FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

UMA NOVA DIÉTA


O fim do ano está aí e sempre prometemos começar uma dieta no ano que vem. Que tal essa dieta? A DIETA DOS RELACIONAMENTOS


Você deve pensar, essa emagrece? Certamente mais que emagrecer, as pessoas estejam precisando fazer dieta dos relacionamentos. O que é isso? Como se faz? Vou tentar explicar, pois uma coisa é certa, você perde peso do que você carrega na vida. E não há emagrecimento melhor. Do que adianta você emagrecer, ficar bonita diante do espelho, mas no seu interior se sentir pesada?

Sabemos que quando o corpo acumula peso além do normal, é conseqüência do acúmulo de coisas variadas (açúcares, gorduras, etc) que precisam ser eliminadas, pois fazem mal a saúde. Então, logo pensamos em fazer dietas para emagrecer.

Sofremos o que for preciso para perder alguns quilinhos. As pessoas falam de tantas dietas: da lua, da sopa, jejum, do líquido, da USP e assim por diante. Mas também podemos pensar na dieta dos relacionamentos.

A dieta dos relacionamentos está relacionada às impurezas (sentimentos negativos, ódio, vingança, mágoa, inveja, egoísmos, etc), aos conflitos internos e das relações, do respeito às diversidades, da escalas de valores, o ego como produtor de impurezas em nossa vida. Certamente você deve ter alguém que um dia lhe deixou uma mágoa e que você gostaria de conversar e até hoje está engasgada e sempre ela vem no seu pensamento, incomoda, e você não teve a iniciativa de procurá-la. Não sabe o porquê do acontecimento, ou talvez saiba, mas por orgulho, não queira ir atrás.

Pare para pensar. Nada será resolvido, nada será passado a limpo, mesmo que seja para terminar uma amizade, uma relação, mas um peso ficará entre vocês. Então procure essa pessoa, converse e perca alguns quilos, mesmo que termine por aí.
Acho que todas as páginas de nossa vida devem ser viradas. Se alguma ficar dobrada, essa certamente ficará pesada e fazendo mal para nós mesmo. Não se preocupe com o que o outro irá pensar. Pense que você quer tirar essa impureza de dentro de você. Liberte os sentimentos negativos de dentro de você, saiba perdoar, não guarde ódio, não tenha inveja, não passe por cima das pessoas, não seja egoísta, não pense em somente si próprio, não seja negativo, mal humorado. Esses pesos, além de tudo, trazem doenças para seu organismo.
Como fazer? Esse é um treino que devemos ter paciência, pois levamos anos adquirindo esses pesos e não podemos querer perdê-los rapidamente. Devemos lembrar todo dia, em cada atitude. Assim como colocamos um objetivo de quantos quilos queremos perder, devemos colocar esses objetivos e lembrá-los sempre. Cairemos de vez em quando, mas voltaremos a eles e seguiremos. É treino e paciência. É ter consciência de que não somos os donos do mundo, apenas pensamos ser.

Mas mexer com essas coisas, talvez não seja fácil. Porém, quando conseguimos, a sensação que temos é que perdemos muito mais quilos do que nas dietas para perder peso. Isso só é possível através da abnegação. Abnegação não significa ódio a si mesmo, auto desprezo ou rejeição do ego. É a recusa em deixar que os interesses ou as vantagens pessoais governem o curso da vida de uma pessoa. E nada como o começo do ano, quando prometemos coisas novas em nossas vidas, até mesmo o famoso regime, mas nunca pensamos na dieta dos relacionamentos.

Pense nisso para 2011 em sua vida, ou melhor, para o resto da sua vida. A dieta dos relacionamentos restabelece a energia do amor. Assim como precisamos eliminar as impurezas que afetam o corpo, precisamos também eliminar as impurezas que afetam as nossas relações, Não deixe que os interesses ou vantagens pessoais governem o curso da sua vida. Aprendi com uma pessoa o seguinte: "ninguém pode ver os laços que nos unem, mas todos podem ver as intrigas que nos separam”. O ego é o maior produtor de impurezas da nossa vida. Para se satisfazer ele precisa se alimentar da gordura da realização dos nossos interesses e do açúcar da aparência de quem não somos.

Eu já estou fazendo a minha e sinto-me muito melhor. Que tal, iniciar esta dieta para uma melhor qualidade de vida? Então, comece agora.

Autora: Cristina Fogaça, Gerontologa e Presidente da Aufati, autora do livro "Reflexões sobre o Envelhecimento”.

AOS NOSSOS LEITORES UM FELIZ ANO NOVO


À luz da ciência, a virada de ano não passa de um limite cronológico, o período de 365 dias e 6 horas da translação, quando a Terra completa uma volta ao redor do Sol.


E a tradição nos permite dar a essa passagem o clima feérico que nos leva a pular ondas, fazer brindes, vestir o branco, comer lentilha, romã e distribuir louros.

Debaixo das superstições, contagiados pela oportunidade que o novo começo nos dá de recomeçar, talvez seja a hora de mudar. E a mudança brota da consciência para se concretizar na química que nasce da união de coração e mente.

Quem sabe seja a hora de parar de fumar, de recuperar a boa forma, de buscar o novo trabalho, de comprar um carro, encontrar a cara-metade, morar na casa própria...

Mas, melhor seria que, ao mesmo tempo, tivéssemos olhos para as conquistas abstratas, para a renovação dos valores e das prioridades.

Já passou do tempo do ser humano entender que a felicidade não é um bem material, mas um estilo de vida que se adota e se preserva em cada atitude, em cada pensamento, em cada palavra. Demoramos a notar que as mansões de nada valem quando seus ocupantes são incapazes de transformá-las em lares. Desperdiçamos tempo sem perceber que anéis não reluzem sem dedos que os ostentem, carrões não se justificam quando rodam com passageiros e rumo a destinos incertos.

O mundo ainda gira em torno do homem e o homem se perde na vertigem de rodar numa busca desesperada do que só se encontra dentro de si próprio.

Que o ano novo exerça a magia e o poder de nos induzir à reflexão para que, nas entranhas do pensamento e do sentimento, cada um de nós se conscientize de que o erro que nos beneficia hoje pode ser a cobrança do amanhã em forma de tragédia. Que as pessoas sejam capazes de fazer o bem sem olhar a quem, para receber o bem sem saber de quem. Que o respeito seja a moeda essencial nas relações humanas. Que a ética e a moral sejam práticas rotineiras em nome do bem coletivo. Que o mundo resgate o dom de se reinventar em suas verdadeiras evoluções, sem maquiar as mazelas que nos fazem reféns de sonhos vazios.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

MAIS UM ANO QUE SE VAI


Não importa se a pessoa viveu pouco ou se já viveu muito ultrapassando a barreira dos 80. No momento, o que conta é a história de mais um ano que se vai.


O calendário desbotado na parede da casa, ou do escritório já semi-abandonado, ainda marca os últimos dias de 2010 - um ano que passou sem deixar grandes recordações, mas que também não deixou amargas decepções. Para o poeta foi mais uma etapa da vida, uma experiência vivida, uma batalha vencida. Enfim, foi mais uma missão cumprida.

Nesta hora de despedida de mais um ano, juro que não vou falar de política. Os meus leitores e os meus críticos nesta área podem ficar tranquilos quanto a isto. Vou apenas divagar como qualquer criança olhando uma vitrine, ou simplesmente como um cidadão comum que almeja entrar bem no próximo ano.

Esta época é ótima para refletir após o barulho das festas e o tilintar dos copos e dos talheres nervosos. É hora de introspecção, balanço, reflexão... Afinal, se chegamos até aqui, provavelmente iremos mais longe, mas para isto é preciso nos preparar aproveitando bem este momento.

É hora de olhar para trás e recordar. Hora de ler nas entrelinhas e ver o que fizemos nestes 12 meses. Fazer um balanço sincero e somar os lucros e contar os prejuizos para sentir como nos comportamos neste ano. Não é hora de avaliar e pesar os outros. Cada um faça a sua conta e se sinta a vontade para fazer a sua autocrítica.

Analisemos friamente, sem pressa. Este exercício é bom para que possamos entrar melhores no próximo ano. Quantos vexames protagonizamos neste ano! Quanta gente sofreu por conta de nossas atitudes impensadas e grosseiras! É hora de revermos o nosso ativo e o nosso passivo para vermos como está o nosso balanço anual.

Acabou a corrida que antecede o Natal. Papai Noel, provavelmente, já foi dormir numa cama confortável ou sobre o seu saco que ainda contém alguns presentes. Acabou o seu reinado e ele vai descansar até o final do próximo ano. As crianças que ganharam brinquedos continuam festejando sorridentes, e aquelas que nada ganharam (esquecidas que foram pelo Papi Noel) continuam decepcionadas e até revoltadas procurando uma explicação. Meu pai sabiamente me dizia: "Meu filho, não existe Papai Noel. O que existe é uma lenda que, na prática, funciona só para alguns". E eu cresci sem ter que conviver com esta crença, com esta decepção. Mas, para alguns, foi um momento feliz acompanhado de muitos presentes. E muitos fizeram até coleção de brinquedos!

