FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

sexta-feira, 17 de abril de 2009

ANTES SÓ.........


Antes só do que mal acompanhado. Não seria esse ditado somente mais uma desculpa fácil de quem quer se livrar de alguém?

Não existe a companhia perfeita. O amor existe exatamente por causa disso. Fôssemos todos perfeitos e agradáveis talvez nunca tivéssemos ouvido falar de amor. Errar é humano. Ninguém é perfeito. Essas duas últimas frases também são ditados populares, no entanto, revelam verdades. Estar com alguém significa estar com uma pessoa falha, imperfeita, limitada, frágil, carente por aceitação, cuidado e carinho. Vivemos um tempo de banalização das palavras. Muito se expressa, mas, poucas pessoas ainda se importam com o significado das palavras.

Amor, amizade, sexo, lascívia, paixão, atração... A confusão é grande. As pessoas sentem atração e acham que é paixão. Possuem um sentimento lascivo e acreditam estar amando. Chamamos uma relação sexual de fazer amor. E assim, tudo é normal e aceitável. Quem ainda compreende o que significa "amar o próximo como a si mesmo"?. Será que amor sempre envolve sexo? Será que uma verdadeira relação de amizade não é baseada no amor sincero? Será que as pessoas ainda se encontram?

Atribui-se a Nelson Rodrigues a frase “todo amor é eterno. Se não é eterno, não era amor”. Mário Quintana teria dito que “a amizade é um amor que nunca morre”. Vinicius de Moraes, por sua vez, ao falar do amor concluiu: “que seja infinito enquanto dure”. Detalhe: Vinicius casou-se pelo menos nove vezes. E assim, as circunstâncias ajudam a modelar nossas verdades. Nossas crenças influenciam a maneira como vamos escrevendo a nossa parte da história.

E você, o que prefere, a solidão ou o estar mal acompanhado? Quem de nós gostaria de passar os últimos anos da vida sozinhos? Filmes como O Náufrago e Robinson Crusoé revelam o dilema de quem se vê perdido e sozinho numa ilha. Em o Náufrago o personagem principal improvisa um amigo pintando um rosto numa bola. Robinson Crusoé passa anos sozinhos até que encontra um nativo com quem vivencia vários conflitos até que se tornam amigos. Se o ser humano encontra dificuldades para conviver com outras pessoas, a solidão parece ainda mais indesejável. Atualmente estima-se que nos Estados Unidos da América exista um cachorro por domicílio. Logo, antes um animalzinho do que estar mal acompanhado.

A solidão só terá fim quando o valor de dois gestos fundamentais forem compreendidos e praticados: ouvir e perdoar. Quem descobre essa arte verá que é melhor estar mal acompanhado do que sozinho. O ser humano se sente incompleto quando vive só. Nós não fomos projetados para sobrevivermos muito tempo no isolamento. Até mesmo o sábio autor de Eclesiastes já dizia que “é melhor ter companhia do que estar sozinho” (Eclesiastes 4. 9).

TEXTO DE UM PROFÉTA SECULAR


Retirei este texto do livro "Os Irmãos Karamazov", escrito por Dostoiévski em 1879-80. Isso nos dá mais de 200 anos de escrito. É incrível como continua valendo para os nossos dias... temos que aprender com esse profeta secular

"Para renovar o mundo, é preciso que os homens por si mudem de caminho. Enquanto cada um não for irmão de seu próximo, não haverá fraternidade. Nenhuma ciência e nenhum interesse ensinarão os homens a repartir pacificamente entre si as propriedades e os direitos. Cada um achará que lhe coube um quinhão muito pequeno e todos murmurarão, invejar-se-ão e se destruirão uns aos outros. O senhor pergunta quando teremos o paraíso sobre a terra. Isso sucedera, mas só depois que terminar o período do isolamento humano.

- Que isolamento?, perguntei.

Ele reina por toda a parte, principalmente em nosso século, mas ainda não terminou, porque não é chegada a hora. Atualmente, cada um aspira a separar sua personalidade das outras e deseja sentir em si a plenitude da vida, mas, em vez de atingir esse objetivo, os seus esforços levam-no ao suicídio total, pois em lugar de afirmação de sua personalidade, fazem-no cair num isolamento completo. Em nosso século todos se dividiram em unidades. Cada um se isola em sua toca e esconde-se com seus pertences; desse modo, afasta-se de seus semelhantes e agasta-os de si. Acumula riqueza completamente só, pensando: 'Como sou forte agora e como estou garantido!'

Ignora o insensato que, quanto mais acumula, tanto mais se abisma numa impotência fatal. Ele se habituou a confiar unicamente em si, apartou-se da coletividade, acostumou sua alma a não crer no auxílio dos homens nem na humanidade e treme só com a idéia de perder o seu dinheiro e os direitos conseguidos. Por toda a parte, hoje em dia, o espírito humano começa a esquecer-se ridiculamente de que a verdadeira garantia do indivíduo não consiste no seu esforço pessoal e isolado, mas na solidariedade humana. Contudo, virá um dia em que terá fim esse terrível isolamento e todos compreenderão de uma vez o quanto contrária à natureza era a sua mútua separação.

Admirar-se-ão de que, por tanto tempo, permanecessem nas trevas, sem ver a luz. Então aparecerá no céu a imagem do Filho do Homem. Mas, até esse dia, é preciso manter alto o estandarte e dar o exemplo, tirando a sua alma do isolamento, para aproximar-se dos irmãos, mesmo com o risco de ser tomado por louco.”

ELES NÃO SABEM O QUE FAZEM


Cristo foi crucificado pelos judeus;
Que não toleram os árabes;
Que não toleram os EUA;
Que não toleram os gays;
Que não toleram os cristãos;
Que não toleram os hereges;
Que não toleram o papa;
Que não tolera quem aborta;
Que não tolera a vida;
Que não tolera a morte;
Que não tolera a ressurreição de Cristo;
Que não tolera o pecado;
Que não tolera a santidade;
Que não tolera o ódio;
Que não tolera a paz;
Que não tolera o preconceito;
Que não tolera o amor;
Que não tolera a indiferença;
Que não tolera o Evangelho;
Que não tolera a mentira;
Que não tolera a Verdade que é Cristo;
Que perdoou os Judeus:
"Eles não sabem o que fazem".

AS ( DES ) NECESSIDADES DO CAMINHO


Ide. Eis que eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos. Não leveis bolsa, nem alforje, nem sandálias: E A NINGUÉM SAUDEIS PELO CAMINHO" Lc. 10:3-4.

Há alguns anos, Deus tem trabalhado minhas emoções. Eu sempre soube ter o coração pacato, simples, tranquilo, crédulo..., mas isso me parecia muito mais um defeito que uma qualidade, visto que a ingênua simplicidade sempre me punha (põe?) em situações constrangedoras. Deixa-me totalmente indefeso. (A simplicidade da pomba só é boa quando associada à astúcia da serpente...).

