FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

UMA CARTA PARA DEUS.................

Querido Deus,




Como o sr. hoje num veio pra nossa conversa de fim de tarde (eu até fiz pão-de-queijo...), pedi aqui ao meu amigo anjo pra lhe levar esta carta, porque quero lhe falar de uma coisa que tá me preocupando e o assunto é urgente.



Ó só, tem uns trem que eu num entendo direito, mas – conhece aquela expressão "nem Deus entende"? Pois é.



Ta tendo uma inhanha (mais uma!) meio esquisita aqui embaixo, e, pelo andar da carruagem, daqui a pouquinho vão lhe por numa CTI e tentar desligar os aparelhos. Num gosto nada disso, não.



Mas vou explicar.



Num tenho ouvido falar no seu nome; como se o sr. num existisse, ou fosse de pouca valença.



O povo crente, só fala em Jesus (que eu também amo muito, pois bem que o conheço); e fazem um comércio danado em cima disso: é água que faz milagre, paninho que cura, desafios financeiros de arrepiá os cabelo. Eu inté tenho pena de Jesus, ele num morreu pra isso, não.



Os católicos, se reportam a Maria; e tome de comércio, outra vez. É tercinho com água do Jordão, imagem benta sabe Deus (o sr.... rsrsrs) por quem, fitinhas e mantos que todo mundo beija... Até a higiene anda precária.



Pro meu entendimento, parece uma disputa, pra ver quem é mais forte, melhor, poderoso; se crentes, ou católicos.



E nisso, que já virou guerra, num escuto seu nome.



Aliás, uma amiga muito querida, protestante tradicional (o bisavô já era pastor, imagina?) e muito culta (tem cinco mestrados; eu não tenho nenhum, não), quando conversávamos noutro dia e eu disse que tal fato aconteceria “se Deus quiser” (porque nessa nossa longa convivência, já aprendi que só funciona se o sr. quiser; eu aceito, sabe, mesmo quando num entendo), recebi por resposta: Se Deus, não, se Jesus quiser. Agora, não se fala mais em Deus, só em Jesus.



Dano-se!



O sr. imagina só a cara de palerma que eu fiz? Mas num é de apalermar um trem desses?



Sabe, meu Amigo, esse trem aqui embaixo tá confuso; o povo anda doidin, doidin.



Já se matam entre si, matam em seu nome, matam os animaizinhos pra comer, danam os rios e o verde... Uma desgraceira só, em tudo quanto é canto.



Sei não...



Uma vez o sr. viu que a coisa tava esquisita, e desmanchou tudo. Num quer repetir a dose, loguin, loguin?



Tá dando mais não, Deus, num tá dando pra agüentar tudo isso; dá uma dor aqui no fundin da alma, sabe?. E ainda num podendo mais falar no sr....



Eu, de minha parte, falo mesmmm.



Mas fique prevenido; vai que na hora do seu descanso, resolvam usurpar o seu trono.



E que faria eu sem o meu Deus? Sem a minha rocha e fortaleza?



Esse povo num pensa, de jeito maneira!



Acho que ninguém tá lendo Isaías, 45/22.



Deus, por favor,



LEVANTA A TUA FACE SOBRE NÓS; QUE SOBRE NÓS TEU ROSTO RESPLANDEÇA!



Um beijo, viu?



PS: Vem amanhã pro nosso conversê diário? Faço uma broa de mio!



SANTO, SANTO, SANTO, É O SENHOR, DEUS DO UNIVERSO!

AMIZADE O QUE SIGNIFICA ?

Jesus deu a definição mais completa de amizade, ela se encontra em Jo 15.13 – NTLH: "Ninguém tem mais amor pelos seus amigos do que aquele que dá a sua vida por eles." Isso é surpreendente! Embora não se trate de um contexto que esteja falando de relacionamentos sociais em si, Cristo diz que o verdadeiro amigo dá a vida por aquele que considera seu amigo, ou seja, o verdadeiro amigo, paga o preço, sofre, se entrega pelo outro. Este conceito de amizade faz-nos ver que aquele que é verdadeiramente amigo não busca seu próprio interesse, mas sim o que o outro quer.










Jesus não se detém apenas em falar que o amigo tem que dá a vida pelos outros, Ele demonstra isso durante toda a sua vida. Um exemplo clássico se dá quando Jesus fala de Lázaro, este já havia morrido: "(...) nosso amigo Lázaro adormeceu (...)" (Jo 11.11). Jesus tinha uma amizade com Lázaro, Ele socorre, e isso faz parte do preço da verdadeira amizade. Ele ressuscitou Lázaro para glória de Deus (ler Jo 11).







Passado mais um momento da vida de Jesus, Ele agora caminha em direção da cruz. O Senhor vai demonstrar que verdadeiramente, é um amigo mais chegado que um irmão (Pv 18.24b), Cristo irá praticar o que disse, Ele vai realmente encarnar o significado da verdadeira amizade e isso na cruz. Para isso acontecer, Ele passa por várias acusações, humilhações (Sl 22.1-21; Is 52.13-53.12), só pra ir até a cruz e “escancarar” seu amor pelos seus amigos.







Jesus está agora a caminho do Calvário, seu corpo todo ferido, por causa de seus amigos, mas Ele não desiste, não para, não cede, pois Ele os ama a ponto de dar a Sua vida por tão terríveis pecadores. A cena virá realidade lá está Jesus na rude cruz, pendurado, e então diz: “(...) Está consumado (...)” (Jo 19.30). Aqui quando após dizer isto, Ele desfalece, Cristo cumpre a máxima da amizade: dar a vida pelos amigos! Jesus é maravilhoso, Ele cumpre o que diz, pois Ele é Deus. Ele então por morrer na cruz nos permite ser amigos de Deus, pois, “e pela cruz reconciliar ambos com Deus em um só corpo, tendo por ela destruído a inimizade”.







Dessa forma nosso relacionamento com Pai é totalmente refeito por causa da cruz. Por esta obra tão maravilhosa, o Espírito Santo torna aquele que tem fé em Jesus, a cara de Cristo dia a dia (2 Co 3.18), ou seja, podemos ser amigos, baseado nesse conceito de amizade que Cristo nos deu, e seremos amigos do Sumo Amigo, se fazermos o que Ele nos manda (Jo 15.14). Isso é amizade é falar e fazer, assim como nosso Senhor fez na cruz. Que possamos ser amigos com base em Cristo Jesus, o Sumo Amigo!

VISÃO ALEM DO ALCANCE

Em matéria publicada no Jornal O Povo do dia 04/08/2009, no artigo intitulado


'Silêncio aterrorizante", a jornalista Adísia Sá nos provoca a refletirmos sobre os movimentos com presença massiva de jovens. Explico.



Referido artigo faz uma comparação entre uma micareta (carnaval fora de época) e um outro evento de cunho religioso, e denuncia, de forma não positiva, a pobreza de linguagem, ou ainda, nas palavras da jornalista, "a ausência de linguagem, ou seja, falta de conversas, troca de ideias".



E o que estaria acontecendo com os nossos jovens? Seria esse um período de letargia, indiferença, acomodação? Estariam os jovens "encabrestados intelectual e emocionalmente", como sugere a jornalista?



Seria esse o "neoapelo": entretenimento e leite?



Por estarmos inseridos nesse contexto e historicamente herdeiros de uma tradição de não nos envolvermos nas questões relativas a "Velha Jerusalém", é que nossa (não) contribuição não diminui.



Precisamos, com urgência, exercitar os diálogos não só com a cidade, mas com o mundo. Aprender, ensinar, compartilhar e criar novas linguagens capazes de nos aproximar de "todas as tribos, povos e raças, de tantas culturas, línguas e nações; no tempo e no espaço". São desafios que estão diante da nossa geração.



Não podemos mais fechar os olhos para a realidade de que tudo está inter-retro-relacionado com tudo.



Com as juventudes não poderia ser diferente. Estamos dentro contexto dos inter-retro-relacionamentos, a pesar de muitos jovens estarem conectados numa espécie de uma "matrix".



E a profecia de Joel 2. 28, que nos anuncia que "os jovens terão visões"?



Aprendi que a visão reponde à perfunta: o que queremos ser?



Será que nossas joventudes estão fazendo essa pergunta? Ou será que "ainda somos os mesmos e vivemos com nossos pais", como canta Belchior?



As perguntas são muitas e a nossa geração não pode parar de buscar respostas para elas, mesmo sabendo que a dinâmica da vida se encarrega de mudar as perguntas com o passar do tempo.



Concluo dizendo que a pesar de ser legítima a preocupação da jornalista Adísia Sá, que saiu do magistério devido à "pobreza de linguagem… e de conteúdo de alunos das novas turmas", continuo esperançando e compartilhando a Boa Notícia na minha geração. E para os que estão dormindo, um chamado: "Levanta-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti" (Is 60. 1).



Abração a todos!



http://jovensbetesdaon.com

PODEMOS PECAR?

"Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, a fim de que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a justiça" (I Pedro 2. 24).




Os críticos tanto das cartas escritas por Paulo, quanto das duas escritas por Pedro, sob a inspiração de Deus [sopradas por Deus] certamente desenvolveram a tese, chamada por Stott de "calúnia". É a tese de que a partir da constatação da verdade de que Cristo levou sobre Ele os nossos pecados, as nossas culpas, as nossas dores e enfermidades, as nossas "maldições", ficamos liberados para continuar pecando e nos comportando de qualquer maneira.



Não é verdade essa conclusão dos críticos, e isso fica claro nas próprias palavras acima descritas de que a cruz para Jesus foi para que vivêssemos para a justiça, morrendo para o pecado (I Pedro 2. 24).



A morte de Jesus nos garante o nosso perdão e a nossa santidade, como já expusemos, algumas vezes, neste espaço; ou seja que uma vez recebido Jesus em nosso coração, como único e suficiente Salvador e Senhor, já fomos perdoados até dos pecados que ainda não cometemos (vide artigo "Temos Perdoador") e passamos a ter o poder de sermos feitos filhos de Deus (João 1. 12).



Se já fomos perdoados dos pecados futuros, perguntar-nos-iam, então "liberou geral" (conforme já dissemos uma vez também) e podemos pecar de novo, e novamente, e sempre?



Não! Não é por aí...



Devemos buscar sempre a nossa santificação, afastando-nos dos pecados, mas "se pecarmos temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo o Justo" (I João 2. 1). Basta que reconheçamos o novo pecado, nos arrependamos, e o confessemos a Deus. Sim, pois "Ele é fiel e Justo para nos perdoar [já nos ter perdoado] os pecados e nos purificar [já nos ter purificado] de toda injustiça" (I João 1. 9).



No Antigo Testamento, também temos essa assertiva: "O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia" (Provérbios 28. 13).



Mais uma vez nos deparamos com uma expressão bíblica de que devemos deixar os pecados, quando no texto acima Deus nos diz, através de Salomão, CONFESSA E DEIXA.



Em Romanos 6. 1, lemos: "Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante?" e responde: "De modo nenhum. Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?" (Romanos 6. 2).



Caminhando por esse capítulo de Romanos, temos outras afirmações que nos convencem de que estamos afastados dos pecados e deles devemos permanecer distantes.



Destacamos mais um versículo: "Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo da lei, e, sim, da graça" (v. 14).



Portanto, embora ocasionalmente possamos cometer algum pecado, não estamos mais debaixo do seu domínio, pois uma vez salvos, em Cristo Jesus, pela graça de Deus derramada sobre nós, com Ele viveremos (24 horas por dia, de segunda a segunda), considerando-nos mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus (v. 11).



Temos ainda, no mesmo capítulo (6.23), a afirmativa de que "o salário do pecado é a morte, mas o DOM GRATUITO DE DEUS É A VIDA ETERNA EM CRISTO JESUS NOSSO SENHOR".



Sabemos, pois, que o pecado nos leva à uma vida eterna longe de Deus, mas Ele, pela sua graça, já derramada sobre nós, nos concede a vida eterna, em Cristo Jesus, nosso Senhor, requerendo apenas de nós a obediência aos seus preceitos, às suas Palavras (Hebreus 5. 9):



"E, [Jesus] tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da Salvação eterna PARA TODOS OS QUE LHE OBEDECEM".



