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ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

LEITURA ORANTE DA BIBLIA


De fato, a Bíblia é uma forma de presença de Deus no meio de seu povo. Ela nos faz ouvir a Deus, a Ele nos conduz e nos faz conhecer seu amor. Se estivermos abertos à ação do Espírito Santo, a Bíblia nos fará não só ter um conhecimento teórico da Palavra de Deus, mas também experimentar vivamente o amor com que Deus nos ama. Essa experiência é fundamental na vida cristã. O Papa nos diz que a Bíblia é a história de como Deus ama seu povo (cf. Familiaris Consortio, 12). Não tanto a história de como nós amamos ou não amamos a Deus, ainda que isso também esteja registrado na Bíblia. Ela é, antes de tudo, a história de como Deus ama seu povo, de como Deus agiu, age e agirá na história da humanidade. Isso significa que, se quisermos saber e experimentar de como Deus ama seu povo, um dos caminhos mais diretos é a leitura da Bíblia, principalmente dos Evangelhos, que narram a culminância desse amor de Deus por nós na pessoa de Jesus Cristo, morto e ressuscitado. De fato, Jesus, para nossa salvação, desceu do céu, fez-se homem, morreu na cruz e ressuscitou dos mortos.
Um dos métodos melhores para descobrir a Bíblia como caminho de encontro com Jesus Cristo e para fazer a experiência de seu amor neste encontro, é a leitura orante. Esse método usam-no muitos atualmente. Ele vem da antiga tradição da Igreja. Foi divulgado no Brasil pela Conferência dos Religiosos. Mas também, o próprio Papa João Paulo II o recomenda, quando, no documento “Igreja na América”, de 1999, fala do modo de encontrar Jesus Cristo na Igreja, hoje. O primeiro modo, segundo o Papa, é “a Sagrada Escritura, lida à luz da Tradição, dos (Santos) Padres e do Magistério, e aprofundada através da meditação e da oração” (n. 12).
A leitura orante da Bíblia se compõe de quatro passos, a saber, a leitura do texto, a meditação, a oração e a contemplação. O primeiro passo é a leitura do texto. Começa-se pela escolha de um trecho da Bíblia, de preferência um texto dos Evangelhos. Na leitura do texto, podemos conhecer primeiro a letra da Palavra de Deus, para penetrar em seguida no seu espírito e compreender seu sentido. Por essa razão, é preciso ler devagar, com toda atenção, e deixar-se envolver pelo texto. Assim, ele pode situar-nos no momento histórico em que foi escrito, para descobrir o que Deus queria dizer ao povo naquele tempo, o que Deus significava para aquele povo, como se revelava e como o povo na época reagia ao que Deus lhe revelava, isto é, à revelação de “como Deus amava seu povo”.
O segundo passo é a meditação do texto. Na meditação perguntamos o que diz o texto para mim, para nós, hoje?, o que Deus quer dizer a nós hoje através do texto lido? Na meditação, trata-se, portanto, de tornar o texto atual e trazê-lo para dentro de nossa vida e realidade, tanto pessoal como social. Para melhor meditar, será bom repetir a leitura do texto, revolvê-lo e por assim dizer ruminá-lo e mastigá-lo, até descobrir o que ele tem a dizer a nós, hoje.
O terceiro passo é rezar. A oração, aliás, deve estar presente desde o início da leitura orante, quando invocamos o Espírito Santo, a fim de que Ele nos ilumine e acompanhe na leitura. Também a meditação já é um pensar que vai se transformando em oração. De fato, a meditação nos deve levar à oração, nos deve levar a falar com Deus sobre o que o texto nos diz. Será uma oração de louvor e de súplica ao Deus que ama seu povo e me ama também individualmente.
Por fim, no quarto passo, entramos na contemplação. Os três passos anteriores terminam assim por nos fazer contemplar a Deus, nos colocam diante de Deus e nos fazem experimentar o mistério de seu amor, onde as palavras já não contam tanto, mas em que nos sentimos felizes de estar com Deus e de provar seu amor.
Essa forma de leitura orante da Bíblia nos qualifica, obviamente, de modo muito vivo para anunciar esta Palavra aos outros e cria em nós o elã missionário, o impulso de levar outros a encontrarem-se com Jesus Cristo vivo, no Espírito Santo. E Jesus nos conduzirá ao Pai.
