FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O MESTRE DIVINO


Asseverou São Marcos que todos ficavam admirados com o ensinamento de Jesus, pois “ensinava como quem tem autoridade” (Mc 1,22). Ventura sem par seguir os ensinamentos deste Mestre divino. É Ele quem patenteia ao homem a sublimidade de sua vocação neste mundo e seu destino eterno, Mediador e Plenitude que é de toda a revelação. Toda a vida do cristão deve girar na órbita do Verbo de Deus encarnado, tendo tido um encontro pessoal com Ele através do Batismo. Diz, porém, a Carta aos Hebreus: “Somos incorporados a Cristo, mas sob a condição de conservarmos firme até o fim nossa fé " (Hb 3,14). Cumpre, então, penetrar fundo no mistério daquele que veio ao mundo e pôde proclamar: "Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não incorre na condenação, mas passou da morte para a vida". (Jo 5,24). Ele surgiu na História não como um mero filósofo a ser seguido, mas como aquele com quem seu discípulo precisa identificar-se, dado que, pela sua ressurreição, ele está vivo e atua pelo seu Espírito em cada batizado. Não é a seu ensinamento que salva, mas a sua pessoa. Dizia São Paulo: "A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim" (Gl 2,20). Sua doutrina, contudo, se identifica com Ele: “Eu sou a Verdade” (Jo 14,6). É preciso, portanto, tudo aprender e apreender na existência de Cristo, analisando suas atitudes, suas palavras, sua maneira de ser, em síntese, se assemelhando a Ele, pois o batizado foi com Ele configurado. O projeto e a pessoa de Jesus deve ser a perspectiva na qual o cristão esteja continuamente imergido. É o contemplar do desenvolvimento histórico, dinâmico, existencial do Redentor, e isto leva a uma fé prática na qual o batizado expressa a sua relação pessoal com Cristo. Daí a ressonância em sua própria vida pessoal desta presença intensa e atuante do Salvador. Disto resulta uma iluminação e a realização concreta do que desejou Jesus: "Vós sois a luz do mundo (Mt 5,14). O resultado é faustoso: “Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus" (Mt 5,16). Ter Cristo como Mestre é, realmente, encarnar no cotidiano tudo que Ele ensinou e fez, irradiando-O por toda parte, para que todos se matriculem na Sua escola de verdadeira sabedoria. Para se acercar deste douto Rabi é preciso, entretanto, uma atitude inicial de reconhecimento da sua divindade e da sua humanidade: Ele é Deus e homem verdadeiro, capaz de transfigurar o seu epígono que passa a participar de sua glória eterna. Deste modo, embora exaltando sua divindade, seu discípulo não se esquece que Jesus, embora seja aquele por quem tudo foi feito (Jo 1,3), se fez em tudo semelhante a nós. Lembra a Carta aos Hebreus: "Porque não temos nele um pontífice incapaz de compadecer-se das nossas fraquezas. Ao contrário, passou pelas mesmas provações que nós, com exceção do pecado" (Hb 4,15). Eis por que Ele é por excelência o Mestre perfeito, contemporâneo de todas as gerações cristãs. Não se pode dissociar a pessoa de Jesus dos sentimentos e anseios mais profundos do ser humano, que Ele também assumiu e que, por isso, Ele pode transformar plenamente quem o tem como pedagogo sublime. A humanidade de Jesus não é mera roupagem ou um simples sinal externo do qual o Verbo Encarnado se reveste para se aproximar e comunicar-se com o homem, mas é a outra face de Deus que transmite aos seres humanos a riqueza e a profundidade da sabedoria eterna do Ser Supremo. Aí está a razão pela qual Ele mesmo afirmou: "Nem vos façais chamar de mestres, porque só tendes um Mestre, o Cristo". (Mt 23,10). Depois confirmou: "Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque eu o sou". (Jo 13,13). De tudo que foi refletido flui a responsabilidade daquele que se diz discípulo de Cristo e, como todo cristão leva o nome de Jesus, não pode existir lugar para a mediocridade neste discipulado. * Professor no seminário de Mariana de 1967 a 2008.


Última Alteração: 10:16:00

Fonte: Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho
Local:Mariana (MG

Nenhum comentário: