FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

sábado, 13 de março de 2010

O SOFRIMENTO QUE NOS UNE

Não é de hoje que ouço que a alegria e o sorriso são expressões pertinentes do verdadeiro cristão, que não devemos dar espaço para a tristeza e onde o sofrimento é muitas vezes tratado como algo diabólico. E de fato o sorriso e a alegria são fatores fundamentais para que vivamos bem. Mas me pergunto, porque temos uma aversão tão grande ao sofrimento? Por que às vezes queremos suprimir o choro com uma falsa alegria? Com idéias do tipo: "não posso dar espaço para a tristeza", "está amarrado o sofrimento", "o sofrimento não pode me pegar pois sou filho do Deus que tudo pode". E na contramão dessa idéia começo a achar que o sofrimento é um sentimento que deveria ser olhado com mais atenção.




No livro de Eclesiastes alguns versículos são no mínimo intrigantes, contrastando e muito diante daquilo que alegamos ser o "viver bem" hoje: Melhor é ir à casa onde há luto do que ir a casa onde há banquete; porque naquela se vê o fim de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração. Melhor é a mágoa do que o riso, porque a tristeza do rosto torna melhor o coração. O coração dos sábios está na casa do luto, mas o coração dos tolos na casa da alegria. (Eclesiastes 7: 2-4). De forma alguma quero usar esses textos para afirmar uma idéia de que temos que sofrer, afinal o autor do Eclesiastes, me parece estar no fim da peregrinação na terra e isso influi e muito para essa visão da vida, mas sim para afirmar que devemos dar uma atenção especial a esse sentimento, que conforme diz o texto, gera muito mais aprendizado, do que a alegria nos proporcionaria por exemplo.



Mas de todos os aprendizados que o sofrimento pode nos oferecer, quero destacar a união e uma nova perspectiva que o sofrimento oferece. Tenho como base os últimos acontecimentos que tem chamado a atenção do planeta, que foi a catástrofe no Haiti. Tenho pra mim que se por exemplo o Haiti ganhasse a Copa do Mundo (que já começa se tornar o assunto do momento, por isso o exemplo) todos ficariam surpresos, mas indiferentes, primeiro por ele não ter nenhuma tradição em copas do mundo e segundo que num torneio de futebol a alegria para um país, é tristeza para todos os outros. Mas porque será que Haiti foi assunto principal em nossos telejornais ultimamente? Porque será que nunca na história do Haiti houveram tantas adoções como nos últimos meses? Porque será que no Haiti um país onde a guerra impera, pessoas esquecem suas diferenças e dedicam todo seu esforço para levantar pedaços de concreto em busca de algumas vidas? Creio que o fator fundamental é o sofrimento. Pois se tem algo que o sofrimento produz, é a solidariedade. O Haiti visto antes do sofrimento é visto de uma maneira. Hoje o Haiti é alvo dos maiores atos de solidariedade do mundo. A perspectiva mudou. E na verdade o Haiti precisava de solidariedade muito antes disso, mas ao vermos o Haiti sofrendo, nosso coração distante em quilometragem, se aproxima como nunca em solidariedade e compaixão. Pois é o sofrimento que nos faz olhar com amor aquele que não professa a mesma fé que a nossa. É o sofrimento que nos faz perceber alguém que até então nunca reparamos. É o sentimento que nos une. A figura de um Deus que se torna homem, é a figura de um Deus que se solidariza com o sofrimento humano, e esse sofrimento uniu tanto Deus e o homem ao ponto de se tornar um de nós.



Ratifico dizendo que não quero fazer da alegria um sentimento banal e que só os sofredores são os que vivem bem. Mas sim, reafirmar que devemos olhar com mais atenção o sofrimento humano. E me atrevendo a interpretar o que o possível autor do Eclesiastes, Salomão, quis dizer com: Melhor é ir à casa onde há luto do que ir a casa onde há banquete; porque naquela se vê o fim de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração.Melhor é a mágoa do que o riso, porque a tristeza do rosto torna melhor o coração.O coração dos sábios está na casa do luto, mas o coração dos tolos na casa da alegria. (Eclesiastes 7: 2-4). Acho que Salomão no fim dos seus dias chega a conclusão de que para homem que podia ter tudo que as pessoas julgam trazer felicidade, ele teve. Mas essas possíveis “alegrias” e “felicidades” nunca o fizeram refletir. Esteve sempre cercado de mulheres e homens que o serviam, mas com sentimentos muito superficiais. Estavam perto no físico, mas a quilômetros de distância no coração. A alegria une superficialmente, quase que intencionalmente. E no sofrimento tenta nos mostrar que é nesse sentimento hoje chamado de ruim que refletimos e nos solidarizamos pelos outros. Ou por acaso mandamos mantimentos para quem esbanja mantimentos? Não, mas por aquele que sofre por não ter o que comer. Ou por acaso mandamos dinheiro para os EUA? Não, mandamos para o Haiti que está sofrendo por não ter recursos para reconstruir. Ah, a alegria. Acha que me esqueci dela? Claro que não. Quer sentimento de realização e de alegria melhor do que se ajudar aquele que sofre? Essa alegria não podemos calcular, é imensurável.

