FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

quarta-feira, 1 de março de 2017

QUARTA-FEIRA DE CINZAS ANO A – 01 de março de 2017

Do pó viemos ao pó voltaremos

Leituras Joel 2,12-18. Rasgai o coração e não as vestes. Salmo 50/51,3-6a.12-14 e 17. Criai em mim um coração que seja puro. 2Coríntios 5,20—6,2. É agora o momento favorável, é agora o dia da salvação. Mateus 6,1-6.16-18. Não toques a trombeta diante de ti. “TEU PAI, QUE VÊ O QUE ESTÁ OCULTO, TE DARÁ A RECOMPENSA” quaresma-2012 1- PONTO DE PARTIDA Com a celebração de hoje iniciamos nossa caminhada quaresmal, preparando a grande festa da Páscoa do Senhor. Iniciamos fazendo gestos bem concretos como o jejum e a penitência pela imposição das cinzas, sinais que nos indicam que devemos neste tempo nos abrir para Deus e para os irmãos. A celebração e a imposição das cinzas lembram as palavras de Jesus: “Convertei-vos e crede no evangelho”. Receber as cinzas, nesta quarta-feira, significa confirmar nossa fé na Páscoa de Cristo, na reconciliação, na esperança de um dia estar na comunhão do Ressuscitado. Celebramos neste dia o mistério do Deus misericordioso que acolhe nossa penitência e nossa reconciliação pela conversão que consiste em crer no Evangelho, ser discípulos e discípulas missionários de Cristo e entrar no seu caminho pascal. Começamos hoje a campanha da Fraternidade 2017. Ela tem como tema: “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”, tendo como lema “Cultivar e guardar a Criação”. É importante saber que o lema fundamentado na Sagrada Escritura é um mandamento, uma ordem do Criador: “Cultivar e guardar a criação” (Genesis 2,15). 2- REFLEXÃO BÍBLICA, EXEGÉTICA E LITÚRGICA Primeira leitura – Joel 2,12-18. A Palavra de Deus, na primeira leitura, nos vem pelo profeta Joel. Em seu tempo, a região de Judá estava sofrendo grande calamidade causada pela inesperada praga de gafanhotos que acabara com as plantações. Os inimigos aproveitaram o sofrimento do povo para ironizar Deus. Por meio dessa tragédia ecológica, o profeta ajuda o povo a perceber o convite de Deus para se converter e voltar-se para Ele. A situação exige uma ação religiosa de expiação, uma jornada de jejum e penitência de toda a nação. A realidade ecológica colocada sob o olhar de fé torna-se ambiente litúrgico e a praga de gafanhotos, “dia do Senhor”: momento da história em que Deus intervém por meio da natureza. Nesse “dia” ele faz um julgamento público, corrigindo e salvando. Para encontrar graça neste dia insuportável, é preciso converter-se e voltar ao Senhor. Não basta um ato externo e ritual, mas exige-se uma mudança de coração. O profeta Joel aqui o que Jesus resumirá mais tarde na frase: “Fazei penitência (em grego metanoein), porque o (Reino de Deus) está chegando”. Se a pessoa humana voltar atrás, também Deus voltará atrás em seu rigor e mostrará que Ele é bom e compassivo. A conversão do povo, a mudança de vida são condições para que a misericórdia do Senhor entre em ação. O profeta Joel diz que há sempre tempo para se converter, como está escrito em Deuteronômio 30,9-10: “[…] o Senhor teu Deus tornará a se alegrar contigo […] se escutares a voz do Senhor teu Deus, guardando seus mandamentos e mandatos […] se te converteres ao Senhor teu Deus com todo o coração e com toda a alma”. Salmo responsorial 50/51, 3-6a.12-14.17. O Salmo começa com o apelo à misericórdia, que inclui a confissão formal do pecado; este versículo é síntese ou germe do resto do Salmo. Começa a primeira parte, no reino do pecado, sem mencionar Deus. O pecado é um ato pessoal contra Deus, não mera violência de ordem abstrata. O Salmo 51(50) é a súplica de uma pessoa que reconhece sua profunda miséria e seus pecados; que tem plena consciência da gravidade da própria culpa, pois quebrou a Aliança com o Senhor. São muitos os pedidos, mas todos se concentram em torno do primeiro: “Tem piedade de mim, ó Deus, por teu amor!”