FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

sábado, 22 de novembro de 2008

O SEXO NÃO RESOLVE AS INSASTIFAÇÕES.



Vida, para o ser humano, é a experiência de ser alguém em comunhão com o outro, reflexo do mistério trinitário. Sendo o ser humano um ser corporal e sexuado, essa experiência tem uma dimensão corporal, se dá e se manifesta no corpo. O núcleo dessa experiência, entretanto, é espiritual no sentido de que ela acontece pela presença de si a si mesmo e ao outro. Poderíamos chamar essa experiência de autoconsciência vital. Ao se experimentar assim o ser humano colhe também o outro, o mundo e as pessoas. É uma experiência de harmonia. Nela é suprimido todo conflito. Ela se traduz em sentimentos e emoções e se mostra no corpo. Não é necessário dizer que, no tempo da história, essa experiência é processo. Daí ser possuída na esperança, que já é uma forma de possuir o que virá. Mas, por isso mesmo, é uma experiência em que estamos sujeitos a enganos ao buscá-la. E nós a buscamos sempre, às vezes, desesperadamente.
Sendo o encontro sexual, quer pela intensidade do prazer físico, quer pelas emoções do envolvimento erótico, um momento corporal de forte experiência de si e de intensa comunicação com o outro, ele parece responder ao desejo profundo de sentir-se a si mesmo e de experimentar comunhão com o outro. E, naqueles instantes, a pessoa pode assim se sentir.
Se a pessoa, no conjunto de sua vida, cultiva uma experiência profunda de si e de comunicação com os outros, o momento do encontro sexual - no matrimônio - será expressão e fonte de uma vida a dois positiva. O sexo, entretanto, por si mesmo, não é fonte de vida para a pessoa. Não é solução para problemas de solidão e para carências afetivas. Quando para esse fim se busca a experiência sexual, a relação entre os parceiros acaba por se desgastar e se torna doentia, lugar de manifestação das mais variadas formas de imaturidade, tais como: possessividade, ciúme, dominação, sadomasoquismo e outras.
Mas é verdade que situações estressantes podem levar a buscar no sexo o desafogo, como recomendou certa vez uma ministra: “relaxa e goza”. Da mera curiosidade adolescente pode se passar para a prática masturbatória como válvula de escape para tensões emocionais. E quando se aprende a ter o (a) parceiro (a) acrescenta-se à experiência física do prazer a sensação de companhia, o envolvimento erótico. Assim o cérebro aprende - instala-se um mecanismo – a mobilizar a área do prazer sexual como forma de superar o desconforto. A força desse mecanismo é poderosa porque, na verdade, a experiência sexual parece responder à necessidade profunda de comunicação do ser humano. Mas uma coisa é certa: o sexo não resolve a insatisfação profunda, doentia ou não, que costuma acompanhar o ser humano desde a infância.
Há ainda outros fatores que levam a pessoa a buscar a experiência sexual como resposta. Nos adolescentes pode ser simplesmente o desejo de experimentar. Mas, em uma cultura que leva o sexo à condição de sentido de vida, o desejo de fazer a experiência acaba se transformando em necessidade.
É nesse contexto humano e cultural que os cristãos devem testemunhar a dignidade maior da pessoa humana através da vivência da castidade. A impossibilidade de experimentar-se positivamente em comunhão com os outros - experimentar amor - é a morte. Como se trata de um processo, nenhum de nós chegou à plenitude dessa experiência. Vivemo-la como caminho. Isso é suficiente para sermos felizes no tempo da história. Os vazios dessa experiência são assumidos como apelos a nela crescer. Donde a importância da esperança como certeza do acerto do caminho. É dentro desse horizonte que podemos entender a sexualidade humana enquanto impulso na direção do outro.
Eros é, em sua raiz, impulso para a comunhão, busca de plenitude, desejo de envolvimento. Eros pode ser fonte de crescimento, força que impele para os envolvimentos místicos. Mas pode perder-se nas emoções vindas de fora, da estimulação dos sentidos e da excitação produzida pela química do prazer. Sem dúvida, o instinto sexual objetiva garantir a continuidade da espécie. No ser humano o instinto sexual é parte de um todo, na qual razão e liberdade constituem nossa identidade específica. Assim, ao mesmo tempo em que a sexualidade humana objetiva garantir a continuidade da espécie, ela se torna lugar privilegiado de comunicação.
O encontro sexual entre homem e mulher deveria, pois, inclusive em razão da intimidade do abraço, ser um momento de profunda e real comunhão. Mais que a intensidade do prazer físico a relação sexual deveria ser a celebração do amor vivido na comunhão cotidiana da vida. No ser humano, portanto, o sexo, enquanto relação, exprime e comunica o que a pessoa vive. Deveria ser expressão de amor, manifestação da riqueza interior que se comunica ao parceiro e que tem a força de gerar outra vida. Matrimônio é união que gera vida. O que foge disso é perda de dignidade. (continua em Por uma sexualidade integrada)
Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

