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sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

ADVENTO E NATAL. PORQUE A CONTINUIDADE ?


A salvação não está completa. Jesus Cristo precisa realizar ainda UMA etapa, a última, para completar a “história da salvação”. Esta etapa é a sua segunda vinda ao mundo, para estabelecer definitivamente o Reino.A multidão das pessoas comemora o Natal que já passou e já cumpriu a sua tarefa, a sua missão. Promessa cumpridaO que é importante no nascimento de Jesus Cristo, é que ele veio cumprindo a promessa do Pai ( Sl 77,8; Lc 24,49; At 1,4; At 7,17; Gl 3,16; Hb 6,12-17; Hb 11,33; 1Jo 2,25; Tg 2,5; Jo 5,43; Jo 7,28; Jo 10,10; Jo 16,28); e ele próprio prometeu voltar mais tarde (Mt 26,64; Jo 14,3; At 1,11; 1Cor 11,26). São duas promessas, uma cumprida e outra que vai sendo cumprida aos poucos, no correr do tempo.Comemoração natalíciaO Natal é a comemoração do aniversário do nascimento de Jesus. Jesus não veio ao mundo por um capricho de turista. Ele veio com uma missão muito clara. Ele é portador da proposta do Pai para reconciliar Deus e o povo. Deus toma a iniciativa. Com esta iniciativa, Jesus promove uma virada na vida da humanidade. O portador do projeto de vidaJESUS TRAZ UM PROJETO DE SALVAÇÃO. Esse é um projeto de vida e liberdade para todo o povo. Deus escolhe a humanidade como sua parceira na construção de um mundo novo. Aí está o sentido da vinda de JC, aí está o sentido de ele haver deixado no céu todas as mordomias de Filho de Deus para se dedicar por 3 anos a divulgar a proposta do Pai. E acabou tendo que dar a vida e morrer por causa desse projeto de vida e liberdade.A humanidade é parceira de DeusDestaco a humanidade como parceira do projeto de Deus. Como parceiros, nós temos compromisso com a mesma missão de Jesus Cristo. Somos escolhidos para nos dedicar a construir este mundo de vida e liberdade HOJE, NO NOSSO TEMPO, até que Cristo volte para definir de vez o REINO DE DEUS. O REINO DE DEUS É TAMBÉM NOSSO. PRINCIPALMENTE O REINO É DE DEUS PARA NÓS. POR QUÊ? PORQUE SOMOS PARCEIROS DE DEUS NESTE PROJETO RENOVADOR.A missão de Jesus CristoÉ importante a missão para que JC veio ao mundo. Ele não veio só nascer, e tudo terminar no nascimento.Jesus veio com a missão de salvar todo o povo. Esta parte da missão ele já cumpriu quando morreu e ressuscitou. Esta é a tarefa que só ele poderia cumprir. E cumpriu!
A continuação da missãoE agora, para continuar no nosso tempo e no nosso mundo, a obra que iniciou, ele fundou a Igreja para trabalhar na construção do REINO DE DEUS. A Igreja somos nós os cristãos. A nossa tarefa é irmos construindo no mundo os valores do Reino. A nossa luta pela justiça é a maneira de construir o mundo novo. Lutar pela solidariedade, pela verdade, pela fraternidade... tudo isso são maneiras de irmos construindo o mundo novo que vai acolher o Reino.Essa nossa missão de continuar a obra iniciada por Jesus Cristo nos dá uma dignidade muito grande: somos herdeiros e continuadores da missão de Jesus Cristo. Não é pouca coisa!!!Aí, quando Jesus voltar ao mundo pela 2ª vez, no final dos tempos, então ele vai estabelecer o mundo novo definitivamente, para sempre.