O ano de 2010 está terminando. Dentro de alguns dias estaremos entrando em 2011 que marcará uma nova etapa para todos. A vida é assim mesmo: é feita de sonhos, realizações e também de muitas decepções. Todos nós reclamamos de vez em quando, mas no fundo no fundo amamos muito esta vida que Deus nos deu - e sabemos que só Ele é quem pode toma-la de nós.

Que bom escrever estas linhas! É um sinal de que ainda tenho esta vida e posso compartilhar aqui com os meus leitores o que a minha mente privilegiada consegue captar e eu posso materializar colocando no papel. Por tudo isto agradeço muito a Deus - o autor e sustentador da vida.
Muito obrigado por você ter me acompanhado até aqui! Tenhamos todos nós um Feliz 2011!

Cícero Alvernaz Mogi Guaçu - SP

MASSACRE NO NATAL


“Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito.” No meio do tempo da Natalidade, o Evangelho fixa nossa atenção numa realidade muito humana da vida de Jesus. Ele nasce também debaixo de um decreto cuja intenção primeira era a de mobilizar os meios de arrecadação tributária para conhecer os números, identificar os possíveis devedores de impostos, estivessem onde estivessem. Engordavam-se os cofres de um império cruel, desumano, insensível à miséria dos milhões de oprimidos, desapoderados; sem dignidade, sem cidadania, escravizados pelos sistemas econômicos apoiados pela religião dominante e pela política de seu país.


Como hoje, prevalecia o deboche dos opulentos sobre os mais fracos, dos controladores da sociedade que festejam o Natal com seus coquetéis de absinto e heroína, e comprimidos mágicos de ecstasy, embriagados e excitados com o luxo e sucesso econômico, enquanto vivem a hipocrisia da abundância (haja o que consumir para satisfazer a sociedade do lixo e do desperdício!).

Cabe-nos observar a “luz” que se derrama sobre os “impérios sagrados” da economia mundial e suas impiedades estruturais (Mt 2.7), mantenedores de abismos entre bem-postos e miseráveis. Augusto, imperador, era considerado “divino”; alguém que quer ter o poder “sagrado” de controlar, submeter, recolher tributos, royalties, taxas de empréstimos, de todos os habitantes da terra que, no seu entender de governante mundial, lhe devem e têm que pagar, irrevogavelmente (Domiciano, pouco depois, comovido, declararia sem rebuços: eu sou Deus!).

A fome e a miséria eram o cenário onde nasciam os menininhos pobres e carentes como ele, perigo para a sociedade que já os excluía imediatamente, dispondo-se a exterminá-los. Logo depois, essa mesma sociedade promovia ou apoiava um genocídio, entre os mais clamorosos das histórias sobre crianças na Bíblia (Dt 2.33-34: “...Destruímos mulheres e crianças”). Os meninos do tempo de Jesus nasciam condenados à morte desde o nascimento. Hoje, seus irmãozinhos, em todo o mundo, que nascem também com essa condenação. O menino nascia na estrebaria e era embalado num berço improvisado. Nem romantismo, nem falsa humildade. Ensinaram errado... é sombrio o natal de Jesus, como o de seus irmãozinhos do Terceiro Mundo.

Todos os anos a ONU (Organização das Nações Unidas) publica índices de “(des)qualidade de vida”, e nosso país, entre os de economia mais sólida no mundo, sempre está entre os últimos desse planeta (IDH 73%, 2010). Onde estaria essa pobreza que os poderes públicos não admitem? A eles, os pobres e miseráveis, o reino de Deus e a sua justiça eram anunciados e ofertados por discípulos e apóstolos de Jesus Cristo. Ele está entre os milhões de excluídos de nossa época (Mt 25.37-39: “Quando te vimos doente... clandestino – entre bolivianos imigrantes nos cortiços de São Paulo – nu, com sede, fome, desnutrido e com frio...”.)
A Natalidade do Senhor é tempo de esperança porque Deus resgata o povo pobre e sem valor, “lixo social”, e o chama para o centro da história da salvação. Mateus nos apresentará a concepção de Jesus por obra do poder divino. Um sobrevivente da miséria. Mas é também por esse poder que a família do menino nascido de mulher resistirá aos poderes políticos, econômicos e religiosos atrelados para o extermínio da esperança: genocídio social que parece não cessar nunca. Estudos feitos por paleopatologistas, analisando a época de Jesus e dos apóstolos, indicam doenças infecciosas e desnutrição generalizadas. Por volta dos 30 anos a maioria das pessoas sofria de verminose – 50% dos restos de cabelo encontrados nas escavações arqueológicas tinham lêndeas de piolhos –, tinham dentes destruídos e corpos fisicamente arruinados. Por exame do DNA, identificaram-se doenças endêmicas, e resultados da desnutrição e da fome naqueles dias. Realidade que não mudou para 2 bilhões do planeta. E mais de 1 bilhão de crianças, morrendo por causa da fome e desnutrição.

“A história da humanidade espera com paciência o triunfo dos humilhados” (Tagore). Vimos no GloboNews a maravilhosa poeta mineira Adélia Prado. Perguntada sobre "o que ela espera...", numa confissão comovente, respondeu com longa reflexão sobre o sentido da vida: "Espero Jesus!". Neste Natal, refletiremos sobre as sociedades herodianas de nosso tempo? Mais uma vez, se pudessem, matavam o “menino sem-nada” no berço e já o ameaçariam de extermínio. Mas a esperança de vida está no menino sobrevivente, como a borboleta, que tem asas e muitas cores... Jesus nasceu e deixou-nos a lição dos sobreviventes. Para que todos tenham direito à vida (...”Eu sou o caminho, a verdade e a vida)”. Com base na Natalidade do Senhor, podemos esperar a superação do escândalo do Natal pagão de todos os tempos.

Derval Dasilio É pastor da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil e autor do livro “O Dragão que Habita em Nós” (2010).


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

SIMPLICIDADE E PERMANENCIA


De vez em quando gosto de reler “Cartas de um Diabo a seu Aprendiz”, de C. S. Lewis. Sua habilidade em perscrutar os labirintos da tentação me impressionam. Ele nos ajuda a reconhecer nossa enorme ingenuidade e a profunda sagacidade do inimigo.


Em uma dessas cartas, o Diabo reconhece que o verdadeiro problema dos cristãos é que eles são “simplesmente” cristãos. O laço que os une é a vida comum que eles têm em Cristo. Ele então aconselha seu sobrinho: “O que nós desejamos, se não houver mesmo jeito e os homens tiverem de tornar-se cristãos, é mantê-los num estado de espírito que eu chamo de cristianismo e alguma outra coisa [...]. Substitua a fé em si por alguma moda com colorido cristão. Faça com que tenham horror à Mesma Coisa de Sempre”.

A “mesma coisa de sempre” nos deixa entediados. Ser “simplesmente” cristão, para muitos, não é suficiente. Precisamos de coisas novas. Sempre. Modelos novos de igreja, um jeito diferente de cantar, formas inovadoras de culto, estratégias sofisticadas de crescimento, e por aí vai. Somos movidos pelas novidades, não pela profundidade. Nosso interesse está na variedade, não na densidade.

O reverendo A. W. Tozer, num artigo intitulado “A velha e a nova cruz”, comenta o mesmo fenômeno: “Uma nova filosofia brotou dessa nova cruz com respeito à vida cristã, e dessa nova filosofia surgiu uma nova técnica evangélica -- um novo tipo de reunião e uma nova espécie de pregação. Esse novo evangelismo emprega a mesma linguagem que o velho, mas o seu conteúdo não é o mesmo e sua ênfase difere da anterior”.

O Diabo, na carta ao seu sobrinho aprendiz, diz: “O horror pela mesma coisa de sempre é uma das mais preciosas paixões que incutimos no coração humano -- uma fonte infinita de conselhos estúpidos, de infidelidade conjugal e de inconstâncias na amizade”. A lista poderia se estender, mas o que se encontra por trás desse “horror pela mesma coisa de sempre” é a grande atração pelo novo seguida de uma profunda distração pelo essencial. O que a novidade faz é direcionar nossa atenção para outras preocupações, dando mais valor aos meios e não aos fins.

A formação espiritual cristã sempre requereu, basicamente, obediência a Cristo no seu chamado a proclamar o evangelho, fazer discípulos, integrá-los numa comunidade trinitária e ensiná-los a guardar a sua palavra. Ensiná-los a se comprometerem com o serviço como expressão de amor para com o próximo e com o cultivo e a prática de disciplinas espirituais como oração, jejum, arrependimento, confissão, leitura e meditação nas Escrituras e contemplação.

