípios católicos se mitiguem e moderem, para sair ao encontro do socialismo e congraçar-se com ele a meio caminho? Não falta quem se deixe levar da esperança de atrair por este modo os socialistas.
Esperança vã! Quem quer ser apóstolo entre os socialistas, é preciso que professe franca e lealmente toda a verdade cristã, e que de nenhum modo feche os olhos ao erro. Esforcem-se antes, se querem ser verdadeiros arautos do Evangelho, por mostrar aos socialistas, que as suas reclamações, na parte que tem de justas, se defendem muito mais vigorosamente com os princípios da fé e se promovem muito mais eficazmente com as forças da caridade.
Contrasta com a doutrina católica
E se o socialismo estiver realmente tão moderado no tocante à luta de classes e à propriedade particular, que já não mereça nisto a mínima censura? Terá renunciado por isso à sua natureza essencialmente anticristã? Eis uma dúvida, que a muitos traz suspensos. Muitíssimos católicos convencidos de que os princípios cristãos não podem jamais abandonar-se nem obliterar-se, volvem os olhos para esta Santa Sé e suplicam instantemente, que definamos se este socialismo repudiou de tal maneira as suas falsas doutrinas, que já se possa abraçar e quase baptizar, sem prejuízo de nenhum princípio cristão. Para lhes respondermos, como pede a Nossa paterna solicitude, declaramos: O socialismo quer se considere como doutrina, quer como facto histórico, ou como « acção », se é verdadeiro socialismo, mesmo depois de se aproximar da verdade e da justiça nos pontos sobreditos, não pode conciliar-se com a doutrina católica; pois concebe a sociedade de modo completamente avesso à verdade cristã.
Com efeito : segundo a doutrina cristã o homem sociável por natureza é colocado nesta terra, para que, vivendo em sociedade e sob a autoridade ordenada por Deus, cultive e desenvolva plenamente todas as suas faculdades, para louvor e glória do Criador, e pelo fiel cumprimento dos deveres da sua profissão ou vocação, qualquer que ela seja, grangeie a felicidade temporal e eterna. Ora o socialismo, ignorando por completo ou desprezando este fim sublime dos indivíduos e da sociedade, opina que o consórcio humano foi instituído só pela vantagem material que oferece. E na verdade do facto que o trabalho convenientemente organizado é muito mais produtivo que os esforços isolados, os socialistas concluem, que a actividade económica deve necessariamente revestir uma forma social.
Desta necessidade segue-se, segundo eles, que os homens por amor da produção são obrigados a entregar-se e sujeitar-se completamente à sociedade. Mais: estimam tanto os bens materiais, que servem à comodidade da vida, que afirmam deverem pospor-se e mesmo sacrificar-se quaisquer outros bens superiores e em particular a liberdade às exigências de uma produção activíssima. Esta perda da dignidade humana, inevitável no sistema da produção « socializada », julgam-na bem compensada com a abundância dos bens que, produzidos socialmente, serão distribuídos pelos indivíduos, e estes poderão livremente aplicar a uma vida mais cómoda e faustosa. Em consequência a sociedade sonhada pelo socialismo não pode existir nem conceber-se sem violências manifestas; por outra parte goza de uma liberdade não menos falsa, pois carece de verdadeira autoridade social; esta não pode fundar-se nos cómodos materiais, mas provém somente de Deus Criador e fim último de todas as coisas. (55)
Católicos e socialistas termos contraditórios
E se este erro, como todos os mais, encerra algo de verdade, o que os Sumos Pontífices nunca negaram, funda-se contudo numa própria concepção da sociedade humana, diametralmente oposta à verdadeira doutrina católica. Socialismo religioso, socialismo católico são termos contraditórios: ninguém pode ser ao mesmo tempo bom católico e verdadeiro socialista."[6]
Leiamos agora mais um trecho de um documento do Magistério sobre a evolução do esquerdismo e suas variantes:
"8. Ninguém nega que, desde suas origens, e bem mais nestes últimos anos, o pensamento marxiano se diversificou, dando origem a diversas opiniões que divergem consideravelmente entre si. Na medida, porém, em que se manem verdadeiramente marxianas, estas opiniões continuam vinculadas a algumas eses fundamentais que não são compatíveis com a concepção cristã do homem e da sociedade.
Daí se seque que certas fórmulas já não são totalmente neutras, mas conservam a significação que receberam no pensamento primigênio dos marxistas. Isso vale para a 'luta de classes'. Esta expressão continua totalmente impregnada da força que Karl Marx lhe deu e não pode, por conseguinte, ser considerada como empiricamente equivalente a 'conflito social agudo'.