A espera comumNós, agora, estamos na mesma situação de espera do povo hebreu quanto à primeira vinda. A espera é a mesma só que, aquilo que se espera é diferente para hebreus e para nós.Nós usamos os mesmos textos bíblicos para nossa reflexão no Tempo de Advento e de Natal. Porque esses cânticos e textos expressam a ânsia do povo pela 1ª vinda. Nós incorporamos tudo isso para expressar o nosso mesmo sentimento de espera, porém da 2ª vinda. Por exemplo, os cânticos que invocam ‘Vem, Senhor Jesus” ou “Abri as nuvens do céu e deixai que desça o Salvador” são da primeira vinda, mas expressam a mesma ansiedade de hoje pela segunda vinda.Profecias de IsaíasTextos como o de Isaías que animava o povo para a transformação que iria ser operada com a vinda do Messias usando a comparação do novo relacionamento humano como entre os animais (Is 11,6-8). Hoje, diríamos que gato e cachorro beberão leite na mesma tigela em paz. O mesmo profeta Isaías anunciou que, no tempo do Messias: o Espírito de Deus o ungiu e estará sobre o Messias para ele anunciar a Boa Notícia aos pobres, para proclamar a libertação aos presos, aos cegos a recuperação da vista, para libertar os oprimidos, proclamar um ano de graça do Senhor, fará os coxos andar e os mudos falar (cf. Lc 4,14-20; Lc 7,22; Is 61,1-3); o povo que andava nas trevas verá uma grande luz (Is 9,1). A profecia hojeNa verdade, as necessidades dos dias de hoje mostram que a missão da Igreja é a mesma do Messias, porque existem milhões de pessoas que precisam ver, falar, andar e ressuscitar para a vida nova.Conferindo as palavras que Jesus pronunciou na sinagoga, percebe-se o conteúdo da missão dele e o da comunidade continuadora de sua missão.
Este discurso de Jesus na sinagoga de Nazaré é programático. É o programa que Jesus vai executar na qualidade de Messias enviado pelo Pai. Com base em sua autoridade e na autoridade de quem o enviou, ele define os elementos que constituem a Boa Notícia (Lc 4,14-21). “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para que dê a Boa Notícia aos pobres; enviou-me a anunciar a liberdade aos cativos e a visão aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, para proclamar o ano de graça do Senhor” (Lc 4,18-19; cf. Is 61,1-3). “...mortos ressuscitam” (Lc 7,22).
Note o primeiro lance: Jesus, com mensageiro do Pai, desfila seus títulos: quem o envia, para que o envia, para quem o envia, para que é enviado. Era o costume dos profetas, de se apresentarem assim à comunidade.O que por primeiro chama atenção no discurso de Jesus é o local onde é pronunciado. É sintomático ter sido em Nazaré, a pobre e desprezada região da Galiléia. Nazaré era a menos considerada (Jo 1,46).Logo se percebe que Jesus dá toda a preferência aos pobres e deserdados. Consideremos como devem ser entendidas as propostas de Jesus, porque identificam a chegada do tempo messiânico, quando acontecer a comunicação da Boa Notícia da vida aos pobres. Jesus trabalha os sociologicamente pobres na ótica também dos teologicamente pobres incluídos na prática libertadora da missão do Messias.
A) “O Espírito” - O Espírito credencia Jesus como o intérprete da Escritura. Com a autoridade que lhe confere esse credenciamento, Jesus define os elementos constitutivos da Boa Notícia (cf. Is 61,1-3; Lc 4,16-19; 7,22).B) “O Espírito me ungiu” - Jesus alude ao significado bíblico messiânico, missionário e libertador da unção (cf. Sl 2,7). A unção credencia o Messias como enviado e lhe confere a missão de executar o projeto de novas relações de vida e de liberdade. O Espírito chancela a unção para a missão. A Boa Notícia é o mistério mantido em sigilo e, agora, manifestado (cf. Rm 16,26 ; Ef 3,1-13).C) “A Boa Notícia” - É identificadora do tempo messiânico e da missão.D) “Aos pobres” - São os “anawim” oprimidos pela dominação estrangeira e excluídos da cidadania e do Templo. Não são auto-suficientes. Têm o coração livre e aberto para Deus. Por isso, são os destinatários da Boa Notícia.E) “Enviou-me” – Na sinagoga, durante o culto público de sábado, Jesus Cristo se apresenta como o prometido agora enviado e credenciado pelo Pai, no Espírito, para a missão de interpretar o sentido da Boa Notícia aos pobres.F) “Para anunciar” - A Boa Notícia libertadora identifica a chegada do tempo messiânico, cumpre a promessa do Pai e responde à esperança dos pobres.G) “A liberdade aos cativos” - O Messias tem o caráter de