E A OVELHA PERDIDA

Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no aprisco as noventa e nove e não vai após a perdida até que venha a achá-la? (Lucas 15.4)




Existe uma ovelha que precisa ser encontrada. Não podemos nos contentar com as noventa e nove. Infelizmente, não percebemos que muitas ovelhas estão fora do aprisco. Algumas perderam o prazer de estar no aprisco e outras, por desatenção, imprudência, imaturidade ou pelo convite tentador do lobo deixou o seu lugar de segurança, conforto e alimentação.



Talvez você já se alegrou ou chorou com esta ovelha que se perdeu, mas hoje você á vê longe do aprisco, toda ferida, machucada, sem força, sem pastor, manchada e sem forças para caminhar.



E Deus hoje nos pergunta: Cadê minha ovelha? Mesmo Deus sabendo que ainda tem noventa e nove, Ele volta sua atenção para esta que se perdeu.



Somos únicos para Deus. Podemos ver isso na seqüência das três parábolas que estão relatas em Lucas 15. O pastor vai buscar a ovelha perdida. A mulher procura a dracma, mesmo tendo mais nove e o Pai aguarda diariamente a volta do filho, mesmo tendo outro filho. Uma ovelha perdida vale mais que o mundo inteiro.



Escute agora o clamor de Deus "Onde está minha ovelha?" Não adianta procurarmos por ela no Google. Não é o suficiente ligar para o auxilio á lista telefônica para adquirir seu numero. Não basta sentirmos a falta dela, é necessária ir ao encontro dela.



Precisamos como igreja ir assim como o pastor foi. Precisamos sair de nossos templos e levantarmos da cama que se chama comodismo. Se esta ovelha está perdida, ela não está no templo ou deitada com o nosso comodismo, ela está em um lugar sem á luz de Cristo, sem a comunhão das outras ovelhas, sem proteção do sumo pastor, e provavelmente está correndo um risco de ser tragada.



Querido(a), de forma alguma podemos voltar sem ela, mesmo que esteja difícil, oraremos para que o Espírito Santo á convença de voltar para o aprisco e a traremos em nossos ombros, sem reclamar, mas com júbilo pelo caminho e faremos questão de celebraremos uma festa, não apenas pelas noventa e nove, mas especialmente por aquela que estava perdida mas foi encontrada.



Isso é certo que quando á encontrarmos estaremos celebrando aqui na terra e Deus celebrando no céu.



Vá ao encontro da ovelha perdida, foi por isso que Jesus nasceu, sofreu, morreu e ressuscitou!



Deus te abençoe hoje e sempre.

TEMPO PARA VIVER

Isabelle Ludovico da Silva




Traduzir este livro profundo com ressonâncias de meu mentor, Hans Kurki, foi muito inspirador1. Ele trata das raízes espirituais da nossa relação com o tempo e de suas implicações existenciais. Para que a redenção penetre até em nossas agendas, precisamos nos reconciliar com o tempo que Deus nos dá.



Diante do estresse provocado por agendas superlotadas, tendemos a buscar técnicas para dominar o tempo. São ajudas externas. Mas estar em paz com o tempo é uma questão espiritual. A maneira como usamos nosso tempo revela o que está no centro da nossa vida; revela nossas crenças e valores mais secretos. Será que temos consciência que a agitação da nossa vida – sobrevida mal vivida - tem relação com a nossa onipotência? É a nossa maneira distorcida de lidar com o tempo que faz com que ele nos escape. Nossos esforços e boas resoluções são inúteis. O que salva é ouvir o Espírito no recôndito do nosso ser e não um melhor desempenho, uma agenda mais organizada. Passar do tempo-maldição ao tempo da graça! O pecado é querer ser sem limite. Ao experimentar seus limites, o homem reage com ira e busca superá-los e ultrapassá-los! A sabedoria do coração mostra-se na aceitação da nossa fragilidade e temporalidade. Pela redenção do tempo dada àqueles que se reconhecem verdadeiramente mortais, faz-se a experiência que, no lugar da ira de Deus, é a sua graça que está sobre nós.



