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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

UMA MISSÃO BEM CUMPRIDA

Nem sempre se reflete sobre as significativas palavras de Jesus um dia proferidas do alto da Cruz: “Tudo está consumado” (Jo 19,30). Enquanto homem, pouco antes de entregar a sua alma  ao Pai, o divino Salvador fez uma  retrospectiva admirável. Como se fora um vídeo tape Ele repassou tudo que fora dito sobre sua vinda a este mundo e sua tarefa redentora. Ele viu-se em espírito rodeado pelos profetas e todos eles a uma voz a proclamarem que tudo que fora vaticinado sobre o Messias se realizara.  Os discípulos de João Batista o haviam interrogado a mandado do próprio Precursor: “És tu aquele que há de vir ou devemos esperar outro?” (Mt 11,3) Jesus havia atestado então, referindo-se aos oráculos de Isaías: “Ide contar a João o que estais ouvindo e vendo: os cegos recuperam a vista, os coxos andam, os leprosos são purificados e os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e os pobres são evangelizados” ( Idem v.4). Na Sinagoga de Nazaré Ele lera um trecho de Isaías e pudera asseverar: “Hoje se realizou essa Escritura que acabaste de ouvir” (Lc 4,21). Antes, os sacerdotes e os escribas do povo haviam confirmado outro fato messiânico que se dera: “E tu Belém de Judá de modo algum és o menor entre os clãs de Judá, pois de ti sairá um que será o guia que apascentará Israel”, o meu povo” (Mt 2,5). Ele nascera em Belém e com o cajado da Cruz conduziria  multidões à verdadeira Terra da promissão. Jesus foi passando um a um tudo que profetizaram Jeremias, Habacuc, Joel, Amós, enfim tudo que sobre Ele se falou no Antigo Testamento e tudo havia se cumprido. Jesus repassou toda sua trajetória: seus milagres, suas palavras, suas ações e era exatissimamente o que deveria ter acontecido. As Escrituras cumpriram-se plenamente. Sofrera o que deveria padecer. As figuras do Messias nele se realizaram. Ali na Cruz Ele era o novo Abel morto, não por um irmão apenas, mas por muitos que o levaram a tal suplício. Era Noé salvando a humanidade com o madeiro da Cruz. Isaac ia ser imolado por seu pai, mas Ele estava sendo, de fato, sacrificado pelo Pai Eterno. Davi com cinco pedras vencera o gigante Golias, Ele com as cinco chagas derrotava o insidioso Satã. Cristo percebeu também ao vivo que estava concretizado aquilo que Ele havia declarado: “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que seja levantado o Filho do Homem” (Jo 3,14). Aquela Cruz era muito mais poderosa que o sinal mosáico que curava enfermos, pois era o símbolo universal da salvação eterna de todos aqueles que a recebessem com fé e amor. Missão cumprida! Ele se lembrou ainda daquela prece secular do povo eleito que clamava: “Gotejai, ó céus, lá do alto, derramem as nuvens a justiça, abra-se a terra e produza a salvação” (Is 45,8). Vê, porém seu sangue borrifando os homens e a redenção desejada operada. Nem escapou à sua recordação um poeta célebre e festejado que teve acentos de profeta, o grande Virgílio, que pulsara sua lira de ouro e rogara às musas da Sicília que entoassem a sua voz, pois se aproximava a regeneração humana. Num momento de pulcra inspiração, este vate pedira a Apolo para rasgar os véus  que envolviam os segredos das Sibilas e clamava por uma nova ordem irrompendo no seio dos séculos, uma nova progênie descendo das alturas, anunciando a vinda de um menino desconhecido. A presença dele faria o mar, o céu, o universo todo desprender um cântico sublime, um hino que excederia as músicas de Lino e as melodias de Orfeu. Seria um cantar jubiloso anunciando a renovação de tudo, anúncio das alvoradas do espírito. Anunciava Virgílio deste modo uma nova economia que jorrava do íntimo dos séculos, uma nova geração que descia altaneira do alto, porque havia nascido o infante, aquele que era a salvação. Cristo bem podia aplicar a si o dito virgiliano, pois Ele, e unicamente Ele, poderia assim vir de encontro às aspirações salvíficas que pulsavam por toda a parte. Ele, realmente, respondia a todas as expectativas do homem de todos os tempos. Contemplou os vícios de então, as trevas que cobriam horizontes sociais, afincou seu olhar sobre todos os feitos da História, antes e depois do Calvário, vislumbrou o passado e o futuro e pôde afirmar: “Tudo está consumado”! Ninguém cumpriria sua missão nesta terra como Ele, ontem, hoje e sempre o mais perfeito personagem de todos os tempos!

                               * Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos.
 
Última Alteração: 09:43:00
Fonte: Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho*
Local:Mariana

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