UM MENINO E SUA MÃE


Pe. Lucas de Paula Almeida, CM Conheci um menino há muitos anos que andava atrás de uns trocadinhos de sua mamãe. Então, escreveu um bilhetepara ela com os seguintes dizeres:
" Mamãe, a senhora está me devendo 17 reais por vários motivos: - "Quando me levantei, escovei os dentes, arrumei a cama, varri o quarto, fui a Missa cedinho, arrumei a minha batina,estudei, fiz meus deveres para casa, arrumei a minha pasta com os livros e a minha merenda, por causa disso a senhorame deve 4 reais.
- Fui a escola me comportei bem, prestei atenção e quando cheguei em casa esquentei a minha comida que a senhora havia deixado no fogão, lavei os pratos, varri a casa e deixei tudo prontinho, por causa disso a senhora está me devendo mais 13 reais. Deixou o bilhete em cima da mesa e foi brincar...
Quando voltou encontrou os 17 reais e junto um outro bilhete: "Meus parabéns, filho , aqui estão os 17 reais, e continue sempre assim".
Gostaria de lhe dizer que você não me deve nada por tê-lo guardado em mim por 9 meses, cuidado de você nestes nove meses, e ter compartilhado com você todo o meu ser, enquanto você ainda estava no pensamento de Deus, desde toda eternidade.
Me lembro, meu filho, que Jesus prometeu a vida eterna para quem, por seu amor, der um copo de água ao irmão. Pois bem, se a vida eterna Jesus dá por um copo de água, o que, então, dará para quem a vida lhe deu e amou você, quando você era apenas uma promessa?
E por ter acariciado você no meu seio esperando você nascer acalentando-o com muito amor, meu filho, você não me deve nada. Eu nunca lhe disse que, quando você nasceu quase morri de eclampsia por que tive problema grave no seu nascimento. Não se esqueça do cuidado que tive com você logo que nasceu. Amamentei-o com muito amor e ternura para que você ficasse bem de saúde.
E qual será a paga para os meus braços que embalaram você, para as horas de vigília orquestradas pelo seu choro impertinente? Por um copo d'água, a vida eterna! É o que Jesus vai dar, em paga pelos anos todos de cuidados por você, que nem sempre era o que eu esperava?
Você foi o maior sonho acalentado durante meus 40 anos de vida e, por tudo que fiz por você nestes seus 10 anos de vida, meu filho, você não me deve nada. Finalmente, você diz que eu lhe devo 17 reais, e está certo. Mas eu lhe pergunto o que vai me dar, em paga pelos anos todos de cuidados por você, que nem sempre era o que eu esperava?
Qual a recompensa pelas rugas que você ajudou a cavar em mim, pelas grinaldas de cabelos prateados que encobriram a coroa de espinhos de muitos anos e tantas dores por você, meu filho. Apesar de tudo, você não me deve nada".
Ao ler aquele bilhete resposta aquele filho caçula que tinha seus 10 anos ficou tão envergonhado que deixou os 17 reais sobre a mesa e foi abraça-la, agradecendo-a tudo que ela lhe havia feito.
Eu sou aquele menino. Hoje, padre Lucas. Tive a graça de conviver com aquela mãe feliz por um período de 32 anos. Infelizmente, não está junto de nós, filhos. Quando me dirigia para dar um curso de canto pastoral em Vitória, sofremos um acidente. Um carro desgovernado veio em cima do meu carro.
O motorista dormiu no volante acidentando a minha mãe, que recebeu das mãos do seu filho padre o conforto dos últimos sacramentos e acabou morrendo nos meus braços. Fiquei 9 meses engessado da cabeça aos pés.
Isto aconteceu em 16/02/1978, depois de termos acabado de rezar o terço e ela feliz da vida como que se despedindo de mim agradecendo o filho padre que Deus lhe tinha dado. O Menino que queria ser padre
Alguns anos atrás, um grupo de mães da cidade de Ouro Branco veio ter comigo, no mês de agosto, mês das vocações, pedindo-me para falar para elas a respeito de vocação. Uma mãe, pobrezinha, me perguntou se menino pobre podia ser padre.
_ Senhora, respondi-lhe, eu conheci muito bem um menino pobre que tinha um ardente desejo de ser padre. A sua mãe, porém, era viúva e pobre não podia mantê-lo no seminário. Com insistência daquele menino, encheu-se de forças. Um dia, na festa do padroeiro da cidade, aquele menino entrou na igreja. A sua imaginação e a sua alma encheram-se do esplendor do culto. Um desejo ardente e uma ânsia incontida talvez, uma esperança desfeita lhe apertou o coração. E ele, sem conter as lágrimas saiu da Igreja apressadamente. Na praça, sua mãe o viu e perguntou-lhe: _ "Por que choras, meu filho?"_ "Desejo ser padre, mas eu sou pobre, respondeu o menino."_ "Nós vamos dar um jeito, garantiu aquela mãe, mas vai depender muito de você". Aquela mãe sofrida pelo tempo, a fazedora de biscoitos, doces, foi recompensada.
O menino fez o ginásio, científico, a filosofia, a pedagogia, a teologia, doutorando-se em música, estudando 15 anos seguidos. E no dia 18 de julho de 1976 ordenou-se padre depois de muito sacrifício, mesmo sabendo que sua mãe se alimentava uma vez por dia para poder manter os estudos de seu filho.
E na manhã do dia 18 de julho, uma manhã fria com a praça repleta de gente estava aquele menino em frente aquela mesma praça onde chorou a 15 anos atrás desejoso de ser um padre.
E naquela manhã fria estava ele abençoando pela primeira vez a sua mãe, aquela mulher feliz, sofrida e abençoada por Deus. Voltando-se para as mamães ali presentes disse sorrindo:
"Este menino que queria ser padre, sou eu que lhes falo agora".A vida de um padre
No dia 18 de julho de 2008 fiz 33 anos de padre. O meu serviço de padre até 2001 era na direção espiritual da SSVP (Sociedade São Vicente de Paulo) de todo o Brasil, professor no Seminário São Vicente de Liturgia e Música.
Atualmente, como escritor, compositor, coordenador de Roteiros Homileticos Dominicais via internet dos Sites: http://www.padrelucas.com.br/ e do http://www.catolicanet.com.br/ e outros.
Sou professor e coordenador dos cursos Bíblicos, de Teologia Popular, de Lliturgia e música, de Cristologia, de Marialogia, escritor para artigos em vários jornais, Produtor Musical e diretor espiritual das peregrinações pelo mundo afora.
Todas essas funções dão muito trabalho, fazem a gente sofrer muito, mas também dão muita alegria. Nas minhas orações sempre tenho mais que agradecer a Deus do que pedir.
Começaria por agradecer a Deus contando um fato que aconteceu comigo a 33 anos atrás.
Era novembro de 1976 quando trabalhava nas missões vicentinas na zona rural de Bambuí.
As missões estavam no começo. Fazíamos um levantamento sócio-religioso das famílias, a fim de conhecê-las melhor e também sua realidade. Novembro chovia muito. Na terceira semana deste mesmo mês havíamos avisado a uma comunidade que iríamos fazer o tal do levantamento sócio-religioso. Apesar do tempo chuvoso fomos assim mesmo, enfrentando estradas perigosas sem asfalto, chuvas e cobras. Íamos à pé de casa em casa, pois não havia estradas.
Foi, já de tardezinha, quando me aproximei de uma das casas. Estava enlameado da cabeça aos pés. Minha botina pesava muito. Antes de entrar numa daquelas casas, comecei a limpar os pés na grama. Aí, um menino veio correndo e disse:
_ "Não precisa limpar os pés, não, seu padre, pode vir assim mesmo!"
Ao me aproximar da soleira daquela casa, eu levei o maior susto. Toda a família estava ajoelhada. Espantado, perguntei porque estavam assim. E o pai de família respondeu: _ "Senhor padre, receber a sua pessoa para nós é o mesmo que receber Jesus Cristo". Essas palavras me tocaram bem no fundo do meu coração. E até hoje sinto o seu peso.
Senti naquele momento algo de sobrenatural, revolucionando todo o meu mundo interior. Percebi com clareza o nada da minha pequenez diante da grandeza infinita de Cristo que eu representava. Foi um desafio. Está sendo um desafio.
Até hoje e para sempre aquele gesto de uma família ajoelhada diante de um ministro de Deus, continua exigindo de mim um comportamento tanto quanto possível semelhante ao de Cristo a quem eu represento e quero seguí-lo.
(1) Pe. Lucas de Paula Almeida, CM padrelucas@terra.com.br - http://www.padrelucas.com.br/