Não importa o quanto nossas igrejas e ministérios sejam sofisticados. Não importa o volume de novidades e tecnologias que oferecemos. Se no final não encontrarmos as mesmas coisas de sempre, significa que nos perdemos com o meio e não alcançamos o fim.

Existem dois aspectos que considero fundamentais na experiência espiritual cristã: simplicidade e permanência. Quando perguntaram para Jesus como o reino de Deus viria, ele respondeu afirmando o seu caráter discreto. Não viria com grande estardalhaço. Se estabeleceria dentro daqueles que o confessam como Senhor e Rei. Jesus apresenta um evangelho que transforma de dentro para fora. O que o vaso contém é infinitamente maior e mais valioso que o vaso. Ele cresce como uma pequena semente de mostarda. A simplicidade está na natureza própria do evangelho.

A permanência define o caráter pessoal e relacional da fé. Permanecer em Cristo é permanecer ligado como galho na videira. É somente nessa permanência que recebemos de Cristo sua vida e a transmitimos aos outros. Permanecer é mais do que conhecer -- é manter-se em constante e dinâmico relacionamento. As novidades não transformam o caráter; a permanência, sim. Para C. S. Lewis, a maturidade é algo que “todos alcançam na velocidade de sessenta minutos por hora, independentemente do que façam e de quem sejam”.
• Ricardo Barbosa de Sousa é pastor da Igreja Presbiteriana do Planalto e coordenador do Centro Cristão de Estudos, em Brasília. É autor de “Janelas para a Vida” e “O Caminho do Coração”.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

HOMOFOBIA: NÃO CABE AO CRISTÃO DISCRIMINAR



Além de não poder praticar nem dar seu aval à conduta sexual adulterina e à homossexual, o cristão precisa aprender a arte da convivência com aqueles que as praticam. Por ter se comprometido espontaneamente com Cristo ao se converter, o cristão é membro de uma comunidade cristã e responsável por seu comportamento e testemunho. Porém, ele não é retirado do mundo, da sociedade no meio da qual vive. Segundo Paulo, o cristão não deve ficar separado dos não-cristãos, que vivem a seu bel-prazer. Para viverem separados, os cristãos “teriam de sair deste mundo” (1Co 5.10, NTLH), atitude com a qual Jesus não concorda. Na oração sacerdotal do Cenáculo, Jesus é claro: “Não peço que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno” (Jo 17.15, NTLH). Retirado do mundo, o cristão jamais seria “o sal da terra” e “a luz do mundo” (Mt 5.13-16).


Por uma questão de princípios, se o cristão não se retira da sociedade, ele tem de aprender a conviver com seus contemporâneos e vizinhos, sem se deixar influenciar ou enredar por eles. Convivência e conivência são coisas distintas: “convivência” é viver com outra pessoa; “conivência” é cumplicidade, colaboração, conluio.

Não cabe ao cristão discriminar, desprezar, odiar, maltratar, humilhar ou apedrejar o homossexual ou a lésbica, em uma sociedade em que há muitos outros desvios, como a injustiça, a avareza, o consumismo, a hipocrisia, a idolatria, o ódio, a vingança, a arrogância, a frivolidade e assim por diante. Cabe ao cristão conviver com todas essas pessoas, com temor e tremor, sem espírito de superioridade, reprovando todas essas coisas mais pela conduta do que pelas palavras.
O ensino de Paulo tem um valor imenso se o contexto for considerado. Não há concessão alguma ao desregramento sexual. No mesmo capítulo, o apóstolo é enfaticamente contrário à presença de certo indivíduo da comunidade cristã de Corinto que estava tendo relações com a mulher de seu pai (já morto ou não), provavelmente sua madrasta. Ele deveria ser temporariamente afastado dos privilégios da comunidade, até que sua natureza carnal fosse suplantada pela nova natureza (1Co 5.1-5). No capítulo seguinte, Paulo recorda que entre os membros fundadores da comunidade cristã havia ex-homossexuais ativos e ex-homossexuais passivos, bem como muitos outros ex-isto-e-aquilo (1Co 6.9-11).

Na comunidade, o critério seria um; na sociedade, seria outro. Não se pode exigir que o não-cristão se comporte como cristão, mas é lícito exigir que o cristão se comporte como cristão.

Elben M. Lenz César

SONHOS E UTOPYAS (IM) POSSÍVEIS


Morre mais um ano. Parecidíssimo com os demais, os meses desta década vieram marcados por tragédias que se misturaram com poucas alegrias. Rio de Janeiro e Haiti se misturaram às dores dos alagoanos. O sofrimento de tantos miseráveis clamou em alto e bom tom: a humanidade não pode esquecer-se de que o preço de um possível descontrole ambiental será altíssimo. O conflito iniciado pelo Ocidente, que tenta esvaziar a agenda fundamentalista muçulmana, parece não ter fim. Mais uma vez a história lembra que é mais fácil começar uma guerra que terminar.

Com a queda de alguns mitos da modernidade, o mundo padece de uma enxaqueca histórica. Não se acredita mais no progresso sem limite nem na agenda consumista do neoliberalismo. Sobrou uma ressaca, que imobiliza os ideais e as ações transformadoras da história; ressaca que alguns chamam de pós-modernidade. Se a alternativa da alienação não convém, parece que não há vigor para sonhar na reconstrução de outro mundo possível. Porém, sonhar é preciso. Nossos filhos e filhas não merecem herdar um mundo onde impera o desdém.

Trabalhemos pelo alvorecer de um novo dia em que os rios não poluam os oceanos; os peixes não morram asfixiados em águas podres; o raiar do sol seja menos abrasador, pois homens e mulheres conscientes restauraram as camadas estratosféricas porque adquiriram uma nova consciência ecológica. Aguardemos o dia em que novas leituras do Gênesis devolvam a humanidade à sacralidade do jardim e todos se comprometam a cuidar da criação, recompondo a natureza, que geme devido à insanidade do pecado.

Trabalhemos pelo despontar de um novo tempo em que se acabarão as fronteiras entre países, os muros étnicos e as cancelas rodoviárias; em que nos guichês de passaporte o pobre não seja impedido de procurar fugir de sistemas iníquos e o doente encontre o hospital que salvará a sua vida.

Trabalhemos pelo futuro quando espadas serão transformadas em arados. Procuremos ressignificar a esperança de que os bilhões de dólares gastos com armas e bombas sejam relocados em tratamento de esgoto, que aumenta a expectativa de vida de milhões de crianças. Repitamos: é possível acreditar que as fortunas desperdiçadas em cassinos sejam úteis em pesquisa pela erradicação da malária. Esforcemo-nos por esboçar outra realidade, em que se considera inadmissível uma bolsa custar mais que dois anos de salário de um operário.

Trabalhemos para que surjam muitas Madres Teresa de Calcutá em diversos continentes, todas empenhadas em acolher os moribundos. Sonhemos com mais profetas como Martin Luther King -- e que eles não sejam exceção rara. Concebamos que as penitenciárias políticas serão implodidas e que ninguém jamais seja preso por pensar diferente. Criemos um mundo em que os instrumentos de tortura se tornem peças macabras de museu e que não reste nenhuma ilha onde se maltrata outro ser humano em nome de ideologia, religião ou regime político.

Trabalhemos para que deixem de existir corregedorias, grampos telefônicos e espiões e que seja proibido bisbilhotar a privacidade das pessoas. Contribuamos para que o mundo se liberte das delações traiçoeiras contra o próximo. Convençamos os nossos filhos que é dever de todo homem e de toda mulher proteger o seu irmão. Esforcemo-nos para que os orfanatos não precisem manter as crianças por muito tempo porque as filas de adoção se multiplicaram; também, que os idosos nunca fiquem esquecidos em clínicas, à espera da morte.

Trabalhemos para que se multipliquem as orquestras e que os prefeitos construam coretos em todas as praças; e que as famílias se reúnam nos fins de semana para ouvir a apresentação vespertina de música. Não deveria ser considerado um delírio esperar que se projetem bons filmes em vilarejos e em cidades remotas. Oxalá bibliotecas ambulantes distribuam poesia para os tristes e boa literatura para os sonhadores; que escolas treinem bons malabaristas para a alegria das sextas-feiras e que mais trapezistas desafiem a gravidade nos picadeiros.

Trabalhemos para que os experimentos com células-tronco deem certo, e que muito em breve os tetraplégicos sejam curados e saltem como gazelas pela vida. Incentivemos quem trabalha no Projeto Genoma; e que eles terminem de mapear a estrutura da vida biológica para que se reduza o número de crianças com doenças genéticas.

