FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

sábado, 20 de outubro de 2012

Da prática à teoria


A maioria dos processos de aprendizagem segue um mesmo padrão de processamento: o aluno deve aprender a teoria antes de exercitá-la. Somente após uma grande carga de conhecimento teórico, o aprendiz tem a oportunidade de praticar aquilo que aprendeu. Entretanto, algumas exceções acontecem. Uma delas é o processo de formação de discípulos inaugurado por Jesus. Após chamar seus discípulos (Mt 4:18-22 - NVI), Ele iniciou seu ministério, passando "por toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas deles, pregando as boas novas do Reino e curando todas as enfermidades e doenças entre o povo." (Mt 4:23 - NVI) Durante Sua jornada, foi sempre seguido por grande multidão, e acompanhado pelos Seus discípulos, que a tudo presenciavam, observando a forma como Ele ensinava, pregava e curava. Estavam realizando um "estágio" antes da formação teórica. Em determinado momento, Jesus, vendo a necessidade da multidão que O seguia, chamou os Seus discípulos e ensinou a eles os princípios básicos sobre vida cristã e discipulado, lições estas contidas no Sermão do Monte (Mt 5-7). Apesar de toda a multidão ter se beneficiado com os ensinos de Jesus, àquelas palavras eram dirigidas especialmente aos Seus discípulos (Vendo Jesus as multidões, Jesus subiu ao monte e se assentou. Seus discípulos aproximaram-se dele, e Ele começou a ensiná-los, [...] Mt 5:1-2 - NVI) Naquele momento, Jesus estava estabelecendo as bases para o discipulado cristão, ensinando àqueles homens como eles deveriam se portar e agir para serem identificados como seguidores de Cristo. Eis mais uma quebra de paradigma realizada por Cristo: após mostrar aos discípulos aquilo que eles deveriam fazer, ensinou-os como eles, primeiro, deveriam ser para, depois, fazer. Muitas vezes, nossa ansiedade não nos permite vivermos este processo de forma correta. Queremos fazer, realizar, exercer ministérios, mas não queremos passar pelos ítens de processamento que nos trarão crescimento interior e maturidade. Se pularmos etapas neste processo de formação, corremos o risco de nos depararmos com situações nas quais nos faltarão elementos importantes para enfrentá-las. Por isso, todo processo de formação é importante, e saltar etapas nos deixará inacabados para enfrentarmos determinadas circunstâncias. Como discípulos de Jesus, precisamos entender que todas as circunstâncias que enfrentamos, por pior que pareçam, são relevantes para forjar o nosso caráter, nos proporcionando o crescimento que nos levará à maturidade, nos permitindo realizar de forma plena àquilo que Deus quer fazer através das nossas vidas. Paz e bem

Temos um sonho


Esse artigo nasceu de um sonho que tínhamos ao escrevermos nossos textos para “O Livro do Som do Céu” (Editora Palavra, 2009): vermos os templos cristãos brasileiros sendo utilizados para promoção e divulgação das artes. Eu e os músicos Jorge Camargo e Romero Fonseca (da banda Expresso Luz) – com eles divido a autoria do artigo - não confabulamos previamente sobre esse desejo, nem discutimos em conjunto o que estaríamos escrevendo, mas em nossos capítulos se encontraram frases como: “Sonhei uma igreja. [...] Além dos cursos profissionalizantes, do atendimento aos necessitados, das parcerias com a prefeitura, o Estado, o Governo Federal e a iniciativa privada, a igreja também possui um intenso calendário cultural que, diferente de outras que utilizam somente as datas cristãs para promover seus musicais, abre o espaço de seu imenso palco a uma programação intensa que contempla todos os estilos de música” (Jorge Camargo, p. 136). “A Igreja deve ser um catalisador cultural, aproveitando seus espaços físicos – na maioria das vezes bem localizados nos bairros da cidade e ociosos em boa parte do tempo – para criar locais permanentes de fomentação cultural” (Romero Fonseca, p. 106). “Em primeiro lugar, proponho que a Igreja evangélica brasileira transforme os templos, durante a semana, em centros culturais, onde haja escolas de música e outras artes, apresentações artísticas e um espaço de debate e oficinas a respeito de questões do cotidiano social-político-econômico da comunidade local” (Sérgio Pereira, p. 130). Algumas semanas atrás uma notícia do jornal “O Globo” mostrou que esse sonho não estava tão distante. O evento “Terça de Graça” é organizado pelo músico Fernando Merlino e pela Comunidade Presbiteriana Libertas. Já foram 100 shows, com gente como Wanda Sá, Tunai e Roberto Menescal (veja cartaz abaixo). Muitas foram as críticas após a publicação de uma reportagem do “Terça de Graça”. Uma delas questionou o uso do púlpito de uma igreja para fins políticos e artísticos. Concordamos plenamente que o espaço do culto não deva ser usado para propaganda político-partidária. O púlpito, particularmente no espaço do culto, deve ser usado para fins espirituais. No entanto, não devemos perder de vista o caráter horizontal de ser Igreja. Sua vocação é sim vertical como lugar de fé, oferenda de amor e compromisso com Deus. No entanto, a vida em sua dimensão horizontal é igualmente sagrada. Esse pensamento é um dos maiores legados da mensagem cristã. Daí pensarmos que o espaço do templo é sim espaço de expressão de valores e de conteúdos humanos: política, no sentido mais amplo da palavra, e serviço ao próximo e a tudo que promova e gere vida. E arte. Aliás, na história, arte e espiritualidade nunca estiveram dissociadas. Por isso, continuamos sonhando, assim como escrevemos no “O Livro do Som do Céu”. E o exemplo do “Terça de Graça” reforça ainda mais esse sonho. Nota: Este artigo teve a colaboração de Jorge Camargo (mestre em ciências da religião, intérprete, compositor, músico, poeta e tradutor) e Romero Fonseca (músico e compositor, atuante no grupo Expresso Luz e Essência)

Vulnerável a duras penas.


A pesquisadora da Universidade de Houston Brené Brown obteve mais de 5 milhões de “hits” com uma palestra sobre a importância da vulnerabilidade. Confesso que não me impressionei quando a ouvi. A palavra “vulnerável” pra mim tinha um significado negativo. Ser vulnerável é ser fraco, estar exposto. Sempre gostei dos super-heróis da Marvel. O Super-Homem, Thor, o Homem de Ferro são imunes, couraças impenetráveis. Quem quer ser frágil? Na minha convivência fora do Brasil percebi que a palavra “vulnerável” é usada positivamente. Como líder você tem de ser transparente em relação a suas fraquezas e lutas. Ser vulnerável é baixar as defesas, não desconfiar quando confia, expor sem medo as misérias da alma. Segundo a pesquisadora, as pessoas que vivem assim são mais felizes. Porém, gato escaldado tem medo de água fria. Se eu expuser o que sinto, os problemas que tenho, serei julgado; meu poder social será anulado. Aos olhos dos outros, me tornarei o pecado que confessei. Meu marido teve de estudar o tema da vergonha em um curso de mestrado em aconselhamento cristão. A resistência contra a vulnerabilidade começa no conceito de vergonha. Em sua pesquisa ele aprendeu que a maioria das culturas do mundo -- inclusive a brasileira -- é baseada na vergonha. O oposto seria a cultura da culpa, que ainda prevalece nos países protestantes, mas está perdendo força. O cristianismo ensinou a psicologia coletiva da culpa, absorvida pelo indivíduo, mas eximida individual e socialmente. A diferença entre vergonha e culpa é grande. Quando sinto culpa, reconheço um comportamento errado que pode ser mudado. A vergonha diz respeito a quem eu sou. Ter culpa corresponde a dizer: “Perdoe-me, eu cometi um erro”. Ter vergonha, no entanto, é como dizer: “Perdoe-me, eu sou um erro”. Na cultura brasileira, o maior mecanismo social de restrição de comportamento é a vergonha. O problema começa em casa com a maneira como educamos os filhos: “Papai do céu está olhando”; “Não me faça passar vergonha”; “Menino, você é um problema”. Segundo estudos, a diferença entre estas afirmações e as que reconhecem a culpa pelo ato não é meramente linguística. O “você é ... X você fez ...” está diretamente ligado ao rendimento escolar, uso de drogas na adolescência e até mesmo a crimes. A criança educada num lar onde prevalece a punição da vergonha tem mais propensão aos problemas. O problema claro é que ninguém é perfeito, porém mesmo assim fomos feitos para sermos amados e aceitos. Como conciliar a necessidade de aceitação com a inevitável imperfeição humana? Evite a vergonha. Como evitar a vergonha? Nunca se exponha. Nunca apareça como é nem diante dos mais íntimos. Conviva com a dor de nunca se tornar conhecido e, portanto, nunca ser amado como realmente é. A cultura da vergonha, por usar o descrédito público e a dor da humilhação social para reprimir, não permite a redenção. Uma vez envergonhada, a pessoa jamais recupera sua influência. A alternativa é cultivar aparências. Dos líderes, então, exigimos que sejam heróis, perfeitos. Talvez por isso acabamos iludidos por tiranos. Colocamos o líder acima do povo, numa posição sobre-humana, e assim ele se torna aos seus próprios olhos. O desafio de Brené Brown acabou me conquistando. A dor de se esconder é pior do que a vergonha de se expor. O evangelho verdadeiro me ensina que das minhas culpas eu me arrependo e sou liberta. E, porque não sou o pecado que cometo, posso expor as minhas imperfeições. O amor que Cristo tem por mim não é condicional a uma pretensa perfeição religiosa. Adeus super-mulher e super-missionária. Você tem direito de errar. __________ Bráulia Ribeiro trabalhou na Amazônia durante trinta anos. Hoje mora em Kailua-Kona com sua família e está envolvida em projetos de tradução da Bíblia nas ilhas do Pacífico