. O rosto de Deus no Salmo 50/51 é o Deus da Aliança. A expressão “pequei contra ti, somente contra ti” (versículo 6a) não quer dizer que essa pessoa não tenha ofendido o próximo. Seu pecado é de injustiça (versículo 4a). A expressão quer dizer que a injustiça contra o semelhante é um pecado contra Deus e uma violação da Aliança. O salmista, pois, tem consciência aguda da transgressão que cometeu. Porém, maior que seu pecado é a confiança no Deus que perdoa. Maior que a sua injustiça é a graça do parceiro fiel. Aquilo que o ser humano não pode fazer (apagar a dívida que tem com Deus), Deus o concede gratuitamente ao perdoar. Podemos contemplar neste Salmo o rosto de Deus como misericórdia. O tema da súplica está presente na vida de Jesus. O tema do perdão ilimitado de Deus aparece forte, por exemplo, no capítulo 18 de Mateus, nas parábolas da misericórdia (Lucas 15) e nos episódios em que Jesus perdoa a recria plenamente as pessoas (por exemplo, João 8,1-11; Lucas 7,36-50), etc. O salmista em oração coloca-se diante da misericórdia de Deus, confiando que Ele tudo pode e quer sanar, regenerar, recriar todas as coisas com a santidade e a novidade do seu Espírito. No Primeiro Testamento este Salmo lembrava ao povo a misericórdia de Deus com Davi, apesar de seu grande pecado. Cantando hoje este salmo, peçamos que o Senhor tenha misericórdia de nós e nos ajude a viver em profunda comunhão com Ele e com os irmãos. PIEDADE, Ó SENHOR, TENDE PIEDADE, POIS PECAMOS CONTRA VÓS! Segunda leitura – 2Coríntios 5,20—6,2. A comunidade de Corinto, além de conflitos internos, estava tendo dificuldades de relacionamento com Paulo. Ele então escreve a ela, lembrando que a comunidade é chamada a ser sinal de reconciliação de todas as pessoas com Deus. Cristo fez-se excluído por nós. Deus o colocou como Redentor dos pecadores. Paulo diz que somos embaixadores da misericórdia e do perdão de Deus neste tempo favorável. O tempo da reconciliação é agora; é agora o dia da salvação. Nós somos responsáveis por isso. A mudança situa-se somente da parte dos reconciliados, reconduzidos á comunhão e à amizade com Deus por meio de Jesus Cristo. Mediante a pregação Deus estende a mão a todos. E Paulo suplica: “Deixem que Deus os transforme de inimigos em seus amigos” (versículo 20). Suplica também: “Não deixem que se perca a graça de Deus que vocês já receberam” (versículo 27). Aqui aparece a outra face da moeda. Deus não age sozinho. A pessoa humana não se salva apesar de si mesma. A pessoa humana encontra-se diante da possibilidade de se abrir e de se fechar, de dar ou não dar resposta à proposta de Deus. São possibilidades de sua liberdade de sua responsabilidade, decisivas para sua sorte eterna. Evangelho – Mateus 6,1-6.16-18. O Evangelho de hoje faz parte do grande Sermão da Montanha, narrado por Mateus (5-7). Ele reúne sentenças de Jesus em um discurso inaugural, uma grande didakhé. É o apelo que Jesus dirige a quem quer segui-lo; é o manifesto do Messias Jesus, Salvador. Nele encontramos novas normas para seu seguimento, com a recomendação de fazermos “brilhar a luz diante da humanidade, para que vendo as obras, glorifiquem o Pai” (Mateus 5,16). Na Palavra de hoje, a recomendação é agir, porém não com a finalidade de ser aplaudido pelos outros. A norma de ser luz fala da conseqüência da atitude de quem segue Jesus. Hoje ouvimos a proposta de retorno a Deus, que propõe três ações básicas: a oração, o jejum e a esmola. Nas palavras de Jesus, o mais importante não é o gesto externo, e sim a atitude interior com a qual realizamos nossas ações. Este Evangelho toca num ponto fraco de nossa maneira de ser e viver: a tendência de “praticar a justiça para sermos vistos…”. Assim, a oração é diálogo permanente com Deus, a escuta profunda da sua Palavra e não mera exterioridade, com repetição contínua de nossas próprias palavras. A oração nos ajuda a enxergar a realidade com os “olhos” de Deus e nos abre a um compromisso fraterno e solidário com a vida e a dignidade de todas as pessoas, vendo em todas elas a imagem de Jesus, nosso irmão. Aqui a oração é pessoal, e não a oração comunitária necessariamente pública, perante a assembleia. Os salmos falam da oração na cama (cf. Salmo 4,5; 7,2-5), de súplicas de doentes (cf. Salmo 6,38). Jesus fala da oração que ele mesmo praticou ao se retirar, à noite ou de madrugada, para se encontrar com o Pai face a face, em particular, porque Deus não está confinado no templo mas presente em toda parte. Não se deve converter a oração em espetáculo. É estranho e mentiroso parecer que se louva a Deus para glória própria. O jejum, na época de Jesus, podia ser voluntário ou prescrito. Podia ser público por causa de alguma calamidade, conforme o profeta Joel, ou privado, acompanhando uma súplica pessoal. Há o jejum ritual do dia da expiação que recebe a crítica e indignação de Isaías. Para o profeta (cf. Isaias 58,1-7), o jejum consiste em libertar os prisioneiros, acabar com a opressão, partilhar nossos bens com os mais pobres e acolhê-los como irmãos. Isso exige de nós o jejum da auto-suficiência, do desejo de dominar e de acumular, que nos distancia do projeto de Deus, Jejum é a prática da Justiça. A esmola é muito recomendada no Primeiro Testamento. O livro de Provérbios 19,7 diz que “quem se compadece do pobre empresta ao Senhor”. Jesus não fala dela, mas fala de “um copo de água” dado em seu nome e de que seremos julgados pelo preceito capital do amor ao próximo. Os pequenos são irmãos de Jesus e tudo que fizermos ao faminto, ao nu, ao sedento, ao peregrino… Estaremos fazendo a ele. É mais que esmola. É amor fraterno, irmandade. 