O silêncio e a meditação permitem enxergar, atrás da aproximação técnica, uma realidade escondida: a realidade interior, nossa angustia existencial diante da morte. A prática meditativa nos convida a ligar o que separamos tão frequentemente: pensamento e ação, vida interior e exterior, espírito e corpo, realidade visível e invisível, tempo corporal e tempo espiritual. Ela nos faz descobrir regiões interiores inexploradas. Enquanto a meditação oriental enfatiza o desapego do mundo, buscando uma dissolução da identidade pessoal no todo cósmico, a meditação cristã almeja o silêncio e um tempo dedicado a uma “presença”. Ela visa não o desapego, mas o apego a Deus e aos seres humanos. Leva a uma integração pessoal que permite se doar mais plenamente a Deus. Seu movimento é descendente como o da encarnação: ele nos torna mais humanos, mais inseridos no mundo, que, mesmo não sendo a realidade final, é onde o Espírito opera.



A meditação estabelece relações: ela integra cada evento da nossa vida à nossa história e vocação. Revela a divergência entre o que afirmamos crer e nossas crenças mais escondidas, que, normalmente, só se manifestam na crise e na adversidade. Por meio da meditação, podemos ir ao encontro destes sentimentos negados, permitindo que o Espírito nos faça avançar no caminho da liberdade. A meditação é um despertar em profundidade que desperta profundezas. O silêncio é um tempo de preparação para que o desejo e a vontade da superfície entrem em harmonia com nosso ser íntimo. Ele visa nos tornar presentes para Deus, para vê-lo agir e para ver como ele vê.



Parafraseando a fala de Jesus (“o sabat foi feito para o homem e não o homem para o sabat”), podemos dizer que o tempo foi feito para o homem. E Jesus termina esta passagem com a afirmação: “O Filho do homem é senhor também do sabat”. O “sabat” é associado à criação, mas é também um dos dez mandamentos. Na Bíblia, é à respeito do tempo que a palavra “santo” aparece pela primeira vez. A santidade não está relacionada a um lugar (um monte, uma cidade) ou a uma coisa em particular (tentação de idolatria!), e sim ao tempo. O “sabat” nos livra da tirania das coisas. Ele nos chama à alegria de viver na celebração da criação. É uma festa em família, em torno da mesa. O que foi criado no sétimo dia? A tranquilidade, a serenidade, a paz e o descanso. É a qualidade de vida da eternidade. Dá-nos o gosto da eternidade. Graças a ele, a eternidade penetra no nosso tempo e o resgata. O “sabat” permite ao homem um distanciamento libertador do mundo. Ele lhe oferece a oportunidade de voltar a ser mestre e não escravo – até mesmo de seu tempo. O homem é convidado a livrar-se de suas amarras para entrar num espaço de descanso e paz, percebendo a primazia do ser sobre o fazer.



Queremos quase sempre fazer demais, realizar demais... Será que este desejo vem do centro de nós mesmos, onde Deus habita, ou da pressão de expectativas nossas ou dos outros? O “sabat” nos remete a um descanso que, conforme o relato bíblico, é anterior à queda. Somos convidados a descansar em Deus. É na paz da reconciliação que pode nascer uma atividade radicalmente diferente, oriunda do perdão, da gratuidade e da liberdade.



Paradoxalmente, é quando aceitamos nossa condição de pecadores, miseráveis e mortais, que Deus nos resgata e nos abre a porta de seu reino eterno.



Nota

1. Burki, Hans. Tempo para viver, São Paulo: Arte Editorial, 2009.





• Isabelle Ludovico da Silva, francesa de nascimento e brasileira de coração, é psicóloga e terapeuta sistêmica. Aprendeu com a filha a separar o lixo e com o filho um estilo de vida mais simples

segunda-feira, 8 de março de 2010

CARÊNCIA

sf (lat carentia) 1 Falta do preciso. 2 Necessidade. 3 Privação.1




Os dias conturbados sempre nos acompanham. Noites em claro torna-se o hábito do momento e o vazio espiritual nos corrói até a última instância enquanto não confessamos nossas carências. Eis que vos digo. Sou carente. Carente de afeto, carente do contato, e, acima de todas as carências, carente do Pai.



Afinal, por que algo tão decorrente e tão comum é negado com unhas e dentes desde os idos mais antigos?