A Palavra de Deus nos diz que julgamos aos outros de acordo com o nosso próprio coração, e que a boca fala daquilo que o coração está cheio. No entanto, quando somos simples sem sermos prudentes corremos o risco de que ninguém acredite no que dizemos, ou de nossas palavras serem torcidas; ou de somos tachados de hipócritas, ou de loucos; de inconseqüentes, ou de prepotentes; de santarrões, ou de tolos...

Eu sabia que Deus não me queria dentro dessa visão truncada. Realmente Jesus me ordenou (imperativo, mesmo!) o IDE”..., bem assim me orientou a não jogar pérolas aos porcos...”. Lembrei-me, então, da Palavra que diz: “a ninguém saudeis pelo caminho” e de que, muitas vezes, gastamos nosso tempo e, principalmente, nossas emoções com situações periféricas que se encontram estacionadas na beira do Caminho. Entendi que quando estabelecemos um alvo, ou quando somos levados pelo Senhor a fazer uma obra, Ele abre o caminho que devemos trilhar. A nós cabe-nos desvencilhar dos pesos e não nos atrasarmos por causa de “saudações”. Não podemos parar para ouvir pessoas que não têm compromisso com o Caminho.

Há coisas que não são importantes para o Reino do Senhor, as quais nos desgastam e nos consomem e nos exaurem. São responsáveis por nos tirar do foco e fazer com que percamos a visão e o fogo da obediência ao mandado do Senhor.

Lembro-me, aqui, do Salmo 1º que, ao listar as bem-aventuranças dos que têm prazer na Lei do Senhor, mostra-nos também suas antíteses: se andarmos segundo o conselho do ímpio (darmos atenção), logo nós nos deteremos no caminho deles (dispensarmos tempo e diálogo) e, então, nos assentaremos com eles, os escarnecedores (participarmos de sua mesa)...

O “Opositor” sempre estará investindo em tirar nossos olhos do plano de Deus para as nossas vidas, com pessoas e situações que aparentam necessitar de nossa atenção quando, na verdade, o Senhor da Seara diz que não devemos nos desviar nem para a direita nem para a esquerda.

Quantos relacionamentos, quantas horas perdidas, quantas coisas supérfluas, quantas bugigangas, que peso (!) arrastamos atrás de nós, enquanto caminhamos para fazer a vontade do Senhor: o ide.

Nestes últimos dias, o Senhor tem trabalhado sobrenatural, profunda e proficuamente em meu coração sobre a necessidade urgente de me libertar de mim mesmo. Quando caio na autocomiseração; quando giro em torno do meu próprio umbigo; quando brigo para que minha vontade prevaleça, perco tempo com “minhas periferias” em detrimento da implantação do Reino de Deus na face da terra, a começar pela minha vida. São tantas as picuinhas que temos que abrir mão! Todas elas dependem de renunciarmo-nos a nós mesmos e ao nosso orgulho e nos submetermos incondicionalmente à vontade dEle.

Hoje, sei que Ele vive em mim. Que delicia! Que libertação! Que glória! O Senhor vive! Ele é responsável pelo meu (dEle) sucesso ou (meu/dEle) aparente fracasso. A mim cabe obedecer e adorar. E... caminhar. Ir.

Minha oração é para que o Espírito Santo de Deus nos abençoe com perseverança e visão para que não nos cansemos nem nos desviemos do Alvo maior, a fim de que, como o apóstolo Paulo, possamos dizer: “...quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Fil. 3:13-14”. Amém.

Sarça

No deserto
um espinheiro
solitário,
calado
observa os viajantes

tem trabalho, o espinheiro
tem um tempo, o espinheiro...
tem seu Deus, o espinheiro...

passam uns pelo deserto
ficam outros no espinheiro
sofrem uns pelo deserto
ri de outros, o espinheiro

face-a-face com seu Deus
a Sarça arde
queima.
no Poder, inflama.
e ama!
e... profetiza a Israel!

ECOS DA ETERNIDADE


Hoje, enquanto olhava as pessoas passarem na rua pela janela, pensei em como será o momento em que eu me encontrar com o próprio Deus para ser julgado por ele.

Visualizei mentalmente a alma do maior cético que o planeta terra já teve amargando todo o seu orgulho e prepotência. Sentindo um desejo agoniantemente intenso de ter louvado a Deus como um desesperado e gritado aos quatro cantos do mundo à respeito de Sua existência e poder enquanto ainda tinha um corpo e vivia na terra.

Ao lado dele, a alma de um sujeito que viveu uma religião morna o suficiente para levá-lo ao inferno estava gemendo e amaldiçoando o seu farisaísmo oculto, sua hipocrisia e derramando lágrimas de sangue em cima de suas máscaras.

Naquele dia eu estarei nu. As desculpas que formulei para mim mesmo serão ignoradas e apenas aquilo que for verdadeiro permanecerá. As barreiras humanas serão rompidas e poderei entender plenamente como o mundo espiritual funciona. Quem eu realmente me tornei estará exposto e as decisões que tomei enquanto ainda podia ver as pessoas pela minha janela ecoarão por toda a eternidade.

HERANÇA MALDITA.


"Uma enfermidade genética pode alcançar somente uma fração da humanidade, mas a marca do pecado tem se transmitido desde nossos primeiros pais a toda humanidade; trata-se de um mal incurável e universal. Todos somos pecadores qualquer que seja nossa etnia" (Autor não mencionado - Devocional Boa Semente)

Quanto ao pensamento acima, a Palavra de Deus o confirma. Melhor dizendo, ele foi escrito com base nas Escrituras: "Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Romanos 3. 23).

Tornou-se conhecida entre nós a expressão "herança maldita", atribuindo-se a alguém, que veio antes, tudo o que dá ou está errado. Mas não vamos tratar de política, essa não é a nossa praia.

Podemos até aceitar que essa expressão foi cunhada no Éden: Adão disse “não fui eu” foi a mulher que Tu me deste; e Eva, por sua vez, também disse “não fui eu”, foi a serpente; e até hoje continua esse costume de transferência de responsabilidades!...

A Palavra de Deus nos afirma, através de Paulo, que "todos pecaram e carecem ["estão destituídos", em outra versão] da glória de Deus" (Romanos 3. 23)

Também no Velho Testamento, Deus já nos dizia isso: "Todos se extraviaram e juntamente se corromperam: não há quem faça o bem, não há nem um sequer" (Salmo 14. 3).

De fato, essa é uma "herança maldita", um pecou e transformados fomos todos, sem exceção, em pecadores: "Portanto, assim como por um só homem [Adão] entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens porque todos pecaram" (Romanos 5. 12).

Não podemos, conforme nossos próprios méritos, alcançar a salvação, por isso a Palavra de Deus nos diz "que destituídos estamos todos da glória de Deus" (texto já citado).

Mas Jesus, ao dar a sua vida por nós, levou sobre si os nossos pecados, as nossas dores e enfermidades, os quais são a nossa “herança maldita”, conforme claro está na Palavra que Deus nos fala, através do profeta Isaias (capítulo 53), já comentada em artigo anterior. (*)

Mas o sacrifício de Jesus, em nosso favor, não implica em dizer que a salvação se tornou automática para toda a humanidade.

A Bíblia é muito clara, em todo o seu contexto, que há a necessidade de nos apropriarmos da Graça [preveniente, conforme acertadamente disse John Wesley] para alcançarmos a salvação.

Um dos textos mais claros sobre isso, diz: "Mas, a todos quantos o receberam [no coração], deu-lhes o poder de SEREM FEITOS FILHOS DE DEUS (o destaque é nosso); a saber aos que creem em seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus" (João 1. 12-13).

Então, a Escritura sagrada deixa claro para nós, que por um só homem, Adão, entrou o pecado no mundo; mas por um só homem, Jesus, entrou a salvação, conforme Romanos 5. 17: "Se pela ofensa de um, e por meio de um só, reinou a morte, muito mais os que recebem a abundância da graça e o dom da Justiça, reinarão em vida por meio de um só, a saber, Jesus Cristo".

Sim, no reino espiritual, há uma "herança maldita" [o pecado], que nos veio do nosso primeiro pai, Adão, mas da qual fomos livres por meio da Graça de Deus, mediante a fé em Jesus Cristo, graça essa derramada sobre todos pelo sacrifício do Senhor Jesus na cruz do Calvário, em nosso lugar, e cuja obtenção depende individualmente de cada um de nós, ao aceitarmos ou não o senhorio de Cristo sobre as nossas vidas.

terça-feira, 14 de abril de 2009

O CANTO DAS SEREIAS


As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem." João 10:27
"Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor." Rom. 6:23

Vivemos, hoje, o tempo das informações. Mal recebemos uma e outra já lhe sobrepujou e mais uma lhe passou à frente. Ainda estamos digerindo um ensinamento, compreendendo uma filosofia que nos foram apresentados, e somos obrigados a voltar os olhos e ouvidos para a "bola da vez". Ao menos a minha geração (dos cinquentões) tem dificuldade da acompanhar a velocidade com que as coisas se nos apresentam. E a Igreja de Jesus Cristo, da qual faço parte, não passa incólume a esse processo furioso de excesso de informações.

De todos os lados nos vêm vozes, propostas, que nos chamam ora para a “unção do jejum”, ora para o prazer da glutonaria; ora para o autoflagelo, ora para o hedonismo absoluto. Somos empurrados para o mundo, para vivermos o que o mundo oferece, sob pena de sermos considerados alienados. Somos intimidados a nos fechar no “mundinho” denominacional, sob pena de sermos considerados pervertidos, coniventes com o pecado e, até mesmo, desviados.

De repente, lembro-me do “canto das sereias”. Vale recordar que Sereia é nome grego que representa um ser mitológico, parte mulher e parte peixe. Eram lindas e cantavam com tanta doçura que atraíam os tripulantes dos navios... e afundavam os navios. Matavam a todos que seguiam sua voz... seu canto. Odisseu, personagem da Odisséia de Homero, conseguiu salvar-se porque colocou cera nos ouvidos dos seus marinheiros e amarrou-se ao mastro de seu navio, para poder ouvi-las sem poder aproximar-se.

Fazendo uma metáfora à realidade que vivemos, hoje, compreendo que, antes de conhecermos a Jesus, éramos marinheiros (velhos marinheiros), que comandavam os próprios barcos. Acostumados com o mar, arrecifes, tempestades, ciclones... inúmeros perigos... e nós cada vez mais, amedrontados. Porém, havia algo que nos deixava aterrorizados: o canto das sereias. Lindo, mavioso, hipnótico, sedutor, cujo fim era a morte. Tantas histórias de amigos que sucumbiram e morreram! Familiares que não resistiram e afundaram!

Incontáveis vezes, tentamos não ouvi-lo. Como Odisseu, tapamos os ouvidos; mudamos rota; contratamos músicos para tocar em nosso barco, sempre que tínhamos que partir... Mas as sereias continuavam, lá, cantando e nos levando para precipícios cada vez mais profundos... Dentro de nós apenas a ilusão provocada pela música e pela hipnose...

Agora, salvos em Jesus, deixamos o comando do barco em Suas mãos... Estamos seguros. Em Sua presença o mar se acalma, o destino é traçado por caminhos que nos levam ao porto... E, se aparecem arrecifes, tempestades, ciclones, piratas, sabemos que Ele comanda. NEle somos fortes... Será que conseguimos, mesmo, nos libertar, absolutamente, do canto das sereias?

Sim. Em Jesus Cristo somos livres. Entretanto, existe dentro de nós, ainda hoje, porque é dentro de nós que procedem as tentações; de nossas brechas que vazam nossas fraquezas, bem, existe em nós, o ECO do canto mavioso e mortal das sereias. De vez em quanto, ouvimos aquela voz que nos convida a tirarmos os olhos do comandante do barco, para olharmos atrás, onde cantam as sereias.

Estas, provavelmente, nos seguirão por toda a vida, disfarçadas de necessidades de “alucinações”, “viagens”, “sexo”, “amor”, “afeto”, “poder”, “reconhecimento”, “orgulho”, “falta de amor”, entre outras.

Apenas um DETALHE nos separa para sempre destas vozes: A VOZ DE JESUS ! Depois de selados pelo seu Santo Espírito, somos Um com Ele. Assim como Ele e o Pai são Um. Ouvimos sua voz mansa e suave e, guiados pelo Espírito, nós O seguimos! Glória e Honra a Ele eternamente que nos livrou do poder do pecado e da morte, para sempre. Porque, ovelhas do seu aprisco, seguimos a voz do Bom Pastor e Ele nos guarda de todo o mal.

“ A VOZ DO SENHOR SEPARA A LABAREDA DO FOGO”

Ouço Tua voz, Senhor!
Espanta-me que o homem, criatura Tua,
que formaste do barro, ouça Tua voz!
Como pode Tua voz, que separa a labareda do fogo,
que fervilha de estrelas, que sustém o universo,
que explode em trovões, que cria coisas novas
e renovas e remoças a face da terra;
como pode Tua voz falar ao coração do homem?
Ouço Tua voz, Senhor!
A mesma voz que me deu fôlego de vida,
a mesma voz que me fará voltar ao pó,
por vezes soa calma, como a brisa mansa
tocando as areias da praia.
Por vezes ecoa forte como tornados
e tufões que varrem os mares.
Noutras, é alma que clama por salvação...
Tua voz, Senhor, eu a ouço!
Escuto-Te, nas ruas, nos mercados,
shoppings, escolas, avenidas, nos parques,
no verde, nos lares, nos filhos...
Sim, Senhor, e no silêncio Tua voz também se faz presente!
Tua Voz, Senhor é canção para os meus ouvidos,
segurança para os meus dias, vitória em minhas lutas
e paz para minha alma

ALÉM DA OBEDIÊNCIA : A REBELDIA PASCOAL


Se você já se questionou sobre o que o futuro lhe reserva terá uma leve ideia da angústia que se abateu na alma daquele palestino às vésperas do domingo de páscoa.

"A Paixão de Cristo", o filme premiado de Mel Gibson, inicia-se naquele momento crucial, onde a vontade do Filho se dobra definitivamente à vontade do Pai, no Getsêmani, quando a angústia atinge seu ponto mais fundo e o suor de Jesus se converte em sangue.

O autor da epístola aos Hebreus expõe esse episódio de forma paradoxal: Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu (Hb 5:8). Por que o "ainda" ou o "embora"? Não deveria estar ali um “porque” ou “pois”? Não são justamente os filhos que aprendem a obedecer?

Obediência... Palavra cultivada nos quartéis ou pátios escolares, nas salas e nos escritórios, nos chãos de fábricas ou nos campos agrícolas. “Manda quem pode, obedece quem tem juízo”, diz a sabedoria popular. A definição mais simples e precisa do termo encontra-se no Aurélio: Submissão à vontade de alguém. O Filho se submete à vontade do Pai.

Mas obediência significa desobediência. Para obedecer ao Pai, o Filho teve que desobedecer outras autoridades. Por isso mesmo foi penalizado.

Não é de se estranhar que Satanás ao tentar o Mestre no deserto lhe impõe ordens: Transforme! Se atire! Adore-me!

O cientista Stanley Milgram(1) deixou claro em seu famoso experimento os perigos da obediência cega. A sétima arte nos mostra essa verdade várias vezes, das quais a preferida minha é o filme “Uma questão de Honra”, onde Tom Cruise e Demi Moore fazem o papel de advogados da Marinha Americana que desmascaram um general autoritário encenado por Jack Nicholson, que por abuso de poder causa a morte de um oficial inocente. Também as páginas da história nos trazem períodos negros como o nazismo que se sustentava no senso de responsabilidade e obediência cega às autoridades.

É mais do que comum pensar-se que temos um Deus que exige de nós, suas criaturas, obediência incondicional. Afinal não seria esse, o tropeço inicial de Adão e Eva? Não teria Deus testado nosso pai na fé, Abraão, justamente nesse quesito, ao pedir-lhe seu único filho, Isaac? Não. Deus nunca solicitou isso de suas criaturas.

Se não fosse por sua rebeldia Jesus jamais seria crucificado. Teria levado uma vida fácil, teria gozado de prestígio e poder. E nós estaríamos condenados eternamente. Mas Jesus desobedeceu. Ele não satisfez os caprichos da legislação romana e nem do legalismo judeu. E muito mais do que isso, Ele foi além da obediência à lei Mosaica.

Fomos ensinados, ou no mínimo acostumados, a pensar que Deus tinha um plano estabelecido e detalhado para seu Filho que culminaria com sua crucificação. Pensamos que Jesus ciente deste futuro tenebroso fazia os movimentos precisos de forma a se encaixar perfeitamente nesse plano. Tudo regado com muito jejum, muita oração e muita espiritualidade. O fato, porém, é que se nossa teologia diz isso, ela deveria afirmar também que Deus tinha um robô espiritual e não um Filho de carne e osso.

Não estou negando com isso que Deus tivesse um plano, ou que houvesse um futuro predeterminado. Não. Obviamente havia pontos fixos, tais como a traição de um amigo, a crucificação entre bandidos, o sorteio das vestes ou a sepultura de um rico. Tais fatos, porém se apresentavam como profecias que se cumpriam para nos sinalizar a identidade do Messias e não como alvos a serem atingidos ou compromisso agendados dos quais Jesus não pudesse fugir.

O fato que tentamos evitar, mas que temos que encarar de frente é que a obediência que Deus requereu do Cristo, Ele requer de nós também. E não se deu através de provinhas do tipo faça ou não faça, mas sim em questões mais amplas de caráter, do tipo humildade, mansidão, misericórdia e perdão para com indivíduos caídos. Essa é a obediência, que o levou à cruz, da qual Paulo fala, “pela obediência de um muitos serão feitos justos”.

Mais do que um plano maravilhoso para sua vida, o que a Páscoa nos mostra, é que Deus, através de você está ainda a planejar uma nova história de vida marcada pela graça e pela justiça conquistados há mais de 2000 anos por um simples carpinteiro que amou até as últimas conseqüências, de tal forma, que nem a morte conseguiu segurá-lo.

JULGAMENTO COM JUSTIÇA


Seja pela morte ou pela volta de Cristo, quer sejamos novos ou velhos, cada um de nós vive a poucos instantes de estar face a face com o nosso Senhor." (Jeral Willians)

"Folgue o campo e tudo o que nele há; regozijem-se todas as árvores do bosque, na presença do Senhor, porque vem, vem julgar a terra; julgará o mundo com justiça, e os povos, consoante a sua fidelidade." (Salmo 96. 12-13)

A palavra "justiça", às vezes, é interpretada como punição, condenação, castigo, mas na verdade ela tem uma conotação mais ampla.

"Justiça é a vontade constante de dar a cada um o que é seu", é a definição do Direito Romano.

Estamos vivendo momentos nos quais muito se está falando de justiça, tendo em vista não só o assassinato de uma menina, Isabella (abril/maio de 2008), como, também, a absolvição, em segundo júri, do suposto mandante da morte da Irmã Dorothy, ocorrência da mesma época.

No primeiro julgamento ele foi condenado a 30 anos, pois entenderam os jurados que ele tivera participação no crime.

Agora, tendo em vista a mudança de depoimento de uma das testemunhas, também envolvida, o tribunal do Júri entendeu e sentenciou que ele é inocente, absolvendo-o (Em data de ontem, 07.04.09, o Tribunal de Justiça revogou a referida absolvição).

Então, repetindo o conceito romano, “justiça é dar a cada um o que é seu”.

Jesus conta uma parábola, denominada "Parábola dos talentos", em que um senhor, antes de viajar, entregou a um dos seus servos cinco talentos, a outro dois, e a um terceiro apenas um talento.

Quando retornou, o primeiro devolveu-lhe dez, pois produzira mais cinco com os cinco que recebera; o segundo entregou-lhe quatro, pois produzira mais dois com os dois que havia recebido; e o terceiro devolveu-lhe um, o mesmo que recebera, que enterrara para evitar que acontecesse, quem sabe, um furto do mesmo.

O que fez aquele senhor?

- Deu ao primeiro o que era devido, premiou-o, ou seja, fez justiça.

- Deu ao segundo o que lhe era devido, premiou-o, fazendo justiça também a este.

- Mas ao terceiro chamou-o de servo infiel, e tirou-lhe até o talento que estava em seu poder, dando-o ao que produzira mais.

Temos aí um caso muito claro do que é "Justiça", pois cada um recebeu o que era seu, o que lhe era de direito. Houve premiações, assim como, também houve punição.

Os servos fieis receberam a honra de seu senhor, e o infiel castigado foi.

O Senhor Jesus veio ao mundo, em seu nascimento, para salvar o que se havia perdido [o pecador], e, entre outros versículos que nos dão a certeza disto, o mais expressivo é:

"Porque Deus amou ao mundo de tal maneira, que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (João 3. 16).

No entanto, todo o contexto bíblico mostra que Jesus virá novamente, e até Ele próprio deixou isso claro, que haverá uma segunda vinda.

E o contexto bíblico diz que Ele virá segunda vez para julgamento, após o que estabelecerá o Seu Reino de Justiça.

Já nos referimos, nesta semana (*), ao texto em que Ele mesmo diz que "quando vier o filho do homem (...) separará todos, uns à direita e outros à esquerda, premiando uns e punindo outros" conforme o bem que tiverem feito "aos meus pequeninos irmãos" (os judeus que sofreram na grande tribulação).

Esse julgamento não se refere, conforme já dissemos em outro artigo (*), aos que O aceitaram como Senhor e Salvador, aos que a Ele se converteram antes do arrebatamento, pois já foram salvos quando de sua conversão, não sendo mais passíveis de julgamento "para salvação".

Entre outros textos, Romanos 8. 1 deixa-nos a convicção disso: "Agora, pois já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus".

Esse julgamento, conforme já deixamos claro em comentário anterior (*), será para aqueles que sobreviveram à tribulação.

Os que se converteram durante a tribulação, e fizeram o bem aos Seus pequeninos irmãos, adentrarão ao Reino, e os que não fizeram ficarão de fora, serão condenados.

É a esse julgamento que o salmo profético, acima citado, se refere ao dizer que Ele virá para julgar o mundo com justiça, e os povos consoante a sua fidelidade.

Está garantido, aos convertidos ao Senhor Jesus que, quer seja pela morte, quer seja pela volta de Jesus [arrebatamento que precede a tribulação], sejamos velhos ou novos, que cada um vive a poucos instantes de estar face a face com o Senhor Jesus, conforme afirma Jeral Williams, autor do pensamento acima mencionado.

Justifica-se aí a nossa obrigação de levar a Palavra de Deus àqueles que ainda não o conhecem, para, NUMA ATITUDE DE AMOR, propiciar-lhes a oportunidade de aceitarem a Salvação.

O SACO DE PIPOCAS


Marcelo caminhava de mãos dadas com seu pai pelo calçadão da praia, numa tarde de domingo, quando avistou uma carrocinha de pipoca.

__Pai! Olha! Pipoca! Compra pra mim? Pediu Marcelo ao seu pai, sem tirar os olhos do pipoqueiro, um homem gordo, de bochechas rosadas, que batia um saquinho na borda da carroça para acomodar as pipocas.

Seu pai que estava sem dinheiro, respondeu ao menino:
__ Olha filho, lá em casa tem milho de pipoca, mamãe comprou no mercado. Quando agente chegar em casa papai faz pra você, ta bom?

__ Não! Compra pra mim, insistiu o menino.

__ Mas filho, não é a mesma coisa? Lá em casa agente faz uma pipoca mais gostosa ainda, ta legal? retrucou seu pai.

__ Há! Pai! Lá em casa não tem saquinho, argumentou o menino, com aquele sorriso doce e sedutor que só as crianças possuem.

A questão não era mais a pipoca, não era mais a falta de dinheiro. O ponto central da questão era agora o saco, o saquinho da pipoca.

__Já sei! Marcelo. Vamos fazer uma coisa. Vamos para casa fazer pipoca, e fazer um saquinho pra gente colocar a pipoca. Acho que agente consegue fazer um saco igual ao do pipoqueiro. O que você acha? Será que a gente consegue? Perguntou seu pai.

--Posso ajudar pai? Posso ajudar a fazer o saquinho da pipoca? Pediu o menino com um sorriso nos lábios, acelerando os passos e apertando com ansiedade a mão do pai.

__Olha meu filho, eu é que vou ajudar. Você é que vai fazer o saquinho, eu vou ser seu ajudante. Certo?

__Vamos logo pai! Corre! Exclamou o menino, com os olhos cheios de alegria.

Uma situação que poderia ter gerado sentimentos desconfortáveis, com a benção de Deus se constituiu em fonte de harmonia, integração, paz e crescimento.

Anda logo elevador! Enfim, chegam em casa. Papel, lápis, tesoura, régua, cola e muita vontade de ver o saco pronto.

Mãos à obra. Risca aqui, dobra ali, passa o tempo, passa cola, cuidado! caiu muito, lambuza a mesa, lambuza a mão, lambuza a bochecha, picota em cima, aperta aqui, aperta ali, deixa secar e... Prooonnto!!!

O saco mais bonito do mundo. Um saco enorme, inesquecível. Cheio de amor, cheio de ternura, cheio de carinho, e... a pipoca pulando na panela.

Estoura uma, estouram duas, três, estouram um monte, sem parar, um barulhão tremendo, uma festa no coração de Marcelo.

Cadê o saco? Bota pipoca, bate o saco, bota pipoca, bate o saco, igual ao pipoqueiro.

O saco transbordando de pipoca, a casa transbordando de alegria. Que lindo e abençoado dia!

POR UM PRATO DE LENTILHAS.


Como alguém, em sã consciência, pode, em troca de nada, desprezar algo tão valioso que garantia o seu futuro e o futuro de sua descendência? Por que trocar o permanente pelo transitório, o durável pelo instável, o grande pelo pequeno? Como pode alguém abrir mão de um valor imensurável por algo tão mesquinho, sem valor permanente algum?

Estou falando de Esaú, o filho primogênito do Patriarca Isaque. Isaque é o segundo personagem dessa história que Deus iniciou com o seu ancestral Abraão. Não é uma história qualquer, escrita para um momento, como a notícia corriqueira de um jornal diário; nem uma história fictícia de personagens míticos que ficaram esquecidos na poeira do tempo. Era uma história para o passado, presente e futuro; portanto, para todas as gerações. E naquele contexto histórico, que tem Deus como seu autor, Esaú, como filho primogênito, era o legítimo guardião do futuro glorioso de seu povo. Ele era, por direito, o detentor da bênção patriarcal, uma bênção solene da família que era dada nas despedidas (Gn 24.60; 28.1-5) ou quando a morte era iminente. Esta bênção poderia ser dada somente a uma pessoa e não podia ser alterada em hipótese alguma. As bênçãos patriarcais de Abraão, Isaque e Jacó tinham um grande significado espiritual porque Deus usou dos costumes sociais daqueles tempos para comunicar seus propósitos soberanos. Era a bênção do direito de primogenitura, a qual pertencia a Esaú.

