FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

terça-feira, 5 de julho de 2011

ORAR COM A PALAVRA DE DEUS

Orar é simplesmente estar com Deus, ouvindo-O, falando com Ele.

Encontrar-se com a Palavra de Deus é encontrar-se com o Amor de Deus, amor ao Seu Povo, amor a cada um de nós, cujo nome está gravado na palma da Sua Mão. O Espírito Santo inspirou a Palavra, e ficou na Palavra. A Palavra, fragrância do Espírito, expira Deus, e inspira-nos para as coisas de Deus. A Palavra de Deus é Deus conosco, dum modo sensível, palavra que nos alimenta, que frutifica em nós.

"No princípio era a Palavra, e a Palavra se fez carne". Cristo, o Emanuel, Deus conosco, é a Palavra, que na sua entrega e obediência ao Pai, se tornou a Palavra de Deus Encarnada. Encontrar a Palavra é encontrar Jesus Cristo, aprender com Ele, conformar o nosso coração ao Dele, cada vez mais num só com Ele. A Palavra mostra-nos assim a Salvação querida pelo Pai, e ensina-nos esse Caminho de Salvação, Jesus Cristo.

Entremos no nosso quarto, recolhamo-nos, demos tempo a Deus, para que venha ao nosso encontro. Escutemos Jesus na Palavra, aprendamos com Ele, contemplando-O na Palavra, para que seja cada vez mais íntima a nossa relação pessoal com Ele.

Grandes mestres da espiritualidade, não encontraram Jesus através de muitas leituras eruditas e sábias, mas pela vivência do Evangelho. A humanidade de Cristo facilita esta aproximação e Santa Teresa incita-nos a enamorarmo-nos desta Sagrada Humanidade, e falarmos com Ele como com se fosse um Amigo. Entremos no nosso quarto, e sem pressas, façamos um encontro com a Palavra. Este encontro deve ser feito na fé, com pureza de intenção, humildade e pobreza de coração. Então, Jesus se fará presente, e será o nosso Mestre. Na fidelidade e perseverança. Ele nos fará progredir rapidamente na Sua imitação.

A Igreja, na sua experiência milenar, ensina-nos a rezar com a Sagrada Escritura. Muitos livros, muitas experiências, muitas técnicas estão descritas. Não esqueçamos a disponibilidade e as condições para o encontro com a Palavra. A partir daí, peçamos ao Espírito Santo que nos ensine a orar. "Mestre, ensina-nos a orar" pediram os discípulos. Façamos nós o mesmo, todos os dias. Pois a vida espiritual não é tanto fruto do esforço pessoal, mas sobretudo da misericórdia gratuita de Deus, em resposta à nossa humildade.

Não nos percamos nos métodos, que, no entanto, serão uma ajuda importante inicial. Informemo-nos sobre a Lectio Divina, sobre os Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola, etc. As Edições Pneuma têm um livrinho do Pde Jonas Abib, "A Bíblia no meu dia-a-dia", que dum modo simples, dá indicações preciosas para quem queira rezar com a Palavra de Deus.

Rezar a Palavra pode (deve) ser feito dum modo comunitário, tornando-se um momento de louvor, de discernimento, uma base sólida para o crescimento espiritual em grupo, para a ação e evangelização. Há irmãos que têm o carisma da oração e o Espírito inspira-os na interpretação da Palavra, no conhecimento das coisas de Deus, dons estes, que postos ao serviço da comunidade, a faz crescer na fé, através do louvor e da ação de graças.

Peçamos ao Espírito Santo que nos inspire na leitura orante da Palavra, que nos ensine a rezar, a contemplar a Palavra, a ser humildes e dóceis, e aprender a Sua Vontade, para que, conformado com Cristo, à glória de Deus se manifeste em nós, para nosso bem e de toda a Sua Santa Igreja!

" LUZ DA ALMA "


A oração, ou diálogo com Deus, é um bem incomparável porque nos põe em comunhão íntima com Deus. Assim como os nossos olhos corporais são iluminados ao receber a luz, assim também a alma que se eleva para Deus é iluminada pela sua luz inefável. Falo da oração que não se limita a uma atitude exterior, mas brota do íntimo do coração; falo da oração que não se limita a determinados momentos ou ocasiões, mas se prolonga dia e noite, sem interrupções.
Com efeito, não é só no momento determinado para rezar que devemos elevar a Deus o nosso espírito; também no meio das mais variadas tarefas - como o cuidado dos pobres, as obras úteis de misericórdia ou quaisquer outros serviços do próximo - é preciso conservar sempre viva a aspiração e lembrança de Deus, a fim de que todas as nossas obras, condimentadas com o sal do amor de Deus, se convertam em alimento agradável para o Senhor do Universo. E podemos realmente gozar, durante toda a vida, as vantagens preciosas que daí resultam, se dedicarmos ao Senhor todo o tempo que nos for possível.

A oração é luz da alma, verdadeiro conhecimento de Deus, mediação entre Deus e os homens. Por meio da oração, a alma é elevada até aos céus, e une-se ao Senhor num abraço inefável; como criança que, chorando, chama por sua mãe, a alma deseja o leite divino, pede que sejam ouvidos os seus apelos e recebe dons superiores a tudo o que é natural e visível.

A oração é venerável mensageira que nos leva à presença de Deus, alegra a alma, e tranqüiliza o coração. Refiro-me evidentemente à oração que não consiste apenas em palavras. A oração é desejo de Deus, piedade inefável, que não provém dos homens, mas da graça divina, como diz o Apóstolo: Não sabemos o que devemos pedir em nossas orações, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis.

Se o Senhor, na sua generosidade, concede a alguém o dom da oração, é uma riqueza inestimável e um alimento celeste que sacia a alma: quem chega a saboreá-lo, sente-se abrasado no desejo eterno do Senhor, como num fogo ardentíssimo que inflama a sua alma.