CONIC ENCAMINHA METAS E PUBLICA CARTA FINAL DA ASSEMBLEIA

A 13ª Assembléia do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), evento que aconteceu em Luziânia (GO) entre os dias 13 e 15, encaminhou uma série de metas para serem trabalhadas nos próximos anos. O tema refletido nos três dias de Encontro foi “Água, fonte de paz e vida”, que contou com a participação de todas as Igrejas-membro do Conselho.
Segundo o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso, da CNBB, padre Marcial Maçaneiro, a Assembléia reviu todo o Estatuto do Conselho, reconfigurou a diretoria, criou o Conselho Curador, que é formado pelos presidentes das Igrejas-membro e instituiu um vínculo operacional entre os assessores ecumênicos das Igrejas e da secretaria geral do Conic. “A ligação possibilitará a partilha de agendas e a implementação de ações conjuntas”, explicou padre Marcial.
Para a Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2010 foi sugerida a agilização na base das Igrejas-membro de uma equipe de Campanha. A Carta Final da Assembléia foi enviada para autoridades, de modo especial, ao Congresso Nacional. O texto trata das atividades do Conic, das ações das Igrejas na sociedade e insiste na “água como direito humano e bem público”.
Um dos marcos da Assembléia foi o ingresso das Igrejas Greco-Ortodoxa de Antioquia e da Igreja Ortodoxa Grega (Patriarcado de Constantinopla) como Igrejas-membro do Conic. “O ingresso de duas Igrejas Ortodoxas é histórico e altamente significativo porque elas se juntam a nós e querem conosco dialogar, caminhar no ecumenismo e dar testemunho do que vivemos no Brasil”, disse o presidente do Conic, o pastor sinodal Carlos Augusto Möller.
O Programa de Formação de Educadores (Profec), entidade que trabalha ações sociais em educação, com sede em Duque de Caxias (RJ), foi acolhida como instituição membro-fraterno do Conselho.

Última Alteração: 08:42:00
Fonte: CNBB Local:Luziânia (GO)

BREVIARIO PARA I-Phone É UM SUCESSO

O Conselho Pontifício das Comunicações Sociais, do Vaticano, apresenta na sua página oficial um artigo sobre a criação do iBreviary, que disponibiliza o livro que contém as orações litúrgicas para todo o ano, no iPhone. De momento, o breviário é disponibilizado em inglês.
A aplicação de 800 kb pode ser descarregada no telemóvel de última geração da Apple. O Conselho Pontifício informa que o iBreviary é uma aplicação gratuita e segundo seu inventor, o sacerdote italiano Paolo Padrini, pode ser descarregada no site iTunes ou directamente através do celular.
O Conselho Pontifício das Comunicações explica que o iBreviary não disponibiliza somente o texto, mas também orientações seja para quem quer apenas ouvir, seja para quem deseja rezar. O dicastério da Cúria Romana assinala que o iPhone pode ser considerado um instrumento de informação religiosa, onde se pode navegar e aceder a orações e textos cristãos.
O Pe. Paolo Padrini diz que o iBreviary está a obter um sucesso inesperado. Depois das primeiras notícias, o eco foi enorme. Em três semanas, foram descarregadas mais de 8 mil cópias, e o programa é o terceiro mais ‘clicado’ da Apple, depois de um tradutor e da enciclopédia.
A intenção do seu inventor agora é inserir o missal com as leituras do dia, criar um acompanhamento de música gregoriana, e traduzi-lo noutras línguas, com um suporte em latim, idioma oficial da Santa Sé.
A aplicação está disponível em
http://phobos.apple.com/WebObjects/MZStore.woa/wa/viewSoftware?id=291505219&mt=8


Última Alteração: 08:52:00
Fonte: Agência Ecclesia Local:Cidade do Vaticano

Dom Maurício Grotto é nomeado arcebispo de Botucatu



O bispo de Assis (SP), dom Maurício Grotto de Camargo, 51, é o novo arcebispo de Botucatu, interior de São Paulo. A nomeação, feita pelo papa Bento XVI, foi divulgada nesta quarta-feira, 19. Dom Maurício substituirá o atual arcebispo, dom Aloysio Leal Pena, SJ, 75, que teve o seu pedido de renúncia aceito pelo papa, conforme o cânon 401 § 1º do Código de Direito Canônico.
O novo arcebispo de Botucatu, natural de Presidente Prudente (SP), foi nomeado bispo coadjutor de Assis em 2000, quando era subscretário de pastoral da CNBB. Tornou-se o bispo diocesano de Assis em 2004. Atualmente, é membro da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da CNBB, responsável pelo Setor Pastorais da Mobilidade Humana.

Última Alteração: 09:42:00
Fonte: CNBB Local:Botucatu(SP)

AUMENTA OS PEREGRINOS NA TERRA SANTA.

Aumentam as peregrinações na Terra Santa! A cidade natal de Jesus deu as boas-vindas ao milionésimo peregrino deste ano: um polonês, que foi recebido, domingo, pelo Prefeito da cidadezinha e por uma banda musical.
Trata-se de uma meta importante para a cidade, onde, este ano, houve um incremento de 80% de peregrinos, em relação ao ano anterior. É um dado encorajador, fruto, sobretudo, de uma melhor situação política nos Territórios, como afirma padre Severino, diretor da Casa Nova para acolhimento aos peregrinos, em Belém, administrada pela Custódia da Terra Santa:
A presença numerosa dos peregrinos na Terra Santa é, de qualquer forma, um termômetro sobre a situação local. As pessoas se sentem novamente seguras e entendem que podem visitar os Lugares Santos. Não há mais medo! Porém, sabemos que, neste momento, o governo israelense está em crise, pois, em fevereiro do próximo ano, haverá eleições e não podemos esquecer as recentes presidenciais nos EUA. Estes são fatores muito importantes para a política na Terra Santa, Israel e Palestina. Isso nos leva a perceber que existe certo desejo de retomar o diálogo entre as partes, o que poderia colocar um ponto final neste longo conflito palestino-israelense. Gostaria de acrescentar, enfim, que os primeiros lugares, em número de peregrinos, são ocupados pelos fiéis russo-ortodoxos, seguidos por aqueles provenientes da Polônia, Eslovênia e da América do Sul, sobretudo do Brasil. Logo, é, certamente, um sinal de esperança!.