3- DA PALAVRA CELEBRADA AO COTIDIANO DA VIDA As ações solidárias, as orações , os ritos e jejuns são aceitos se brotam como expressão de nossa relação amorosa com Deus e seu plano. Ele revela-se benigno, compassivo, paciente, cheio de misericórdia, inclinado a perdoar sempre e não deixa que seu povo sofra infâmia nem dominação. No caminho de conversão quaresmal, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) nos apresenta a Campanha da Fraternidade como itinerário de libertação pessoal, comunitária e social… A Campanha da Fraternidade, que celebramos na Quaresma nos estimula a abrir o coração ao que o Senhor pede a cada um de nós em particular e a sintonizar com a realidade social, política, econômica e cultural na qual vivemos. Neste ano de 2017, a Campanha da Fraternidade vem mais uma vez nos alertar, nos advertir, nos conscientizar do perigo e das consequências maléficas do “pecado cósmico”. Já ensinava Paulo Apóstolo que “a criação geme e sofre dores de parto” (Romanos 8,22). O Papa Francisco, profeta de nossos tempos, dirige-se a cada pessoa que habita no Planeta Terra e clama por uma “conversão ecológica, uma cultura ambiental e uma espiritualidade defensora da natureza”. A terra transformou-se num “depósito de lixo”, diz o Papa, e lamenta que muita gente ainda tenha atitude de indiferença, desinteresse, resignação, diante de tanta destruição. Ao entrarmos na Quaresma, sentimos como estranho e incoerente o espetáculo de oração na televisão, no rádio, em que pessoas se mostram e fazem sucesso com a reza ostensiva do terço, com ostensórios dourados, com roupas vistosas… A própria liturgia – ação, serviço público comunitário – tem-se tornado espetáculo, show… Certamente, Jesus diria hoje: “Hipócritas… já receberam o seu pagamento!”. Atualmente, também é complicado falar de esmola. Jesus propõe que quem deseja segui-lo “vá, venda tudo o que tem e dê aos pobres”. É partilha. Não se trata de dar apenas algum trocado, uma roupa, um prato de comida, muitas vezes por desencargo de consciência ou para livrar-nos da importunação. Esmola é, sim, a caridade praticada como solidariedade e serviço amoroso e efetivo aos irmãos necessitados, como entrega de nossa vida, de nossas forças, de nosso tempo, de nossos bens para o bem comum. É participação em projetos e movimentos populares pela geração de empregos, pela democratização da posse da terra, no campo e na cidade, pela construção de moradia e pela ampliação de postos de saúde e de atendimento para todos. É ajudar a pessoa a desenvolver suas capacidades, a se tornar sujeito de sua promoção. Este tempo litúrgico iniciado hoje é momento privilegiado de mudança. Não se trata de fazer a luz brilhar para “sermos admirados”, fazermos sucesso. O resultado é louvor de Deus e não o nosso. O mandamento de “não praticar a justiça na frente dos homens só para ser visto por eles” completa a recomendação de ser luz para o mundo. A luz é de Jesus Messias e não luz pessoal, porque somos pó. Pó não brilha. 4- A PALAVRA SE FAZ CELEBRAÇÃO Não endureçais o coração A aclamação ao Evangelho, nessa quarta-feira de cinzas, conduz nosso olhar para o objetivo central da quaresma: ouvir a Palavra de Deus à medida que o coração se dilata. O itinerário proposto pela Igreja para este tempo suscita o cuidado para não vivermos da própria justiça (cf. Evangelho), o que seria publicar a vaidade que culmina na hipocrisia. Em conformidade, a primeira leitura e o Evangelho ressoam no rito das cinzas distribuídas após a homilia. Este gesto muito antigo, anterior à própria Igreja Cristã, comemora o fato de os seres humanos estarem atentos à sua vulnerabilidade e, não fechados em si mesmos, procurarem a plenitude em seu Criador. Adentrar na justiça de Deus e vivê-la em relação ao próximo Fazer a experiência das cinzas é render-se à justiça divina, renunciando à própria. As cinzas que pobremente recebemos em nossas cabeças, lembram a necessidade de conversão e de fé no Evangelho e a nossa condição humana que é transitória e abre a porta de entrada para o caminho da Quaresma que nos prepara para a Páscoa da Ressurreição. Recebendo as cinzas, reconheçamos que somos pó e pó voltaremos a ser, mas não reduzidos a pó. A fé em Jesus ressuscitado faz com que a vida renasça das cinzas. A Quarta-Feira de Cinzas, porta de entrada da Quaresma, começa denunciando as deficiências graves do nosso mundo: a falta de coração puro. Amolecer o coração, portanto, é necessário para que contemplemos a Deus na sua justiça. Isso significa, por um lado. “a aceitação plena da vontade do Deus de Israel: e, por outro, equidade em relação ao próximo (cf. Êxodo 29,12-17)”. O tempo de quaresma nos readmite neste caminho, permitindo-nos reconhecermo-nos pó da terra, para dele sermos levantados (cf. Salmo 113,7). Assim, proclama-se, já no início deste itinerário e o seu destino: a Páscoa da Ressurreição. 5- LIGANDO A PALAVRA COM A AÇÃO EUCARÍSTICA Como assembléia pecadora e necessita de purificação, abrimo-nos à escuta da Palavra de Deus e à solidariedade para com os irmãos, acolhendo a conversão, a reconciliação e a salvação, que misericordiosamente o Senhor nos oferece. Com nossas cabeças “perfumadas”, assinaladas pelas cinzas da penitência, reconhecemos humildemente nossa condição humana, dando a deus o lugar central em nossa vida e ao seu projeto nossa adesão livre, consciente e amorosa. Confiantes, suplicamos sua graça e confirmamos nosso compromisso de mudança, direcionando nosso jejum e nossa ação co-responsável e solidária para a realidade sofrida dos povos e do chão da Amazônia. Cheios de gratidão, oferecemos ao Pai – por Cristo, com Cristo e em Cristo – nossa ação de graças pelo farto alimento espiritual que ele nos dá, sinal de seu amor para conosco, fazendo-nos participantes do mistério da morte e ressurreição do Filho amado. Disponíveis, abrimo-nos a seu convite para nos desprender-mos de nossa auto-suficiência e de tudo o que é supérfluo e para dividirmos com os irmãos nossos bens e nossa vida, tornando-nos instrumentos de conversão, de perdão e de justiça no mundo em que vivemos. 6- QUARTA-FEIRA DE CINZAS A festa mais importante do ano, a celebração do acontecimento central e máximo de toda a história da humanidade, é a Páscoa. E por que ela é tão especial, merece uma preparação à altura. Então, começa na Quarta-Feira de Cinzas nossa preparação para a Páscoa. E como inauguramos esta preparação? Colocando cinza sobre nossa cabeça, como sinal de penitência, isto é, como prova de que estamos dispostos a nos alinhar no caminho de Deus com seu projeto de justiça e paz para todos. Além disso, passamos esse dia fazendo jejum, também como sinal de penitência. Serão então quarenta dias de preparação: Quaresma. A Campanha da Fraternidade, enfocando um problema social que mais aflige a sociedade, à luz da Palavra de Deus, vai nos ajudando na preparação para a Páscoa. Quarta-Feira de Cinzas! Celebramos neste dia o mistério do Deus misericordioso que acolhe nossa penitência, nossa conversão, isto é, o reconhecimento de nossa condição de criaturas limitadas, mortais e pecadoras. Conversão que consiste em crer no Evangelho, isto é, aderir a ele, vive segundo o ensinamento do Senhor Jesus. Numa palavra, trata-se de entrar no caminho pascal de Jesus. “Convertei-vos e crede no Evangelho”: é o convite que Jesus faz (cf. Marcos 1,15). Esta Palavra a ouvimos ao receber cinzas sobre nossa cabeça. Por que cinzas? É para lembrar que, de fato, somos pó. Mas não reduzidos a pó! A fé em Jesus ressuscitado faz com que a vida renasça das cinzas. Quando o ser humano reconhece sua condição de criatura realmente necessitada da ação de Deus, em Cristo e no Espírito, então Jesus Cristo faz brotar vida de nossa condição mortal. Reconhecer-se assim é entrar numa atitude pascal, isto é, de passagem com Cristo da morte para a vida. Esta Páscoa vivemos na conversão, através dos exercícios de oração, jejum e esmola ou partilha de bens e gestos solidários, no espírito do Sermão da Montanha. Páscoa que celebramos na Eucaristia, pela qual aclamamos Deus como aquele que, acolhendo nossa penitência, corrige nossos vícios, eleva nossos sentimentos, fortifica nosso espírito fraterno e, assim, nos dá a graça de nos aproximarmos do seu jeito misericordioso de ser e nos garante uma eterna recompensa. Por isso que o presbítero, em nome de toda a assembléia, canta na Oração Eucarística: “Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso […]. Vós acolheis nossa penitência como oferenda à vossa glória. O jejum e a abstinência que praticamos, quebrando nosso orgulho, nos convidam a imitar vossa misericórdia, repartindo o pão com os necessitados […]. Pela penitência da Quaresma, corrigis nossos vícios, elevais nossos sentimentos, fortificais nosso espírito fraterno e nos garantis uma eterna recompensa” (Prefácio da Quaresma III e IV). Com a oferta total de Cristo ao Pai, pelo Espírito Santo, na liturgia eucarística, une-se também a oferta de nossa penitência quaresmal. E Deus, por sua vez, nos recompensa com o corpo entregue e o sangue derramado de seu Filho Jesus, na santa comunhão. Que o Cristo pascal nos ajude para que nosso jejum seja realmente agradável a Deus e nos sirva de remédio para a cura de nossos vícios. E assim possamos celebrar dignamente a santa Páscoa de Cristo e nossa Páscoa. 7- ORIENTAÇÕES GERAIS 1. A Cruz do Senhor deve permanecer em lugar de destaque durante toda a Quaresma. 2. Preparar com antecedência as cinzas, se possível com ramos secos usados no Domingo de Ramos do ano anterior, conforme é tradição da Igreja. Não é preciso que o rito de bênção e distribuição das cinzas seja unido à Missa; no entanto, pode ser realizado após a liturgia da Palavra, com textos bíblicos, orações e cânticos próprios do dia. Após a homilia, faz-se a bênção e a distribuição das cinzas. Termina-se com a oração dos fiéis e o Pai-Nosso. Outra boa alternativa é seguir o roteiro conforme o Ofício Divino das Comunidades. 3. Os cantos contribuem muito com a espiritualidade (mística) própria da Quaresma. Por isso, não basta deixar de cantar o Glória e o Aleluia. É preciso cuidar que o conteúdo dos cantos, seu ritmo e o uso dos instrumentos musicais sejam uma autentica expressão da Quaresma. O Hinário Litúrgico da CNBB, fascículo 2, oferece um rico repertório para a Quaresma. 4. O CD: da Campanha da Fraternidade 2017 trouxe um belíssimo repertório quaresmal. Não podemos deixar de utilizar o CD: Liturgia XIV, Quaresma Ano B e C, editado pela Paulus, com muitos cantos bíblicos. 5. Um bom ensaio dos cantos previstos para a celebração se faz necessário, para que ela transcorra em clima realmente orante e de fé. Após o ensaio de cantos uns momentos de silêncio e oração pessoal ajudam a criar um clima alegre e orante para a celebração. 6. Colocar o cartaz da Campanha da Fraternidade em lugares visíveis da Igreja. De preferência, não no presbitério. 7. O Ato penitencial é omitido nesta Missa, pois é substituído pelo rito da imposição das cinzas, que se dá após a homilia. É importante valorizar este rito em sua dimensão penitencial, na disposição à conversão. O Missal Romano sugere duas fórmulas de orações de bênção e duas exortações para o momento da imposição das cinzas. Escolher com antecedência as que são serão usadas na celebração. 8. Em todo o rito, a Palavra se conjuga com o silêncio. Momentos de silêncio após as leituras, o salmo e a homilia, fortalecem a atitude de acolhida da Palavra. O silêncio é o momento em que o Espírito Santo torna fecunda a Palavra no coração da comunidade. Nem tudo cabe em palavras. 9. A homilia (conversa familiar) interpreta as leituras bíblicas a partir da realidade atual, tendo o mistério de Cristo como centro do anúncio e fazendo a ligação com a liturgia eucarística (dimensão mistagógica) e com a vida (compromisso e missão). 10. Na celebração de hoje da Quarta-Feira de Cinzas não se faz a Profissão de Fé. 11. Hoje é dia de jejum e abstinência 8- MÚSICA RITUAL O canto é parte necessária e integrante da liturgia. Não é algo que vem de fora para animar ou enfeitar a liturgia. Por isso devemos cantar a liturgia e não cantar na liturgia. Os cantos e músicas, executados com atitude espiritual e, condizentes com cada domingo, ajudam a comunidade a penetrar no mistério celebrado. Portanto, não basta só saber que os cantos são do Tempo da Quaresma, é preciso executá-los com atitude espiritual. A escolha dos cantos deve ser cuidadosa, para que a comunidade tenha o direito de cantar o mistério celebrado. A função da equipe de canto não é simplesmente cantar o que gosta, mas cantar o mistério da liturgia desta Quarta-Feira de Cinzas. Os cantos devem estar em sintonia com o Ano Litúrgico, com a Palavra proclamada e com o sacramento celebrado. Não devemos esquecer que toda liturgia é uma celebração da Igreja corpo de Cristo e não de um grupo, de uma pastoral ou de um movimento. A equipe de canto faz parte da assembléia. Não deve ser um grupo que se coloca à frente da assembléia, como se estivesse apresentando um show. A ação litúrgica se dirige ao Pai, por Cristo, no Espírito Santo. Portanto, a equipe de canto deve se colocar entre o presbitério e a assembléia e estar voltada para o altar, para a presidência e para a Mesa da Palavra. 