Trabalhemos para que o turismo sexual seja banido e extinto entre os povos; que a pedofilia se torne um anacronismo; que se desarticulem os cartéis de droga -- o tóxico tem que parar de ceifar vidas, já que, um dia, pouquíssimas pessoas precisarão entorpecer a mente para tolerar a vida; os êxtases virão do encontro com a beleza, a bondade e a solidariedade.

Trabalhemos por um novo céu e uma nova terra. Todavia, reconheçamos que esse porvir não acontecerá enquanto a humanidade tolerar o pressuposto da sobrevivência do mais forte, ou da exclusão racial e da discriminação social. Optemos pelo legado de sabedoria que nossos pais nos deixaram, que nos convoca a construir a história. Incumbidos por Deus de promover o bem, represar o mal e disseminar a justiça, acreditemos que o futuro chegará de acordo com a semente que plantarmos no presente.

O futuro que ansiamos nascerá tanto de nossas mãos como de nossos ouvidos. Primeiro, ouçamos as verdades e os princípios eternos que Jesus nos ensinou. Depois, arregacemos as mangas. A vida espera por nós. Nossos filhos e netos não podem correr o risco de sermos negligentes ou apáticos. Qualquer hesitação pode redundar em desastre. Já é tarde!

Soli Deo Gloria.

• Ricardo Gondim é pastor da Assembleia de Deus Betesda no Brasil e mora em São Paulo.

NOSSA SUTIL HIPOCRISIA


Emil Brunner disse certa vez que, em sua caminhada histórica, a igreja oriunda da Reforma procura automaticamente o engessamento de uma crescente e perene institucionalização, matando o caráter orgânico, vivo e livre da igreja. Brunner identifica o início da institucionalização da igreja quando o apóstolo Paulo normatiza o sacramento da Ceia em 1 Coríntios 11. Discordo do teólogo, pois creio que a semente dessa institucionalização é bem anterior, e pode ser encontrada nos embates travados entre os fariseus e o Crucificado.


Nesses embates, os fariseus, que eram professores da Lei, e que deveriam, por dever de ofício, conhecer as Escrituras, as negam ao reclamarem contra a terrível falha de Jesus em curar num sábado. “Era só o que faltava!”, diziam eles. Em sua sutil hipocrisia, os fariseus da época de Jesus ficavam chateados com a falta de modos do Senhor, que comia sem lavar as mãos, mas não se importaram em corromper um processo jurídico contra ele, ao comprar testemunhas e permitir correr o julgamento no Sinédrio à noite, o que era ilegal à época.

Hoje em dia, a igreja dita evangélica cada vez mais se engessa em seu institucionalismo ensimesmado, se aproximando do sistema religioso farisaico, cada vez mais se distancia da pura fonte de conhecimento de Deus, ou teologia, que é Jesus, e cada vez mais vivencia uma hipocrisia de modo sutil.
Enchemos a boca ao afirmarmos que nossa salvação é pela graça, mas enchemos as pessoas de cargos, sobrecargos e obrigações, que devem ser desempenhados sem pestanejar, para provar que é “um dos nossos” e merecedor da salvação.

Nos alegramos, e até mesmo nos orgulhamos, de nossa herança reformada. Mas, se é verdade que muitos arminianos oram como calvinistas (“Se for da tua vontade, Senhor...”), também é verdade que muitos calvinistas vivem sua vida como perfeitos agnósticos. Afinal, Deus é distante, intangível, inalcançável, portanto vou viver minha vida do meu jeito, sem me importar com isso.

Prezamos a família. Há até ministérios voltados para ela, e grande volume de literatura especializada no tema. Mas o número de divórcios aumenta, a quantidade de maus-tratos contra crianças se torna assustadora (sem contar os casos de abuso sexual cometidos dentro de famílias evangélicas, por pais, tios, avós ou padrastos), cada vez mais desordens de ordem sexual se tornam presentes, sem que isso seja tratado com coragem, discrição e amor. E sem falar também que, de todas as famílias da igreja, a do pastor é a mais penalizada.

Há muitas camisetas e adesivos de carro que dizem “Jesus te ama”, “Deus é amor”, mas somos frios, distantes, individualistas e cruéis. Não conseguimos expressar esse amor ao homossexual, ao alcoólatra, ao mendigo. Ou ao crente da igreja com uma teologia diferente da nossa, ou mesmo ao católico.

Aliás, somos muito ciosos em relação à pureza da nossa devoção. Falamos contra a crescente mariolatria, como bem apontou Hans Küng, mas temos nossos ídolos, nossos pequenos deuses, nossos altares de adoração abjeta. Enquanto muitos católicos adoram uma figura bíblica que foi instrumento da ação de Deus na história, muitos de nós adoramos homens sem escrúpulo, sem caráter e com uma enorme voracidade por fama, poder e dinheiro. Talvez até mesmo por nos espelharmos neles.

Prezamos a transparência, reclamamos até mesmo disso em relação aos governos. Mas não sabemos o que fazer com aqueles que decidem abrir seus corações, expondo suas fraquezas e sua dependência de Deus. Em um tempo de cultivo de heróis gospel, não soa bem se mostrar frágil.

Prezamos o papel de líder, enquanto Jesus prezava a atitude de servo. Prezamos a vitória e a intrepidez, mas Jesus morreu como um bandido fora da cidade santa, abandonado por todos. Nos espelhamos na esperteza relatada em livros sobre liderança, mas Jesus nos incita à simplicidade infantil. Buscamos metodologias para a igreja crescer, mas nos esquecemos que quem enche a igreja é o Espírito, e qualquer outro crescimento produzido fora dele é puro inchaço.

Em tempos em que as técnicas ditam as normas (como bem disse Won Sul Lee), é anacrônico ser fiel a alguém que não se vê e que nem sempre responde como queremos. Mas somos chamados a este anacronismo, somos chamados para vivermos, como diz o antigo hino, para o Deus dos antigos, o Deus que nos limpa por dentro e nos remove a sutil hipocrisia dos fariseus modernos. O Deus que nos quer íntegros e transparentes. O Deus que nos quer santos.

Rodrigo De Lima Ferreira Casado, duas filhas, é pastor da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil desde 1997. Graduado em teologia e mestre em missões urbanas pela FTSA, é autor de "Princípios Esquecidos" (Editora AGBooks

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

ORIENTAÇÃO COM FÉ


Leia: Provérbios 19. 1-29


Talvez nunca os psicólogos foram tão procurados como nos dias de hoje por pais que procuram uma orientação na educação de seus filhos. Os pais parecem estar perdidos diante de um mundo onde a autoridade parece não fazer sentido, e onde as crianças acabam por se transformar em verdadeiras tiranas de seus pais. Assim, sem limites de ação e sem referencial, as crianças podem crescer de forma inadequada, entregando-se às más companhias, às drogas e ao sexo desenfreado. Içami Tiba, autor de vários livros sobre a educação dos filhos, advoga o amor para com as crianças, mas sem perder a noção da autoridade paterna e materna.
É bom termos bons orientadores, no entanto, não devemos deixar de pedir a Deus, nosso grande orientador, para que nos ilumine e ilumine também os psicólogos e todos os educadores. Há muitas pessoas que, impressionados tão apenas com o aspecto horizontal da vida, abandonam por completo o aspecto vertical, a realidade da fé. Tudo isso, já há muitos séculos, foi-nos recomendado através da pena do sábio Salomão: "O insensato faz pouco caso da disciplina de seu pai, mas quem acolhe a repreensão revela prudência." (Provérbios 15.5) Filhos precisam de limites e a disciplina deve ser exercida com paciência, brandura e amor.

Pense:

A disciplina, o bom senso e a fé devem caminhar juntos na educação de nossos filhos.

Ore:

Pai amado, como Senhor de tudo, inclusive das Ciências, concede-nos psicólogos que temam o Teu santo nome e educadores que sejam, assim, instrumentos bons para o nosso bem! Por Jesus! Amém!

Cada Dia

TUDO PODE MUDAR


A previsão era de chuva para o fim de semana. Os institutos de meteorologia apontavam a formação de nuvens carregadas e anunciavam o risco de temporais. Ninguém esperava outra coisa, já que o forte calor era um sinal de que os profissionais do tempo estavam realmente certos. Diante dessa certeza, muitos adiaram planos, deixaram de viajar, desmarcaram compromissos e se prepararam para ficar dentro de casa mesmo.


Assim como a maioria, eu também aguardava a chuva. Mas, ao abrir a janela do meu quarto logo no sábado cedinho, percebi que havia algo errado. Apesar das nuvens, o sol prevalecia. Então, imaginei que aquela situação iria mudar ao longo da manhã e decidi permanecer onde estava. Quando percebi, já era tarde e sol continuava lá firme e forte no céu. Quem sabe vai chover à noite, pensei. E, novamente, a água não veio...

