FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

sábado, 18 de outubro de 2008

MUITA ATENÇÃO E REFLEXÃO.


Notícias: Internacionais

» Notícias » Cotidiano

Santa Sé defende na UNESCO importância da liberdade religiosa - 17/10/2008 - 13:03

O observador permanente da Santa Sé na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), D. Francesco Follo, destacou a importância da liberdade religiosa na sessão dedicada aos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos do Homem, realizada na sede da organização, em Paris.

D. Follo recordou que o direito à liberdade religiosa “é expressão de uma dimensão constitutiva da pessoa humana, que não pode ser negada ou esquecida”. Por isso, “não deve ser reconhecida somente no que diz respeito à dimensão do culto ou do ritual em sentido estrito, mas também no que diz respeito à vida humana em geral, no campo da instrução e da informação”.

“A liberdade de religião não exclui outras dimensões do ser humano, como o da cidadania, mas, ao contrário, é direccionada ao Absoluto, unifica o ser humano ao invés de fragmentá-lo e auspicia uma verdadeira fraternidade entre os homens”, disse.

Segundo este responsável, quando “mais aumenta a população, mais a questão dos direitos humanos se amplia e se torna complexa, já que se trata de 193 países no mundo, com seis mil línguas e 7500 etnias. Neste contexto, o papel social, e não somente privado, da religião é sempre mais reconhecido”.


"Os direitos humanos – disse o observador da Santa Sé – mostraram ser um modo eficaz para preservar a paz no mundo. Por isso, mesmo com uma realidade multiforme e diversificada, não devemos ceder à tentação de interpretações relativistas dos direitos humanos ou de uma fragmentária e irregular aplicação segundo a vontade de quem governa. Isso significaria satisfazer exigências específicas, ignorando as legítimas exigências da pessoa humana, à qual esses direitos foram reconhecidos”.







Última Alteração: 13:03:00

Fonte: Agência Ecclesia
Local:EUA

CATÓLICA NET NOTICIAS


» Notícias » Cotidiano

Mundo tem que abandonar obsessão por crescimento, diz revista - 17/10/2008 - 14:07

Em plena crise global, com governos e mercados preocupados com uma possível recessão mundial, a revista especializada britânica New Scientist foi às bancas nesta semana com uma capa na qual defende que a busca por crescimento econômico está matando o planeta e precisa ser revista.

Em uma série de entrevistas e artigos de especialistas em desenvolvimento sustentável, a revista pinta um quadro em que todos os esforços para desenvolver combustíveis limpos, reduzir as emissões de carbono e buscar fontes de energia renováveis podem ser inúteis enquanto nosso sistema econômico continuar em busca de crescimento.

“A Ciência nos diz que se for para levarmos a sério as tentativas de salvar o planeta, temos que remodelar nossa economia”, afirma a revista.

Segundo analistas consultados pela publicação, o grande problema na equação do crescimento econômico está no fato de que, enquanto a economia busca um crescimento infinito, os recursos naturais da Terra são limitados.

“Os economistas não perceberam um fato simples que para os cientistas é óbvio: o tamanho da Terra é fixo, nem sua massa nem a extensão da superfície variam. O mesmo vale para a energia, água, terra, ar, minerais e outros recursos presentes no planeta. A Terra já não está conseguindo sustentar a economia existente, muito menos uma que continue crescendo”, afirma em um artigo o economista Herman Daly, professor da Universidade de Maryland e ex-consultor do departamento para o meio ambiente do Banco Mundial.

Para Daly, o fato de o nosso sistema econômico ser baseado na busca do crescimento acima de tudo, faz com que o mundo esteja caminhando para um desastre ecológico e também econômico, dadas as limitações dos recursos.

“Para evitar este desastre, precisamos mudar nosso foco do crescimento quantitativo para um qualitativo e impor limites nas taxas de consumo dos recursos naturais da Terra”, escreve.

“Nesta economia de estado sólido, os valores das mercadorias ainda podem aumentar, por exemplo, por causa de inovações tecnológicas ou melhor distribuição. Mas o tamanho físico dessa economia deve ser mantido em um nível que o planeta consiga sustentar”, conclui Daly, que compara a atual economia a um avião em alta velocidade e a sua proposta a um helicóptero, capaz de voar sem se mover.