Mas, o que temos no relato deste fato, a partir da atitude de Esaú, é algo muito triste e que provoca indignação. Num instante banal de vontade de comer (fome é um fenômeno que ocorre por volta do sétimo dia sem alimentação suficiente), ele simplesmente põe tudo a perder. Assim segue o diálogo com Jacó: “Dê-me um pouco desse ensopado vermelho aí. Estou faminto! Respondeu Jacó: Venda-me primeiro o deu direito de filho mais velho. Disse Esaú: Estou quase morrendo. De que me vale esse direito? (...) Assim Esaú desprezou o seu direito de filho mais velho” (Gn 25.29-34-NVI). A expressão “dê-me um pouco desse ensopado vermelho aí. Estou faminto!”, indica no hebraico aqui um pedido apressado e impulsivo de alguém que vive para o momento, para o aqui e agora. Alguém que revela um caráter medíocre, propenso para coisas de somenos importância. Esaú era um homem profano, um tempestuoso homem do campo que, com visão curta e consciência moral instável, gratificou seu apetite e desprezou a herança futura da família. O primogênito tinha o direito de ser o herdeiro principal das fortunas da família (Gn 27.33; Dt 21.17; 1Cr 5.1-2). Na família da aliança, esta fortuna incluía a essência da bênção abraâmica e terra (Gn 12.2-3,7). Seria ele uma espécie de representante legal de Deus na vida de seu clã; o protetor, o provedor da subsistência e garantia de vida de seu povo. Que privilégio! Mas Esaú preferiu jogar tudo no lixo por um prato de lentilhas.

O Esaú de ontem é também o Esaú de hoje. Paulo, argumentando sobre a fé e a justificação do patriarca Abraão no Antigo Testamento (Rm 4), exegeticamente afirma que “ele é o pai de todos os que crêem, sem terem sido circuncidados, a fim de que a justiça fosse creditada também a eles” (v.11b-NVI). Ou seja, por extensão, como crentes em Cristo Jesus, somos incluídos, pela fé, na descendência de Abraão e, por conseqüência, participantes da mesma bênção. E assim sendo, muitos “Esaús” estão negligenciando o privilégio presente e futuro de uma ‘bênção’ ainda maior: a bênção da salvação. Por interesses mesquinhos, pelo egoísmo exacerbado e pela total avareza, muitos crentes, com o caráter profano de Esaú, estão se lançando ao imediatismo, ao aqui e agora, quando em busca de uma saciedade momentânea, estão desprezando o valor imensurável da vida com Deus. Daí termos a seguinte advertência: “(...) Como escaparemos, se negligenciarmos tão grande salvação? Esta salvação, primeiramente anunciada pelo Senhor, foi-nos confirmada pelos que a ouviram. Deus também deu testemunho dela por meio de sinais, maravilhas, diversos milagres e dons do Espírito Santo distribuídos de acordo com a sua vontade” (Hb 2.3-4-NVI).

Isto é tão sério, que o autor de Hebreus, tratando da temática da salvação, assim nos comunica: “Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor. Cuidem que ninguém se exclua da graça de Deus; que nenhuma raiz de amargura brote e cause perturbação, contaminando muitos; que não haja nenhum imoral ou profano, como Esaú, que por uma única refeição vendeu os seus direitos de herança como filho mais velho. Como vocês sabem, posteriormente, quando quis herdar a bênção, foi rejeitado; e não teve como alterar a sua decisão, embora buscasse a bênção com lágrimas” (12.14-17-NVI).

Que nada, absolutamente nada, por maior que seja, por melhor que pareça, tome o lugar da bênção da salvação em nosso viver. Que o “prato de lentilhas”, por mais saboroso que seja, jamais, possa superar o prazer e a esperança da vida com Deus!

segunda-feira, 13 de abril de 2009

AJUSTANDO OS DESEJOS


Faz parte da vida humana estar, muitas vezes, sob a influência de fortes desejos. Tais estados de alma podem reforçar os grandes ideais, quando somam energias com os sonhos, que alimentam a nossa trajetória. Ter desejos é querer possuir; é predispor-se a gozar; é entregar-se a uma força que mal conseguimos manipular. Tem características de satisfação egoísta, embora persistam espaços para o altruísmo. Talvez a sã psicologia tenha descrições melhores a oferecer. O que aqui apresento reveste-se apenas de fenômenos observados pela razão, que chamamos de bom senso. Logo abaixo quero reconhecer que existem, sim, desejos construtivos. Mas comecemos pelos desejos que nos travam, e nos introduzem na parca produção, diante dos grandes deveres, de que estamos revestidos. Há desejos que nos puxam para baixo, e nos colocam em posição de correr atrás dos falsos valores. Vejamos, por exemplo, o desejo sexual que pode nos atormentar, em busca de amores impossíveis, e contrários à ética cristã. Mas não é só a sexualidade que pode nos colocar em estado improdutivo. Também o desejo irrefreável do dinheiro, a “cobiça dos olhos”. O mesmo se diga, com mais ênfase, sobre o desejo de prestígio a todo custo, da fama (muitas vezes não merecida), da perseguição contra pessoas que atrapalham. Jesus advertiu: “onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mt 6, 21).




Os desejos amorosos de um casal, em santa união, podem ser poderosas alavancas, para a concretização de sua vida familiar. Tais sentimentos se tornam convergentes. Lembro-me aqui também dessas almas privilegiadas, que envidam todos os esforços, nas obras sociais. Ou mesmo, daqueles que querem ocupar posições de realce na sociedade, para fazer o bem, e melhorar as condições do povo. Mas de forma alguma posso esquecer aquelas almas mais sublimes, como São Paulo, que se aproximam de Deus, e não dividem seus desejos com falsos ídolos. Tais pessoas são os “puros de coração” cujos desejos estão fixados no essencial. Esse é o ajustamento que todos devemos procurar. Jesus previu isso: “Eu, uma vez levantado (na cruz), atrairei todos a mim” (Jo 12, 32).