Como dissemos, há alguns dias atrás, a salvação, a vida eterna com Deus, é simples, bastando crer, arrepender, confessar, aceitar, receber Jesus, e obedecê-LO.



Prezado leitor, se você ainda não fez a sua opção quanto à vida eterna, o dia é hoje, o momento é agora, pois amanhã pode ser muito tarde.



Reflita, ore, procure uma igreja cristã, e dê o passo decisivo para a presença de Deus, no momento em que Jesus vier buscar os seus.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

O MESTRE QUE NÃO ERA DESSE MUNDO


Era uma vez um Mestre que vivia de esmolas. Era uma vida muito engraçada, não tinha casa, não tinha bens, não tinha nada.

Vivia fora do seio da família sem ter formado outra. Vivia da boa vontade dos amigos que se tornavam discípulos e seguidores. Ofereciam-no abrigo e alimento e, em troca, ouviam as suas histórias. Não eram histórias como as outras. Seus contos transformavam a vida daqueles que o ouviam. A sua palavra também curava enfermos da alma e do corpo.

Todo o seu conhecimento vinha de seu interior, armazenado do aprendizado que teve com o seu Pai. Não frequentou escolas, nem diplomou-se. Falava do que tinha visto e ouvido no seu mundo. Não era desse mundo que Ele falava. Ele falava de esperança, falava de eternidade. Aqui era só travessia.

Os doutores daqui, mestres da razão e da cognição não o entendiam. Como um homem sem escola e sem anel, filho de um carpinteiro, poderia saber de tudo isso? Herege, banda podre dos filhos de Abraão, diziam.

O seu método de ensino exigia tão somente fé, crença no que ele dizia. O resto era com Ele e a turma do seu mundo. Não se utilizava de ritos nem de repetições. Caminhante inveterado, não se fixava em lugar algum. A grana que lhe ofertavam era usada para distribuir aos pobres. Administrava-a um traidor e ladrão. Puxa! Este não era o tipo de mestre aos quais estavam acostumados, aqueles que usufruiam, como resultado de seus trabalhos, de status, de bens e de simbolos de prosperidade; ao contrário, era um péssimo exemplo para as comunidades religiosas. Precisavam resolver a questão. Crucificaram-no.

Ele sabia que a sua travessia seria curta e também que era esse o seu fim. Pediu a todos que Nele cressem e tivessem bom ânimo, pois venceria o mundo. E assim se fez, venceu a morte e passou a revelar-se a gente que crer que só a fé em suas palavras basta. Gente que não se guia mais pelos princípios desse mundo. Gente que largou os artefatos da religião e caminha segurando na mão daquele Mestre de vida engraçada que não tinha casa e não tinha nada…

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

COMO CRIANÇAS


O maior e o mais importante. Quantos de nós vivemos preocupados com isso? Não o declaramos, mas, nossa insegurança e necessidade de reconhecimento nos levam a ter comportamentos que denunciam. Principalmente o nosso impulso consumista por possuir coisas que garantam o status que almejamos. Um carro, um tênis de marca, um aparelho celular sofisticado com inúmeros recursos... Em que colocamos a esperança de sermos alguém? Há quem diga que 'ser é o bastante'. Mas, ser o quê? Ser quem? Quem é você? Quem sou eu? Se isso basta, porque tudo e todos parecem dizer que não está bom assim!? Basta assistir a qualquer propaganda: para ser homem, para ser mulher de verdade, para ser feliz... A mensagem é: para ser você precisa ter! Chega a ser cômico cada tipo de quinquilharia apresentados como a resposta para o nosso problema existencial. Às vezes fico pensando se os autores realmente param para refletir um segundo no absurdo que estão propondo.