Reformar o capitalismo

Mas essas mudanças no sistema não serão fáceis. Em uma entrevista à revista, James Gustav Speth, ex-conselheiro do governo Jimmy Carter (1977-1981) e da ONU, afirma que o movimento ambiental nunca conseguirá vencer dentro do atual sistema capitalista.

“A única solução é reformarmos o capitalismo atual. Os Estados Unidos cresceram entre 3% e 3,5% por um bom tempo. Há algum dividendo deste crescimento sendo colocado em melhores condições sociais? Não. Os Estados Unidos têm que focar em indústrias sustentáveis, necessidades sociais, tecnologias e atendimento médico decente, e não sacrificar isso para fazer a economia crescer. Eu não defendo o socialismo, mas uma alternativa não-socialista para o capitalismo atual”, diz.

Ele também faz críticas ao atual movimento ambientalista.

“A comunidade ambientalista, pelo menos nos Estados Unidos, é muito fraca quando falamos sobre mudança de estilo de vida, consumo e sobre sua relutância em desafiar o crescimento ou o poder das corporações. Nós precisamos de um novo movimento político nos EUA. Cabe aos cidadãos injetarem valores que reflitam as aspirações humanas, e não apenas fazer mais dinheiro.

Obsessão pelo crescimento

A revista também traz um artigo que discute o argumento de que o crescimento econômico é necessário para erradicar a pobreza e que quanto mais ricos ficam alguns, a vida dos mais pobres também melhora. É a chamada Teoria do Gotejamento.

Segundo Andrew Simms, diretor da New Economics Foundation, em Londres, este argumento, além de “não ser sincero”, sob qualquer avaliação, é “ impossível”.

“Durante os anos 1980, para cada US$ 100 adicionados na economia global, cerca de US$ 2,20 eram repassados para aqueles que estavam abaixo da linha de pobreza. Durante a década de 1990, esse valor passou para US$ 0,60. Essa desigualdade significa que para que os pobres se tornem um pouco menos pobres, os ricos tem que ficar muito mais ricos”.

Segundo ele, isto pode até parecer justo para alguns, mas não é sustentável.

“A humanidade está indo além da capacidade da biosfera sustentar nossas atividades anuais desde meados dos anos 1980. Em 2008, nós ultrapassamos essa capacidade anual em 23 de setembro, cinco dias antes do ano anterior”.

Ele ainda afirma ser impossível que um dia toda a humanidade tenha o padrão de vida dos países desenvolvidos.

“Seriam necessários pelo menos três planetas Terra para sustentar essas necessidades se todos vivessem nos padrões da Grã-Bretanha. Cinco se vivêssemos como os americanos”.

Para Simms, a Terra estaria inabitável há muito tempo antes que o crescimento econômico pudesse erradicar a pobreza.

Para que o mundo possa ter uma economia ecologicamente sustentável, segundo Simms, é preciso acabar com o preconceito de alguns em relação aoo conceito de “redistribuição”, que, para ele, é o único modo viável de acabar com a pobreza.

“Só foi preciso alguns dias para que os governos da Grã-Bretanha e dos EUA abandonassem décadas de doutrinas econômicas para tentar resgatar o sistema financeiro de um colapso. Por que tem que demorar mais para introduzirem um plano para deter o colapso do planeta trazido por uma conduta irresponsável e ainda mais perigosa chamada obsessão pelo crescimento?”.






Última Alteração: 14:07:00

Fonte: BBC Brasil
Local:Inglaterra

PADRE DEIXE A LITURGIA FALAR


Padre, deixe a liturgia falar!

Ione Buyst

Há alguns meses atrás, participei de uma missa e fiquei agradavelmente surpresa com a maneira de o padre presidir, concentrando-se em seu papel de presidência, sem interromper a toda hora a ação ritual com explicações ou introduções, 'homiliazinhas', brincadeiras, ou reclamações, como tantas vezes se vê por aí, banalizando a liturgia, impedindo o mergulho no mistério celebrado. Depois da missa, fui agradecer pelo momento espiritual simples e profundo que nos havia proporcionado. E ele respondeu: "Aprendi com uma comunidade religiosa da qual fui capelão. Um certo dia, me chamaram e disseram: Padre, não fale. Deixe a liturgia falar!"

