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segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

PESCADORES DE HOMENS OU DE CATIVEIROS ?


Eu sei e qualquer um ainda sabe o que significa ser pescador, aquele profissional que se forma pela experiência vivida, passada de pai para filho ou pelos mais experientes de uma comunidade praieira. Convivi aproximadamente 3 anos com uma comunidade de pescadores no litoral de Alagoas, onde meu tio tinha uma casa de veraneio, e ouvia suas histórias, comprava seus produtos ou passeava de jangada sob o comando de algum deles.
O ritual de formação do pescador não tem sala de aulas, nem livros, nem professores. O que existe é uma passagem de conhecimento muito natural do pai para o filho que o acompanha em suas saídas para o mar, ou mesmo de um pescador mais experiente que permite a ida do pimpolho na companhia dos adultos. Nessas incursões, ele apreende tudo: a se orientar pelo vento, pelas estrelas, descobrem onde se encontra o quê, vendo, ouvindo ou praticando, até que seja capaz de adentrar sozinho, o que acontece cedo.

Dizem, e eu acredito, que eles sabem mais sobre o mar do que qualquer comandante de um grande navio, que não saberia, sem os seus instrumentos de navegação, se orientar pelos sinais da natureza para conduzir sua embarcação. O resultado é que todos são emancipados num determinado momento e passam a trabalhar sozinhos ou em grupos por afinidades. Trabalho e lazer são uma coisa só. Tudo o que trazem para a terra serve a comunidade, vendem seus peixes por preços que todos possam pagar e faturam apenas o suficiente para sobrevivência sua e da família naquele dia. Não há comandantes, só os mais experientes na prática. São comunidades harmônicas que vivem solidariamente. Infelizmente estão em extinção.

À medida que os homens começam a vislumbrar a possibilidade do lucro e da riqueza, começam a perder o sentido da própria vida e a destruí-la. A pesca agora é industrial e predatória. E para solucionar o problema da escassez que geram, eles passam a investir na criação em cativeiro. Aí a especialização, as salas de aulas, os professores e as teorias começam a ser necessárias para o sucesso. Surgem os opressores que escravizam os mais fracos para deles tirar o seu rendimento sem limites, quanto mais melhor. Esse parece ser o movimento do homem. Aos poucos eles desembaraçam-se da natureza e propõem soluções tamponadas para os seus erros.

E não é diferente com a religião. A dica de Jesus quando convoca os seus discípulos a segui-lo é: “Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de homens.”
Isso nos diz que o conhecimento/contato de Deus deveria ser passado, naturalmente, de pai para filho ou pelos anciãos mais experientes de uma comunidade pela prática no dia-a-dia, até que a criança já pudesse se conduzir sozinha e passar a contribuir para a comunidade com os seus frutos, os do espírito. Era a proposta inicial do Senhor, uma transmissão de valores, os dele. O processo de extinção se anuncia também aqui.

Agora essa pesca tornou-se industrializada e predatória; a frente estão o volume, o lucro e a riqueza. A solução para essa ação tão geradora de escassez passa a ser a criação de homens, em cativeiro. De novo precisam das salas de aulas, dos livros, dos professores e das especializações para tal atividade. Opressores mantêm cativos os fracos e oprimidos para assegurarem o rendimento do seu negócio. Claro está, pelo menos para alguns, que os peixes não são mais os mesmos. Não se produz mais os Noés, os Abrãaos, os Isaques, os Jacós, os Moisés, os Davis, nem os Pedros ou os Joãos da vida. Os clones não sabem que existe Vida além do aquário. Os originais de Deus continuam espalhados nas águas do mundo, sendo perseguidos pela indústria da “pesca” ou marginalizados pelos doutores da fé. Isso é bom ou é ruim? Ando a me perguntar... Tags:


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