Aqueles que se servem de semelhantes fórmulas, fingindo reter apenas alguns elementos da análise marxiana, que de resto seria rejeitada na sua globalidade, alimentam pelo menos uma grave ambigüidade no espírito de seus leitores.
9. Lembremos que o ateísmo e a negação da pessoa humana, de sua liberdade e de seus direitos se encontram no centro da concepção marxiana. Estas , portanto, contêm em si erros que ameaçam diretamente as verdades de fé sobre o destino eterno dos homens."[7]
Considerando que a ideologia esquerdista está baseada fundamentalmente no dogma da luta de classes, e considerando que esse dogma já foi explícita e reiteradamente reprovado pela Igreja, como ficou demonstrado acima, impõe-se-nos a conclusão de que pelo simples fato de ser baseada na luta de classes a ideologia esquerdista deve ser prontamente rechaçada pelo fiel católico.
A agenda esquerdista
Mas essa não é a única razão pela qual um católico não pode ser de esquerda. Há que se considerar também o que podemos chamar de agenda esquerdista, que consiste no conjunto de idéias e causas defendidas de um modo geral por todos os partidos e políticos de esquerda. Tal agenda inclui:
1 - a legalização (ou "descriminalização") do aborto;
1.1 – o PT, principal partido de esquerda não só do Brasil mas da América Latina, apóia a "descriminalização do aborto" (clique aqui e aqui); mas não é só o PT, outros partidos de esquerda, como o PCdoB (aliado incondicional do governo Lula/PT), também apóiam a legalização do aborto (leia aqui);
2 - a união civil de homossexuais (ou "casamento gay");
2-1 – o PT também apóia o "casamento gay" (leia aqui e aqui); aliás, o projeto original da "união civil homossexual" é da ex-deputada Marta Suplicy, do PT de São Paulo (veja aqui); veja também essa matéria;
3 - a Lei da Homofobia (ou "lei da mordaça gay");
3.1 – o projeto da Lei da Homofobia, que pretende tornar crime toda e qualquer atitude considerada "discriminatória" pelos homossexuais (leia mais aqui e aqui), é amplamente apoiado pelo PT (veja aqui), bem como por outros partidos e movimentos de esquerda (veja aqui e aqui);
4 - o pluralismo/relativismo religioso (de acordo com essa perspectiva, todas as religiões são equivalentes e devem contribuir para que seja alcançada a "sociedade ideal" preconizada pelos esquerdistas; ainda de acordo com essa concepção, não só o catolicismo mas todas as demais religiões são sutil e gradativamente esvaziadas de seu conteúdo transcendente e vão se tornando apenas variações de um humanismo laico com um mero verniz religioso);
4.1 – veja apenas alguns exemplos dessa perspectiva clicando nos hiperlinks abaixo:
- Desafios às religiões num mundo pluralista e desigual, Por Frei Betto- CONSELHO MUNDIAL DE IGREJAS: Cristãos se unem por transformações- 'Jesus como único e universal Salvador precisa ser reinterpretado'- Liberdade religiosa, in-tolerância religiosa, por Rev. Israel Cardoso
5 - as pesquisas com células-tronco embrionárias (que implicam a realização de abortos em massa);
5.1 – Mais uma vez indo na contramão da doutrina católica, o PT (veja aqui, aqui e aqui) e o presidente Lula (veja aqui) manifestam apoio às pesquisas com células-tronco; mas não é só o PT e o presidente Lula que são favoráveis a essas pesquisas, Alto Rebelo, do PCdoB, partido da base governista, também é (veja aqui);
6 - o relativismo moral;
6.1 – novas "configurações familiares", como famílias com "dois pais" ou "duas mães" (veja aqui e aqui); sexo livre, com o uso "obrigatório" de preservativo (veja a postura do governo Lula/PT sobre esse assunto clicando aqui, aqui e aqui); etc.;
7 – o antiamericanismo, que tem como conseqüência a aliança dos esquerdistas com governos antidemocráticos, como o do venezuelano Hugo Chávez e o dos irmãos Castro (veja aqui, aqui, aqui, aqui e aqui), e até com movimentos radicais islâmicos (confira aqui e aqui).
Resta alguma dúvida sobre a absoluta incompatibilidade entre a fé católica e a agenda esquerdista?
Esquerdismo e excomunhão
Em 28 de junho de 1949 o Vaticano publicou um documento intitulado "Decreto contra o comunismo", o qual previa a pena de excomunhão para "fiéis cristãos que professam a doutrina materialista e anticristã do comunismo, e sobretudo os que a defendem ou propagam"[8]. O referido decreto foi ab-rogado (pelo menos na opinião de alguns especialistas em direito canônico) por ocasião da promulgação do atual Código de Direito Canônico (cf. Cân. 6.).