Deixe a liturgia falar! Entre no seu ritmo ritual, dialogal! Não interrompa o diálogo da Aliança entre a comunidade e o seu Senhor. Sinta-se incorporado na assembléia, como parte dela, em toda simplicidade e autenticidade, objetivamente, tranqüilamente, sem autoritarismo e sem se preocupar em 'agradar' ou 'motivar' a 'platéia' e ser aceita por ela. Assuma o papel da presidência de uma comunidade, orante, ouvinte, cantante..., celebrando com ela e não para a mesma. Deixe que a pessoa do Cristo transpareça por você, lembrando as palavras de João Batista: É necessário que ele cresça e que eu diminua... (Cf. Jo 3,30). O momento é sagrado! A ação é decisiva para nossa vida. Estamos em contato com a seiva de nossas raízes, estamos sorvendo o sentido de nossa vida e de nossa morte, de nossos amores e desamores, de nossos empenhos, êxitos e fracassos... Estamos diante do Senhor, para sermos transformados/as 'pascalmente' por seu Espírito.

Acredite profundamente naquilo que está realizando. Aprenda de cor os pequenos diálogos que fará com a assembléia, como a saudação inicial, a introdução ao evangelho, o diálogo inicial do prefácio, o convite à oração do pai-nosso, a apresentação do pão e do vinho eucaristizados, a bênção final... Não leia orações; mas ore, de verdade, ainda que use as palavras prescritas no missal. Não copie sua homilia da internet ou de algum subsídio, mas tome seu tempo para debruçar-se sobre as leituras bíblicas, procurando qual a Palavra viva do Senhor hoje para esta comunidade (da qual você faz parte!); não faça da homilia um discurso, mas uma conversa familiar em tom pessoal.

Não corra durante a oração eucarística, recitando-a de uma forma impessoal, numa corrida desenfreada a 'cento e vinte por hora', como se não tivesse valor nenhum, como se não fosse um diálogo com o Pai! Não destaque de repente as palavras da narrativa da última ceia, mudando o ritmo e o tom de voz, como se somente estas palavras valessem a pena a serem proclamadas e ouvidas. E lembre-se de que não se trata de uma fala dirigida à assembléia, mas ao Pai, lembrando o que seu querido Filho nos mandou fazer!

Não descuide dos preciosos silêncios previstos no decorrer da ação litúrgica, como um dos elementos essenciais para podermos descer até o fundo do coração e ouvir aí a voz do Pai. Deixe-se 'contaminar' pela fé e o fervor da comunidade. Sintonize com o Sopro de Deus, o Sopro de Jesus, o Espírito Santo, que ora e canta em você e em toda a comunidade. Ele nos une, a todos e todas, num só corpo e num só Espírito.

Tudo o que foi dito até agora certamente vale também para os outros ministérios litúrgicos: por favor, não interrompam a ação litúrgica com comandos e explicações; deixem a liturgia falar por si.


Perguntas para reflexão pessoal e em grupos:

1. Nós já tivemos a oportunidade de participar de celebrações tranqüilas, sóbrias, sem correrias, sem explicações?... O que ganhamos com isso?

2. E os padres? O que poderia ajudá-los a descobrir o valor de uma liturgia que 'fale' por si?




Última Alteração: 15:25:00

Fonte: CNBB
Local:Brasília (DF

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

PARA VOCÊ QUE ESTA DE PASSAGEM E TAMBÉM PARA VOCÊ QUE É ASSIDUO.



É O QUE DESEJO COM MUITO AMOR.

SER OBEDIENTE


No capítulo 10 de Lucas, Jesus ainda se encontra indo para Jerusalém. Em sua caminhada, Jesus resolve novamente designar pregadores para pregarem. Desta vez Jesus manda setenta pessoas em grupos de 2. Os mesmos avisos dados aos apóstolos são dados por Jesus àqueles pregadores. Como a seara é grande, houve o aumento de pregadores.Jesus demonstra a preocupação de que ninguém faça qualquer saudação pelo caminho. Em seu livro Usos e costumes dos tempos bíblicos, Ralph Gower comenta os motivos:


Outro problema surpreendente era o tempo gasto em saudações. As saudações durante uma viagem tomavam tempo desmesurado. Não se considerava educado passar simplesmente pelas pessoas. Era necessário fazer e responder perguntas tais como: "Para onde está indo?... De onde vem?... Como se chama?... Quantos filhos tem?" E assim por diante. Jesus considerava essas saudações um problema tão grande que disse a seus discípulos: "A ninguém saudeis pelo caminho" (Lc 10:4). Ele também censurou o tempo que alguns dos líderes religiosos da época gastavam com as saudações (Lc 11:43; 20:46). Jesus certamente se impacientaria com as conversas fúteis nas reuniões convencionais de hoje. - página 235

Por outro lado, a "falta de educação" durante as viagens era compensada pela educação ao chegar em uma casa, como vemos no versículo 5, onde Jesus diz para eles falarem antes de mais nada "A paz seja nesta casa", cumprimento comum naquela época. É interessante que apesar de haver estalagens naquela época, Jesus não recomenda que seus discípulos se hospedem nelas. Acontece que em muitas destas estalagens havia muita prostituição, por isto geralmente se hospedava em casas. É desta forma que naquela época a hospitalidade teria se tornado tão importante.Como resposta a esta hospitalidade, o pregador deveria ficar na mesma casa. Ele não deveria se mudar o tempo inteiro, demonstrando insatisfação com a hospedagem. Devemos ter isto em mente, pois o cristão deve acima de tudo ser hospitaleiro e educado.
Então a pregação consistia sempre em dizer que o reino de Deus já havia vindo, que era uma realidade. Para quem atendesse de forma positiva à esta notícia, os discípulos curariam enfermos, talvez como demonstração desta realidade. Para os que rejeitassem esta mensagem, deveria-se mostrar da mesma forma uma rejeição deles, mostrando-se que até o pó daquela terra foi sacudido. Em todos os casos, porém, a realidade do Reino deveria ser pregada. Apenas para aqueles que creram, é que são dados sinais e milagres.
Indicando como o Juízo Final será justo, Jesus nos fala que cidades que não puderam ver seus milagres serão julgados com mais brandura que cidades que tiveram esta oportunidade.
Novamente no versículo 19, Jesus diz que deu poder a seus discípulos, mais uma vez nos confirmando sua divindade. Pois somente Deus poderia dar poder. Profetas devem sempre glorificar a Deus pelo seu poder.
E nossa alegria não deve ser por que recebemos um dom especial de Deus. Como Paulo disse, todos recebemos dons, e cabe a nós usá-los para o bem da comunidade. Nossa alegria deve ser primeiro por ter nossos nomes escritos no céu, pois aí sabemos que estamos em paz com Deus.
E a alegria dos discípulos era tanta que o próprio Cristo se alegrou. É quando nos diz que a sabedoria de Deus reside nos pequeninos. O paradoxo é algo muito presente nos discursos de Cristo, e sabemos mesmo que aqueles mais simples são os que mais se aproximam de Deus. Os pobres, os desabrigados, os que estão em dificuldades, eles são os que possuem uma relação melhor com Deus, pois eles acima de tudo conseguem transceder a dor e o sofrimento, mantendo acesa sua fé em Deus. Talvez por isto no capítulo anterior Cristo disse que para ser seu discípulo, deveria-se pegar a sua cruz. E este Deus que se encontra, Este é revelado por Cristo.
No versículo 23, alguns tentam criar uma contradição com João 20:29. Enquanto que o primeiro "bem-aventurados" significa grandemente favorecidos, enquanto que o segundo "bem-aventurados" indica "digno de ser aplaudido". De qualquer forma, mesmo que os sentidos fossem iguais, há uma diferença entre requerer a visão como base de fé, como no caso de Tomé, e fazer uso da visão no processo de exercício da fé, como os apóstolos.
No versículo 25, o doutor da lei desafia Jesus a falar qual a lei mais importante, certamente para medir o conhecimento de Cristo, testar se é mesmo aquilo que foi dito dele. Jesus pergunta sobre o que a Lei dizia, pois certamente tudo que era necessário para a vida Eterna era dito ali. O doutor da Lei respondeu corretamente, mas certamente quis parecer justo diante de todos, perguntando quem era o próximo dele. Jesus então inicia uma de suas parábolas mais conhecidas: a do bom Samaritano.
Era muito comum na época que os sacerdotes e levitas que trabalhavam no templo em Jerusalém morassem em Jericó, sendo esta uma rota muito comum na época. Assim, o viajante foi assaltado, outra coisa muito comum naquele tempo, principalmente naquele caminho. Assim, os representantes da Lei, sacerdotes e levitas, passaram por aquele homem, sem lhe dar socorro. É interessante como que da mesma forma, a Lei apenas assiste a pessoa de longe, sem no entanto ter compaixão por ela. Mas o samaritano, povo totalmente marginalizado pelos judeus, que como vimos no capítulo anterior habitavam naquela região que estava Cristo e que provavelmente aquele mestre da Lei evitava, aquele samaritano teve pena do viajante. Ele tratou do viajante da forma que se fazia antigamente, que era usando vinho para desinfetar o machucado, passando o óleo para cicatrização logo depois.
Logo depois o levou para uma estalagem, onde pagou pelos serviços até que o viajante ficasse melhor. Deixou 2 denários, que eram as moedas de prata, inferiores apenas ao áureo em valor (25 denários era igual a um áureo). Embora em teoria as estações de muda oferessessem acomodações gratuitas, a alimentação, forragem e outros serviços eram pagos.
Quem era o próximo daquele homem? Certamente era o samaritano, mostrando-nos que muitas vezes nossos conceitos podem estar errados, que mesmo aquelas pessoas que temos menos estima ou até mesmo que não gostamos, pode nos ser as melhores amigas. Devemos tratar todos igualmente.
O fim do capítulo nos fala de Marta e Maria, duas irmãs que receberam Cristo em uma aldeia, não nomeada, provavelmente Betânia. Se for este o caso, Lázaro seria irmão delas (Jo 11:1). Marta então reclama que sua irmã não está a ajudando. No entanto, Jesus a avisa que antes de tudo, Maria está com razão. Marta se deixou atribular por coisas materiais, como de qual forma receber seus convidados, enquanto que Maria estava ouvindo os ensinos de Cristo. Muitos deixam que seu trabalho e tarefas diárias tomem conta de sua vida, esquecendo-se de Deus. Sejamos coerentes e vamos dar mais atenção ao que Cristo tem para nos dizer.

