FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

OS CAMINHOS DA DRODA.


Muitas são as teorias que tentam explicar as causas que levam alguém a fazer uso de drogas.


O importante mesmo é achar a saída deste falso amigo que no objetivo de nos iludir, nos tirar a sanidade e a possibilidade de livre escolha.

A droga vicia, anestesia,... aliena a pessoa não só de si mesma como de tudo e de todos.
Tanto as drogas mais pesadas, quanto as menos pesadas, mas que também causam dependências que transtornam nossas vidas, como o comer desordenado, as dependências afetivas e as compulsões sexuais, parecem parte da vida das pessoas que anseiam por um atalho para a felicidade.
Na verdade esta felicidade é quase sempre sinônimo de prazer.
Um outro ponto a ser ressaltado é a baixa tolerância à frustração.
A vida não é algo fácil para ninguém, dada a nossa natureza apegada, possessiva e egoística.
Somos de carne e osso e sentimos maior ou menor dificuldade em lidar bem com a vida e alcançar uma felicidade que seja mais do que um prazer superficial alcançável.
Cada um de nós está mais ou menos capacitado a receber e a reagir aos embates da vida.
Às vezes, por nos sentirmos incapazes ou derrotados, trocamos o atalho do caminho fantasioso do poder e da realização ao invés do caminho lento, porém, sólido da superação passo a passo das coisas, que nos possibilita chegar a outros lugares dentro de nós mesmos e a uma compreensão maior e melhor da vida.
Temos que ir com calma, mas não podemos deixar de pensar que a nossa vida é decisão nossa num certo ponto: nós somos responsáveis pelas escolhas que fazemos e pelas que deixamos de fazer.
Que Deus nos ajude a escolher pelo menos pedir ajuda quando não estivermos mais no comando de nossas vidas e que esta ajuda seja motivada não pelo desejo do caminho mais fácil, mas por aquele que vá nos devolver a possibilidade de livre escolha.

O REVÓLVER, UMA BÍBLIA


Um dos aspectos mais gratificantes em liderar um centro de treinamento no sertão é a beleza da obra da cruz externada em vidas que conhecemos na caminhada. Um destes personagens verídicos é o irmão Luiz. Ele era violento. Um violento calmo, de fala mansa, homem de palavra e que não levava desaforo para casa. Cismado, não gostava de brincadeira. Para ele as coisas se resolviam logo na bala.


Este estilo de ser não é incomum no sertão nordestino. Homens que valorizam a honra, e respeitam mais o revolver que a Bíblia. Era assim que pensava e agia o seu Luiz, morador de Ibiara, na Paraíba. Não era difícil ameaçar alguém de morte e ser ameaçado, principalmente em sua mocidade. Com este estilo de vida, ele adquiriu muitos inimigos e, alguns, de morte.

Em determinado dia foi pego numa emboscada, levou muitos tiros. Não morreu. Segundo ele, porque era escolhido de Jesus. Depois que seu Luiz se recuperou dos ferimentos, passou a refletir mais sobre a vida, e se valia à pena viver. Foi quando, num belo dia, um crente se aproximou dele e dos demais cabras valentes que estavam reunidos embaixo de um juazeiro e informou acerca de uma reunião na casa de seu Zé Nicolau, no sítio Olho d’Água. Seu Luiz ficou intrigado com a ousadia e segurança daquele crente. Afinal de contas ele e seus companheiros eram famosos pela ignorância e violência. Sem saber exatamente por que, ele disse que ia. E foi. E gostou do que ouviu, passando a freqüentar a igreja dos crentes, contudo, só ia armado. Ele não confiava em ninguém, só em seu revólver.