Não obstante, vejamos o que diz o cânon 1364 do Código de Direito Canônico (CDC) atual:
"Cân. 1364 — § 1. O apóstata da fé, o herege ou o cismático incorre em excomunhão latae sententiae (...)"
Consideremos agora a definição de "heresia" segundo o CDC:
"Cân. 751 — Chama-se heresia a negação pertinaz, após a recepção do batismo, de qualquer verdade que se deva crer com fé divina e católica, ou a dúvida pertinaz a respeito dela (...)"
Já o cânon 750 do CDC expressa:
"Cân. 750 — § 1. Deve-se crer com fé divina e católica em tudo o que se contém na palavra de Deus escrita ou transmitida por Tradição, ou seja, no único depósito da fé confiado à Igreja, quanto ao mesmo tempo é proposto como divinamente revelado quer pelo magistério solene da Igreja, quer por seu magistério ordinário e universal (...)"
Pode-se questionar se a ideologia esquerdista se enquadra no conceito de heresia. Mas mesmo que o esquerdismo não seja propriamente uma heresia, isto é, que o caráter de heresia do esquerdismo não tenha sido proposto como algo "divinamente revelado quer pelo magistério solene da Igreja, quer por seu magistério ordinário e universal"; e mesmo que a reprovação da Igreja à ideologia esquerdista não se enquadre no § 2 do cânon 750 ("Deve-se ainda firmemente aceitar e acreditar também em tudo o que é proposto de maneira definitiva pelo magistério da Igreja em matéria de fé e costumes, isto é, tudo o que se requer para conservar santamente e expor fielmente o depósito da fé [...]"), há que se considerar, no mínimo, que o risco do esquerdismo ser uma heresia é consideravelmente grande, e esse risco já é o bastante para que o fiel católico mantenha distância dessa ideologia nefasta.
Ademais, tendo o Magistério reprovado reiteradas vezes a ideologia esquerdista, por que razão o fiel católico há de ir contra o ensino da Igreja, ainda mais correndo sério risco de excomunhão?!
Conclusão
Não se pode negar que nas fileiras esquerdistas há muitas pessoas bem-intencionadas, que realmente se preocupam com os mais pobres e necessitados. A própria Igreja reconhece algum mérito na teologia da libertação, que é o esquerdismo aplicado à fé cristã.[9] Não obstante, cremos ter ficado suficientemente provada a absoluta incompatibilidade entre a ideologia esquerdista e a fé católica, e isso tanto no que diz respeito ao ensino do Magistério quanto no que se refere à agenda esquerdista, radicalmente contrária à fé cristã. E é importante salientar que essa incompatibilidade não se restringe ao esquerdismo em sentido estrito (isto é, ao comunismo marxista), mas abrange todo o espectro da ideologia esquerdista, que vai desde o marxismo "ortodoxo" até o socialismo moderado (ou "light").
Ao chegarem ao final deste artigo, muitos leitores podem estar se perguntando: que posicionamento político-ideológico deve adotar o católico que queira manter-se fiel à Igreja? Essa questão, também de grande importância, merece ser tratada num outro artigo. Por ora, é fundamental que, em resposta à pergunta que serve de título ao presente texto, digamos: não, quem é católico NÃO pode ser de esquerda!
[1] Instrução da Congregação da Doutrina da fé "Libertatis conscientia", 22 mar. 1986 (Denzinger, n. 4773).
[2] Instrução da Congregação da Doutrina da fé "Libertatis nuntius", 6 ago. 1984 (Denzinger, nn. 4740 e 4741).
[3] Papa Pio XI, Carta Encíclica "Quadragesimo Anno".
[4] Instrução da Congregação da Doutrina da fé "Libertatis nuntius", 6 ago. 1984 (Denzinger, n. 4736).
[5] Papa Paulo VI, Carta Apostólica "Octogesima Adveniens".
[6] Papa Pio XI, Carta Encíclica "Quadragesimo Anno".
[7] Instrução da Congregação da Doutrina da fé "Libexaago. 1984 (Denzinger, nn. 4732 a 4734).
[8] "Decreto contra o comunismo", do S. Ofício, 28 jun. (1º jul.) 1949 (Denzinger, n. 3865).