REFLEXÕES SOBRE O ANO PAULINO


O Ano Paulino: Palavra falada e Palavra escrita

1- Todas as mães gravam com júbilo a hora em que os filhos pronunciaram a primeira palavra, e, no pólo oposto, os filhos guardam com sofrimento a hora em que seus pais disseram a última palavra antes de fecharem os lábios para sempre. A palavra foi, num caso, sinal de vida a florescer e, no outro, sinal de vida a apagar-se.
De modo análogo, os noivos fixaram para sempre a hora em que declararam o seu amor e, no futuro, sentem que o amor cresce sempre que repetem essa palavra inicial. As próprias cartas de noivado vivem do calor que só eles conhecem. Têm algo de pudor íntimo, como disse Fernando Pessoa ao escrever que «toda a carta de amor é ridícula quando lida na praça pública».

Em tudo isto, a palavra falada revela a pessoa, e, passada a escrito, vive do calor com que foi dita.

É um pouco o que passa com a história da Bíblia. Os antigos Hebreus sentiam-se ufanos por terem um «Deus que fala», que «não é como os outros deuses, os ídolos pagãos, que têm boca mas não falam, que têm ouvidos mas não ouvem, que têm garganta mas não articulam qualquer som», e consideravam um tempo de desgraça aquele em que não houvesse nenhum profeta. A «palavra» é a vida do Povo bíblico. Até o ato de criar é referido na Bíblia como obra da palavra: Deus criou o mundo pela sua palavra, «a palavra é omnipotente».

Essa palavra ouvida dos profetas e falada durante séculos seria passada a escrito para ser lida, mas a sua proclamação oral na assembleia ficou sempre como a expressão autêntica da palavra. Significativamente, o Sínodo chama-se «Sínodo da Palavra» e não «Sínodo da Bíblia», porque dizer «Palavra de Deus» é dizer mais que dizer «Bíblia», porque a Bíblia é a «Palavra escrita» que nasceu da «Palavra falada».

Convém, por isso, lembrar algumas questões clássicas relativas à formação da Bíblia.