Fui dormir acreditando que o domingo iria amanhecer chuvoso, afinal era o que todo mundo dizia. No entanto, mais uma vez, o sol brilhou intensamente enquanto escrevia este texto, numa manhã que deveria ser de um dia nublado. “DEVERIA”.

Respeito o trabalho dos meteorologistas e nem é essa a questão. Aproveito esse exemplo para lembrar que nem tudo o que está previsto para acontecer, de fato acontece.

Por mais que todos os sinais apontem para dias de tempestade em sua vida e que todos a sua volta, incluindo você, acreditem nisso, saiba que tudo pode mudar.

Então, pra que sofrer antes? Por que se esconder dos raios e trovões, se o dia lá fora é de sol? Isolar-se com medo daquilo que ainda nem aconteceu é perder tempo e deixar de viver.

Mesmo quando tudo estiver escuro e o céu carregado, não olhe simplesmente para as assustadoras nuvens. É preciso enxergar além do que os nossos olhos podem ver. O VENTO é poderoso e capaz de soprar para longe tudo aquilo que te ameaça e oferece perigo. Aquele que não pode ser visto é surpreendente e contraria todas as previsões dos homens. Ele não apenas afasta a tempestade, mas deixa o céu limpo e claro para que a Luz brilhe novamente em você.

Paz e sucesso!!!

::Juliano Matos

LUGAR SECRETO


“O que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente


descansará”

Salmo 91:1

Toda criança já brincou de “pique-esconde”. Um grupo escolhe por sorteio quem vai ser o “pegador.” Este, então, fecha os olhos e começa a contar até dez, enquanto os outros se escondem. O primeiro a ser encontrado será o novo “pegador”. E a brincadeira continua.

A sensação de estar sendo procurado é muito emocionante. A criança fica quietinha, respira com cuidado, evitando fazer qualquer barulho ou movimento para não ser descoberta. E o mais gostoso é quando a gente tem um lugar secreto, que ninguém sabe onde é, e não pode nos achar ali. E é lá que a gente sempre se esconde.

No quintal dos nossos vizinhos, havia um enorme pé de abacate, com galhos grossos e baixos. Era lá o meu esconderijo, entre os galhos, junto ao tronco. Nós brincamos muitas vezes de “pique-esconde” ali, e eles nunca me acharam. Eu nunca lhes contei onde eu me escondia. Nas batalhas da vida, precisamos ter um esconderijo fi el, que, de fato, nos resguarda do mal e da tentação: o coração do próprio Senhor. Devemos sempre ir até ele, ouvir a sua doce e forte voz a nos ensinar através da sua Palavra. Temos de habitar ali; e não apenas procurá-lo nos momentos de perigo e tribulação.

Nossa morada é o coração do Pai.Quer lugar melhor e mais seguro?

Escondo-me em teus fortes braços.

Abrigo-me do temporal,

Do furor de todo o mal.

Encontro vitória total

Na luta do dia-a-dia,

Na escuridão da noite fria,

Na enfermidade, tribulação,

Posso entoar suave canção

Pois em ti escondo o meu coração.      Pai, nas tristezas da vida, nos momentos de dor, aflição, tragédia, angústia e perseguição, podemos descansar nosso coração em teu próprio coração. Amém.

A GLORIOSA EXPERIENCIA


ROMANOS 12.1-21


E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Rm 12.2.)
Quero te conhecer cada dia mais, meu Senhor,
Quero experimentar o teu poder em meu viver,
Quero poder contar os feitos teus,
Em minha vida aqui. E pensar nos céus.
E transbordar do amor, da comunhão,
E para ti cantar só por gratidão.
Quero me parecer com o meu Senhor,
E viver somente para o seu louvor.

Um irmão fora batizado com o Espírito Santo e provara de forma maravilhosa o poder de Deus. Sua experiência fora gloriosa e cheia de detalhes significativos. E a todos que vinham à sua casa, ele não deixava de contar a sua “gloriosa experiência”, conforme passou a chamá-la.

E, para não se esquecer de nenhum detalhe da “gloriosa experiência”, ele pediu que a filha a escrevesse em um caderno. E os anos foram passando. Certo dia, ele recebeu uma visita importante em casa, e que ainda não conhecia a sua história. Então, pediu à filha que trouxesse a sua “gloriosa experiência” para lê-la para o visitante. A mocinha foi buscar o caderno e voltou aflita, dizendo:

“Papai, veja o que aconteceu! O rato roeu a sua gloriosa experiência! Não dá mais para ler.”

Existem muitos irmãos que tiveram uma experiência gloriosa de conversão ou do batismo com o Espírito Santo. Mas pararam por aí; não buscaram mais de Deus. Têm apenas o passado para contar.

Todos os dias, as misericórdias do Senhor se renovam sobre nós. Devemos cultivar tal comunhão com o Senhor, para que nossa vida seja repleta de “gloriosas experiências diárias”.

PAI, HOJE QUERO TER UMA EXPERIÊNCIA GLORIOSA CONTIGO. ENCHE-ME DO TEU ESPÍRITO SANTO DE TAL FORMA QUE TODOS POSSAM VER QUE TU HABITAS EM MIM. QUE EU POSSA VIVER UMA VIDA DE AMOR, E O TEU BRILHO SEJA VISTO EM MEU ROSTO. AMÉM.

Por Ângela Valadão Cintra

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

NÃO QUERO SER MISERICORDIOSO SÓ COMIGO

A partir de hoje, com a ajuda de Deus, vou ser tão misericordioso com os outros como tenho sido comigo mesmo. Todos temos a mesma natureza pecaminosa. Todos carregamos a mesma bagagem pecaminosa. Deixarei de condenar os outros e perdoar a mim mesmo. Porei um fim nessa tendência de buscar atenuantes para o meu pecado e agravantes para o pecado alheio. Farei isso não para diminuir o peso do meu pecado ou o peso do pecado do outro. Colocarei o dedo em riste para ele e para mim. Enaltecerei a graça de Deus para mim e para ele. Afinal, os dois salmos exatamente iguais (Salmos 14 e 53) dizem: “Todos se extraviaram e juntamente se corromperam”.


Devo essa mudança não só à Palavra e não só ao Espírito. Tenho lido alguns depoimentos que me abriram os olhos. Sêneca, contemporâneo de Jesus e conselheiro de Nero, dizia que todos somos perversos: “O que um reprova no outro, ele o achará em seu próprio peito, [pois] vivemos entre perversos, sendo nós mesmos perversos”. O moralista inglês Samuel Johnson, autor de “A Vaidade dos Desejos Humanos” (1749), explicou que “cada qual sabe de si mesmo o que ele não ousa contar ao seu mais íntimo amigo”.

Uma das declarações mais enfáticas sobre o assunto é da lavra do escritor americano William Saroyan: “O homem mau deve ser perdoado todos os dias. Deve ser amado porque alguma coisa de cada um de nós está no pior homem do mundo e alguma coisa dele está em cada um de nós. Ele e nós somos ele. Nenhum de nós é separado de qualquer outro. A prece do camponês é minha prece; o crime do assassino é o meu crime”.

O médico francês Maurice Fleury confessa: “Depois de percorrer todos os escaninhos da alma humana, cheguei a uma conclusão: tenhamos piedade uns dos outros”. Já o escritor sérvio Vidosav Stevanovic faz bem em lembrar que “o mal, como o bem, faz parte da condição humana. [Portanto], antes de combater o mal nos demais, cada um deve combatê-lo no interior de si mesmo”.

O esforço que estou resolvido a fazer de hoje em diante é uma consequência natural daquele conselho de Jesus de remover primeiro a viga que está em meu próprio olho para, depois, remover o pequeno cisco que está no olho dos outros (Mt 7.1-5). Já que preciso de mais misericórdia do que quem tem o cisco, por que perder a paciência com o próximo? Por que cobrar mais dele do que de mim? Por que não perdoar, se eu fui perdoado? Que o Senhor me ajude!

A CRIANÇA NA MISSÃO DE DEUS


Apenas três versículos nos falam de uma menina -- a empregada da esposa de Naamã (2Rs 5.1-3). Uma menina cujo nome não sabemos, mas cujo exemplo muito nos ensina. Como não era chamada de jovem, provavelmente tinha menos de doze anos; era “apenas” uma criança.


Como essa menina poderia ser útil à esposa do comandante do exército do rei da Síria? Ela parecia muito próxima da dona da casa, pois conversava com ela. Supomos que se ocupava com o atendimento pessoal da senhora, arrumando sua roupa, escovando seu cabelo, cuidando de suas unhas e mãos. Era próxima o suficiente para perceber a tristeza e a preocupação daquela mulher com a terrível doença do marido.