[9] Por exemplo: "Todavia, as 'teologias da libertação', cujo mérito é ter revalorizado os grandes textos dos profetas e do Evangelho sobre a proteção aos pobres (...)" (Instrução da Congregação da Doutrina da fé "Libertatis nuntius", 6 ago. 1984 (Denzinger, n. 4738).
Para citar este artigo:
GRILLO, Marcos Monteiro. Apostolado Veritatis Splendor: QUEM É CATÓLICO PODE SER "DE ESQUERDA"?. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/5143. Desde 6/9/2008.
-- Alessandro Lima.
"A Igreja é a Coluna o Fundamento da Verdade" (1Tm 3,15)


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Papa: Santo Isidoro recorda importância de amar a Deus com contemplação e o próximo com a ação - 18/06/2008 - 11:21
Como todas as quartas-feiras, Bento XVI se encontrou esta manhã, na Praça São Pedro, com milhares de peregrinos, fiéis e turistas provenientes de diversos países para a Audiência Geral.
O Papa dedicou a sua catequese de hoje à figura de Santo Isidoro, amigo do Papa Gregório Magno. Isidoro nasceu em Sevilha, na Espanha. Era o irmão mais novo de São Leandro e o sucedeu na sede episcopal de Sevilha no ano 599.
Santo Isidoro é considerado o último dos padres cristãos da antiguidade. Depois da sua morte, no ano 636, o Concílio de Toledo o definiu como "a glória da Igreja Católica".
Isidoro, que na sua infância foi exilado, foi educado num ambiente de disciplina e estudo. Em sua casa, havia uma biblioteca repleta de obras clássicas, pagãs e cristãs.
Em sua vida pessoal, Isidoro passou por um permanente conflito interior, entre o desejo de dedicar-se unicamente à meditação da Palavra de Deus e as exigências da caridade para com os irmãos, cuja salvação lhe fora confiada como bispo.
A grandeza da sua cultura permitiu-lhe confrontar continuamente a novidade cristã com a herança clássica greco-romana. Assim, Isidoro possuía o dom da síntese, ou melhor, o dom de compilar os textos, sendo admirável sua preocupação por não descuidar de nada do que a experiência humana produziu na história de sua pátria e do mundo inteiro.
A propósito, ele ofereceu um preciso ensinamento moral sobre as relações entre vida ativa e vida contemplativa: "O servo de Deus, imitando Cristo, deve se dedicar à contemplação sem negar-se à vida ativa. Comportar-se de outro modo não seria justo. De fato, assim como se deve amar a Deus com a contemplação, assim se deve amar o próximo com a ação. Não é possível amar sem experimentar as duas formas".
O Santo Padre considera que esta seja a síntese de uma vida que busca a contemplação de Deus, o diálogo com Deus na oração e na leitura da Sagrada Escritura, como também a ação a serviço da comunidade humana e do próximo: "Esta é a lição que Santo Isidoro deixa a nós, cristãos de hoje, chamados a testemunhar Cristo no início do novo milênio".
Ao término da sua catequese semanal, Bento XVI cumprimentou os presentes em várias línguas.
Falando em italiano, o papa dirigiu uma saudação particular aos jovens que estão concluindo o ano letivo. E àqueles que já estão de férias, o Santo fez votos para que aproveitem este período de verão europeu para úteis experiências sociais e religiosas.
Por fim, o Bispo de Roma dirigiu seu pensamento aos participantes do Congresso Eucarístico Internacional, que está em andamento em Québec, no Canadá, sobre o tema: "A Eucaristia, dom de Deus para a vida do mundo".
"Participo espiritualmente de um encontro eclesial tão solene, o qual, espero, possa servir para as comunidades canadenses e para a Igreja Católica como tempo forte de oração, de reflexão e de contemplação do mistério da santa Eucaristia. Que este evento seja também uma ocasião propícia para reafirmar a fé da Igreja na presença real de Cristo no Santíssimo Sacramento."
O pontífice convidou os presentes a rezarem para que este Congresso Eucarístico Internacional possa reavivar nos fiéis, não só do Canadá, mas de tantas outras nações do mundo, a consciência daqueles valores evangélicos espirituais que forjaram a sua identidade ao longo da história.
Enfim, Bento XVI se despediu dos fiéis de língua portuguesa: "A todos os amados ouvintes de língua portuguesa, com cordiais saudações, desejo felicidades, graça e paz no Senhor Jesus Cristo. Saúdo em particular os peregrinos portugueses da Diocese de Viana do Castelo: que a Virgem de Fátima vos acompanhe e ampare sempre na caminhada da fé e no crescimento do amor pelo próximo, e consiga todo o bem para os que vos são queridos. Com a minha Bênção Apostólica".