Última Alteração: 10:10:00
Fonte: Rádio Vaticano Local:Belém

JESUS REI DO UNIVERSO



Evangelho de São João lemos que "Pilatos redigiu também uma inscrição e a fixou por cima da cruz. Nela estava escrito: Jesus de Nazaré, rei dos judeus" (Jo 19,19). Jesus é rei! Nos arquivos dos povos, nos arcanos das gentes, nos registros das nações, não se depara frase tão bela. Percorram-se as formosas expressões hieroglíficas. Perquiram-se os famosos ditos em caracteres cuneiformes. Vejam-se os lindos versos gregos ou romanos, gravados na pedra, no mármore, nos metais. Percorram-se as mais notáveis inscrições dos túmulos, famosos que sejam os heróis aí sepultados. Não se encontrará após tal pesquisa, título mais belo e verídico a sintetizar fulgurosamente verdade grandiosa que compendia toda a história humana. Forjado embora na irrisão ele encerra a mais fúlgida das realidades. Do Calvário o império de Cristo iria estender por toda a terra. Aliás, lá o Centurião já proclamava sua divindade: “Este era verdadeiramente o Filho de Deus” (Mc 15,39). Ele reinou do alto do madeiro, como canta a Liturgia da sexta-feira santa. Jesus Nazareno é rei! Dezenove séculos depois a magna verdade foi proclamada novamente pelo papa Pio XI. Este contemplou o fenômeno maravilhoso de um reinado na inteligência, na vontade e no coração do homem, por ser Jesus a própria verdade, a própria bondade e o oceano imenso de amor. Reinado a se espalhar por toda a sociedade, não só misticamente, silenciosamente no íntimo de cada alma humana, mas ainda visivelmente, de maneira pública, inspirando os governos, os chefes de Estado, informando as leis, dando seu espírito às artes, penetrando as universidades, as escolas, falando pela boca dos magistrados. Honras públicas de todas as nações. Rei da História, fato de novo proclamado por Pio XII. Este, profeticamente, mostrou a influência decisiva de Cristo a enfronhar um novo modo de vida que raiava, uma esperança fagueira para novos dias. Reinado de verdade e de vida, de santidade e graça, de justiça, de amor e de paz, como reza o prefácio da Missa da festa de Cristo-Rei. O papa João Paulo II também exaltaria este Rei em inúmeros documentos e com uma profundidade admirável, ensinou: “O Reino de Deus não é um conceito, uma doutrina, um programa sujeito a livre elaboração, mas é, acima de tudo, uma Pessoa, que tem o nome e o rosto de Jesus de Nazaré, imagem do Deus invisível”. Bento XVI recordou:: “A missão da Igreja ontem, hoje e sempre: anunciar e testemunhar Cristo-Rei, para que o homem, cada homem, possa realizar plenamente sua vocação” Esta realeza foi solenemente proclamada no alto da Cruz: Jesus é Rei! Rei dos judeus, porque Jesus de Nazaré é o primeiro dentre os de sua nobre raça, dentre os mais ilustres de seu ilustre povo, dentre os que se tornaram célebres na história de Israel. Ele mesmo proclamou sua supremacia sobre Abraão que anelava por ver o seu dia. Sua sabedoria e seu poder ofuscaram a Jacó, Moisés, Josué, Salomão. Profetas famosos preparam-Lhe a vinda. Ele é, de fato, Rei dos Judeus ante quem se curva todo o Antigo Testamento. Nós nos ufanamos por ter como nosso Chefe, nosso Guia, nosso Rei, um que pertenceu ao povo eleito, ao povo escolhido. O próprio Cristo afirmara à samaritana: "Vós adorais o que não conheceis, nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus" (Jo 4,22). Nosso Rei é Jesus, Rei dos judeus, Rei de todos os povos, dado que Ele a todos resgatou, como profetizara Isaías: "Todo homem verá a salvação de Deus" (Lc 3,6). Neste dia de Cristo-Rei cumpre se recorde sua ordem que contém faustosa promessa numa mensagem sublime: "Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas" (Mt 11,29). Com a multidão que o aclamou na sua entrada solene em Jerusalém digamos hoje do fundo do coração: "Bendito o rei que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória no mais alto dos céus!" Com toda a Igreja em festas proclamemos: “Cristo vive, Cristo reina, Cristo impera”! (Lc 19,38)* Professor no Seminário de Mariana - MG

Última Alteração: 10:28:00
Fonte: Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho Local:Mariana (MG)

Faculdade São Bento abre inscrições para Pós-graduação em Teologia Bíblica -

Pós-graduação Lato Sensu em Teologia Bíblica será ministrada pela Faculdade São Bento, do Rio de Janeiro, em três módulos, entre os dias 5 a 17 de janeiro, 6 a 23 de julho de 2009 e 4 a 16 de janeiro de 2010.
A formação é direcionada a portadores de diploma de curso superior e tem por objetivo capacitar profissionais para a compreensão básica da bíblia, aprofundar aspectos histórico-geográficos da sagrada escritura e da história de Israel. Os estudos abrangem a literatura do Antigo e Novo Testamento.
O curso terá duração de 360 horas/aula, sem contar com o período de elaboração da monografia. As vagas são limitadas para 40 alunos por turma e as inscrições estarão abertas até o próximo dia 31 de janeiro de 2009.
Informações pelo telefone (21) 2206-8310 ou pelo site www.faculdadesaobento.org.br.

