
... a barca já estava a muitos estádios da terra, açoitada pelas ondas; porque o vento era contrário... Pedro, saindo da barca, andou sobre as águas e foi para Jesus. Quando, porém, sentiu o vento, teve medo e, começando a submergir, gritou: Salva-me, Senhor! No mesmo instante, Jesus, estendendo a mão, segurou-o e disse-lhe: Porque duvidaste, homem de pouca fé?
Algumas vezes, o mar da existência se torna revolto e ventos contrários agitam o curso da vida com eventos que levantam questionamentos sobre a presença de Deus. Somos então açoitados por dúvidas que por instantes fragilizam a fé.
Aconteceu com Pedro, que perdendo a visão de Jesus, começou a afundar. Acontece no cotidiano de nossas vidas, quando adversidades do caminho nos fazem reféns do medo e da insegurança.
Verdadeiramente, esse é o grande desafio que as dores e as contradições da existência nos impõem, uma relação absoluta com um Deus invisível, que não podemos ver nem tocar, e que reina numa dimensão inacessível a descrenças, dúvidas e ceticismos.
Onde terminam as incertezas e os questionamentos está o Senhor, com as mãos estendidas e uma mente e propósitos inacessíveis a nossa compreensão e ao nosso entendimento.
As aflições inevitáveis do percurso, antes de perturbarem nossa fé, nos despertam e chamam para revermos valores, comportamentos e posturas diante da vida.
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