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Côn. Vidigal - As tensões hodiernas - 18/06/2008 - 15:51
O ser racional possui no mais íntimo de si mesmo a sede de sua realização pessoal. Em nossos dias, por força das dimensões de grandes aglomerados urbanos, econômicos e culturais em que se vive, o homem se sente confuso. Está, deste modo, sujeito a impactos exteriores os quais minam sua estrutura psicológica. Nunca se falou tanto em baixa estima e outros distúrbios de personalidade, o que significa que a personalização individual encontra óbices cada vez maiores. A constituição da identidade subjetiva se tornou o problema específico do ser humano. De um lado, a fobia diante da natureza impiedosamente agredida nas diversas formas de degradação do meio ambiente, avolumando-se fenômenos catastróficos, levando a uma mortandade assustadora de pessoas e outros seres vivos.De outro lado, a ética social, na qual domina outro tipo de poluição, ou seja, a mente humana bombardeada por uma multidão de mensagens via propaganda e a corrida econômica dos grupos aos quais só interessa o lucro a qualquer preço, aumentando o fosso entre pobres e ricos. O ser pensante se vê ameaçado na sua liberdade pela manipulação do controle social englobante. Deparam-se por toda parte pessoas incapazes de decisões individuais, autônomas e com critérios próprios, despreparadas, desprovidas de julgamento, despersonalizadas. Daí resulta toda uma lamentável situação de relativização total, na qual não há lugar mais para qualquer ordem fundamental de valores, ficando o indivíduo escravo dos critérios dos dominadores que intrumentalizam os formadores de opinião na defesa de seus interesses. Não seria exagerado afirmar que um bando de alienados resulta deste caos que impede o indivíduo a entrar no reduto de sua subjetividade própria, na sua beatífica relação consigo mesmo, para depois se abrir para os outros numa relação de autêntica fraternidade.Perante tal quadro o que fazer? Cumpre criar foras de resistência, isto é, estabelecer um poderoso anteparo contra essa sufocação através do aprimoramento do senso crítico, de momentos de reflexão profunda, de saudável fuga do barulho externo, estressante e desagregador. O que então Sócrates preconizara no século quarto antes de Cristo se faz o grande meio de libertação: “Conhece-te a ti mesmo”. Este é um pressuposto essencial para que haja a verdadeira comunicação, o diálogo que não conduz à dependência pessoal, nem ao domínio do outro, levando à empatia, à compreensão, à ajuda mútua para vencer a teia de uma globalização inteiramente despersonalizante em todos os sentidos. É ai precisamente que os meios de comunicação podem prestar sua ajuda maior para que haja comunidades bem estruturadas com a publicação de textos consistentes de escritores competentes que alertam, formam, informam, mas sem impedir a autorealização e o senso comunitário. * Professor no Seminário de Mariana – MG.

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Fonte: Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho Local:Mariana (MG)
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A ousadia dos santos - 18/06/2008 - 16:43
Quando nós conhecemos as histórias dos santos, percebemos quanto precisamos do Espírito Santo, deixando que Ele nos tome por completo. Paulo e Timóteo entenderam que Deus estava indicando um caminho porque eram pessoas que acreditavam, eram pessoas de oração, decididas a fazer a vontade do Senhor. Então, o Espírito os conduziu até Filipos, mesmo que eles desconhecessem tudo a respeito daquela terra, já que nunca tinham ido para aqueles lados (cf. Atos 16, 6-9).
Uma coisa muito bonita é que Paulo, num dia de sábado, avistou um lugar de oração à beira de um rio. Lá, encontrou um grupo de mulheres e se juntou a elas em oração. Aquelas mulheres certamente estranharam a presença de um homem naquele lugar. Mas, foi justamente ali que, a partir das Escrituras, elas ouviram falar de Jesus pela primeira vez. Entre aquelas mulheres estava Lígia, muito atenta e de coração aberto para receber a Palavra. Ela foi batizada e insistiu que o apóstolo Paulo ficasse em sua casa. Tendo ela muita influência sobre as outras pessoas do lugar, ele [Paulo] teve a oportunidade de evangelizar a muitos.
Assim, da Ásia Menor, o Senhor o levou para a Europa. Depois, para o outro lado, na Grécia. Nós cristãos temos de pedir ao Divino Espírito Santo essa mesma ousadia dos homens e mulheres de Deus. Só assim poderemos pôr em prática a nossa fé. Repita comigo: “Vinde, Espírito Paráclito. Nossas almas visitai, enchendo-nos da vossa graça e alento”.
Seu irmão

Mons. Jonas Abib