Josp - 01/09/04_____________________________________________________________
Lectio Divina ou Leitura Orante da Bíblia (Vocações Carmelitas On Line) ______________________________________
Para melhor entender o que é o Método da Leitura Orante da Bíblia é necessário saber que a palavra método, na língua grega, significa caminho, procedimento, meio pelo qual se quer atingir um objetivo. Leitura é o ato de ler. E ler, em sentido estrito, é decifrar e compreender um texto escrito. Orante, que ora, que reza, que induz à oração, que se faz oração, que leva à oração. No século XI, um monge chamado Guigo sistematizou e reorganizou o método através de quatro degraus espirituais: a leitura, a oração, a meditação e a contemplação, como meio adequado para um monge realizar uma Leitura Orante da Bíblia espiritualmente proveitosa. Guigo deu a estas quatro etapas o nome de Escada dos Monges, pela qual eles sobem ao céu.
• Primeiro Degrau: Leitura (Lectio)
Se for verdade que é importante saber rezar, é também muito importante saber ler. A verdadeira leitura é a que nos leva ao entendimento e à compreensão do texto escrito. Ao iniciar a Leitura Orante da Bíblia, você não vai estudar; não vai ler a Bíblia para aumentar o seu conhecimento nem para preparar algum trabalho apostólico; não vai ler para ter experiências extraordinárias. Mas você vai ler a Palavra de Deus para escutar o que Deus tem a lhe dizer, para conhecer a Sua vontade e, assim, "viver melhor em obséquio de Jesus Cristo". Em você deve estar a pobreza; deve estar também a disposição que o velho Eli recomendou a Samuel: "Fala Senhor que teu servo escuta" (1 S 3,10).
• Segundo Degrau: Meditação (Meditatio)
Segundo o monge Guigo, "a leitura sem meditação é árida, e a meditação sem leitura é errônea". Medita-se atualizando o que se leu, buscando o sentido para a vida, tanto pessoal como comunitária, tendo a preocupação de se perguntar: "O que o texto diz para mim, para nós?". Neste segundo passo, você entra em diálogo com o texto, para que o sentido se atualize e penetre na sua vida hoje. Como Maria, rumine o que escutou, e "medite na Lei do Senhor", para que, assim, "a Palavra de Deus habite abundantemente na sua boca e no seu coração".
• Terceiro Degrau: Oração (Oratio)
O monge Guigo dizia que "a leitura sem a meditação é morna e a meditação sem a oração é infrutífera". Oração nesse caso é entrar em diálogo com Deus dando uma resposta solicitada pela Palavra que nos foi dirigida por Ele. Você deve estar sempre preocupado em descobrir: "O que o texto me faz dizer a Deus?". É a hora da prece, o momento de "vigiar em orações". Até agora, Deus falou para você; chegou a hora de você responder a Ele. • Quarto Degrau: Contemplação (Contemplatio)
O resultado, o ponto de chegada da Leitura Orante é a Contemplação. Contemplação é ter nos olhos algo da "sabedoria que leva à salvação" (2T 3,15); é começar a ver o mundo e a vida com os olhos dos pobres, com os olhos de Deus; é você assumir sua própria pobreza e eliminar do seu modo de pensar aquilo que vem dos poderosos; é tomar consciência de que muita coisa, da qual você pensava que fosse fidelidade a Deus, ao Evangelho e à Tradição da Ordem, na realidade nada mais era do que fidelidade a você mesmo e aos seus próprios interesses; é saborear desde já, algo do amor de Deus que supera todas as coisas; é mostrar pela vida que o amor de Deus se revela no amor ao próximo; é dizer sempre: "faça-se em mim segundo a Tua Palavra". E assim tudo o que deve ser feito, será feito de acordo com a Palavra do Senhor". ____________________________________________________________
A Leitura da Bíblia , segundo a Constituição Dogmática 'Dei Verbum' do Concílio Vaticano II :
Leitura da Sagrada Escritura
" 25. É necessário, por isso, que todos os clérigos e sobretudo os sacerdotes de Cristo e outros que, como os diáconos e os catequistas, se consagram legitimamente ao ministério da palavra, mantenham um contacto íntimo com as Escrituras, mediante a leitura assídua e o estudo aturado, a fim de que nenhum deles se torne «pregador vão e superficial da palavra de Deus. por não a ouvir de dentro» (4), tendo, como têm, a obrigação de comunicar aos fiéis que lhes estão confiados as grandíssimas riquezas da palavra divina, sobretudo na sagrada Liturgia. Do mesmo modo, o sagrado Concílio exorta com ardor e insistência todos os fiéis, mormente os religiosos, a que aprendam «a sublime ciência de Jesus Cristo» (Fil. 3,8) com a leitura frequente das divinas Escrituras, porque «a ignorância das Escrituras é ignorância de Cristo» (5). " _____________________________________________________________
Diz o catecismo da Igreja sobre os modos de ler a Bíblia
117 O sentido espiritual - Graças à unidade do desígnio de Deus, não somente o texto da Escritura , mas também as realidades e os acontecimentos de que fala podem ser signos.