Creio que a resposta seja simples. Porém, profunda demais para uma análise descuidada: Acho que evitamos falar e admitir carência "simplesmente" por medo. O medo de parecermos frágeis diante dos outros. O que nos leva à ilusão. E que ilusão seria essa? Bom, eis que te pergunto se conheces alguém forte, se disser que sim, digo que estás mentindo. Pois a única pessoa realmente forte que já existiu "é o Verbo que se fez carne".2



A fragilidade humana é um paradoxo incrível. Passo a notar dia após dia que nem mesmo nossa vaidade tem razão. Não consigo não pensar em como não expressamos beleza como uma flor que respinga o orvalho da manhã de outono, ou o sol nascente por detrás de montes nevados. Como não somos tão bonitos quanto os animais, não temos belas plumas, pêlos brilhantes e nem escamas coloridas. Não somos tão rápidos quanto os caçadores, de rapina ou felinos. Nem fortes como ursos ou rinocerontes.3 Enfim, apesar de todos os pesares, temos o grande dom - sermos a imagem e semelhança do nosso Senhor.



Acho que o maior problema nisso tudo. É nos acharmos ordenadores do mundo, quando deveríamos ser coordenadores.4 A carência espiritual atua fortemente quando não notamos que minimamente temos de cuidar do que nos foi dado. Pense só, assim como a criança que ganha brinquedos novos, a humanidade recebeu o mundo. E assim como a criança é advertida ao quebrar seus presentes. Temos sido advertidos diariamente sobre a quebra de nossos brinquedos também. Homicídios, desastres naturais, falsos ídolos, pobreza em demasia (não só material, mas também de espírito), são prova disso.



A maldita carência espiritual faz com que nós, coordenadores do mundo, sejamos culpados por toda a desgraça que é acometida ao planeta e a nós mesmos. Além de desencadear outras carências.



Pense bem, a carência de afeto, faz com que relacionamentos se atropelem e interpelam para níveis extratosféricos em questão de dias. E, graças também a necessidade imediata de nossos idos, faz com que isso chegue ao fundo do poço em questão de horas.



A carência do contato, grande destruidora de famílias. Diariamente as destrói, e, pior que a destruição, é sua propagandeação posterior, em telenovelas, anúncios, em revistas e principalmente na internet.



Um golpe, que se repete. O cruzado de direita da luxúria em forma de carências variadas bate forte na linha de cintura da humanidade. O golpe é impactante demais e faz cair cada vez mais pessoas. O adultério e a pedofilia batem forte, tão forte que nem sentimos mais.



E as carências começam a se multiplicar em progressão geométrica... Não vão parar de crescer enquanto não nos suprimos do Salvador. Os dias sem sentido continuarão a decorrer semanas á fio. Os relacionamentos continuarão a se degradar e continuaremos perdidos enquanto não nos darmos conta de que nossa salvação vem do reconhecimento de nossas fraquezas e do aprendizado com nossos erros a partir das Sagradas Leis do nosso Senhor.





Notas:



1- Michaelis - Dicionário Michaelis Online - Moderno Dicionário da Língua Portuguesa.



2- João 1.14 - E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. (Almeida Corrigida e Revisada Fiel ed. 1994)



3- Mateus 8.20 - E disse Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. (Almeida Corrigida e Revisada Fiel ed. 1994)



4- Gênesis 1.26 - E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra. (Almeida Corrigida e Revisada Fiel ed. 1994)

HOMENAGEM A MULHER

Um dos textos mais citados quando se discorre sobre as virtudes femininas é o de Provérbios 14.1: “A mulher sábia edifica a sua casa”. Sem sabedoria é impossível viver bem como pessoa, como mãe, como esposa, como profissional, como missionária, porque a sabedoria deve ser a prática de toda a vida.




A mulher sábia constrói a sua casa, formando a consciência cristã de seus filhos. Ela os instrui com os elementos da sabedoria para torná-los “sábios para a salvação mediante a fé em Cristo Jesus” (2 Tm 3.15), como Eunice e Lóide souberam fazer na educação de Timóteo. Formaram nele a verdade que se estabelece em princípios morais e espirituais. Valores que definem as atitudes e direcionam as escolhas. Assim Timóteo aprendeu as “Sagradas Letras”.



A mulher sábia é a educadora de seus filhos que, segundo a instrução divina em Deuteronômio 6, ocupa-se em transmitir os preceitos do Senhor na dinâmica da vida, na informalidade do dia-a-dia, mas com objetividade e clareza.



A mulher sábia contribui para edificação da Igreja e para expansão do evangelho na terra. Como parte do corpo de Cristo, ela deve estar pronta para servir com o dom e a vocação que recebeu do seu Senhor. Como Maria, deve haver prontidão para dar o seu sim para o cumprimento dos propósitos divinos na história dos homens. “A vida de Maria mostra que as coisas grandes, as coisas importantes, sempre começam com alguém dizendo sim a Deus e, depois, continuando a dizer um sim de cada vez. Quando você tem em mente que toda sua vida é um campo sagrado, mantém-se aberta às oportunidades maravilhosas que ele planejou para você.” 1



Somos chamadas para servir e só há realização pessoal quando assumimos o nosso papel e nos colocamos à disposição do Senhor para fazer tudo aquilo que nos vem às mãos, a fim de que a sua vontade seja feita na terra como é feita nos céus.



A mulher sábia contribui para a construção de uma sociedade mais justa. Com o uso dos seus dons e talentos, no exercício da sua profissão, ela coopera para o bem-comum no dever de promover a justiça, a paz e a retidão. Ela luta como uma cidadã consciente de seus direitos e deveres porque atende à exortação paulina: “Exerçam a sua cidadania de maneira digna do evangelho de Cristo” (Fp 1.27).



Hoje a mulher está presente em todos os segmentos da sociedade, ocupando cargos de liderança e tendo a oportunidade de influenciar o seu contexto. Ela pode ser um elemento de mudança no mundo atual. “Nada contribui mais para dar um sentido à vida do que tomar consciência de nossa missão. E a tomada de consciência de nossa missão está estritamente ligada aos nossos talentos pessoais.” 2



A história assinala a participação decisiva da mulher que, no exercício das suas atribuições, equilibra as variadas áreas de atuação e se dedica ao cumprimento da sua missão. “As mulheres se distinguiram em quase todos os aspectos do trabalho missionário, mas os campos da medicina, na educação e na tradução foram particularmente afetados por sua perícia.” 3



A Palavra de Deus nos garante que a virtude da sabedoria está à disposição de todos aqueles que a buscam. “Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida.” (Tg 1.5)

UM DEUS SOLITARIO

Tua presença, tão necessária à Criação, alegra Meu Ser.


Um Ser que busca, constantemente, ver-te pleno, tranqüilo em tua luz, em tua perfeição.

Mas, percebo que não estás em paz, e estás assim

por teres acreditado que ela poderia ser roubada de ti,

um ser que, por natureza, contém todas as coisas.

Um ser que tem tudo, porque és tudo.

Vejo-te cabisbaixo, olhando para o chão como se lá estivesse a tua cura, o teu alento.

Vejo tuas mãos escondendo o teu coração

e vejo tua vontade conformada no vazio dos teus dias.

Por mais que Eu queira, não consigo entender...

Tantos vales para caminhares, tantos rios, tantos mares para te banhares.

Tanta luz, tantas cores para te alegrares,

Tantas estrelas, noites calmas para que

no teu silêncio nosso encontro fosse possível...

Dei-te o mais nobre lugar entre a Criação

porque és aquele que chamo por Meu Filho.

Dei-te um ser perfeito, onde tudo está e de onde nada pode ser tirado, roubado ou danificado, para que estivesses seguro em todas as circunstâncias.

E tu escolheste ser imperfeito, tu escolheste atacar

ao invés de amar aqueles que são teus irmãos, teus iguais.

Escolheste o ódio ao amor, a tristeza à alegria, o sofrimento ao prazer.

Olho para ti e percebo que sem a tua beleza original,

o Meu Reino é incompleto.

Percebo tua inocência, o teu olhar perdido,

próprio daqueles que não sabem o que fazem

e aquieto Meu Ser, pois estabeleci que a tua vontade seria respeitada acima de todas as coisas.

Sei que tu Me procuras, mas digo que a tua vontade ainda não é suficiente.

Deves querer verdadeiramente e tu Me encontrarás.

Estou em ti, Meus Pensamentos estão contigo.

Acha-me e Serei Completo.

Acha-me e Deixarei de Ser um Deus Solitário.

Liberta teu ser Criança, para que possas usufruir de tudo aquilo que és.

És mais que as montanhas, que o sol, que o ar que respiras.

És o Meu Filho Amado, em quem Me Comprazo.

Traga para Mim um pouco da tua terra, e Dar-te-ei um jardim florido.

Traga para Mim teu sofrer e O transformarei em alegria, livrando-te de todos os teus mal-estares, ascendendo teu espírito para que vejas a luz.

Traga para Mim o pouco de amor que te resta, e Dar-te-ei a memória de quem és.

Alegra teu ser Minha Criança e Encontra-Me em teu doce coração para que assim possas deixar de te sentir pequeno, porque és grande.

Para que assim Eu possa deixar de ser solitário, porque sou o teu Criador.