Como teria sido para a nossa garotinha ser violentamente arrancada de sua casa e de sua terra e arrastada para um país estrangeiro? Como teria sido para uma menina de uns 9 anos ficar longe dos pais de repente? Ou, quem sabe, guardar no coração a dor de seus gritos quando foram mortos pelos invasores? Será que ela guardava rancor, mágoa, desejo de vingança?

Tudo indica que não. Com a simples frase “se o meu senhor procurasse o profeta que está em Samaria, ele o curaria da lepra”, ela mostra um coração puro, incrivelmente vazio de amargura, hostilidade ou ódio.

Também nos surpreende o “insight” dessa menina, seu discernimento em perceber a tristeza da senhora e a crença pessoal de que um profeta de Israel poderia ajudar. Ela mostra uma confiança absoluta em Deus. Mesmo numa cultura adversa, em que a religião falava de outros deuses, e não do único e verdadeiro Deus, ela guardava no coração tudo o que tinha aprendido sobre o Senhor da aliança.

A nossa menina não fez seminário nem curso de missões, mas aqui está ela fazendo missões! Ela serve a uma senhora, mas acima de tudo ao Rei dos reis, cumprindo o propósito que sempre foi explícito para o seu povo -- fazer o nome de Deus conhecido por todos os povos.

Dessa história podemos tirar algumas lições:

1. Devemos aprender com as crianças: “A criança pode nos ajudar a resgatar e preservar virtudes dadas por Deus que ainda estão presentes nela, como a capacidade do perdão, o amor sincero, a amizade fácil, a espontaneidade, a dependência e a humildade”.1
2. As crianças têm lugar na missão de Deus: “Na história das missões, outras visões moldaram, de forma inconsciente, a vida e a proclamação do reino de Deus. De certo modo, poder e status foram mais valorizados do que o dom do amor e do servir”.2 O que essa história nos mostra é exatamente isso -- na missão, o amar e o servir levam à salvação.

3. É importante ensinar as crianças sobre Deus, instruí-las em suas leis, ajudando-as a entender o seu amor não somente por suas famílias, mas também por todas as famílias da terra.

4. Não devemos desprezar a capacidade das crianças de levar outros à fé e à salvação. Devemos dar-lhes oportunidade para falar, testemunhar e até pregar. Por isso devemos orar por elas e com elas, reconhecendo o seu papel no reino dos céus.


Deus já fez um compromisso de ensinar as crianças: “Todos me conhecerão, ‘desde o menor’ até o maior” (Jr 31.33-34). E nós? Seremos seus cooperadores?

• Jan Greenwood é coordenadora de pessoal da Interserve Brasil-CEM (Centro Evangélico de Missões), em Viçosa, MG.






SÓ O EVANGELHO REALIZA RECONCILIAÇÕES


“Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo...” 2 Co 5.19


Este foi o verso bíblico exposto em inúmeros banners, nas mais diversas línguas, pelos corredores do megaespaço do centro de conferência na Cidade do Cabo, África do Sul, na conferência de Lausanne 3. Traduzir o que foi o congresso, ou melhor, o movimento Lausanne naqueles dias, não é uma tarefa fácil nem rápida, requer tempo e reflexão para assimilarmos os múltiplos temas e assuntos que atravessaram as plenárias e as diversas exposições divididas entre palestras, testemunhos, vídeos, danças, músicas, poemas, teatro e orações, além das discussões muito ricas nas mesas de debate.

Obviamente o tema principal do congresso girava em torno da evangelização do mundo, mas aquilo que nos parecia a princípio tão óbvio se desdobrou numa complexidade de formas e ideias tão diversas quanto o número de países e línguas ali representados. Contudo, a direção dada através do estudo do livro de Efésios conduziu, num certo tom espiritualista, uma reflexão acerca de um evangelho estritamente cristocêntrico e das manifestações e atuação que esse evangelho causa na vida humana como um todo. O evangelho é, então, dimensionado como a figura do próprio “mistério”, nas palavras do apóstolo Paulo, e dimensionado na própria imagem de Cristo, naquele ao qual ainda não temos acesso como um todo, mas do qual podemos vivenciar e situar suas manifestações e benevolências em nossas vidas através de sua graça.

Então, dentre os aspectos tratados acerca do evangelho, como a integridade da igreja, a transformação do mundo e dos valores humanos, a reconciliação foi, a partir do meu olhar de psicólogo, o tema que provocou a maior reflexão e comoção no auditório, por meio de testemunhos impactantes sobre o desafio da reconciliação entre histórias, povos e pessoas ao redor do mundo. Embora em nosso contexto social e histórico não tenhamos questões tão relevantes para pensarmos a reconciliação numa esfera social, por exemplo, como entre países em constantes conflitos no Oriente Médio, o tema nos afeta tão diretamente quanto a qualquer povo ou nação do mundo. Desta forma, um dos testemunhos mais comoventes em Lausanne 3 foi o encontro entre uma moça palestina e um rapaz judeu. Ambos, agora convertidos, testemunham e vivenciam como evangelho de Cristo uma reconciliação que ultrapassa as barreiras sociopolíticas dos seus povos; ambos testemunham de um evangelho que reconcilia os sentimentos mais internos de rejeição e ódio que aprenderam a cultivar e nutrir dentro de si mesmos em relação um ao outro. Um sentimento, antes de ser aprendido e manifesto como cultura social em uma nação, é originado e mantido na identidade e no caráter de uma pessoa. Isso, para mim, foi o ponto nevrálgico da reflexão sobre uma das dimensões e atuação do evangelho de Cristo em nós; somos por natureza filhos da ira, irreconciliáveis conosco mesmo, passíveis de nutrir e sustentar uma inimizade com aqueles que nos rodeiam. Por isso o evangelho de Cristo que transforma o mundo inicia-se no interior de uma subjetividade, reconcilia a estrutura psíquica de uma pessoa atravessada e povoada por inúmeros sentimentos contraditórios e perversos com o sentimento de amor proveniente do próprio caráter de Deus.

O evangelho de Cristo reconcilia histórias pessoais, reconcilia pai com filho, esposa com esposo, reconcilia famílias, cidades, reconcilia sentimentos históricos que separam e trazem inimizades entre nações e continentes. Em um encontro ocorrido, inusitadamente, entre africanos e brasileiros, movido por uma carta de pedido de perdão pela história da escravidão no Brasil, uma mulher de um país africano representando todas as mães africanas que tiveram seus filhos e esposos capturados e levados pelo mercado de escravos, expressou o sentimento de dor e angústia daquelas mulheres por uma prática tão desumana e perversa. De imediato, todos nós naquele momento pudemos vivenciar aquele sentimento de dor e desespero daquelas mulheres que se transmitia e perpetuava através da cultura e sociedade africana. A proferição de perdão através daquela mulher comoveu todos os presentes naquele lugar; entre muitas lágrimas, todos se aglomeraram e se entrelaçaram num grande grupo, e, num coro de oração, clamavam a Deus por uma graça especial, por uma reconciliação, paz, sobre aquele sentimento compartilhado.

Isso não tem dimensão, trata-se do puro mistério de Deus para nós; para isso não temos como planejar, pensar ou manipular o evangelho de Cristo. O evangelho é para ser vivido, praticado, rotinizado em nossa conduta diária. Mais do que isso, o evangelho de Cristo promove o fazer as pazes conosco mesmo, a nos perdoar e, consequentemente, fazer o mesmo com aquele que nos rodeia. O evangelho de Cristo confronta os sentimentos indesejáveis e mais profundos da nossa natureza e, concomitantemente, todas as questões que atravessam a humanidade, como a pobreza, a orfandade, entre muitos outros. Pois, no fechamento dos tempos, todas as coisas, todos os sentimentos, todas as relações, todos os povos serão reconciliados, convertidos e convergidos em Deus, por intermédio de Cristo, tanto no tempo futuro quanto na temporalidade de uma vida pessoal.

João Marcos Cardoso De Sousa É psicólogo e membro da 8ª Igreja Presbiteriana de Belo Horizonte. É casado com Rosa e pai de três filhos. Além de manter seu consultório de atendimento, João Marcos presta assistência a missionários ligados a diversas agências

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

A IMPORTÂNCIA DO PERDÃO


Por que perdoar?


Mateus. 6:12- E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores…Como o perdão é importante na vida do ser humano. O perdão é um dos maiores mandamentos da Palavra de Deus, e anda de mãos dadas com o amor verdadeiro. Por mais dura que seja a maldade e a ingratidão do ser humano, devemos sempre perdoar uns aos outros.

Mateus. 6: 14,15- Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas.

É o que Deus requer de seus filhos, que vivam em perfeita união.