Um dia, na igreja dos crentes, ele se sentiu mal por estar de revólver na cintura. Meditou dentro de si e chegou à conclusão que não era certo estar dentro da casa de Deus armado. Foi para casa, chamou um compadre dele e propôs a venda da arma. O amigo sugeriu uma troca por um terreno, um lote de casa. Seu Luiz concordou e fechou negócio. Pouco tempo depois ele se converteu de verdade, aceitando a Jesus como salvador e senhor. O irmão Luiz hoje é um homem manso, ainda corajoso, mas, só para pregar o Evangelho. Um evangelista de mão cheia por sinal. É aluno do Seminário Sertanejo da Juvep em Itaporanga e termina neste ano o básico em teologia.

A filha do irmão Luiz se casou ano passado e ela disse uma frase que ele não esquece: “Pai que bom que o Senhor trocou o revólver pelo terreno, eu e meu marido temos um lugar para construir a nossa casa. Muito obrigado meu pai”. O Evangelho quando chega de verdade transforma vidas.

Pedro Luis Da Silva

SEQUIDÃO


Rodrigo de Lima Ferreira


O ar anda muito seco. Aqui em Rondônia a coisa está virando calamidade. Quando se anda na rua, a garganta seca, mesmo você ficando de boca fechada. Os olhos ardem, a garganta arranha. O clima está nublado há dias, e é por causa da poeira suspensa. De noite, fica uma neblina que te impede de enxergar mais longe. E é neblina de pó, não de orvalho.
A grama das praças ficou marrom. Não sei como estão as plantações e os rebanhos, mas imagino que devam estar sofrendo bastante também. Há notícias de que ocorreram acidentes nas estradas daqui, de Goiás e do Mato Grosso por causa do ar seco, junto com as queimadas.
O ar está pesado, ruim para se respirar. Segundo uma amiga que mora em Brasília, a coisa por lá também não está nada fácil, até mesmo porque o clima naturalmente é bastante seco.
Sinto que o clima, o ar e o meio ambiente eclesiástico também apresentam tamanha sequidão. O nome de Jesus, que até há pouco tempo era central, hoje se tornou apenas mais um amuleto para de amealhar renda. A sagacidade de empresários religiosos que querem se fazer conhecidos como ministros de Deus e a sanha de gente calhorda em busca de notoriedade alcançam níveis alarmantes em nossa história recente. O conchavo, o jeitinho, o “quanto levo nessa” se tornaram padrão nos bastidores eclesiais brasileiros. Por sua vez, há também aqueles que, alijados da notoriedade ocupada no passado, passam-se por únicos e exclusivos profetas e pregoeiros do Evangelho genuíno, gerando, com isso, um sem-número de seguidores áulicos e faltosos de capacidade de discernimento, que se alimentam de sua bile despejada Brasil afora. Há também aqueles que creem e pregam que Deus é uma espécie de “Carolina” da música de Chico Buarque: o tempo passou e só Deus não viu, não agiu, não intercedeu, não exerceu sua soberania. Como um bobalhão, ficou sentado à beira do caminho lamentando sua impotência perante este mundo mau.
Enfim, o que há é uma sequidão. Os relacionamentos pessoais estão secos, quebradiços. O caráter de muita gente não suporta ser moldado, pois pode trincar. O relacionamento com Deus, então, resseca as vistas, a garganta, a pele.
O profeta Ezequiel demonstra, em sua profecia (Ez 37.1-15), o que realmente somos: ossos secos em um vale (Ez 37.11). A visão de ossos remete à imagem de morte, desolação, abandono. Ossos também são parte da estrutura de um corpo. A igreja de hoje está bem estruturada, com seus inúmeros departamentos, autarquias e diretorias internas; falta-lhe, porém, o fôlego de vida para que termine essa sequidão.
É hora de clamarmos a Deus, pedirmos perdão a ele, nos arrependermos de nossos maus caminhos. Deixar de usar o rebanho como moeda de troca eleitoreira ou como vitrine de nossa presunção. É hora de vivermos, novamente, a vida de refrigério que Deus nos dá (Sl 23.3a), sendo guiados por ele, e não por nossa própria carnalidade. É hora da igreja evangélica brasileira se converter ao Senhor e fugir de sua perene sequidão. Que Deus tenha misericórdia de nós!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

