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quarta-feira, 25 de junho de 2008

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Zilda Arns e a rede que ensina pais - 24/06/2008 - 14:15
Cerca de 267 mil pessoas estão hoje tentando fazer com que crianças de zero a 6 anos de idade tenham uma infância minimamente saudável e alguma perspectiva de vida digna. A cada mês elas conseguem visitar 1,5 milhão de famílias de baixa renda, com 1,9 milhão de crianças, em 4.066 municípios brasileiros. Também tentam ajudar 97 mil gestantes a serem mães em pleno exercício da maternidade, reduzindo os riscos para si e para seus bebês.
Mais que isso, esses milhares de voluntários da Pastoral da Criança procuram levar a essas famílias, em 43 mil comunidades de diversas regiões, um estímulo a mais para que as crianças cresçam capazes de ter planos e sonhos na vida, e não apenas táticas de sobrevivência.
"Nesse convívio, a gente passa valores importantes para a crianças. Respeitar, não mentir...", diz Zilda Arns Neumann, 74 anos, médica e sanitarista, fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança. "E ajudamos os pais a educar para os limites, a ensinar valores culturais, como a solidariedade - coisa que as famílias nem sempre conseguem."
O resultado mais conhecido do trabalho dessa pastoral é a redução da desnutrição infantil e da mortalidade de bebês e parturientes, mas os efeitos vão além. "Com autoestima mais elevada, os garotos não vão se meter com drogas", diz ela, baseada numa experiência de 25 anos.
A ação simples dos voluntários tem impacto duradouro na comunidade, que reduz sua geração de fatores de violência. Pena que esse benefício cubra hoje apenas 20% da população pobre brasileira, segundo cálculos de Zilda. Faltam 80% dos pobres.
E é bom que se acrescente: falta atender também um porcentual razoável de não-pobres.
A Pastoral da Criança não se dedica a ricos e remediados, por assim dizer, mas a coordenadora concorda que falta algo aos pais em geral. "A família precisa de diferentes áreas de apoio, precisa de um trabalho multi-setorial", e o foco deve ser o mesmo em todas as faixas de renda: "incentivo dos valores culturais".
"O ar que se respira tem de ter aroma de valores", defende Zilda, e isso precisa ser aprendido, seja com a ajuda das escolas ou das igrejas. "Até a OMS, a ONU, ressaltaram que a espiritualidade faz parte do desenvolvimento da criança, que é bom ser educado na fé, seja qual for a religião. É necessário que o indivíduo pense 'eu não posso fazer isso porque isso está errado'."
As famílias, diz a especialista, precisam de uma rede de suporte, envolvendo toda a comunidade, as empresas e o poder público. As secretarias municipais precisam ser articuladas e trabalhar juntas para oferecer subsídios aos pais nos centros e postos de saúde, nas escolas, centros comunitários e associações de bairros.
As escolas, por seu turno, têm de assumir a função. Além de ampliar o espaço e o tempo para o esporte, a cultura e o lazer - sobretudo para os adolescentes -, é necessário acolher os pais. "Já se tem provado que precisa trabalhar com a família."
"A associação de pais e mestres poderia ser mais ativa e receber capacitação. Não apenas cuidar da merenda da escola, mas também ter uma biblioteca com livros bons para os pais."
Os professores necessitam de fomação adequada e estímulo, diz Zilda. "Não basta ter diploma da faculdade, tem de humanizar, tem de ter matérias transversais, com valores, e uma educação de qualidade, além de um plano de cargos e salários."
E as universidades têm no que ajudar: "Deveriam fazer mutirões nas férias para atualização de professores, com apoio e dinheiro do governo."

"Seria bom que fosse tudo ao mesmo tempo, ter em toda parte animadores, ensinadores de família."
Mas ainda não é assim. Dentro das próprias prefeituras predomina o despreparo dos gestores e a ação fragmentada de secretarias que trombam e perdem dinheiro.
"Tem prefeituras que procuram fazer um planejamento dessas ações, mas muitas delas ainda não conseguem focalizar a questão dos valores. Na maioria, sequer há conversa entre secretários de educação e de saúde."
A pastoral, explica Zilda, vai trabalhar mais uma vez com as comunidades e seus candidatos às eleições municipais, como faz em todo ano de pleito. "Indicamos temas prioritários e ajudamos as comunidades a obter o compromisso de seus candidatos quanto a essas prioridades para gestantes e crianças."
As comunidades já estão sendo mobilizadas para a convocação aos candidatos.
A coordenadora é moderadamente otimista. Sua percepção é de que os políticos eleitos estão mais firmes em seus compromissos assumidos, fruto de um amadurecimento do eleitorado e de sua postura mais crítica. Mas, admite Zilda, a cultura da corrupção e do uso da máquina pública em benefício próprio ainda é endêmica no País.


Última Alteração: 14:15:00
Fonte: Estadão online Local:Brasil
Inserida por: Administrador

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