O sentido alegórico -- Podemos adquirir una compreensão mais profunda dos acontecimentos reconhecendo sua significação em Cristo; assim , a travessia do Mar Vermelho é um signo da vitória de Cristo e , por ele , do Batismo (cf. 1 Cor 10,2).
O sentido moral - Os acontecimientos narrados na Escritura podem nos conduzir a um obrar justo. Foram escritos "para nossa instrução" (1 Cor 10,11; cf. Hb 3-4,11).
O sentido anagógico - Podemos ver realidades e acontecimentos em sua significação eterna , que nos conduz (em grego: "anagoge") até nossa Pátria. Assim , a Igreja da terra é o signo da Jerusalém celeste (cf. Ap 21,1-22,5). ______________________________________
Os modos de ler as Sagradas Escrituras
Prof Everton N Jobim ______________________________________
Além da chamada 'leitura orante' -- tratada nos textos acima -- existem outras modalidades de leitura da Bíblia , como a 'leitura litúrgica' e a 'leitura militante' . Acima de tudo , o importante é ler a Bíblia e receber a graça do Espírito Santo , presente na inerrante Palavra de Deus -- fonte da doutrina revelada .
Não obstante , como a única autoridade que pode apresentar o sentido exato do Texto Sagrado é o magistério eclesiástico , a leitura 'orante' e 'militante' não podem sair dos limites da leitura litúrgica e da interpretação admitida pelo sagrado magistério.
A dita leitura 'militante' , a leitura , portanto , que convida à ação e à transformação não pode contrariar os limites do que é admitido pela doutrina una da Santa Igreja . E quando lemos o Texto Sagrado na santa missa ou em atos de culto , tampouco deixamos de orar e de nos transformar com essa leitura.
Portanto , essas modalidades de leitura da Bíblia são adjetivações que reforçam aspectos de um mesmo ato ; um ato uno e indiviso , em conformidade com as circunstâncias específicas da nossa vida.
A leitura da Bíblia é fundamentalmente dispor a nossa mente e o nosso coração para o recebimento da mensagem de Deus e assim amá-Lo e louvá-Lo , intensamente , como fonte derradeira de orientação espiritual , e , principalmente , de justiça , em nossas vidas e na vida da coletividade . O Texto Sagrado e a Sagrada Tradição , integram o mesmo depósito da fé , possuem a mesma origem e comungam os mesmos objetivos , consequentemente não pode haver uma divisão insuperável de leituras da Bíblia.
Não devemos confundir , tampouco , a riqueza estilística da Bíblia -- as figuras de linguagem e o linguajar da época -- com mitos e fantasias. O escritor sagrado utilizava frequentemente recursos linguísticos e liberdade poética , para expressar idéias religiosas e desenvolver pensamentos complexos. Mesmo nos dias atuais , utilizamos esse tipo de comunicação na forma oral e escrita. Essa riqueza estilística muitas vezes pode propiciar interpretações errôneas da Palavra de Deus , por essa razão é necessário seguir a leitura oficial do sagrado magistério . Somente ele possui o carisma da infalibilidade doutrinária.
Prof Everton N Jobim

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