Comparamos o perdão desta parábola:
Mateus. 18: 32,33,34,35- Então o seu senhor, chamando-o à sua presença, disse-lhe: Servo malvado, perdoei-te toda aquela dívida, porque me suplicaste. Não devias tu, igualmente, ter compaixão do teu companheiro, como eu também tive misericórdia de ti?


E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia. Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas.

Jesus Cristo nos perdoou quando nos convertemos a Ele, e devemos assim fazer para com todos igualmente.

Por isso vos rogo que confirmeis para com Ele o vosso amor. ( Porque quem ama perdoa). Palavra de Paulo: (2 Coríntios.2:8,9)

O Senhor Jesus, se entregou em nosso lugar na cruz para que o nossos pecados fossem perdoados e purificados e pudéssemos estar limpos na presença do Pai. “Pai perdoa porque não sabem o que fazem”.


Agora que estamos limpos no sangue de Cristo, temos que aprender a perdoar, enquanto estamos presente aqui nesta vida terrena, terrível, ingrata, cheia de maldade, mas lembrando que nós não somos deste mundo. Que tudo isto vai passar e que breve estaremos juntos com o Pai.

Efésios. 4:32- Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.

Deus abençoe a todos.


MUDANDO O NOSSO CARÁTER


Por Nilza Rangel

Vencendo a guerra contra o inimigo de Deus.


Salmo. 1:1 BEM-AVENTURADO o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.

Bem Aventurado: significa “Ser feliz”, alegre, satisfeito. (Mateus. 5:3-12).

Teremos que seguir seus conselhos; antes, ter prazer e se deleitar na Lei do Senhor, nos preceitos, instruído nos ensinamentos de Deus.

Meditar - significa: refletir sobre a Palavra, planejar ou pretender na mente. Entregar-se à prática em confiança nela.

Josué. 1: 8- Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido.

Imaginar no sentido principal da Palavra, concordar com submissão, em ouvir os ensinamentos e colocar em nosso dia a dia. Estudar praticando em nossa mente, gastar tempo pensando nela.

A prática produz perfeição e sucesso em nossas vidas. A mente tem que ser instruída e sujeita a fazer o bem, para que o diabo não te engane com suas mentiras.

Efésios. 2: 3.- Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também.

Advertência de não sermos governados pela nossa natureza sensual, nem obedecer os impulsos da nossa carne (pensamento). Vamos renovar nossos pensamentos, a forma de pensar e de refletir. Ser transformado naquilo que Deus planejou para sermos Bem -Aventurados: Felizes, Alegres.

A renovação da mente não tem nada a ver com a salvação que é baseada unicamente no sangue de Cristo, a sua morte e ressurreição.

Muitos, nascidos de novo, seguindo uma forma religiosa, vivem sofrendo e infelizes sem ter uma vida de vitória, nesta vida terrena, por falta de conhecimento e sabedoria, entendimento da Palavra de Deus.

A Palavra nos instrui a ter uma vida plena, construtiva, confiante em Deus. Nossos pensamentos afetam nossas atitudes e nossa disposição. Os ensinamentos é para nosso bem nesta vida passageira, ensina-nos a sermos alegres e felizes.

Quando nossos pensamentos são errados, somos infelizes e tornamos outros infelizes também, principalmente nossos amados.

Satanás nos leva a pensar em problemas que já fazem parte do passado, trazendo recordação traumáticas para nos ferirmos novamente.

Você notou que nossa mente muda? Às vezes, estamos calmo, muitas vezes aflitos, ansiosos e preocupados? É neste momento que nossos pensamentos voam em direção errada. Você é que toma a decisão a respeito dela (mente) porque não há segurança em si mesmo. Temos que confiar somente em Deus Pai.

Nossa mente é crítica, julgadora, desconfiada e pode ser considerada anormal para um ser Cristão. No entanto, para muitos parecem normais, embora não são. A forma de pensar errado causa problemas espirituais, “abrem na mente”- portas aos demônios, mas quando aprendemos controlar nossos pensamentos errados, nossa mente nasce de novo. Temos que aceitar a disciplina na Palavra, e viver

em novidade de vida em Cristo.

Romanos. 12:2 E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.

Deus abençoe a todos.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Lutas em nossa mente pecaminosa


Conhecendo a vontade de Deus.


Todo ser humano tem por natureza a velha criatura dentro de si. Tendo a formação de seres maléficos cheios de pecados, malícias que herdamos de nossos primeiros pais.

Estamos preso pelo pecado, em nossa maneira de pensar e agir erroneamente, quer dizer: Através da mente vazia, distante, sem Deus.

1Coríntios. 3:3 – Porque ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens?

O diabo conhece nossos pecados, e, é por meio da mente que consegue nos prender e nos escravizar. Todos que não tem o conhecimento da verdadeira Palavra de Deus sofrem horrores nas mãos deste inimigo.

A nossa batalha é espiritual, a estratégia do diabo é dominar a mente humana em pecados e mentiras. Há ilusão em querer possuir tudo que desejamos sem as disciplinas do nosso Criador.

Ficar longe de Deus, é o mesmo que ser criados independentes de nossos pais. Assim como diz a língua popular: Fazendo o que dar na cabeça, sem a interferência de ninguém, sem medir as consequências, assim é a geração de hoje.

Há pessoas, que não conseguem controlar seus anseios e desejos carnais da velha formação de caráter e agem normalmente como se nada é proibido. Assim transformam seu interior, suas mentes doentias, em verdadeiros monstros, sem misericórdia. Estamos vivendo em uma verdadeira Babilônia. (João. 10:10).

O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância.

O diabo logo no tempo de nossa infância começa a tramar problemas que lhes servirão de fortalezas para agir sobre nosso futuro. Suas estratégias são lentas não medindo tempo e nem esforço, esta é sua maior artimanha, até que tornamos adultos e livremente para que possa nos usar para o mal.

O diabo domina a mente do ser humano, é por isso que devemos conhecer a vontade de Deus para nós através da Sua Palavra , para que possamos nos defender das mentiras e façanhas deste inimigo. (João. 8:32).

E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.

A Palavra de Deus nos revelam as mentiras do diabo contra a geração do Senhor Jesus Cristo. Quando cremos em Cristo como salvador e fazemos aliança com Ele, somos uma nova geração em Cristo, livre pelo sangue derramado na cruz do calvário, somos lavados e redimidos de nossas transgressões. Somente este amor de misericórdia pode transformar o interior do nosso ser.

Temos livre arbítrio para escolher a quem acreditar e seguir. Deus não nos fez um robô programado para sua obediência, mas para sermos filhos amorosos e obedientes à Sua Palavra.

Sabemos que o diabo é astuto e mentiroso e quer roubar, matar e destruir o ser humano.

O jogo, a estratégia dele, é pela palavra distorcida que é colocada na mente doente, não tratada do ser humano. Temos que procurarmos curar a nossa mente, para poder agir como verdadeiros filhos de Deus.

É através da comunhão com Deus que podemos receber esta libertação e termos paz interior. Não é somente o arrependimento das transgressões e iniquidades que cometemos, e reconciliarmos com Deus, mas também, com as pessoas a quem ofendemos, é o remédio da nossa regeneração, o perdoar a cada um que nos tem ofendido. Não é fácil!! Precisamos do poder misericordioso do Pai e da ajuda do “Consolador, o Espírito Santo”.
Que faremos irmãos?…

Atos. 2:38- E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.

Deus abençoe a todos.

Por Nilza Rangel

Renovando a mente

A vontade de Deus em nossos corações.

Assim termina a vontade de Deus sobre nós querendo que todos venham para a Luz da Sua Palavra e que todos sejamos salvos.

Vamos lutar contra aquilo que temos de mal dentro de nós, nossa luta é na nossa mente, onde formamos o nosso caráter – bom ou mal – temos que resistir ao mal, e não podemos desistir.
Quando a batalha parece não ter fim, você pensa que jamais dará conta dela, precisamos ficar vigiando e reprogramando a nossa mente “carnal” e repreender os pensamentos maléficos para deixar de pensar nas coisas que desagrada ao nosso Criador.

Vamos reprogramar os nossos pensamentos para que tenhamos uma mente aprovada por Deus e sejamos agraciados por Ele. “Bem - Aventurados”.

Nossa mente é um computador e podemos deletar todas as coisas que não presta e jogar fora todo o lixo acumulado durante anos de nossa vida. Convidando o Senhor Jesus para tomar o controle de nossos pensamentos, vamos cooperar com Ele.

Filipenses. 4: 8 – Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.

A renovação acontecerá pouco a pouco, antes de entrares na Terra prometida o Senhor lançará fora seus inimigos, isto é, Ele nos promete estar do nosso lado para vencermos os inimigos de nossa alma.

Quando tentamos fazer algo por conta própria, falhamos, então temos que esperar em Deus confiantes, porque sabemos que Ele é fiel para cumprir a sua Palavra em seu tempo.

