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quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

O DIALOGO ENTRE OS PARCEIROS DA ALIANÇA

Veronice Fernandes - IPDDM*
A valorização da celebração da palavra de Deus “Promova-se a celebração da palavra de Deus nas vigílias das festas solenes, em alguns dias feriais do advento e da quaresma e nos domingos e dias de festa, especialmente onde não houver padre; neste caso será um diácono ou outra pessoa delegada pelo bispo a dirigir a celebração” (SC 35,4).Com este pronunciamento a constituição conciliar Sacrosanctum Concilium, põe o selo oficial, no que diz respeito à prática das celebrações ao redor da palavra de Deus. O documento conciliar, além de assumir tais celebrações, ainda incentiva-as. Vários documentos posteriores ao Vaticano II17 ofereceram orientações e reflexões que contribuíram para que a celebração da palavra de Deus aos poucos fosse ganhando corpo e estrutura de uma celebração litúrgica com uma dinâmica dialogal: Deus convoca e chama a assembléia, sujeito eclesial da celebração, para escutar sua palavra, ao longo do ano litúrgico; a palavra proclama a história da salvação, que tem como centro o mistério pascal de Cristo. A palavra celebrada torna-se acontecimento de salvação e diálogo de Deus com as pessoas através dos gestos e ações simbólicas.No Brasil, são milhares de comunidades que, não tendo a presença do presbítero, celebram o mistério de Cristo em suas vidas através da palavra de Deus.18 . D. Clemente Isnard afirma que: “sem a celebração da palavra de Deus não teremos verdadeiras comunidades eclesiais de base, e, sem estas, o povo brasileiro, em grande parte, não conservaria a fé católica”.19 Sem as celebrações dominicais ao redor da palavra de Deus, certamente a Igreja sucumbiria, pois são 70% das comunidades, aqui no Brasil, que sem poder celebrar a eucaristia, se reúnem aos domingos para celebrar ao redor da palavra de Deus.Sabemos que as celebrações dominicais da palavra de Deus, presididas por leigos ou leigas são de grande valor: garantem a memória da páscoa no dia do Senhor; são um espaço onde os participantes nutrem a fé cristã através da escuta da palavra que é anunciada e, a partir da escuta, dialogam com Deus; reforçam a dimensão comunitária e o compromisso com as iniciativas de evangelização.20
A Igreja, praticante da palavra de Deus
Podemos dizer que a palavra faz a Igreja e a Igreja faz nascer a palavra, não no sentido de a inventar, mas ao encarná-la e atualizá-la em sua realidade. Vejamos a afirmação do Ordo Lectionum Missae: “A Igreja cresce e se constrói ao escutar a palavra de Deus, e os prodígios, que de muitas formas Deus realizou na história da salvação, fazem-se presentes, de novo, nos sinais da celebração litúrgica, de um modo misterioso, mas real; Deus, por sua vez, vale-se da comunidade dos fiéis que celebra a liturgia, para que a sua palavra se propague e seja conhecida, e seu nome seja louvado por todas as nações. Portanto, sempre que a Igreja, congregada pelo Espírito Santo na celebração litúrgica, anuncia e proclama a palavra de Deus, se reconhece a si mesma como o novo povo, no qual a aliança, antigamente travada, chega agora à sua plenitude e perfeição. Todos os cristãos, que pelo batismo e a confirmação no Espírito se converteram em mensageiros da palavra de Deus, depois de receberem a graça de escutar a palavra, devem anunciá-la na Igreja e no mundo, ao menos com o testemunho de sua vida. Esta palavra de Deus, que é proclamada na celebração dos divinos mistérios, não só se refere às circunstâncias atuais, mas também olha o passado e penetra o futuro, e nos faz ver quão desejáveis são as coisas que esperamos, para que, no meio das vicissitudes do mundo nossos corações estejam firmemente postos onde está a verdadeira alegria” (OLM 7).A palavra edifica a Igreja, povo de batizados, que reunida em assembléia, movida pelo dom do Espírito Santo, abre o ouvido do coração para escutar, celebrar e mais ainda, para proclamar e anunciar o acontecimento da salvação.
Desafios que ainda restam
Constatamos que após o Concílio Vaticano II houve muito empenho e realizações para que o povo pudesse se alimentar na mesa da palavra de Deus, contudo ficam ainda desafios:- Uma sistemática preparação de leitores, salmistas, para que a proclamação da Palavra de Deus seja de fato um diálogo amoroso entre Deus e a comunidade de fé.- Valorizar a homilia como parte integrante da liturgia e empenhar-se na preparação dos homiliastas.- Garantir o silêncio que possibilita a disposição interior para ouvir e responder aos apelos de Deus (cf. OLM 28).- Dar o devido valor ao livro (lecionário, evangeliário) como sinal e símbolo da realidade maior celebrada na liturgia.- Valorizar o lugar da proclamação da palavra de Deus, utilizando material nobre.- Melhorar o sistema de som de nossas igrejas.
Certamente, cada comunidade, de acordo com sua realidade, poderá avaliar o que pode fazer para que a mesa da palavra seja abundante e rica, bem preparada. Que o diálogo entre os parceiros da Aliança aconteça, de modo que aos poucos, vamos nos transformando e mudando a nossa realidade.
Siglas utilizadas: SC (Sacrosanctum Concilium); DV (Dei Verbum); OLM (Ordo Lectionum Missae); IGMR (Instrução Geral do Missal Romano).
* religiosa das Irmas Pias Discípulas do Divino Mestre, liturga e mestre em Teologia

Última Alteração: 08:32:00
Fonte: Veronice Fernandes - IPDDM Local:São Paulo (SP

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