Certa ocasião, um dos discípulos de Jesus lhe perguntou: "Quem é o maior no Reino dos céus?" Para dar a sua resposta, Jesus chama uma criança e a coloca no colo: "Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no reino dos céus". Muitas reflexões existem a respeito dessa comparação feita por Jesus. Uma criança, por exemplo, dificilmente trás consigo a preocupação expressa pelos discípulos sobre maior ou menor, mais ou menos importante. Muitas outras questões referentes às características da criança poderiam, no entanto, ser ponderadas. Um outro episódio apresenta a figura de um menino. Jesus havia se afastado para um lugar distante da cidade. Multidões o seguiram. O povo sequer percebeu o tempo passar. O avançado da hora foi lembrado pelo roncar dos estômagos. A multidão, a distância da cidade e o pouco dinheiro preocupou os discípulos. Quem conhece a história sabe o desfecho. Quando alguém tocou no assunto comida a maioria se fez de desentendido. Só mesmo um menino ingênuo para abrir a boca e revelar que trazia consigo uns pães e dois peixinhos. Os adultos já sabiam o que poderia acontecer caso revelassem que traziam um lanchinho em meio à multidão faminta. Os haitianos que o digam.

As crianças são capazes de gestos, palavras e atitudes que, em meio à sociedade individualista, concorrencial, preconceituosa e desigual, são verdadeiros milagres. Assim, Jesus conclui: "Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos céus" (Mateus 18. 1-5). Milagres ainda ocorrem. Pena que catástrofes precisem acontecer para que dólares e alimentos apareçam e se multipliquem. Deus nos dá as condições para isso sempre. Quem realmente somos? Seres humanos capazes de gestos incríveis, que, somado a outros, podem tornar o mundo bem melhor! As crianças ajudam a nos lembrar disso!

É PRECIOSO PERDOAR ( DESABAFO )


Raras vezes senti-me tão bem como hoje, ao ler sobre o perdão dos pecados no livro de Mack B. Stokes, "As Crenças Fundamentais dos Metodistas": "A doutrina do perdão dos pecados é uma das notas mais triunfantes na escala da religião cristã. A Bíblia canta o perdão quando nos assegura da graça perdoadora de Deus. O Velho Testamento o proclama (veja Is 1: 8; Sl 103: 12), mas os tons mais suaves desta nota não podem ser ouvidos até que atinjamos o Novo Testamento, onde Paulo canta: "Agora, pois, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" (Rm 8: 1)

Perdoado! O estado de ânimo que anseio. Sou o tipo de crente que por ser um ex-ladrão, ex-cão de guarda e ex-um monte de..., ainda olho pra trás e envergonho-me mortalmente por ter "trabalhado nos piores empregos do submundo"; a ponto de não frequentar a casa das pessoas; aterroriza-me pensar que algum objeto suma à época da minha visita. Tenho gasto minha vida perseguindo o perdão de Deus, e das pessoas. Outro dia, impelido pelo sermão, fui pedir perdão pra um ex-bandido; e ele nem perdoou: "O que você fez não tem volta!", crente estranho!

Observo o meu passado e recebo todo o impacto dele até hoje, até agora no presente instante quando paro pra chorar sozinho, envergonhado.

Parei com esse trem de implicar com Deus (absurda pretensão!) por Ele não ter providenciado pra que mamãe fosse crente pra eu nascer idem; chega de falar sobre isso. É preciso desencanar, Deus não suporta mais a minha cara de ovelha sem pastor; eu tenho pastor; mais de um.

Certamente arrastarei esse humilhante peso por todos os meus dias, ou a maioria deles; há um adágio que diz: "De hora em hora, Deus melhora!". Então, qualquer hora dessas, compreenderei a real extensão do perdão de Deus; não escrevo aqui sobre as minhas dúvidas quanto ao perdão divino (meu mal de nascença é feiúra, não burrice), mas sobre a minha incompetência pra viver perdoado; plenamente.

Gastei tempo e esperança tentando compreender minhas crises depressivas, frequentei consultórios de psiquiatras implorando por uma palavra que me desse qualquer conforto; não era possível ser tão triste, tão amargurado, afinal, sendo uma nova criatura deveria possuir novos e saudáveis sentimentos, mas que nada, desesperava-me a simples idéia de ficar a sós com Deus, temia; angustiadamente!

Todos os que saíram do submundo, em maior em menor grau enfrentam problemas com pesadelos e péssimas sensações mesmo em situações comuns; não afirmo que todos os bandidos que se tornam crentes em Jesus serão depressivos ou paranóicos, afirmo que todos nós que buscamos a face do Senhor somos confrontados; não acareados.

Quem se afeiçoou à vingança passa um longo período até compreender o que Jesus disse sobre perdão; é sobre perdão que devíamos conversar sempre. Todos os antidepressivos do mundo são inúteis se não houver uma reviravolta no coração de gente como eu; não fui habituado a perdoar, sequer mencionava tal hipótese, então, me sentir perdoado sempre foi uma dessas tarefas sem fim nem sucesso.

Continuei lendo e entendi também que apesar de todas as horas boas que acontecem entre eu e Deus, sou e serei pecador; o meu status de pecador permanece, mas não permanece o meu estado miserável! A compreensão do amor de Deus fez um estrago e tanto nas minhas vãs filosofias e nos meus argumentos.

Perdão pela fé! Já pensou assim? A minha fé alicerçada na disposição de Deus em me perdoar; Deus quer me perdoar!

Sabemos tudo isso pela experiência cristã. Todo cristão pode cantar em seu coração todos os dias a maravilhosa história do perdão de Deus por meio de sua obra redentora. Não é de admirar que os cristãos componham hinos. Eles têm um motivo para cantar. Não é de admirar que levem as boas novas por onde quer que andem. Também não é motivo de admiração que queiram viver para a glória de Deus e para o serviço às pessoas!

Saulo de Tarso tentou encontrar o caminho de Deus através da escada interminável das leis religiosas. Foi, mas não chegou; buscou, mas não encontrou. Finalmente "começou a ver a luz no caminho de Damasco e, a saber, que estava perdoado e era amado pelo Salvador." (grifo meu)

É cedo pra afirmar que apreendi boa parte ou a parte mais importante da "Doutrina do Perdão dos Pecados", o mal que me habita e o mal que há no mundo pouco precisam fazer pra que eu volte a olhar pro chão; enquanto a minha vontade de ser aceito por Deus, como sou e estou, for maior que a minha necessidade de ser perdoado por Ele, nada mudará.

No evangelho segundo São Lucas eu leio que Zaqueu se pôs numa condição de ser perdoado ao receber Jesus dentro da sua casa e submeter-se à presença transformadora de Jesus; foi perdoado.

Então, se Deus que é Bom se dispôs e me perdoou; eu, que não presto, preciso me perdoar, urgentemente.

(ex-interno do Centro de Recuperação de Mendigos – Missão Vida)

PERDÃO


"Nunca esqueça que existem quatro coisas na vida que não se recuperam: - A pedra, depois de atirada; - A palavra, depois de proferida; - A oportunidade, depois de perdida; O tempo, depois de passado" (Provérbio tibetano).

"Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta" (Mateus 5. 23-24).

Dizem que o pensamento tibetano acima é um "mantra", e já fizemos referência a uma parte dele há alguns dias num dos artigos anteriores.

Uma parte dele parece que é [considerada] uma "maldição".

Não vamos entrar no mérito do que seja um "mantra", não vamos também descer a detalhes quanto a maldições, embora seja nossa obrigação dar o entendimento cristão sobre essas questões.

Jesus, conforme versículo acima citado, nos orienta como devemos agir quando o próximo tem alguma coisa contra nós, dizendo que "quando levarmos ao altar a nossa oferta [não necessariamente financeira, mas de vida e serviço], e nos lembrarmos que alguém tem alguma coisa contra nós, devemos deixar a oferta, voltar para procurar o ofendido, pedir perdão [com ele nos reconciliarmos], e, então, retornando, fazermos a nossa oferta".

Então, no meio cristão [no campo de outras "religiões", não sabemos] Jesus dá a fórmula para que a palavra lançada "volte atrás", melhor dizendo: seja anulada, fique sem efeito.

Fica a pergunta: "e se o próximo não perdoar?".

Se ele também é cristão, sabemos que vai perdoar sim, pois conhece as palavras proferidas por Jesus a respeito, não só na oração do Senhor [o Pai nosso], mas, também, após ela, nos seguintes termos:

"...e perdoa as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores" [isso precisa ser verdade, isto é, temos que perdoar aos nossos devedores, caso queiramos que Deus nos perdoe], e acrescenta Jesus:

"Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tão pouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas" (Mateus 6. 12, 14 e 15).

Quanto a "maldições", vamos apenas citar o que diz a Palavra de Deus:

"Pois disseste: O Senhor é o meu refúgio. Fizeste do Altíssimo a tua morada. Nenhum mal te sucederá, PRAGA NENHUMA (o destaque é nosso) chegará à tua tenda" (Salmo 91. 9-10).

Com base em Isaias 53 também, podemos afirmar que Jesus já levou sobre si os nossos pecados, as nossas enfermidades, as nossas maldições, pois o castigo "que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados" (v. 5).

Já falamos, nesta coluna, sobre o "politicamente correto", hoje predominante, com o qual as pessoas sinceras, francas, verdadeiras têm uma certa dificuldade, pois tendo como princípio de vida o "sim, sim; não, não", ensinado por Jesus, não conseguem dizer o que não pensam "para poder agradar" ao interlocutor.

E, por isso, muitas vezes, também obedecendo às Palavras de Jesus, já citadas, "voltam" e perdem perdão, pois como cristãos não querem ofender ninguém, mas simplesmente dizer a verdade, conforme ensinam as Escrituras.

Cremos que, neste espaço, nos artigos anteriores, face à nossa franqueza, algumas pessoas se sentiram ofendidas, embora ninguém tenha diretamente reclamado, com alguma palavra nossa [o que pode estar ocorrendo, inclusive, neste artigo], motivo pelo qual queremos publicamente pedir perdão a elas.

Se "ofendemos" publicamente, embora nunca tenhamos tido essa intenção, devemos pedir perdão, também publicamente, como, de fato, estamos fazendo neste momento.

Finalmente, prezado leitor que ainda não é Cristão, reflita sobre as palavras de hoje, bem como as dos artigos anteriores, busque a Deus, receba Jesus no coração, passe a ser contado como mais um na família de Deus, e verá que a vida cristã é cheia de bênçãos [que, em artigo anterior, chamamos indevidamente de "vantagens"], e que Deus na sua infinita misericórdia, no seu grande Amor, na sua maravilhosa Graça, lhe abençoe e faça de você uma bênção nas vidas de outras pessoas.

A VERDADE


Nos dias em que vivemos, tempos difíceis (2 Tm.3:1), ela parece meio esquecida, fora de moda. Chega a ser tratada com o desdém e a desimportância próprios daquilo que não serve mais, como uma figurinha de um álbum já completo ou um calendário do ano passado. Diariamente vemos como ela é negligenciada, desvirtuada. Homens que deveriam protegê-la, amá-la, manipulam-na como massinha de modelar, de modo que ela perca suas características e deixe de ser o que é para atender a interesses escusos, ilegítimos.

Eu mesmo, confesso, tenho dificuldade em lidar com ela algumas vezes. A minha natureza humana, pecaminosa, não raro tenta me afastar dela e me sugere caminhos mais fáceis. Fico tentado a esquecê-la, como tantos fazem. Nesses momentos ela me cutuca, me incomoda como uma farpa no dedo, um mosquito a zumbir no meu ouvido quando tento dormir. Quase a deixo pelo caminho e me junto aos demais. Neste momento lembro-me do que Jesus disse sobre ela (Jo.8:32) e a venda se me cai dos olhos.

Percebo quanto preciso dela. Desesperadamente. É ela que me dá rumo. Ela é que me corrige e ensina. Chamo-a de minha esposa, minha amada. Preciso dela para honrar meu nome, manter vivo o legado que herdei. Quero ser exemplo para os meus e para os outros. Quero andar em retidão, ser instrumento nas mãos do Senhor. Quero poder manter minha cabeça erguida e para isso necessito andar de mãos dadas com ela. Ela é o suporte a manter meu olhar para o Alto. A ferramenta, a arma que me possibilita enfrentar aqueles que estão do lado de fora das muralhas do Reino, que querem de todas as formas me persuadir e me fazer tropeçar. Ela é o escudo que me protege dos dardos inflamados do Mal. Mais preciosa que a pedra mais rara, ela me ampara.

É meu compromisso, com Deus e os homens, guardá-la e vivê-la enquanto aqui eu estiver. Andarei segundo os seus estatutos, porque sei quem ela é (Jo14:6). Ensinarei os seus caminhos, e ela será a estrada que me conduzirá aos átrios celestiais da cidade eterna.