Última Alteração: 10:29:00
Fonte: CNBB Local:Rio de Janeiro

MÃOS ORANTES



Na Era da informática, recebemos por via da Internet, centenas de e.mails, de mensagens eletrônicas, que trazem textos e imagens, muitas vezes, de uma beleza e riqueza incomensurável.
Nesta semana, recebi, com a sua história, a reprodução da pintura de Albrecht Durer: “As mãos”. Retratam as mãos postas em oração. Mãos tortas e calejadas, de pele ressecada, mas apontando para o céu, em atitude de súplica.
Chegamos ao fim do ano litúrgico quando a Igreja nos apresenta à meditação o destino da Humanidade que se encontrará com o Cristo, que virá na sua glória a julgar os vivos e os mortos, como proclamamos em nossa fé.
E nosso julgamento será feito à medida que tivermos refletido em nossa vida o amor de Deus no amor aos irmãos. O texto do Evangelista, São Mateus, é preciso (Mat. 25, 31-45). A partir de como tratamos nossos irmãos, será o julgamento.
Na doutrina tradicional da Igreja, e aqui lembramo-nos do velho catecismo que aprendíamos na infância, sempre se pregou e insistiu nas obras de misericórdia. As atitudes que nascem de um coração que se abre, como o divino, diante do irmão.
Dar de comer a quem tem fome. Dar de beber a quem tem sede. Vestir os nus. Visitar os enfermos e presos. Acolher os forasteiros. Decorávamos, e isso permanecia em nossa consciência.
Desde o começo do cristianismo, a Igreja se empenhou na realização concreta destas obras. Muitos séculos antes da política social dos Estados e das filantropias que antes de expressarem o amor, procuram tirar de suas vistas a miséria humana, estava presente a ação da Igreja e de seus filhos.
Os hospitais dos indigentes, as santas casas, o acolhimento dos peregrinos. Apenas um exemplo que ressalta aos nossos olhos, quando Vicente de Paulo se fez cativo nas galeras, para libertar os escravos que com a força de seus braços as movimentavam.
São atitudes concretas pelas quais, na contingência desta terra, exercitamos o grande mandamento do Senhor: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”(Jo.15,12). Reparemos que a medida que Jesus quer de nós no amor ao próximo, não é o amor a nós mesmos, senão aquele amor que entregou sua vida por nós.
Deus nos dá o tempo para caminhar na via da redenção. Dá-nos também sua graça, como um combustível que aciona os motores e as turbinas das aeronaves e as levantam das pistas rumo as alturas. Mas, temos em nós a semente do pecado, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos, a soberba da vida (1Jo. 2,16) que nos atraem, como a força da gravidade e contra as quais temos de lutar constantemente.
Na seqüência que se lê na liturgia dos mortos, onde se expõe, quase teatralmente a cena do julgamento final, e que Mozart transferiu para os acordes de seu “Dies irae” há duas estrofes que bem expressam os sentimentos que acompanham a meditação do fim dos tempos. Depois de descrever o triunfo e a glória de Cristo que aparecerá nos céus com o seu sinal, “O Rei no trono se assentará e o que estava oculto será patente, nada ficará impune”, e separará os bons dos maus, há uma oração suplicante:“Rei de infinita majestade, que gratuitamente nos salvais, salvai-me por piedade”. E continua contritamente pedindo para Jesus tomar conta do nosso fim.
E que têm a ver com essa reflexão as “Mãos” orantes de Durer? Sua história nada mais é do que a história do amor, da entrega de alguém pelo irmão.
Para que Albrecht se formasse, seu irmão se enfiou na minas de carvão. Deformou suas mãos. E quando este voltou formado, vendo aquelas mãos, compreendeu a força do amor, do devotamento ao próximo. E retratou, com gratidão o que vira e que, muito mais do que a materialidade da visão, estavam dirigidas na prece da caridade e do amor. Como uma bússola estavam voltadas para Deus.
Os primeiros cristãos aguardavam ansiosos a parusia, a vinda do Senhor Jesus. Paulo, na sua Carta aos Tessalonicenses, lhes explica que não sabemos nem o dia nem a hora e que, com seu trabalho e vida de ressuscitados, se esforçassem na construção da nova terra e novo céu, pelo qual, como escreverá mais tarde aos Romanos (Rom. 8,18-24) esperavam todas as criaturas.
Temos, pela fé, a certeza desta esperança “na esperança fomos salvos” (Rom 8,24) e, enquanto a aguardamos, unamos nossas mãos no exercício da caridade e na oração confiante. “Vem Senhor Jesus” (Apoc.22,20)


Última Alteração: 10:49:00
Fonte: Dom Eurico dos Santos Veloso - Arcebispo Metropolitano de Juiz de Fora(MG). Local:Juiz de Fora(MG)

Papa descreve encontro de Cristo com São Paulo no caminho para Damasco - 19/11/2008


Em sua audiência hoje com os fiéis, o papa prosseguiu sua reflexão inspirada em São Paulo Apóstolo, recordando sua doutrina da justificação, ponto central de seu ensinamento.
Ao encontrar-se com o Ressuscitado no caminho de Damasco, o Apóstolo, que era um fervoroso cumpridor da Lei mosaica, compreendeu que aquilo que considerava como ganância era uma perda diante de Deus. Aquele encontro o fez entender que graças à fé em Cristo, e não por nosso mérito, nos tornamos justos diante de Deus.
Naquele momento, Paulo descobriu uma nova justiça, oferecida gratuitamente e baseada na fé em Cristo morto e ressuscitado. O Cristo se tornou o princípio e a finalidade de sua existência, e Paulo queria compartilhar a sua experiência com os apóstolos.
São Paulo afirma que a Lei culminou em Cristo, e tem sua máxima expressão no mandamento do amor. Assim, o Salvador do mundo é apenas um, o que relativiza tudo, inclusive a Lei.

Última Alteração: 10:50:00
Fonte: Rádio Vaticano Local:Cidade do Vaticano

terça-feira, 18 de novembro de 2008

É PRECISO APRENDER A SER FELIZ.


O amor não nasce por geração espontânea e não morre de causas naturais
A+A-
Criado à imagem e semelhança de Deus, que é amor, o ser humano nasceu para amar. Essa é sua vocação fundamental. Essa é a grande finalidade da existência humana. A partir dessa certeza absoluta, nasce uma premente necessidade: aprender a amar e a cuidar do amor. O amor não nasce por geração espontânea e não morre de causas naturais. A morte do amor é sempre conseqüência de um assassinato cometido pela negligência. O amor morre por eutanásia passiva, de tédio, porque não foi alimentado. Amor que não se alimenta não se renova.
O amor se aprende e, além disso, necessita de esforços, renúncias e sacrifícios. Para isso, é fundamental: começar sempre de novo, não ficar lembrando ofensas, ter respeito mútuo (fala, ação, gestos), dinamizar a vida conjugal, não discutir por bobagens, ter vida sexual saudável, educar a vontade: objetivo, determinação, persistência, ter senso de humor, superar os momentos difíceis, saber escutar, aprender a dialogar – adquirir a graça da comunicação, ter jogo de cintura, cortesia, tato, procurar agradar o outro, não viver num mundo de sonhos e de ideais angelicais, expulsar o pessimismo da vida e das palavras (críticas e acusações, opiniões pejorativas , danificar a imagem do outro, generalizações negativas, centralizar detalhes negativos e aumentá-los, antecipar- se no negativo...).
É preciso aprender a ser feliz. Amar é algo que ninguém nasce sabendo. Ninguém ama por geração espontânea. O amor verdadeiro exige aprendizado, treinamento, começo e recomeço. O lar cristão precisa ser uma escola onde se aprende a amar verdadeiramente. Esse aprendizado é impossível sem a vivência e a prática de uma espiritualidade conjugal encarnada. Espiritualidade conjugal é para ser vivida na carne, situada no tempo e no espaço. Podemos falar em espiritualidade conjugal exatamente porque foi o próprio Deus que, ao longo das páginas da Sagrada Escritura, se apropriou dessa imagem para expressar e manifestar seu infinito amor pela humanidade. O amor conjugal precisa ser anúncio explícito do amor apaixonado de Deus pela humanidade.
Não existe nenhum amor mais intenso e profundo do que o amor conjugal. O envolvimento amoroso de um casal é o mais pleno que existe, pois implica corpo, alma, coração, sentimentos, emoções, sangue e sonhos. Tudo isso porque Deus o fez instrumento de revelação do seu amor por nós.
A espiritualidade conjugal, e, como conseqüência, a espiritualidade familiar, tem a grande missão de ajudar o ser humano moderno a encontrar os caminhos para essa ajuda do Alto. A espiritualidade conjugal precisa ajudar no processo de compreensão e superação dos desafios modernos que se tornaram ameaças à fidelidade e à convivência. É preciso combater a cultura do provisório, compreender as diferenças entre homem e mulher, ajudar a criar estruturas de apoio à família, achar caminhos para vencer a idéia de que tudo é fácil, sem esforço, e que a vida pode ser vivida na superficialidade.
O cuidado pelo próprio amor deveria ser a mais importante missão de um casal cristão.
(Artigo extraído do livro “Seja feliz todos os dias” do saudoso Pe. Léo)

QUANDO SE AMA AS PESSOAS PASSAM ?