SACRIFICIO, PRESENÇA E COMUNHÃO


Por: Dom Eduardo Koaik


Bispo emérito de Piracicaba

O Evangelho de São Lucas narra um episódio em que Jesus ressuscitado encontra-se com dois discípulos a caminho de Emaús. Essa narrativa indica os grandes momentos da presença de Jesus em nossas comunidades, como o fez com os discípulos. Primeiro, Ele caminha conosco, solidário com nossos problemas e participando de nossas lutas cotidianas; em seguida, Ele está no meio de nós quando é anunciada a Palavra das Escrituras fazendo arder nossos corações; Ele, ainda, torna-se presente entre nós no gesto da “fração do pão”, fazendo memória da entrega de sua vida na Cruz. Todo amor é partilha e, em toda partilha de vida motivada pelo amor, Cristo revela sua presença.

A Eucaristia é a expressão desse amor. É o sacramento do amor que não deixa a maior prova do amor de Deus pela humanidade permanecer no acontecimento do passado. A Eucaristia é o amor maior e, como todo verdadeiro amor, exprime-se mediante tríplice exigência: do sacrifício, da presença e da comunhão.

O amor exige sacrifício. A Eucaristia é o sacramento do amor porque, em primeiro lugar, significa e realiza o sacrifício da Cruz na forma de ceia pascal. Nos sinais do pão e do vinho, Jesus se oferece como Cordeiro imolado que tira o pecado do mundo. Pão dado, sangue derramado pela redenção do mundo. Eis aí o sacrifício como exigência do amor.

Amar o próximo como Jesus amou exige de seus discípulos a prática do mesmo gesto de doação da vida em favor da vida dos irmãos. Vida eucarística é vida doada a serviço dos irmãos que lutam pelos direitos que resguardam sua dignidade de filhos de Deus.

O amor, além do sacrifício, exige presença. A Eucaristia é a presença real do Senhor que faz dos sacrários de nossas igrejas centro da vida e da oração dos fieis. A fé cristã vê no sacrário de nossas igrejas a morada do Senhor plantada ao lado da morada dos homens, não os deixando órfãos, fazendo-lhes companhia, partilhando com eles as alegrias e as tristezas da vida, ensinando-lhes o significado da verdadeira solidariedade. Eis a presença, outra exigência do amor.

A Eucaristia, presença real do Amigo no tabernáculo de nossos templos, tem sido fonte da piedade popular como demonstra o hábito da visita ao Santíssimo e da adoração na Hora Santa, culminando na procissão litúrgica anual de Corpus Christi. Impossível crer nessa presença e não acolhê-la nas situações concretas da vida: “Eu estava com fome e vocês me deram de comer, eu era estrangeiro e vocês me receberam em sua casa, eu estava sem roupa e me vestiram, eu estava doente e cuidaram de mim, eu estava na prisão e vocês foram me visitar. Garanto a vocês: todas as vezes que fizeram isso a um dos menores dos meus irmãos foi a mim que o fizeram.” (Mt 25, 35-40)

Vida eucarística é vida solidária com os pobres e necessitados. Não posso esquecer a corajosa expressão de Madre Teresa de Calcutá que nos socorre nesse instante com a autoridade do seu impressionante testemunho de dedicação aos mais abandonados da sociedade. Dizia ela, e ninguém diria melhor: “A hora santa diante da Eucaristia deve nos conduzir até a hora santa diante dos pobres. Nossa Eucaristia é incompleta se não nos levar ao serviço dos pobres por amor.”

O amor não só exige sacrifício e presença, mas exige também comunhão. Na intimidade do diálogo da Última Ceia, Jesus orou com este sentimento de comunhão com o Pai e com os seus discípulos: “Que todos sejam um (os que me pertencem e os que vão acreditar em mim). Como tu, Pai, estás em mim e eu em ti... que eles estejam em nós” (Jo 17, 20-21). Todos os que se identificam com Ele passam a ter a mesma identidade entre si: são chamados de irmãos seus e o são de verdade, não pelo sangue, mas pela fé. Eucaristia é vida partilhada com os irmãos. Eis a comunhão como exigência do amor.

