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terça-feira, 3 de maio de 2011

Apartir daquela hora, o discípulo a levou para casa


“A partir daquela hora, o discípulo a levou para sua casa” (Jo 19, 27b)

Maria, desolada aos pés da cruz, nos recebe como filhos: “Mãe, eis o teu filho”. E aos pés da cruz somos chamados a recebê-la como mãe: “Filho, eis aí tua mãe” (cf. Jo 19, 25-27).

Se esta graça, último dom do Redentor antes de sua morte, é dom para todos os cristãos, quanto mais o será para nós, filhos e filhas da Misericórdia, que reconhecemos em Maria a nossa Mãe e Fundadora! Lemos em nossos estatutos: “Ao sim de Maria unimos o nosso sim. Queremos, como João, levar Maria para nossa casa (cf. Jo 19, 27), para deixar-nos formar e educar por ela”(1).

Será que ao sim de Maria, serva obediente do Senhor, corresponde verdadeiramente o nosso sim de filhos? Será que, imitando Jesus, saberemos “descer” à casa de Nazaré para sermos obedientes, submissos à escola de Maria e, então, crescermos “em idade, sabedoria e graça perante Deus e diante dos homens”? (cf. Lc 2, 51-52).

Será que levamos verdadeiramente Maria conosco, na nossa casa, na intimidade dos nossos afetos, acolhendo-a como nossa verdadeira mãe e primeira formadora da Aliança? E o que significa, concretamente, acolher Maria em nossa casa?

Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares, um dia perguntou a Jesus porque quis ficar na Terra, pela Eucaristia, e não encontrou, Ele, que é Deus, um modo de deixar conosco Maria. Sentiu, então, Jesus lhe respondendo: “Não a quis deixar porque eu desejo revê-la em ti, mesmo que não sejas como ela; o meu amor te transformará!”. Aí ela lançou um apelo a todos os membros do Movimento: “Reviver Maria!”

“A partir daquela hora o discípulo a levou para sua casa” (Jo 19, 27b)

Eis o sentido concreto desta Palavra, que nos leva a uma aprendizagem contínua, na humildade e docilidade, à “escola de Maria”: permitir-lhe continuar a gerar em nós o Cristo seu filho, deixando que seu amor cure tantas carências, traumas, feridas da nossa concepção, parto, experiência familiar! Permitir-lhe que nos leve continuamente a voltar a Deus o nosso olhar, na obediência à sua Palavra: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2, 5). Permitir-lhe, como diz Santo Agostinho, que neste mundo possamos permanecer “ocultos no seio da Virgem Maria”, até que ela nos dê a glória no dia do verdadeiro nascimento, como a Igreja qualifica a morte dos justos.

Permitir-lhe, enfim, que ela possa “reproduzir-se em nós”. Assim, como escreve São Luís Maria Grignon de Montfort: “É vontade de Deus-Espírito Santo que nela e por ela se formem eleitos. ‘Nos meus eleitos, portanto, porei as minhas raízes’ (Eclo 24,12). Diz-lhe Ele: ‘reproduze-te, portanto, nos meus eleitos…’. Maria produziu, com o Espírito Santo, a maior maravilha que existiu e existirá: um Deus homem, e ela produzirá as coisas mais admiráveis que hão de existir nos últimos tempos. A formação e educação dos grandes santos, que aparecerão no fim do mundo, lhe será reservada…”(2).

Estes apóstolos, como bem experimentamos no caminho da consagração ao qual conduz o Tratado de Montfort (tão recomendado pelo bem-aventurado João Paulo II), serão pequenos, pobres, rebaixados, calcados, perseguidos, humildes. Conhecerão a misericórdia de que Ela é cheia e, na necessidade de auxílio, recorrerão a Ela em todas as circunstâncias(3).

Pedimos que Maria possa “reproduzir-se em nós” como se reproduziu milagrosamente no manto do pequenino índio Juan Diego, em Guadalupe. Este manto rude e cheio de defeitos, propriedade de um índio desprezado, que não era nem batizado na época, representa a imperfeição de nossa vida, os tantos defeitos do nosso ser, mas neste manto a Mãe Santíssima reproduziu-se maravilhosamente, de uma forma que deixa, até hoje, cientistas e historiadores sem palavras e explicações possíveis.

“A partir daquela hora o discípulo a levou para sua casa” (Jo 19, 27b)

Eis, então, um caminho simples para “revivermos” Maria: em tudo o que fizermos, em cada pequeno gesto, podemos pedir que Ela viva em nós e perguntar: “Como você, Maria, faria, agora, aqui no meu lugar? De que forma, com quanto cuidado, amor e ternura agiria, falaria, oraria, evangelizaria?”. Em outras palavras, como escrevia nossa querida Maria Paola em seu diário: “Estilo Misericórdia: Imitar Maria, mãe de Deus e nossa mãe! Imitar Maria no amor, no olhar, na mansidão, nas palavras, no carinho do acolhimento, nos gestos de retidão, no como nos vestimos, as cores sóbrias, o modelo e tecidos simples, o zelo em tudo. Tudo em harmonia. Tenho uma preocupação hoje: gostaria de deixar no coração de cada consagrada(o) o desejo de imitar Maria!”(4).