O amor consegue descobrir até no desacerto a vontade de acertar
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É interessante perceber que na vida existem muitas coisas que têm o poder de nos marcar profundamente. Existem experiências que, pela intensidade com que acontecem em nós, deixam sempre vivas pessoas e fatos em nosso coração. Enxergando dessa forma, gosto de pensar no amor como uma realidade que impede o tempo de ser aquilo que é, ou seja, de passar...
O tempo, companheiro na jornada dos dias, realiza o ofício de amadurecer, fortalecer, separar. Com o passar do tempo, coisas, pessoas, lugares, passam, porém, quando fazemos a experiência de amar percebemos que tudo isso é como que retirado da categoria temporal, pois, por mais que ele [tempo] nos roube as presenças externas, elas sempre continuam vivas dentro de nós.
Existem pessoas e fatos que nos marcam tanto que, por mais que o tempo passe, elas sempre continuam ali sorrindo para nós. As pessoas que amamos têm o poder de se incorporar àquilo que somos e de nos transformar um pouco naquilo que são.
Aquilo – e aqueles – que nosso coração verdadeiramente amou, começam a fazer parte do nosso jeito de ser e de ver a vida, eles acabam realizando uma mudança em nosso ser, dilatando com sua presença o horizonte dos nossos valores e significados.
Contemplo isso quanto olho para meu pai (...). Ele está sempre em mim e sua ausência tem o poder de aprofundar ainda mais a sua presença. Seu sorriso sempre me encontra quando me acho só e perdido, como naquelas manhãs de novembro, quando seus olhos me diziam que eu também tinha o direito de errar...
Sua palavra ainda me conforta quando fura o pneu do carro ou do caminhão. Meu coração o amou, e ele foi acrescentado a mim como algo que faz parte de um tesouro que existe no mais íntimo do que sou. Ele começou a compor o acervo daquelas palavras silenciosas que só eu sou capaz de decifrar.
O que foi amado fica, permanece, não entra na dinâmica do tempo, não entra na dinâmica do perecer... O que amamos – no sentido autêntico e não utilitarista da palavra “amor” – nos transforma para sempre, a ponto de podermos concluir que nunca mais seremos os mesmos a partir dessa experiência vivenciada.
Meu pai nunca sairá de mim, ele sempre continuará falando dentro de mim coisas que só eu sou capaz de compreender. Ele compõe o que sou, a ponto de aqueles que o conhecem o perceberem existindo em mim.
Experiências que nunca passam, que nos fazem mais gente e nos permitem entender que o bem fica, mesmo onde houve o erro, pois o amor consegue descobrir até no desacerto uma profunda vontade de acertar.
É triste perceber pessoas que “passam” a vida toda amando coisas que “passam” – carros, bens, cargos, etc. – enquanto seus filhos crescem, seus pais morrem, seus amigos adoecem, enfim, as pessoas mais importantes de suas vidas passam, sem antes terem tido a oportunidade existirem dentro do seu coração.
O coração que entendeu o que é amar sabe hospedar somente o que é essencial...
Por ora quero deter-me por aqui. Quero deixar-te com encanto das presenças que moram em você e com a tarefa daquelas que precisam ainda existir em seu coração.
Deus abençoe!
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Adriano Zandonáartigos@cancaonova.comSeminarista e missionário da Comunidade Canção Nova. Reside atualmente na missão de Palmas (TO). É formado em Filosofia e está cursando Teologia. Apresenta o programa "Contra-maré" pela rádio Canção Nova do Coração de Jesus, aos sábados das 16h às 18h. Através do site www.arquidiocesedepalmas.org.br também é possível acompanhar aos sábados toda a programação ao vivo . 14/11/2008 - 08h00

SEM CONHECIMENTO NÃO EXISTE AMOR ( CANÇÃO NOVA )