Se recuse a ficar desanimado, não fique se condenando. Entregue-se a Cristo e peça ajuda ao Consolador da sua alma o Espírito Santo para controlar suas novas atitudes. Nosso defeito é querer fazer tudo de imediato, temos o fruto da impaciência. Nossa força não está em nossos braços, mas nas nossas atitudes para com o Senhor.

Bem – Aventurados os mansos e os limpos de coração. (Mateus. 5:8).
Limpos de coração… São os que foram libertos e limpos do poder do pecado mediante o Sangue de Cristo pela Sua Graça e Misericórdia, e que agora se esforçam para agradar a Deus através de suas atitudes e obediência a Sua Palavra, em amor e justiça.


Somente os limpos de coração verão a Deus – significa: ser seu/sua filho(a) e habitar na Sua presença tanto agora quanto no Seu Reino Eterno. A nossa mente, o nosso coração e as nossas emoções, devem estar em harmonia com o coração de Deus.

Hebreus. 1:9 Amaste a justiça e odiaste a iniquidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria mais do que a teus companheiros.

A nova maneira de pensarmos e vivermos fará com que sejamos agraciados do Senhor. “Bem Aventurados”: Felizes, alegres.
Deus abençoe a todos.

Por Nilza Rangel

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

MANDE NOTICIAS

Nem sempre seguimos quem realmente precisamos seguir.


O mundo hoje corre desesperadamente atrás de informação. Pessoas que fabricam notícias existem por todos os lados. Pessoas que falam a verdade também. A internet trouxe agilidade e também acelerou todos nós. Ainda me lembro do tempo em que a velha máquina de escrever era uma companheira e tanto. A tecla “alte” ditava a pausa para a inspiração. Era uma arte escrever nas entrelinhas e estimular o raciocínio de quem iria ler ou ouvir seu texto.

Hoje estamos mais preocupados em ter centenas, milhares, bilhares de seguidores no Twitter. E o pior de tudo é que nem sempre seguimos quem realmente precisamos seguir. Nós nos preocupamos em mandar e receber notícias de gente que nem sempre vamos ter a chance de conhecer pessoalmente e, às vezes, nos esquecemos dos que nos amam e há meses não temos tempo de falar com eles.

Conheci, recentemente, Willian, um andarilho artesão, que não fala com a mãe há vários meses. Sem recursos, sem rumo, sem esperança de mandar notícias para a genitora. Na conversa ele abriu o coração e foi ousado. “Me ajude a falar para minha mãe que estou bem”, disse-me ele. E, por Providência Divina, conseguimos ligar para ela e, em menos de um minuto, ele conseguiu dizer que estava bem e que estava decidido a ir para uma casa de recuperação e que, em breve, mandaria, ele mesmo, boas notícias para ela. O mais importante é que finalizou a conversa dizendo: “Mãe, eu te amo!”. Foi comovente. Mais tarde a mãe de Willian, Dona Elzir, me ligou querendo saber mais do filho (...).

Você já parou para pensar quantos corações de mãe estão apertados por este mundo. Filhos preocupados com os milhares de seguidores e se esquecendo de apenas dar um “olá” para quem sempre os seguiu, antes mesmo de virem ao mundo. Willian não desperdiçou a primeira chance que Deus lhe deu e tranquilizou a mãe e expressou seu sentimento por ela.

Agora cabe a cada um de nós encontrar um tempinho, em nossa vasta lista de seguidores, para também expressarmos o que sentimos por aqueles que realmente nos amam e sentem saudades.

Deus abençoe!

Wallace Andrade - Com. Canção Nova

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

ADVENTO, É TEMPO DE ORAÇÃO


O Ano Litúrgico começa com o Tempo do Advento; um tempo de preparação para a Festa do Natal de Jesus. Este foi o maior acontecimento da História: o Verbo se fez carne e habitou entre nós. Dignou-se a assumir a nossa humanidade, sem deixar de ser Deus. Esse acontecimento precisa ser preparado e celebrado a cada ano. Nessas quatro semanas de preparação, somos convidados a esperar Jesus que vem no Natal e que vem no final dos tempos.


Nas duas primeiras semanas do Advento, a liturgia nos convida a vigiar e esperar a vinda gloriosa do Salvador. Um dia, o Senhor voltará para colocar um fim na História humana, mas o nosso encontro com Ele também está marcado para logo após a morte.

Nas duas últimas semanas, lembrando a espera dos profetas e de Maria, nós nos preparamos mais especialmente para celebrar o nascimento de Jesus em Belém. Os Profetas anunciaram esse acontecimento com riqueza de detalhes: nascerá da tribo de Judá, em Belém, a cidade de Davi; seu Reino não terá fim… Maria O esperou com zelo materno e O preparou para a missão terrena.

Para nos ajudar nesta preparação usa-se a Coroa do Advento, composta por 4 velas nos seus cantos – presas aos ramos formando um círculo. A cada domingo acende-se uma delas. As velas representam as várias etapas da salvação. Começa-se no 1º Domingo, acendendo apenas uma vela e à medida que vão passando os domingos, vamos acendendo as outras velas, até chegar o 4º Domingo, quando todas devem estar acesas. As velas acesas simbolizam nossa fé, nossa alegria. Elas são acesas em honra do Deus que vem a nós. Deus, a grande Luz, “a Luz que ilumina todo homem que vem a este mundo”, está para chegar, então, nós O esperamos com luzes, porque O amamos e também queremos ser, como Ele, Luz.

No lº Domingo, há o perdão oferecido a Adão e Eva. Eles morreram na terra, mas viverão em Deus por Jesus Cristo. Sendo Deus, Jesus fez-se filho de Adão para salvar o seu pai terreno. Meditando a chegada de Cristo, que veio no Natal e que vai voltar no final da História, devemos buscar o arrependimento dos nossos pecados e preparar o nosso coração para o encontro com o Senhor. Para isso, nada melhor que uma boa Confissão, bem feita.

Até quando adiaremos a nossa profunda e sincera conversão para Deus?

No 2º Domingo, meditamos a fé dos Patriarcas. Eles acreditaram no dom da terra prometida. Pela fé, superaram todos os obstáculos e tomaram posse das Promessas de Deus. É uma oportunidade de meditarmos em nossa fé; nossa opção religiosa por Jesus Cristo; nosso amor e compromisso com a Santa Igreja Católica – instituída por Ele para levar a salvação a todos os homens de todos os tempos. Qual tem sido o meu papel e o meu lugar na Igreja? Tenho sido o missionário que Jesus espera de todo batizado para salvar o mundo?

No 3º Domingo, meditamos a alegria do rei Davi. Ele celebrou a aliança e sua perpetuidade. Davi é o rei imagem de Jesus, unificou o povo judeu sob seu reinado, como Cristo unificará o mundo todo sob seu comando. Cristo é Rei e veio para reinar; mas o seu Reino não é deste mundo; não se confunde com o “Reino do homem”; seu Reino começa neste mundo, mas se perpetua na eternidade, para onde devemos ter os olhos fixos, sem tirar os pés da terra.

No 4º Domingo, contemplamos o ensinamento dos Profetas: Eles anunciaram um Reino de paz e de justiça com a vinda do Messias. O Profeta Isaías apresenta o Senhor como o Deus Forte, o Conselheiro Admirável, o Príncipe da Paz. No seu Reino acabarão a guerra e o sofrimento; o boi comerá palha ao lado do leão; a criança de peito poderá colocar a mão na toca da serpente sem mal algum. É o Reino de Deus que o Menino nascido em Belém vem trazer: Reino de Paz, Verdade, Justiça, Liberdade, Amor e Santidade.

A Coroa do Advento é o primeiro anúncio do Natal. Ela é da cor verde, que simboliza a esperança e a vida, enfeitada com uma fita vermelha, simbolizando o amor de Deus que nos envolve e também a manifestação do nosso amor, que espera ansioso o nascimento do Filho de Deus.

O Tempo do Advento deve ser uma boa preparação para o Natal, deve ser marcado pela conversão de vida – algo fundamental para todo cristão. É um processo de vital importância no relacionamento do homem com Deus. O grande inimigo é a soberba, pois quem se julga justo e mais sábio do que Deus nunca se converterá. Quem se acha sem pecado, não é capaz de perdoar ao próximo, nem pede perdão a Deus.

Deus – ensinam os Profetas – não quer a morte do pecador, mas que este se converta e viva. Jesus quer o mesmo: “Eu vim para que todos tenham a vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Por isso Ele chamou os pecadores à conversão: “Convertei-vos, porque está próximo o Reino dos Céus” (Mt 4,17); “convertei-vos e crede no Evangelho” ( Mc 1,15).

Natal do Senhor, este é o tempo favorável; este é o dia da salvação!

(Canção Nova ;D Prof. Felipe Aquino – Formação