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ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

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AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

terça-feira, 24 de março de 2009

O ESPIRITO RELIGIOSO DE UM AUTÊNTICO CRISTÃO


A Constituição do Brasil que invoca Deus no seu Preâmbulo é um ato de respeito à convicção religiosa da maioria absoluta do povo brasileiro. Deus é o fim último de todas as consciências e de todas as sociedades. É Ele a fonte e a garantia dos valores, porque é Ele a realização infinita. É o Ser Supremo, Transcendente, Pessoal de quem dependem na existência e na atividade todos os seres do universo. Sério fenômeno do mundo hodierno é a expansão do ateísmo. Muitos, sobretudo na Europa, aderem à descrença. Esta tende a se tornar infelizmente norma comum da sociedade.Estudar a vida de vultos eminentes na qual se vislumbra uma fé arraigada, é firmar princípios fundamentais que valorizam o homem.Arthur da Silva Bernardes foi um varão que possuía profundo espírito religioso.Martins de Oliveira afirma: “Tinha o Presidente Bernardes, na sua formação espiritual, um ponto alto, altíssimo, como disciplina de ação”. Recebera, de fato, no berço a formação religiosa. Esta crença que herdou, ele fez crescer e em função dela viveu. Cristão convicto, não tinha respeito humano e se proclamava católico, apostólico, romano. Aliás, Arthur Bernardes, em entrevista ao jornal “A União” dizia francamente: “Fui educado na religião católica, que é a da maioria dos brasileiros, e, como homem de governo, não desconheço a influência benéfica da Igreja, em todos os tempos. Muito lhe deve o Brasil, a começar da descoberta, primeiras colonizações, catequeses, até aos nossos dias, em que a formação da moral do nosso povo e a educação da infância, têm o desvelo constante do clero. Assim também a assistência à pobreza, à orfandade e aos enfermos indigentes, é um dos mais beneméritos traços DA AÇÃO SOCIAL DA IGREJA”.O mandamento máximo de Cristo foi o preceito do amor. Arthur Bernardes, apesar da inflexibilidade com que teve que agir para o bem da nação, podia, com razão, dizer, como fez várias vezes, que não tinha inimigos. O ódio não tinha guarida em seu nobre coração. A palavra intransigência jamais seria escrita em sua agenda. O senso do Evangelho impregnava-lhe os sentimentos. Martins de Oliveira relata que, por ocasião de visita que fez ao grande político em Viçosa, em dado momento a palestra focalizou o papa Pio XII, então reinante. Arthur Bernardes “acentuou que o papa era um espírito de eleição e extraordinária grandeza moral. Pôs em relevo a situação em que encontrava o mundo sob os pavores da Grande Guerra, acrescentando que, para tais épocas, Deus escolhia instrumentos apropriados que pudessem dirigir a cristandade em luta pela paz”.Foi este espírito religioso que lhe plasmou o caráter cristão. Nunca sacrificou o bem público às compensações políticas, através de trocas escusas. Buscava a perfeição e desejava os melhores processos para atingir o progresso nacional. Eis o motivo pelo qual “foi verdadeiramente o ecônomo exatíssimo, mordomo absolutamente fiel dos dinheiros da Nação”. Seu semblante tranqüilo, fazia transparecer a limpidez de sua consciência em paz com Deus. Era a serenidade de quem cumpre o dever.Uma das mais impressionantes recordações de infância deste que escreve estas linhas foi contemplar a figura hierática daquele que fora o Presidente da República, assistindo a Missa de domingo na antiga Igreja Matriz da Sta. Rita de Cássia, de Viçosa. Seu porte um tanto majestático, revestia-se de magnetismo numa cerimônia religiosa, na qual um homem fora do comum adorava o Senhor do Universo, presente sob as espécies eucarísticas.A Deus atribuía todo bem que lhe advinha ou que podia fazer: “Rendemos graças ao Criador, por ter nos dado a necessária fortaleza de ânimo no cumprimento do nosso dever para com a Pátria”. Na Câmara dos Deputados afirmou que, como político de personalidade e idéias próprias, fora duramente atacado de todos, por seus adversários, os quais não ousaram chamá-lo de comunista ou cripto-comunista. Dava então o motivo: “devido às minhas conhecidas convicções católicas”.Não poderiam ser concluídas estas considerações sobre a religiosidade deste homem de fé profunda sem se transcrever suas últimas palavras. Por certo quisera Arthur Bernardes ter podido se entregar ao contacto diuturno com o Criador no instante de prolongadas reflexões. Servindo, porém, à pátria, ele serviu a Deus. Belas palavras sempre recordadas com enlevo: “O fim do homem é Deus para o qual devemos, preferentemente, viver. Eu, porém, vivi mais para a pátria, esquecendo-se d’Ele. A Ele devemos contas do uso que aqui fizemos de nossa vida, e eu a tive longa. Receoso de não poder resgatar minha falta no pouco tempo que me resta, apesar de Sua infinita misericórdia, peço aos meus amigos e correligionários brasileiros de boa vontade que me ajudem a supri-la com sua prece”.Impressionante missiva escrevera Arthur Bernardes a um amigo que estava afastado da religião e se achava no Rio de Janeiro. Eis o texto em toda beleza da forma e esplendor teológico: “Insisto na sugestão de se reconciliar com Deus por meio de uma confissão geral e da santa comunhão. Depois de entrar em graças, use diariamente a oração aconselhada pelo Pe. Antônio Pinto e obterá resultado. Procure um frade aí no convento ou mande chamá-lo em casa para se confessar caso não possa ir pessoalmente até lá. Vá confiante que Deus além de nosso Pai é nosso Amigo”. Aliás, pouco antes de falecer a ordem dada ao sentir-se mal foi esta: “procurem primeiro o padre, depois o médico”. No momento em que a Igreja Católica é atacada tão vilmente por certos locutores aos quais faltam fé e critério científico é bom recordar a religiosidade de uma figura ímpar como Arthur Bernardes, este, sim, homem culto, sábio e patriota aguerrido. * Professor no Seminário de Mariana de 1967 a 2008.






Última Alteração: 09:37:00

Fonte: Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho
Local:Mariana (MG)

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