Como amar o outro com suas fraquezas, limites e incoerências?
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Amadeo Cencini, no seu livro: “Amarás o Senhor teu Deus” nos fala do amor ao próximo. Hoje, quero apresentar um resumo do que ele nos fala, por acreditar que pode ser muito rico para você.
A primeira coisa que precisamos entender é que o centro de todo ser humano é positivo, mas no seu todo o ser é limitado. Essa é a condição humana. Ou seja, existem em todo homem e em toda mulher virtudes e defeitos, riquezas notáveis e impulsos incoerentes com a estrutura pessoal, mas que são partes dela. É importante sabermos separar a fraqueza do irmão e o seu valor como pessoa para assumirmos a responsabilidade de que temos por ele e pelo seu crescimento.
O verdadeiro amor não está fundamentado nas qualidades e defeitos, mas sim no valor radicado em seu próprio ser. Isso significa dizer que não basta pensar bem, não se trata de fechar os olhos para os aspectos negativos dos outros, nem é um simples gesto de cortesia. O amor verdadeiro leva a uma percepção profunda do outro, a um olhar agudo e límpido para descobrir o valor interior e a verdade deste. Com isso, dizemos que todo ser humano é digno de ser amado, independentemente de sua conduta ou de seus merecimentos e qualidades. O amor aos nossos irmãos deve estar ligado aos valores fundamentais da sua existência e como tal é incancelável, apesar da aparente indignidade deles.
Não é possível sermos santos e agradar a Deus, sem tomar conhecimento de quem está ao nosso lado. Muitas vezes, ignoramos "onde estava" nosso irmão, como Caim, que não quis se sentir responsável pelo irmão (cf. Gen 4, 9). Quem estima sinceramente seu irmão se sente responsável por ele, pela sua salvação, fará de tudo para estimulá-lo, dia a dia, ao bem, a Deus. É sinal de estima sincera e de amor verdadeiro estimular o outro ao seu bem, o que é estimulá-lo ao centro da vontade de Deus. O verdadeiro amigo não adula nem rejeita o outro, mas o estimula a amar.
Mesmo que o irmão se desvie do verdadeiro bem com o seu comportamento, não podemos perder a esperança de que ele pode, um dia, descobrir e crer na sua capacidade positiva de melhorar e perceber que é muito melhor do que parece e poderá ser fiel àquele projeto que Deus tem para ele.
Essa confiança no outro é uma força estimuladora, é maior do que o pecado e gera a força de vencer o mal porque é capaz de redescobrir o bem ou de salvar a intenção, de dar novamente esperança ou de convidar o outro de novo a caminhar para Deus, nem que seja juntos quando o outro não está muito interessado. Além disso, pode ser o estímulo necessário para mudar o irmão, ainda que a longo prazo, com muita paciência e discrição, sem paternalismo, mas com desejo sincero de levá-lo a crescer na amizade com Deus.
Não amamos para transformar ninguém, e sim, para levá-lo a experiência com Deus, para levá-lo ao amor de Deus, para levá-lo a verdade de Deus; e isso não se realiza pela força das nossas palavras nem pelas nossas críticas.
Amar é pôr-se diante do outro numa atitude de grande respeito por suas opções e tomadas de decisão, suas demoras, seus ritmos de crescimento, para que sua autonomia amadureça sempre mais e a relação vá progredindo em direção à profundidade.
O amor tem que se traduzir em atos que exprimam aquilo que se vive, traduzir-se em gestos que gerem outro amor. Não basta dizer a uma pessoa que você a ama. É necessário também que ela o perceba através dos atos. Por isso, faça o que for necessário para que, de sua parte, floresça a confiança, a familiaridade e a intimidade.
Mas como traduzir em atos o amor? Que expressão escolher? Dando o melhor de si mesmo ao outro. Exemplos: uma saudação, uma carta, um encontro, o tratar-se com familiaridade e intimidade, um aperto de mãos, um gesto de carinho, uma ajuda esperada, a lembrança de uma data particular, uma palavra de estima, de conforto e de estímulo.
Sem conhecimento não existe amor. O conhecimento da pessoa que se quer amar não se detém na periferia, mas chega ao fundo de sua vida e de seu ser. Amar é conhecer o núcleo desta vida e deste ser escondido nela. Toda pessoa é muito mais do que aquilo que aparenta aos olhos dos outros.
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Manuela Melopsicologia@cancaonova.comMissionária da Comunidade Canção Nova, formada em Psicologia, com especialização em Logoterapia e MBA em Gestão de Recursos Humanos.

SER CATÓLICO E MAÇOM: QUAL O PROBLEMA ? ( CANÇÃO NOVA )


A Maçonaria não aceita verdades reveladas
A+A-
Apesar de, na adolescência, alguém ter descortinado em mim indícios de vocação mais militar do que eclesiástica, nunca me senti com armas em punho. Não sei se por virtude, formação ou temperamento, não é de meu feitio inventar inimigos para ter o prazer de destruí-los. Percebo-me mais levado à comunhão do que ao combate. Nestes oito anos de episcopado, penso que em nenhuma homilia eu tenha perdido tempo condenando a quem pensa diferente, seja ele espírita ou evangélico, ateu ou maçom. Até mesmo porque tenho por mim que é melhor acender uma luz do que amaldiçoar as trevas.
Mas, ao mesmo tempo, tenho consciência de que não posso ficar em cima do muro, sem tomar uma posição definida, para não perder os amigos e não ser criticado pelos “inimigos”. Se assim fizesse, estaria sendo infiel à minha missão, como adverte o profeta Ezequiel: «Filho de Adão, eu te coloquei como sentinela na casa de Israel. Quando ouvires uma palavra de minha boca, tu falarás em meu nome. Se eu digo ao perverso que ele morrerá e tu nada disseres para que deixe sua má conduta e conserve a vida, ele perecerá por sua culpa, mas a ti pedirei contas de seu sangue» (3,17-18).
Fiz essa introdução porque, nestes anos de episcopado, foram inúmeros os católicos que me procuraram para saber se, em sã consciência, poderiam fazer parte da Maçonaria. É a eles que desejo responder neste artigo, sem pretensão de falar em nome de outras denominações cristãs que, talvez, tenham opinião diferente.
Primeiramente, quero lembrar que só se sente realizado quem tem e assume uma identidade clara e definida. Ser ecumênico não significa renunciar a convicções pessoais. Nem ter que ser necessariamente sincretista, nivelando todas as culturas e religiões. O pluralismo só é virtude onde existe maturidade e comunhão.
Dito isso, o que devo responder aos católicos que me perguntam se podem ingressar na Maçonaria? À primeira vista, a resposta pareceria afirmativa, pois assim como o Rotary e o Lions, a Maçonaria não se define como religião, mas como «uma instituição fraterna e filantrópica, uma filosofia humanista, preocupada antes de tudo pelo homem e consagrada à busca da verdade», apesar de considerá-la inacessível.
Mesmo contando com ritos e símbolos que a assemelham a uma religião – tanto que se fala em templos maçônicos –, ela se diz aberta a crentes e não crentes. Talvez seja por isso que, enquanto algumas Lojas manifestam uma verdadeira ojeriza por Deus, outras até parecem exigir de seus membros uma fé religiosa.
Apesar de contar com um grande número de amigos que pertencem simultaneamente à Igreja Católica e à Maçonaria, preciso reconhecer que, entre elas, há princípios que se opõem mutuamente. Tanto é verdade que, se nos primeiros anos de filiação os membros católicos continuam praticando a fé, à medida que sobem na graduação maçônica, a imensa maioria se afasta decididamente da Igreja e dos sacramentos, acabando no indiferentismo religioso.
Os motivos são múltiplos e diversificados. Um deles é o laicismo propugnado pela Maçonaria. Não se trata da laicidade positiva defendida pelo presidente francês Nicolas Sarkozy. O laicismo imposto pelo Iluminismo e pela Revolução Francesa reduz a religião à esfera privada, vetando-lhe qualquer interferência na vida pública. Nele, os valores são ditados pela democracia e impostos pela maioria. Não tendo origem divina, nenhuma moral é definitiva, mas evolui pelo consenso da sociedade.
Outro ponto de divergência é o racionalismo. A Maçonaria não aceita verdades reveladas. Rejeita os dogmas impostos pela fé. Tudo tem que ser explicado pela razão. Fica complicado, portanto, para um católico maçom continuar acreditando na encarnação e na ressurreição de Jesus – só para dar dois exemplos.
A própria imagem de Deus apregoada pelos maçons é muito diferente da que foi revelada por Jesus.
Para a Maçonaria, o Grande Arquiteto do Universo é um Deus abstrato, distante e inacessível, uma espécie de “mestre relojoeiro”. Deixa as coisas acontecerem e não interfere nos assuntos dos homens.
Como o leitor católico percebeu, não é simples falar de sintonia e convivência em matéria de religião.
Apesar de se declarar tolerante com todas as religiões, a Maçonaria manifesta certa dificuldade em aceitar a influência da Igreja Católica na sociedade. Contudo – sem entrar no mérito de outros aspectos, como a entreajuda que vigora entre os maçons (e que desaparece quando alguém deixa a entidade) e a seleção rigorosa de seus membros, escolhidos a dedo entre as classes mais favorecidas –, para um diálogo frutuoso e uma convivência pacífica, o primeiro passo a fazer, de ambas as partes, é a sinceridade de intentos, o desarmamento dos ânimos e a superação dos preconceitos criados ao longo dos séculos.
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Dom Redovino Rizzardo, csdomredovino@terra.com.br