2- De fato, antes de haver entre os hebreus qualquer «Escritura», existiam tradições religiosas orais. Ao serem passadas a escrito, deram origem às «Escrituras» e sobre elas se fizeram e escreveram depois comentários diversos donde nasceram diferentes escolas de Judaísmo que deram origem às «tradições dos homens», e que Jesus reprovaria pelo seu caráter excêntrico, por vezes oposto aos Mandamentos de Deus.

Algo análogo aconteceu mais tarde com o Novo Testamento: antes de ser escrito, existiu um evangelho oral que daria origem aos quatro Evangelhos. Nem tudo, porém, foi passado a escrito, como afirma S. João: «há muitas outras coisas que fez Jesus e que não estão escritas neste livro, as quais, se fossem escritas uma por uma, creio que o mundo não poderia conter os livros que seria preciso escrever» (Jo 21,25). Algumas dessas coisas ficaram na tradição cristã de que dão testemunho textos escritos por cristãos dos primeiros séculos, bispos e teólogos e catequistas, chamados por isso «varões apostólicos e «Padres ou pais da Igreja».

Esses textos formam a chamada «Tradição da Igreja». Ajudam a compreender o texto escrito, são uma fonte riquíssima de informação, e da maior importância para o diálogo entre católicos, protestantes e ortodoxos, porque falam da Igreja num tempo em que ainda não havia as atuais divisões. Torna-se assim evidente que, entre a «Bíblia» ou «Palavra de Deus escrita» e a «Tradição da Igreja», há uma relação íntima. Sendo a «Tradição da Igreja» anterior à Bíblia escrita e depois continuada em novas reflexões, é a Tradição Igreja que, sem descurar o estudo científico do texto bíblico, nos garante o seu sentido.

Compreende-se: Um texto escrito é, de si, um texto opaco, diretamente ligado a uma história e geografia concretas e carece de ser lido por quem o escreveu. «Uma Escritura não se auto anuncia, permanece muda enquanto não for proclamada na comunidade onde nasceu». Quem melhor conhece uma carta de noivado do que os noivos que a escreveram e os amigos que com eles viveram e os ouviram falar do seu amor? Por causa da assistência permanente do Espírito Santo no interior da Igreja, esta é capaz de ler o texto bíblico com o mesmo sentido com que foi escrito.

Ao lado dos quatro Evangelhos oficiais, dos escritos da «Tradição da Igreja», e em oposição a eles, surgiram nos primeiros séculos outros textos de gente marginal à fé, cheios de fantasistas, os chamados «evangelhos apócrifos» e «gnósticos», ditos «mais inteligentes», que ultimamente conheceram grande divulgação na Europa inteira.

3- A «Bíblia» e a «Tradição da Igreja» são, pois, inseparáveis. Durante séculos, os Protestantes fixaram-se exclusivamente no texto escrito da Bíblia, e os Católicos pareceu darem preferência à «Tradição». Hoje é cada vez mais aceite por todos que a Bíblia e a Tradição não são duas fontes paralelas, independentes e autónomas, da revelação de Deus. Derivam ambas da única fonte de revelação que é Jesus Cristo (Constituição Dei Verbum,11).

É também aceite por todos, menos pelos Judeus, que o Novo Testamento é a revelação completa do que já vinha anunciado no Antigo. Na revelação feita aos antigos hebreus já trabalhava a Sabedoria. O texto do Génesis diz que Deus «criou o mundo pela palavra» e em todo o Antigo Testamento repete-se constantemente que «a «palavra é eficaz», que «não regressa às alturas sem cumprir a sua obra». Essa palavra tem um comportamento de «pessoa», e Paulo desvendará o mistério dessa palavra ao afirmar que Jesus é a essa Sabedoria de Deus incarnada, é o Verbo que já estava presente em toda a Criação: n’Ele foram criadas todas as coisas no céu e na terra, visíveis e invisíveis. Por Ele e para Ele tudo foi feito e n’Ele tudo subsiste (Col 1).

Torna-se claro que a «Palavra de Deus é uma pessoa, é Jesus Cristo, o Verbo feito homem. «No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus». Tudo foi feito por Ele e sem Ele nada foi feito, e, vindo ao mundo, ilumina todo o homem (Jo 1, 10).