Se queres ver restaurada em ti aquela morada que Deus edificou no primeiro homem, adorna a tua casa com a modéstia e a humildade, torna-a resplandecente com a luz da justiça, enfeita-a com o ouro das boas obras, e, em lugar das paredes e dos mosaicos, ornamenta-a com a fé e com a grandeza de ânimo; e, por cima de tudo, como cúpula e coroamento de todo o edifício, coloca a oração. Assim prepararás para o Senhor uma digna morada, assim terás um esplêndido palácio real para O receber, e poderás tê-Lo contigo na tua alma, transformada, pela graça, em imagem e templo da sua presença.

''ONDE ABUNDOU O PECADO, SUPERABUNDOU A GRAÇA''

"Deus é infinitamente bom e todas as Suas obras são boas. Apesar disso, ninguém escapa à experiência do sofrimento, dos males da natureza - que surgem como ligados aos limites próprios das criaturas - e sobretudo à questão do mal moral. De onde vem, pois, o mal? "Procurava a origem do mal e não encontrava resposta" dizia Santo Agostinho, e a sua dolorosa procura só encontrou resposta na conversão ao Deus vivo.

"O mistério da iniquidade" (2 Ts 2, 7) só se esclarece à luz do "mistério da piedade" (1 Tm 3, 16). A revelação do amor Divino em Cristo manifestou ao mesmo tempo a extensão do mal e a superabundância da Graça (Rm 5, 20). Devemos, portanto, examinar a origem do mal fixando o olhar da nossa fé naquele que é o seu Único Vencedor."

Assim está escrito no número 385 do Catecismo da Igreja Católica, e assim começa a doutrina da Igreja sobre o pecado. Os números 413 a 421 fazem o resumo dos que lhe antecedem sobre este tema.

A Igreja ensina-nos que o pecado original foi herdado de nossos pais, e é um estado que implica carência da Graça de Deus e causa desordem nas nossas vidas, inclinando-nos e levando-nos ao pecado actual. O pecado actual é da responsabilidade de cada um. É toda a desobediência por pensamentos, palavras e omissões à Lei de Deus. É a barreira maior ao amor de Deus. Quem peca, e não se arrepende, começa a distanciar-se de Deus, a viver uma vida cada vez mais longe da Sua presença.

O pecado pode ser formal: acto, palavra ou omissão, livre e com a consciência de que são contrários a Deus, ou material: actos, palavras e obras pecaminosos em que o pecador ignora a sua natureza ou está privado de liberdade de escolha.

O pecado formal pode ser mortal ou venial. O pecado mortal quebra a relação com Deus ou intensifica o distanciamento que já se tem d'Ele. Implica conhecimento do acto e uso de plena liberdade. É, portanto, um acto consciente e deliberado. O pecador perde a graça de Deus e o mérito de actos bons cometidos anteriormente.

Se morrer em pecado mortal enfrentará a separação eterna de Deus. O pecado venial é uma ofensa menos grave que o pecado mortal. Não rompe a relação com Deus, porém enfraquece-a. É uma negligência, ou vacilação no caminho de vida em Cristo, que traz consigo um grave risco: quem não luta contra os pecados veniais fica mais vulnerável e está mais sujeito a cair em pecado mortal.

Deus não criou a escuridão, criou a Luz. Deus não criou o mal, apenas criou o Bem. Da mesma forma, Deus apenas criou a obediência. Mas Ele apenas quer em troca um amor em verdade e em liberdade. Assim concede o livre arbítrio, a liberdade de escolha para O Amar ou recusar, para Lhe obedecer ou não. E assim se escolhe caminhar na Luz ou na escuridão.

Satanás queria ser igual a Deus. Com todas as graças recebidas, achou-se a si próprio igual a Deus e não quis mais servi-lO mas servir-se a si mesmo. Este foi o seu pecado. Deus podia tê-lo destruído, mas os anjos ficariam com a dúvida se Satanás estaria certo ou não. Assim Deus permitiu que todos os anjos escolhessem e também que vissem por si próprios o resultado de viver sem Deus.

Satanás quis associar o homem à sua revolta, arrastá-lo na queda e tentou-o. Tentou o primeiro homem como tenta cada um de nós hoje. Através do nosso desejo humano. Não há nada de mal em desejar. Tudo depende do que se deseja, como se deseja e qual a medida desse desejo.

Se desejamos as coisas permitidas por Deus teremos a certeza de não pecar. Mas Satanás conhece a fraqueza humana, o seu desejo de ser, ter e poder. As três grandes tentações de sempre. Até Cristo Satanás tentou assim, por Sua permissão, é certo. Mas ao permitir ser tentado, Cristo não fez mais que encenar a natureza das nossas próprias tentações, para que pudessemos vencê-las.

Pecado é tudo o que vai contra a vontade de Deus. Então a única forma de discernir as tentações e vencê-las é conhecer a Sua Vontade, através da meditação da Sua Palavra e da oração. Só assim o Espírito Santo poderá agir em nós e revelar-nos o certo e o errado. É deixar que Jesus viva em nós e responda por nós.

O Santo Frei Pio de Pietralcina aconselhava com a ternura de quem conhece bem a natureza humana: "Não vos esforceis por vencer as tentações, porque esse esforço as reforçaria; desprezai-as e não vos detenhais nelas; procurai imaginar Jesus crucificado nos vossos braços, sobre o vosso peito, e dizei como se beijásseis o Seu lado: Eis aqui a minha esperança, eis aqui a verdadeira fonte da minha felicidade! Estarei fortemente abraçado a Ti, ó meu Jesus, e não te deixarei enquanto não me colocares em lugar seguro".

(...) E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém