
Você gosta das coisas muito bem organizadas? Acredita ter tudo sob controle? Planeja cada detalhe com antecedência e se frustra quando algo foge de seu poder? Essas perguntas precisam de respostas e, muitas vezes, não as temos, continuando, assim, a viver como se pudéssemos dar direção à nossa própria caminhada.
Tão importante quanto ter um bom plano é saber lidar com o inesperado. Bons planos devem ser maleáveis, flexíveis, a ponto de permitirem, se necessário, alterações antes de sua execução. Nossa vida é dinâmica, carregada de surpresas e de novos desafios que surgem diante de nós à medida que caminhamos; por isso precisamos saber lidar com imprevistos.
Na maioria das vezes, nos sentimos frustrados quando algo não sai da maneira planejada. Confesso que quando isso acontece comigo fico como se o chão se abrisse sob meus pés.
O apóstolo Paulo passou por situação semelhante quando, em um de seus projetos, tinha como plano ser missionário na Espanha e, em vez disso, foi surpreendido com um “plano B”, que o conduziu direto para a prisão. Todos nós, em algum momento da vida, já nos encontramos nessa situação: prontos para embarcar rumo àquela tão esperada viagem, ou certos de que agora seríamos promovidos, ou ainda prontos para realizar o sonho de ingressar na universidade... E a viagem não dá certo, a promoção vai para outro, nosso nome não sai na lista de aprovados. Então acabamos na prisão, assim como Paulo.
A prisão de Paulo poderia ter significado o fim de tudo, mas ele aceitou o fato, sem tentar negar a realidade, e tirou o máximo proveito de tudo. Em vez de gastar tempo se lamentando e murmurando, ele escreveu cartas -- Efésios, Filipenses, Colossenses, Filemon -- que ecoam e nos ajudam em nossa caminhada hoje.
Nós também podemos tirar proveito dos planos B e descobrir que melhores do que a viagem ou a promoção serão as cartas escritas no cárcere.
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