Compreende o leitor por que se diz que a «mesa da Palavra» e a «mesa da Eucaristia» formam uma só mesa? Compreende por que razão junto do «ambão» da Palavra há sempre uma «cadeira» e que o presidente da Palavra é o que preside também à Eucaristia, unindo as duas? Compreende o leitor a razão por que o Sínodo quis que, depois do Sínodo da Eucaristia, se fizesse este Sínodo sobre a Palavra e que na celebração da Missa deve sentir-se uma integração das duas mesas? «O pão da Palavra» e «pão da Eucaristia» são o mesmo Jesus, realmente presente nas duas mesas, ainda que de modo distinto.

Abra o leitor a sua Bíblia e leia as referências ao livrinho de Ezequiel 3,1-3 e do Apocalipse 10,8-11, aos livros, escrituras e rolos de S. Paulo (1Tes 5,25; 2Tim 3,15; 4,13; Rom 1,2) e veja o modo como Paulo relê o AT e retira o véu que cobre os escritos do Antigo Testamento (2 Cor3,14-16).


D. Joaquim Gonçalves, Bispo de Vila Real






Última Alteração: 17:07:00

Fonte: Agência Ecclesia
Local:Portuga

REFLEXÕES SOBRE O ANO PAULINO


O Ano Paulino: Palavra falada e Palavra escrita

1- Todas as mães gravam com júbilo a hora em que os filhos pronunciaram a primeira palavra, e, no pólo oposto, os filhos guardam com sofrimento a hora em que seus pais disseram a última palavra antes de fecharem os lábios para sempre. A palavra foi, num caso, sinal de vida a florescer e, no outro, sinal de vida a apagar-se.
De modo análogo, os noivos fixaram para sempre a hora em que declararam o seu amor e, no futuro, sentem que o amor cresce sempre que repetem essa palavra inicial. As próprias cartas de noivado vivem do calor que só eles conhecem. Têm algo de pudor íntimo, como disse Fernando Pessoa ao escrever que «toda a carta de amor é ridícula quando lida na praça pública».

Em tudo isto, a palavra falada revela a pessoa, e, passada a escrito, vive do calor com que foi dita.

É um pouco o que passa com a história da Bíblia. Os antigos Hebreus sentiam-se ufanos por terem um «Deus que fala», que «não é como os outros deuses, os ídolos pagãos, que têm boca mas não falam, que têm ouvidos mas não ouvem, que têm garganta mas não articulam qualquer som», e consideravam um tempo de desgraça aquele em que não houvesse nenhum profeta. A «palavra» é a vida do Povo bíblico. Até o ato de criar é referido na Bíblia como obra da palavra: Deus criou o mundo pela sua palavra, «a palavra é omnipotente».

Essa palavra ouvida dos profetas e falada durante séculos seria passada a escrito para ser lida, mas a sua proclamação oral na assembleia ficou sempre como a expressão autêntica da palavra. Significativamente, o Sínodo chama-se «Sínodo da Palavra» e não «Sínodo da Bíblia», porque dizer «Palavra de Deus» é dizer mais que dizer «Bíblia», porque a Bíblia é a «Palavra escrita» que nasceu da «Palavra falada».

Convém, por isso, lembrar algumas questões clássicas relativas à formação da Bíblia.

2- De fato, antes de haver entre os hebreus qualquer «Escritura», existiam tradições religiosas orais. Ao serem passadas a escrito, deram origem às «Escrituras» e sobre elas se fizeram e escreveram depois comentários diversos donde nasceram diferentes escolas de Judaísmo que deram origem às «tradições dos homens», e que Jesus reprovaria pelo seu caráter excêntrico, por vezes oposto aos Mandamentos de Deus.

Algo análogo aconteceu mais tarde com o Novo Testamento: antes de ser escrito, existiu um evangelho oral que daria origem aos quatro Evangelhos. Nem tudo, porém, foi passado a escrito, como afirma S. João: «há muitas outras coisas que fez Jesus e que não estão escritas neste livro, as quais, se fossem escritas uma por uma, creio que o mundo não poderia conter os livros que seria preciso escrever» (Jo 21,25). Algumas dessas coisas ficaram na tradição cristã de que dão testemunho textos escritos por cristãos dos primeiros séculos, bispos e teólogos e catequistas, chamados por isso «varões apostólicos e «Padres ou pais da Igreja».