SER JOVEM


Isto de uma pessoa ser jovem dá muito trabalho. E ser jovem e cristão significa ainda mais trabalho, porque existe no mundo uma sofisticada e perversa indústria de tentação omnipresente. Fornece roupa, comida, bebida, entretenimento, ídolos, sonhos e até droga. Ser jovem é carregar nos ombros o peso dos apelos para consumir e ser consumido, sem pensar muito no assunto.E contudo, ser jovem é realmente belo. Poesia à parte, é de facto o tempo da vida para colocar perguntas eternas, que podem conduzir à eternidade. Quem sou, donde venho, para onde vou, etc. - esse género de questões sérias que, se feitas com verdade, levam a Jesus.Ele, sim, é jovem. Como disse uma vez um amigo meu, Deus não é um velho de barbas brancas.
Nuno Capucha
Ser jovem é…- Acreditar que os sonhos de hoje se tornarão realidade amanhã.- Acreditar que o Amor, a Justiça, a Paz, a Amizade, não são puras utopias desprovidas de realidade, mas verdades que tornam a existência do Homem com real significado.- Acreditar que no dia de amanhã, Jesus, o Salvador, através do Amor que existe no coração de cada um de nós passará a reinar.

NAMORO CRISTÃO


O namoro acontece quando o amor desperta no coração de uma pessoa por outra do sexo oposto, o sentimento é recíproco e ambos decidem conhecerem-se melhor um ao outro. Por dentro. O namoro cristão não é aquele em que tudo é permitido, mas sim aquele em que as duas partes tomam consciência de que Deus está no meio deles e aceitam seguir as Suas Leis.O namoro cristão é um tempo de conhecimento e descoberta do outro, ajudando-o a ser melhor. É um tempo de crescimento a dois, procurando fazer o outro feliz. É deixar que o fogo do Espírito Santo esteja sempre presente, afastando o fogo da carne para não cair em tentação. Para isso é preciso vigiar e orar porque a carne é fraca! O namoro cristão é um tempo de conhecer o coração do outro e não o seu corpo. É tempo de trocar carinhos e não carícias, o que nem sempre é fácil, porque somos humanos e muitas vezes caímos, mas a reconciliação é uma grande arma e a nossa melhor defesa. O namoro cristão deve ser sinónimo de um namoro puro em que a castidade deve ser mantida a todo o custo. Se isso for conseguido o namoro é abençoado por Deus e a recompensa será grande! Para isso é preciso muita oração, vigilância e a vontade de ambos. TestemunhoQuando conheci o Renovamento Carismático Católico, em 11/10/2001, eu dizia a toda a gente que tinha arranjado um namorado e quando as pessoas me perguntavam quem era, eu dizia que era Jesus.A paixão cresceu de tal maneira que, por duas vezes, pensei em deixar tudo e ir em missão, mas como essa não era a vontade de Deus, Ele "deu-me" um namorado de carne e osso.Começámos a namorar ainda durante o Seminário de Vida Nova no Espírito, em Março de 2002, onde recebi a Efusão. Eu bem tentei esperar pelo fim do Seminário para dar uma resposta, mas já não me conseguia concentrar. Perdi o apetite e o sono. Era sinal de que estava a começar a gostar de alguém.O meu anjo da guarda, a pessoa que me deu a conhecer o Renovamento, que costuma ficar na intercessão, não sabendo que já namorava, disse-me no final de um dos Domingos: "Eu tive uma visão de ti e senti que a tua vocação é no matrimónio". Eu nem soube o que dizer! Como é que ela sabia? Hoje, passados quase dois anos de namoro, posso dizer que tem sido um crescimento e uma aprendizagem para ambos. Já passámos por momentos muito difíceis e acredito que se não fosse a força de Deus, não estaríamos juntos. Sim, porque o inimigo tenta infiltrar-se constantemente! Mas, quando um está mais fraco o outro está mais forte e é através desta ajuda mútua que vamos caminhando e percebendo qual é a vontade de Deus. E daquilo que já vivi e passei, posso afirmar que as graças que tenho recebido têm-me permitido ajudar a pessoa que Deus colocou no meu caminho, a ser melhor, e vice-versa. Somos muito diferentes, mas o que um tem de diferente faz falta ao outro e é através das diferenças que nos vamos corrigindo e moldando um ao outro.Entre nós sempre houve, e continua a haver, muita sinceridade, verdade, lealdade, valores fundamentais para ambos, e muito diálogo. Principalmente diálogo. É através dele que conseguimos corrigir os nossos erros, vencermos as dificuldades e ajudarmo-nos mutuamente. Tentando sempre seguir as regras de um namoro cristão. Que Deus esteja no meio de nós e de todos os namorados!
P.M.
A castidade é uma virtude moral. Mas é também um Dom de Deus, uma graça, um fruto do trabalho espiritual. O Espírito Santo concede a graça de imitar a pureza de Cristo àquele que regenerou pela água do Baptismo.A virtude da castidade expande-se na amizade. Ela indica ao discípulo o modo de seguir e imitar Aquele que nos escolheu como seus próprios amigos, que se deu totalmente a nós e nos faz participar da sua condição divina. A castidade é promessa de imortalidade. A castidade exprime-se sobretudo na amizade para com o próximo. Desenvolvida entre pessoas do mesmo sexo ou de sexos diferentes, a amizade representa um grande bem para todos. Conduz à comunhão espiritual. Os noivos são chamados a viver a castidade na continência. Eles farão, neste tempo de prova, uma descoberta do respeito mútuo, uma aprendizagem da fidelidade e da esperança de, um e outro, se receberem das mãos de Deus. Reservarão para o tempo do Matrimónio as manifestações de ternura específica do amor conjugal. Ajudar-se-ão mutuamente a crescer na castidade.
Do Catecismo da Igreja Católica, 2345,2347 e 2350