O PERNICIOSO RELATIVISMO



Quando o Papa fala aos católicos do mundo inteiro mesmo, quando ele se encontra em outros países, como recentemente na África, está a pregar a doutrina de Cristo, a mesma que se encontra no Evangelho. Muitos estão a condenar a linguagem do Chefe da Igreja alegando que os tempos são outros. Pensam que ele não poderia bater de frente com os costumes humanos. Estes, contudo, muitas vezes claramente vão contra o que está prescrito por Deus. O caso dos preservativos que mereceram a Bento XVI insultos nefandos, blasfemos, indignos na imprensa mundial, é típico. Existem o sexto e o nono mandamentos, sendo o sexo feito para o casamento. Então, de duas uma, ou há abstinência sexual ou se vive o matrimônio tal como Cristo o prescreveu, foi o que pregou Bento XVI. Qualquer teólogo que der razão à uma falsa ciência ou se acomoda à situação de pecado está, ele sim, fora do contexto bíblico. Ao invés de tornar ainda mais turbulento o mundo com as transgressões à Lei Eterna o que cumpre seja feito é espiritualizar esta terra e arrancar o ser humano do materialismo que campeia insuflado por uma mídia que faz o jogo das multinacionais do crime. O que se esquece facilmente é estar muitos a serviço do enriquecimento ilícito daqueles que se locupletam à custa das desgraças alheias. No que tange ao preservativo está provado e comprovado que não há tecido por demais compacto que não deixe passar o vírus da AIDS, além de que um péssimo material empregado muitas vezes facilita ainda mais a transmissão das doenças. O que está sendo olvidado é que há padrões de comportamento que independem da época, da cultura e da vontade seja de quem for. Não se trata de se negar a liberdade humana, mas todas as vezes que o livre arbítrio é empregado contra uma ordem universal estabelecida por Deus sempre, inexoravelmente, se dá a desordem e todas as desgraças caem sobre os que ousam se insurgir orgulhosamente contra a sabedoria divina. Na Bíblia está o código da conduta correta e que leva à imperturbabilidade, à serenidade, à verdadeira saúde do corpo e da alma. Há verdades absolutas, princípios imutáveis que o relativismo hodierno quer jogar por terra com os sofismas mais banais e irracionais. É o império da filosofia hedonista que conduz ao viver com o máximo de prazer possível e com um mínimo de esforço. O Maligno quer ser o soberano, mas Jesus preveniu e parecia estar falando com os falsos formadores de opinião: "Vós tendes como pai o demônio e quereis fazer os desejos de vosso pai. Ele era homicida desde o princípio e não permaneceu na verdade, porque a verdade não está nele. Quando diz a mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira" (Jo 8,44). É por isto que astuciosos são os alicerces do relativismo e seus adeptos sabem iludir as massas. Dão até a entender que o atual Papa é inflexível, bem diferente de João XXIII e João Paulo II. Jamais, porém, encontrarão nos dizeres destes pontífices que eles opõem a Bento XVI nenhuma palavra que justifique uma posição dúbia diante dos preceitos divinos. Tudo isto acontece porque o fundamento do relativismo é o materialismo ateu, mas a Bíblia é clara: "Disse o néscio no seu coração: não há Deus." (Sl 53,1). Os seguidores do relativismo pregam o individualismo e para eles, cada um é a medida de seus atos e, portanto, não são as normas ditadas por Deus o referencial da conduta humana. Por tudo isto o relativismo corrói os valores espirituais, mas sem uma moral cristã alicerçada na revelação divina só pode imperar a desgraça e os crimes que se multiplicam por toda parte. Hoje, mais do que nunca, cumpre viver o que Deus revelou e que se acha na Bíblia e não nas convenções dos homens. Não se deve olvidar o que ensinou o Apóstolo Tiago: "Toda boa dádiva e todo dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em que não há mudança, nem sombra de variações" (Tg 1,17). Mais do que nunca é preciso um senso crítico apurado para não se ir na onda dos profetas da mentira.



* Professor no Seminário de Mariana de 1967 a 2008.







Última Alteração: 14:18:00

Fonte: Cônego José Geraldo Vidigal
Local:Mariana(MG)

PEREGRINAÇÃO NACIONAL EM FAVOR DA FAMILIA


“Família Discípula e Missionária a Serviço da Vida”. Com este tema Aparecida (SP) vai sediar a Peregrinação Nacional em Favor da Família no próximo dia 24 de maio. A cidade foi escolhida por ser sede mariana da padroeira e pela sua importância religiosa para o Brasil.



Para a Pastoral Familiar, o evento será uma ocasião para o povo brasileiro demonstrar “que é na família que se dá e se recebe ternura, carinho, apreço, segurança e generosidade”.



Trata-se de uma forma de fazer com que os interesses da família e da vida possam marcar presença nas políticas públicas gestadas em nosso país.



A mobilização nacional pretende reunir famílias de todo o país, a partir da Pastoral Familiar, dos movimentos eclesiais, serviços e institutos de família para animar o encontro. Comunidades de todo o Brasil já começaram a organizar suas caravanas.



A programação vai começar no sábado, 23 de maio, com o momento de catequese, testemunho e apresentação musical, com Antônio Cardoso. Depois, haverá a oração do terço meditado e a Missa na Basílica Nacional, e, em seguida procissão, luminosa.



No domingo, 24, os participantes se reunirão para a “Grande Concentração em Favor da Família”. Às 8h terá lugar a celebração eucarística na Basílica. As 9h30 na tribuna Dom Aloísio Lorscheider, acontecerá o show da família em favor da vida, com testemunhos familiares e apresentações musicais animadas pelo padre Reginaldo Manzotti. As TVs católicas transmitirão o evento.





ORAÇÃO PARA A PEREGRINAÇÃO




Abençoai, Pai Santo, por vosso Filho amado e o Espírito Consolador,



a Peregrinação Nacional em Favor da Família ao Santuário de Aparecida.



Maria, Mãe da Igreja, ajudai-nos a ser fiéis defensores da família,



ninho do amor, berço da vida e de vocações, igreja doméstica e tesouro dos povos.



São José, guardai nossas famílias no amor, na alegria, na paz e na missão,



para que toda a humanidade seja uma grande família e o mundo uma casa de irmãos.



Sagrada Família, Rogai por nós.



Amém.







Informações:
Célia e Wanderley Pinto



Comissão Organizadora da Peregrinação



Coordenação Regional Sul 1 da Pastoral Familiar



Comissão Nacional da Pastoral Familiar - CNBB



fone (11) 2408-6408 - wanderleypinto@uol.com.br








Última Alteração: 14:08:00

Fonte: Comissão Organizadora da Peregrinação
Local:Aparecida(SP) Inserida por: Administrador

ABERTA AS INSCRIÇÕES.......


Estão abertas as inscrições até o dia 30 de maio para os prêmios de comunicação organizados pela CNBB:Prêmio Margarida de Prata de cinema; Prêmio de Clara Assis para a televisão;prêmio Dom Helder Câmara de Imprensa; e prêmio Microfone de Prata para o rádio.

O evento tem o objetivo de premiar produções nacionais que se destacaram nas diferentes áreas da comunicação.O prêmio mais antigo, criado em 1967, é o Margarida de Prata que privilegia os filmes brasileiros.



A apresentação de valores humanos, éticos e espirituais são alguns dos aspectos que serão avaliados pelos jurados.




Os vencedores receberão os troféus no dia 14 de julho em Porto Alegre-RS durante o mutirão de comunicação da América Latina e do Caribe.Para concorrer além de preencher a ficha de inscrição os interessados devem enviar material anexo de acordo com o prêmio a que concorrerão;a relação dos matérias necessários assim como o endereço para envio estão disponíveis no site da CNBB: www.cnbb.org.br







Última Alteração: 11:11:00

Fonte: CNBB
Local:Porto Alegre(RS) Inserida por: Administrador

MUSICA CATÓLICA TERA PRIMEIRO PREMIO.........


Troféu Louvemos o Senhor será entregue aos melhores músicos e compositores
com transmissão ao vivo pela TV Século 21



O Troféu “Louvemos o Senhor”, primeiro prêmio nacional da música católica, é uma iniciativa da TV Século 21, uma das maiores emissoras de televisão católica do país, que em 2009 celebra 10 anos, levando informação, entretenimento e evangelização para todo o Brasil.



A festa de entrega está marcada para o dia 13 de maio, às 20 horas, em um grande evento no auditório da tevê, na cidade de Valinhos, região de Campinas. “Nós da Associação do Senhor Jesus e da TV Século 21 acompanhamos a história da música católica no Brasil há mais de 30 anos e por isso resolvemos criar algo para que todos os músicos pudessem festejar a unidade na diversidade. Reconhecer cantores que estão na estrada e tem se despontado na mídia, os músicos e a cultura de uma igreja vibrante que transforma e evangeliza também com canções”, explica Ricardo Mari, idealizador do prêmio.



O projeto movimentou o mercado da música, agitou as gravadoras e também as agências de cantores, gerando grande expectativa desde a etapa das inscrições, que já estão encerradas e foram válidas apenas para trabalhos já com registro em cd.



A produção musical da igreja católica é pujante e atinge seguidos recordes de vendas, mostrando força e qualidade junto a um público cada vez mais amplo. Padres como Marcelo Rossi, Fabio de Melo e Antonio Maria, além de bandas e cantores consagrados não pertencentes ao clérigo, são alguns exemplos de artistas que dão a cara da música católica brasileira. A partir deste ano, eles serão premiados em uma noite de gala. “O Troféu Louvemos o Senhor, além de ser um novo momento para todos nós, será um reconhecimento ao valor dos trabalhos já apresentados, e o que é melhor: todos juntos em unidade cantando a uma só voz os louvores ao nosso Deus”, afirma Pe. André Lourenço, diretor geral da TV Século 21.



Para entender o Troféu Louvemos o Senhor



O Troféu Louvemos o Senhor fará a premiação em dezessete categorias, sendo que treze são votadas por jurados (profissionais da área musical) e as outras quatro categorias terão voto popular que já estão abertas desde o dia 16 de março e serão encerradas no dia 30 de abril.



Categorias:



- Voto Popular



Música do Ano
Música para Santa Missa
Cantor do Ano
Cantora do Ano



- Voto comissão de jurados

Banda
Interprete Feminino
Interprete Masculino
Revelação Feminina
Revelação Masculina
Destaque 2008
Melhor Álbum Alternativo
Melhor Álbum Rock
Melhor Álbum Pop
Cd Independente
Melhor compositor
Grupo vocal
Melhor coletânea



Para participar da votação acesse o site: www.tvseculo21.org.br/trofeulouvemos

Festa de Premiação: 13 de maio, às 20 horas – com transmissão pela TV Século 21


Última Alteração: 10:22:00

Fonte: Imprenssa
Local:Valinhos (Campinas)

NOTICIAS DE FATIMA


A partir do Domingo de Páscoa, todos os dias do ano, a Capela do Santíssimo Sacramento, na zona subterrânea da Igreja da Santíssima Trindade, no Santuário de Fátima, passa a estar aberta ininterruptamente, ou seja, as 24 horas do dia, para adoração à Santíssima Eucaristia.



Para tornar mais visível a ligação entre a Eucaristia que adoramos e a Eucaristia que celebramos, haverá, semanalmente, a celebração da Missa, na Capela do Santíssimo Sacramento. Será à Quinta-feira, dia da instituição da Eucaristia, às 18:30, seguida da renovação do Santíssimo e de um momento de adoração comunitária.



Para este alargamento do tempo de adoração, o Santuário de Fátima continua a contar com a importante colaboração dos grupos voluntários já existentes e acolherá outros que poderão vir a constituir-se nas paróquias ou no âmbito dos movimentos de espiritualidade. Agradece também aos muitos leigos que, individualmente, querem, ou pretendem começar, a dar algumas horas do seu dia ou da sua noite ao Senhor.



Durante o período diurno, a adoração ao Santíssimo Sacramento é assegurada pelas Irmãs Reparadoras de Nossa Senhora das Dores de Fátima, congregação instituída pelo Cónego Manuel Nunes Formigão precisamente em resposta aos pedidos de reparação feitos por Nossa Senhora e pelo Anjo aos Pastorinhos.



Nas palavras do Reitor do Santuário de Fátima, Padre Virgílio Antunes, que confia a iniciativa a Nossa Senhora e aos Beatos Francisco e Jacinta Marto, este alargamento advém do renascimento do interesse e devoção pela adoração perpétua, no chamado Lausperene ou louvor contínuo. “Esperamos que o tempo de adoração no Santuário de Fátima constitua ocasião para grande renovação da fé cristã que professamos e que vivemos”, afirma.



Em artigo que integrará a edição de 13 de Abril do jornal oficial do Santuário, o Padre Carlos Cabecinhas, sacerdote da Diocese de Leiria-Fátima, reflete sobre o relevo da dimensão eucarística na Igreja e na mensagem de Fátima.



“A mensagem de Fátima tem uma dimensão profundamente eucarística. Se as aparições do Anjo, em 1916, foram o «prelúdio eucarístico» da mensagem de Fátima, a aparição de Tuy em 1929, constitui o seu «epílogo eucarístico»: «As aparições do Anjo e a última aparição em Tuy constituem, respectivamente, o pórtico de entrada e a chave de abóbada, à luz das quais deve ser enquadrada e perspectivada toda a mensagem» (D. António Marto). A esta luz, as atitudes de adoração e reparação aparecem-nos como as mais típicas de uma espiritualidade eucarística da mensagem de Fátima, como testemunhou sobretudo o pequeno Francisco, com o seu amor e devoção a “Jesus Escondido”. Assim se compreende que a adoração eucarística tenha tido, desde início, um lugar de enorme relevo na vida do Santuário”, escreveu o Padre Carlos Cabecinhas no artigo que será publicado na “Voz da Fátima” de Abril.


Última Alteração: 09:05:00

Fonte: Agência Ecclesia
Local:Leiria (Fátima)