Esses textos formam a chamada «Tradição da Igreja». Ajudam a compreender o texto escrito, são uma fonte riquíssima de informação, e da maior importância para o diálogo entre católicos, protestantes e ortodoxos, porque falam da Igreja num tempo em que ainda não havia as atuais divisões. Torna-se assim evidente que, entre a «Bíblia» ou «Palavra de Deus escrita» e a «Tradição da Igreja», há uma relação íntima. Sendo a «Tradição da Igreja» anterior à Bíblia escrita e depois continuada em novas reflexões, é a Tradição Igreja que, sem descurar o estudo científico do texto bíblico, nos garante o seu sentido.

Compreende-se: Um texto escrito é, de si, um texto opaco, diretamente ligado a uma história e geografia concretas e carece de ser lido por quem o escreveu. «Uma Escritura não se auto anuncia, permanece muda enquanto não for proclamada na comunidade onde nasceu». Quem melhor conhece uma carta de noivado do que os noivos que a escreveram e os amigos que com eles viveram e os ouviram falar do seu amor? Por causa da assistência permanente do Espírito Santo no interior da Igreja, esta é capaz de ler o texto bíblico com o mesmo sentido com que foi escrito.

Ao lado dos quatro Evangelhos oficiais, dos escritos da «Tradição da Igreja», e em oposição a eles, surgiram nos primeiros séculos outros textos de gente marginal à fé, cheios de fantasistas, os chamados «evangelhos apócrifos» e «gnósticos», ditos «mais inteligentes», que ultimamente conheceram grande divulgação na Europa inteira.

3- A «Bíblia» e a «Tradição da Igreja» são, pois, inseparáveis. Durante séculos, os Protestantes fixaram-se exclusivamente no texto escrito da Bíblia, e os Católicos pareceu darem preferência à «Tradição». Hoje é cada vez mais aceite por todos que a Bíblia e a Tradição não são duas fontes paralelas, independentes e autónomas, da revelação de Deus. Derivam ambas da única fonte de revelação que é Jesus Cristo (Constituição Dei Verbum,11).

É também aceite por todos, menos pelos Judeus, que o Novo Testamento é a revelação completa do que já vinha anunciado no Antigo. Na revelação feita aos antigos hebreus já trabalhava a Sabedoria. O texto do Génesis diz que Deus «criou o mundo pela palavra» e em todo o Antigo Testamento repete-se constantemente que «a «palavra é eficaz», que «não regressa às alturas sem cumprir a sua obra». Essa palavra tem um comportamento de «pessoa», e Paulo desvendará o mistério dessa palavra ao afirmar que Jesus é a essa Sabedoria de Deus incarnada, é o Verbo que já estava presente em toda a Criação: n’Ele foram criadas todas as coisas no céu e na terra, visíveis e invisíveis. Por Ele e para Ele tudo foi feito e n’Ele tudo subsiste (Col 1).

Torna-se claro que a «Palavra de Deus é uma pessoa, é Jesus Cristo, o Verbo feito homem. «No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus». Tudo foi feito por Ele e sem Ele nada foi feito, e, vindo ao mundo, ilumina todo o homem (Jo 1, 10).

Compreende o leitor por que se diz que a «mesa da Palavra» e a «mesa da Eucaristia» formam uma só mesa? Compreende por que razão junto do «ambão» da Palavra há sempre uma «cadeira» e que o presidente da Palavra é o que preside também à Eucaristia, unindo as duas? Compreende o leitor a razão por que o Sínodo quis que, depois do Sínodo da Eucaristia, se fizesse este Sínodo sobre a Palavra e que na celebração da Missa deve sentir-se uma integração das duas mesas? «O pão da Palavra» e «pão da Eucaristia» são o mesmo Jesus, realmente presente nas duas mesas, ainda que de modo distinto.

Abra o leitor a sua Bíblia e leia as referências ao livrinho de Ezequiel 3,1-3 e do Apocalipse 10,8-11, aos livros, escrituras e rolos de S. Paulo (1Tes 5,25; 2Tim 3,15; 4,13; Rom 1,2) e veja o modo como Paulo relê o AT e retira o véu que cobre os escritos do Antigo Testamento (2 Cor3,14-16).


D. Joaquim Gonçalves, Bispo de Vila Real






Última Alteração: 17:07:00

Fonte: Agência Ecclesia
Local:Portuga