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quarta-feira, 1 de abril de 2009

FRATERNIDADE E SOLIDARIEDADE PARA VENCER A CRISE


O Ministro Geral da Ordem dos Frades Menores, Frei José Rodriguez Carballo, de visita a Portugal, apontou os valores de fraternidade e solidariedade como caminho para ultrapassar a crise internacional que o mundo atravessa.



Frei José Rodriguez Carballo considerou que o mundo “precisa dos franciscanos não por serem franciscanos só por si, mas enquanto pessoas que vivem o Evangelho”. Num mundo dividido como o de hoje, “a fraternidade faz ainda mais sentido”, tal como a solidariedade. “Numa sociedade de crise económica tem mais sentido que nunca. Uma solidariedade que partilha o que temos mas acima de tudo o que somos”.




A Ordem dos Frades Menores não tem voto de pobreza, mas professa o voto de viver sem possuir nada. “Isto é muito importante no mundo de hoje, quando se vive escravo das coisas, quando se tenta escravizar as pessoas e a natureza. O Franciscano tenta viver livre. A sociedade de hoje precisa desta liberdade. Não é proprietária de nada mas é irmão de todos e de toda a criação”, afirmou.



Por ocasião da celebração dos 800 anos da Ordem dos Frades Menores, o Ministro geral da Ordem vai estar dois dias em Portugal, país que afirma “acolheu o franciscanismo de braços abertos”. Foi com este propósito que se reuniu com o Presidente da República, Cavaco Silva, no Palácio de Belém, “exclusivamente para agradecer o acolhimento que o povo português deu sempre aos Franciscanos”. O encontro abordou ainda os valores franciscanos, e “a resposta que os franciscanos são chamados a dar neste momento de crise, sobretudo ao nível da solidariedade e da fraternidade”.



Momentos depois, o Ministro geral presidiu a uma eucaristia na igreja da Madre Deus, em Lisboa. O Frei José Rodriguez Carballo apontou a comemoração dos 800 anos como uma oportunidade para voltar ao princípio e fundamento do carisma. “Que seja um momento de graça para por no centro o Evangelho como regra e vida para todos”. O Ministro geral rejeitou o regresso às origens no século XII. “Não devemos procurar uma sociedade que já passou, mas voltar aos valores que deram sentido à vida de Francisco e de Clara. Se somos muitos ou poucos é relativo. Importa viver com radicalidade e fidelidade criativa”.



O jubileu é o momento de “nos centrarmos nos elementos essenciais – pobreza, solidariedade, vida em comunidade, mas também de nos descentrarmos e irmos ao encontro do pobre”. O Frei José Rodriguez Carballo afirmou durante a homilia que a sociedade precisa de “esperança” e de “respostas aos sinais dos tempos”.



“Temos de viver o presente com paixão, por Cristo, pela humanidade e pelos mais pobres que sofrem, sempre com caridade criativa”.



O Frei Vítor Melícias, Ministro Provincial da Ordem dos Frades Menores, recordou valores de humanidade professados por Francisco de Assis mas que são de uma “enorme actualidade”.



A celebração de 800 anos de vocação e vida franciscana “tem servido de estímulo para regressar às origens, independentemente do modo e da cultura onde se vive. Não vivemos no Séc. XII, mas no Séc. XXI a avançar para um futuro acelerado. Devemos estar abertos à mudança sem perder o essencial, que não deve mudar”, frisou.



O Ministro Provincial apontou como essencial “viver no meio do povo, fazer os mesmos trabalhos, vivendo as dificuldades, mas sem possuir nada, utilizando os recursos como utilizam as pessoas, com sobriedade e sem escravidão”.



“O testemunho da liberdade é essencial para se ultrapassar a crise”, considerou, adiantando que a situação mundial é fruto da “falta de seriedade”.



“Na sociedade de hoje é ainda mais imperioso que as pessoas que são sérias vivam na sociedade seriamente e se apresentem com exigências. Precisamos de um mundo onde as pessoas não se vendam por tudo, mas onde existam outras regras que ajudem a ultrapassar a crise”.



O Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, esteve também presente na celebração eucaristia na igreja da Madre Deus e recebeu das mãos do Ministro Geral a medalha celebrativa dos 800 anos da Ordem dos Frades Menores. No final considerou que a “ordem fransciscana é sintoma que é Deus que guia a Igreja e faz nascer respostas adaptadas a cada tempo”.



“Numa sociedade que vive o capitalismo feroz, o racionalismo sem inteligência, a quebra de harmonia entre o homem e a natureza, os franciscanos fazem falta com a sua mensagem, a indicar a fidelidade e a verdade primeira”.

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