libertador dos escravizados pelo pecado e pelos poderosos.H) “A visão aos cegos” - A cura remete ao sentido do gesto: “abre os olhos” do povo para ver, na Boa Notícia, os sinais indicadores do tempo messiânico.I) “Pôr em liberdade os oprimidos” - É a libertação da opressão para o exercício dos direitos de pessoas livres e responsáveis por seu destino.J) “Proclamar o ano da graça do Senhor” - O jubileu procurava recuperar a justiça pelo perdão das dívidas e a libertação dos escravos. Jesus afirma que a restauração pretendida pelo jubileu será consumada no tempo do Messias (cf. Is 61,1-2).K) “Mortos ressuscitam” – A Boa Notícia leva os que perderam a razão de viver a recuperar o sentido para a vida e comprometer-se em favor da vida para todos (Lc 7,22).L) “Hoje, em vossa presença, cumpriu-se esta Escritura” (cf. Lc 4,21; Is 61,1-3). A fidelidade de Deus está vinculada à Boa Notícia. A natureza messiânica da Boa Notícia transforma as relações de morte, em vida; de opressão, em liberdade. Hoje, começa a atividade libertadora de Jesus.M) A Boa Notícia é o processo de mudança de mentalidade (metanóia) para a implantação de novas estruturas sociais com a devolução dos direitos dos pobres. Com ela, envolve-se radicalmente o Ungido.N) É conhecido na cidade e arredores que a Boa Notícia chegou aos pobres: são inúmeras as oportunidades de experiências messiânicas indicadoras da presença do Esperado, pela palavra e pela prática de Jesus Cristo (cf. Mt 8,6-10;9,21-22.27-30; Mc 2,4-5; 10,50-52; Lc 17,1722; Jo 9,1).O) João Batista quer dissipar qualquer dúvida e encaminhar seus próprios discípulos. Jesus remete João à fonte confiável dos indicadores da chegada do tempo messiânico. Jesus acrescenta outros elementos aos já citados que ele inclui nos elementos que constituem a Boa Notícia aos pobres:” Ide informar a João o que vistes e ouvistes: cegos recuperam a visão, coxos caminham, leprosos ficam limpos, surdos ouvem, mortos ressuscitam, pobres recebem a Boa Notícia” (Lc 7,22). Esse foi o discurso inaugural da missão de Jesus que continua sendo programa da ação evangelizadora da Igreja/comunidade de nossos dias.O nascimento de Jesus no Natal é apenas o primeiro passo dessa longa renovação do mundo até a chegada de Jesus Cristo pela segunda vez. Aí termina a caminhada e todos nós seremos felizes para sempre!
Cumprida será também a segunda promessaA mensagem do Natal é a expectativa da 2ª vinda maravilhosa de Jesus Cristo ao nosso! Esta 2ª vinda foi prometida por Jesus Cristo com a 1ª também foi prometida. Da mesma forma como ele cumpriu a primeira promessa, ele cumprirá também a 2ª que será, aliás, muito mais bonita!Sempre o mesmo presépioQUANDO NASCE UM BEBÊ, NÓS NOS POMOS A PENSAR NO QUE SERÁ O FUTURO DELE. No aniversário de pessoas amigas, pensamos e louvamos o que foi realizado nos seus ainda poucos ou já muitos anos vividos. Das pessoas, pensamos no que vai ser, o que lhe reserva o futuro, como será seu compromisso com seu futuro.Com relação a Jesus, pensamos no seu passado. O Natal é a comemoração do aniversário e pulamos as páginas da vida dele. Voltamos cada ANO para o mesmo presépio de Belém. Não se pensa no motivo por que ele veio ao mundo; nem se ele realizou a missão que lhe foi confiada. Estamos presos a uma visão infantil do presépio, coisa mágica e encantadora, num cenário que emociona.O que o futuro vai proporcionar a ele? O que podemos esperar dele? Quais os próximos passos que ele dará na vida? Haverá um final? Qual será o grande final?A Igreja é responsabilizada pela continuidade da missãoPois Cristo confiou à Igreja a missão de continuar a construção do mesmo Reino em que Jesus também se empenhava. Só que ele viveu pouco tempo para uma empreitada tamanha! A Igreja/comunidade faz a mesma coisa que Jesus faria se entre nós estivesse. Portanto, é preciso inspirar-nos todos na ação evangelizadora de Cristo para realizarmos a nossa evangelização. Porque, a mesma missão que ele recebeu do Pai, Cristo confiou a continuidade como nossa missão.Quando Jesus chegar na 2ª vinda, ele encontrará boa parte do que ele não conseguiu realizar, realizada pela Igreja. Afinal, ele é a única pessoa que voltará ao mundo pela segunda vez. Quem se lembra disso no Natal? É PRECISO ACENDER ESSA ESPERANÇA NO CORAÇÃO DO POVO!

* Sacerdote DehonianoSantuário São Judas TadeuAvenida Jabaquara 2682

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