Resumindo: vida eucarística é amar como Jesus amou. Não é simplesmente amar na medida dos homens – o que chamamos de filantropia. É amar na medida de Deus – o que chamamos de caridade. A caridade nunca enxerga o outro na posição de inferioridade. É a capacidade de sair de si e colocar-se no lugar do outro com sentimento de compaixão, ou seja, de solidariedade com o sofrimento do outro. Caridade é ter com o outro uma relação de semelhança e reconhecer-se no lugar em que o outro se encontra. Termino com a salutar advertência do Apóstolo Paulo à comunidade de Corinto, quanto à celebração eucarística, já naquele tempo, eivada de desvios: “Todo aquele que comer do pão ou beber do cálice do Senhor indignamente (ou seja, negando a prática da caridade solidária) é réu do corpo e do sangue do Senhor.” Ou seja, não é a vida que venceu a morte que estará celebrando, mas celebra a morte da vida.

Caridade solidária é o gesto de descer até o necessitado para tirá-lo da sua miséria e trazê-lo de volta à sua dignidade. A Eucaristia é o gesto da caridade solidária de Deus pela humanidade. “Eu sou o Pão da vida que desceu do céu. Quem come deste Pão vencerá a morte e terá vida para sempre.”

RELIGIÃO SEM DEUS



Que o homem é um ser religioso por natureza nenhum cientista ousou contestar. Nunca se encontrou povo que, por remota que fosse a sua localização, não estivesse também ao seu modo buscando um encontro com o sobrenatural. Quando percebe o poder destrutivo dentro de si mesmo ou considera sua impotência diante da realidade da vida, o homem sempre procura a religião.

Como cristãos sabemos que há uma que é “pura e sem mácula” (Tg 1.27) enquanto se multiplicam outras que, apesar de dar breve sensação ao seu praticante de estar em paz com o que está além de si próprio, nada mais faz do que isso: causar impressão.
Nesses tempos em que se fala em pós-cristianismo, muitos que se imaginam cristãos estão conseguindo apenas aplacar, e isso até certo ponto, as inquietações de dentro de si mesmos. Estão participando de rituais capazes de fazer vista aos homens, mas que são em si mesmos vazios. Estão praticando religião e esta absolutamente sem Deus.
O caso é simples e sem novidades. O que outrora representara um relacionamento direto com Deus, cheio de significado... o que já fora um encontro entre filho e pai, se tornou repetição e religiosidade insossa já que há muito foi perdida a razão de ser do que se faz. E seguem-se ajuntamento solene que faz bem para a consciência, mas que, associada à impiedade da vida diária, só causa a Deus nojo e afastamento (Is 1.13).
Não sei se é esse o seu caso, mas talvez seja o de alguém bem perto de você: é preciso urgentemente voltar ao primeiro amor e vivenciar de verdade cada ato do culto e isso só é possível quando este encontra continuidade na vida diária, no comum do dia-a-dia. Não se pode viver verdadeiro relacionamento com Deus em doses, sejam elas homeopáticas ou cavalares. Só se relaciona com Deus de fato no contínuo da vida, nas escolhas do cotidiano, quando bússola interna aponta para o norte da vontade objetiva de Deus. Quando essa vontade é buscada a cada lance da vida os rituais que praticamos têm valor. Não são apenas válvulas de escape da consciência atormentada dos que pautam a vida por objetivos passageiros e querem ao fim de tudo um prêmio eterno. Nossos encontros de domingo não serão “o” encontro com Deus, já que estamos com Ele o tempo todo. Serão antes de tudo a celebração da alegria de viver uma semana inteira desfrutando de graça e do relacionamento com nosso maravilhoso Senhor que, inexplicavelmente, resolve nos chamar de amigos e até mesmo filhos.

Enoch Isabel De Oliveira Júnior

Belo Horizonte - MG