1 Canto de abertura. Deus não despreza o criou: que ele tenha compaixão (Sabedoria 11,24-24.27). “Volta, meu povo, ao teu Senhor e exultará teu coração”, CD: CF-2017, melodia da faixa 6. A Igreja também oferece outro canto muito propício para esta celebração das Cinzas: “Senhor, eis aqui o teu povo”, CD: Liturgia XIII, melodia da faixa 1, Quaresma Ano A, ou Hinário Litúrgico II, página 296; Ensina a Instrução Geral do Missal Romano que o canto de abertura tem por objetivo, além de unir a assembléia, inseri-la no mistério celebrado (IGMR nº 47). Nesse sentido o Hinário Litúrgico II da CNBB nos oferece uma ótima opção, que estão gravados no CD: Liturgia XIV, Quaresma Ano B e C. 2- Salmo responsorial 50/51. Deus restabelece em nós um coração puro. “Misericórdia, ó Senhor, pois pecamos”. 3- Aclamação ao Santo Evangelho. Ouvir hoje a voz de Deus (Salmo 94/95,8). “Glória a vós, ó Cristo, Verbo de Deus!”, CD: CF-2017, melodia da faixa 9. Refrão articulado com o Salmo 94 que nos convoca a ouvir a voz de Deus no “hoje” da vida. 4. Canto da imposição das cinzas. Durante este rito penitencial da imposição das cinzas sobre a cabeça, sugerimos que a assembléia cante “Pecador, agora é tempo”, CD: Liturgia XIII, melodia da faixa 4 ou no Hinário Litúrgico II da CNBB, página 277; “Nestes tempos de morte e aridez”, CD: CF 2016, melodia da faixa 5. O rito termina com a oração dos fiéis. 5. Canto de apresentação dos dons. O canto de apresentação das oferendas, conforme orientamos em outras ocasiões, não necessita versar sobre pão e vinho. Seu tema é o mistério que se celebra acontecendo na fraternidade da Igreja reunida em oração. “Bendito és tu, ó Deus criador,”, CD: CF-2017, melodia da faixa 10, A Igreja oferece outras opções importantes. “O vosso coração de pedra”, CD: Liturgia XIII, melodia da faixa 5 ou Hinário Litúrgico II da CNBB, página 275; Eis o tempo de conversão”, CD: Liturgia XIV, melodia da faixa 6 ou no Hinário Litúrgico da CNBB II, pág. 217; “Aceita, Senhor, com prazer”, CD: CF-2015, melodia da faixa 10. 6. Canto de comunhão: Meditar a lei do Senhor dia e noite (Salmo 1,2-3). “Agora, o tempo se cumpriu, o Reino já chegou”, CD: CF-2017, melodia da faixa 12. O canto de comunhão deve retomar o sentido do Evangelho desta Quarta-Feira de Cinzas. Esta é a sua função ministerial. Na realidade, aquilo que se proclama no Evangelho nos é dado na Eucaristia, ou seja: é o Evangelho que nos dá o “tom” com o qual o Cristo se dirige a nós em cada celebração eucarística reforçando estes conteúdos bíblico-litúrgicos, garantindo ainda mais a unidade entre a mesa da Palavra e a mesa da Eucaristia. Isto significa que comungar o corpo e sangue de Cristo é compromisso com o Evangelho proclamado. Portanto, o mesmo Senhor que nos falou no Evangelho, nós o comungamos no pão e no vinho. 9- ESPAÇO CELEBRATIVO 1. Se há um elemento, que, sem palavras, cumpre a função mistagógica, isto é, de conduzir para dentro do mistério celebrado, este é o Espaço Sagrado. Por isso, devemos dedicar-lhe todo o nosso cuidado. 2. Como tempo preparatório para a páscoa anual, a quaresma nos convida a uma intensa revisão de vida. Os elementos simbólicos festivos serão reservados. O espaço celebrativo expressa essa “reserva simbólica” através da retirada das flores, do despojamento e austeridade que convém a este tempo. Também a cor roxa da estola (ou casula) e das toalhas ajudará a sinalizar o tom penitencial característico desse tempo. 3. A cruz é elemento importante em qualquer tempo, mas na Quaresma é, sem dúvida, um sinal marcante da paixão de Cristo e da paixão do mundo. Para que esse sinal seja devidamente enfocado, sugerimos um incensário aos pés da cruz. As brasas sejam alimentadas de forma constante e discretamente, sem excessos. 4. Para o tempo quaresmal, já é de praxe, o uso da cor roxa nas vestes, velas e paramentos. Mas temos que ir além. Redescobrir, a cada vez, o sentido da chamada “reserva simbólica”: Durante este tempo (a quaresma) é proibido ornar o altar com flores, cantar o aleluia ou o hino de louvor, com exceção das solenidades e festas. 5. Isso nos ajuda a preparar o espaço celebrativo levando em conta o tempo quaresmal. O ambiente deve estar “despojado a austero”. Isso vale também para outros tempos litúrgicos. Devemos “fazer uma limpeza” de tudo o que é supérfluo no espaço celebrativo, como cartazes, folhagens, fitas, adornos, faixas, muitas imagens, etc. Os exageros de enfeites causam uma verdadeira “poluição visual”, e é preciso achar um lugar “para pousar o olhar e contemplar”. Por outro lado, devemos valorizar e destacar o que é realmente essencial para a celebração do Mistério de Cristo, isto é, o altar, a mesa da Palavra, a cadeira presidencial e a pia batismal. Durante a Quaresma outros símbolos fortes são importantes, como a cruz, a cor roxa e outros próprios para cada celebração. 6. A equipe procure caracterizar o ambiente e organizar toda a celebração dentro de uma certa sobriedade (cor roxa, sem flores, sem glória, sem aleluia e sem o canto de louvor a Deus após a comunhão. Isso não quer dizer que o ambiente seja de tristeza. A fé cristã une numa mesma celebração “a dor e a alegria, a luta e a festa”. Na Quaresma se retoma o silêncio, as celebrações são mais silenciosas, sóbrias, simples, austera. Não se enfeita o espaço celebrativo com flores. Os instrumentos apenas acompanham o canto. Não deve ter baterias e instrumentos de percussão fazendo aquele barulho como se fosse uma boate. É o silêncio que predomina. O espaço da celebração, a partir desta quarta-feira, deve ser organizado e permanecer por toda a Quaresma. 7. O cartaz da Campanha da Fraternidade e outras gravuras afins sejam colocados no mural ou noutro espaço cuja finalidade é informar os fiéis dos acontecimentos comunitários. Não é oportuno afixá-lo, por exemplo, na Mesa do Altar ou na Mesa da Palavra. Caso seja apresentado na procissão de abertura, ou na homilia, deve ser reconduzido a um lugar oportuno. 10. AÇÃO RITUAL “Convertei-vos, a mim que eu voltarei a vós”. Essa frase exprime, perfeitamente, o significado do caminho que, a partir de hoje, percorremos como comunidade pascal. Busquemos revigorar nosso Batismo, reconhecendo nossa fragilidade e suplicando o auxílio do Senhor para que saiamos da ignorância e recordemos: fomos mergulhados na morte e ressurreição do Senhor: “as coisas antigas já se passaram, fomos nascidos de novo”. Se a celebração for à noite, iniciá-la com as luzes apagadas e em profundo silêncio. Se for conveniente, tocar um instrumento (atabaque, berimbau ou outro). No início da celebração, criar um clima silencioso e orante, através de um refrão meditativo, como: “Misericórdia, Senhor misericórdia, misericórdia”. Ritos Iniciais 1. Onde for possível, iniciar a celebração fora da Igreja, com um convite a toda a comunidade para que se apresente como penitente diante do Senhor que a convoca. Onde houver batismo na noite pascal, é importante acolher os candidatos aos sacramentos de iniciação. 2. Logo após o sinal da cruz, saudação e sentido litúrgico, o presidente ou animador convida a assembléia a recordar, silenciosamente, acontecimentos, fatos, situações que evocam nossa fragilidade e pequenez diante do grande mistério da vida. Com um dia de penitência, iniciamos o tempo da Quaresma e a preparação próxima para a Páscoa do Senhor. Intensificamos a oração, o jejum e a solidariedade como sinais de conversão e uma busca mais profunda do Deus da vida. 3. Aqui, pode-se trazer presente algumas situações do texto base da Campanha da Fraternidade 2017, mas de forma orante. Se a comunidade for pequena, pode-se fazer esta recordação com uma conversa de dois a dois. 4. Em seguida, o presidente da celebração conduz a comunidade ao silêncio e convida para que deponham seus “ramos secos” junto à cruz processional, trazendo na memória todos estes fatos que foram recordados, apresentando-os diante da Cruz do Senhor como situações que revelam a “sequidão”, o “pó” da nossa existência e a humanidade gananciosa que utiliza o ser humano para o tráfico. 5. Enquanto se dá esta ação ritual, canta-se o canto “O vosso coração de pedra se converterá”. 6. O presidente conclui a ação ritual rezando a Oração do Dia que está no Missal Romano. Nesta oração suplicamos a Deus que a penitencia nos fortaleça e nos purifique. Rito da Palavra 1. Convém caprichar o máximo na proclamação da Palavra de Deus (leituras, canto do salmo, evangelho). Proclamar de tal maneira que a assembléia sinta que é realmente Deus quem está falando para seu povo. Por isso, que tal fazer previamente um bom ensaio, e, mais que isso, uma verdadeira vivência da Palavra com os(as) leitores e o(a) cantor(a) do salmo responsorial? A Palavra merece, e a assembléia agradece! 2. Convém que o ministro, ao rezar a oração de bênção sobre as cinzas, o faça pausadamente, com unção, dando ênfase às frases e às palavras mais importantes. Esta oração tem riquíssimo conteúdo e forte tom evangelizador. A boa proclamação vai ajudar os fiéis a vivenciarem melhor o espírito penitencial do rito. 3. Convém que haja cinzas em abundância e que sejam esparsas abundantemente sobre a cabeça dos fiéis. 4. Quem recebe as cinzas, em sinal de compromisso faz uma inclinação diante da Cruz. As cinzas que sobrarem podem ser trazidas juntamente com as oferendas e, no final da celebração, levadas aos doentes e pessoas impossibilitadas de participar. Rito da Eucaristia 1. Na Oração sobre as oferendas pedimos a Deus que Ele ajude-nos a dominar os maus desejos pela penitência e pela caridade. 2. Sugerimos o Prefácio Comum, IV da Quaresma página 417 do Missal Romano. Este prefácio faz referência direta ao Evangelho ao citar os frutos do jejum. Seguindo essa lógica, cujo embolismo reza: “Pela penitência da Quaresma, corrigis nossos vícios, elevais nossos sentimentos, fortificais nosso espírito fraterno e nos garantis uma eterna recompensa, por Cristo, Senhor nosso”. O grifo no texto identifica aqueles elementos em maior consonância com o Mistério celebrado neste Domingo e que pode ser aproveitado na celebração, ao modo de mistagogia. Usando este prefácio, o presidente deve escolher a I, II ou a III Oração Eucarística. A II admite troca de prefácio. As demais não admitem um prefácio diferente. As demais não podem ter os prefácios substituídos sem grave prejuízo para a unidade teológica e literária da eucologia. 3. Ao apresentar o pão e o vinho, isto é, o convite à comunhão, o presidente da celebração mostrando o cálice e a ambula ou patena diz o versículo bíblico do Salmo 33,9 e que se encontra no Missal Romano: Provai e vede como o Senhor é bom; feliz de quem nele encontra seu refúgio. Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo! Ritos finais 1. Na Oração depois da comunhão, ajudados pelo sacramento da Eucaristia, suplicamos a Deus que o nosso jejum seja agradável a Deus e útil para nós. 2. Bênção solene, para todo o povo, como sugere o Missal Romano, página 521 ou também a oração sobre o povo, número 6, página 531: Ó Deus, fazei que o vosso povo se volte para vós de todo o coração, pois se protegeis mesmo quando erra, com mais amor o guardais quando vos serve. 3. As palavras do rito de envio devem estar em consonância com o mistério celebrado: “Que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita”. Ide em paz e o Senhor vos acompanhe!”. 11- REDESCOBRINDO O MISSAL ROMANO 1. Sugerimos, sobretudo, durante a semana, celebrar a Eucaristia com a Oração Eucarística VII, sobre a Reconciliação I, que nos relata um Deus de ternura e de bondade, que nunca cansa de perdoar. Ou também com a Oração Eucarística VIII, sobre a Reconciliação II, que nos relata que Deus é misericórdia e sempre nos leva a procurar a reconciliação, convida os inimigos que voltem à amizade, que os adversários se deem as mãos, que a busca da paz vença os conflitos e que o perdão supere o ódio. 2. O Tempo da Quaresma tem como objetivo preparar a celebração da Páscoa; a liturgia quaresmal, com efeito, dispõe para a celebração do mistério pascal tanto os catecúmenos, pelos diversos graus de iniciação cristã, como os fiéis, pela comemoração do batismo e penitência (IGMR, nº 27, página 105, Normas Universais sobre o Ano Litúrgico e o Calendário). 12- CONSIDERAÇÕES FINAIS É tempo de Quaresma. É tempo de conversão. Chegou o dia favorável e o momento da salvação. O que importa é a purificação interior. Achegaremos até o presidente da celebração para que ele imponha as cinzas sobre nossas frontes e diremos de nossa vontade de arrancar o coração de pedra de nosso peito e colocar aí um coração novo, convertido, renovado. Somente assim poderemos celebrar dignamente os mistérios da morte e da Ressureição do Senhor. O objetivo da Igreja e da nossa equipe diocesana de liturgia é ajudar os padres e as comunidades de nossa diocese e todas aquelas outras comunidades fora de nossa diocese que acessar nosso site celebrar melhor o mistério pascal de Cristo. Um abraço fraterno a todos Pe. Benedito Mazeti

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