FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

quarta-feira, 4 de março de 2009

OS MILAGRES DE JESUS


JESUS REALIZOU MAIS DE CINQÜENTA MILAGRES. ISTO LEVOU NICODEMOS, O SENADOR, A DECLARAR: “MESTRE, SABEMOS QUE VIESTES DE DEUS E NINGUÉM PODE FAZER TANTOS MILAGRES, SE DEUS NÃO ESTIVER COM ELE”.



MAIS DE 50 MILAGRES COMPROVAM QUE JESUS É DEUS
Entre as principais obras de Cristo, encontramos os milagres.
Um dia, uma mulher se ajoelhou a seus pés, arrependida. Jesus lhe disse: ‘seus pecados estão perdoados, pode ir em paz e não peques mais’(Jo 8,11).
Diante de um paralítico: ‘para que todos saibam que eu tenho poder de perdoar os pecados, eu lhe ordeno: levante-se, pegue a sua cama e vai para a sua casa. E o paralítico se levantou com grande alegria’(Mt 9,5-8).
Outros milagres comprovam a divindade de Jesus.
Em Caná da Galiléia, houve um casamento que era um grande acontecimento.
Um fracasso por falta de vinho, seria motivo de críticas e zombarias sem fim em toda redondeza, durante muito tempo.
Isto seria um prejuízo para os noivos e para suas famílias.
O número de convidados era maior do que se esperava por exemplo, Jesus apareceu com doze apóstolos.
E estes, talvez, tenham levado outros amigos, como era costume. Maria Santíssima percebeu que havia um problema.
Procurou inteirar-se do problema. Depois achou a solução.
E Jesus para atender sua mãe antecipou a hora de fazer milagres.
Em Caná da Galiléia, nesta festa de casamento mudou a água em vinho, cerca de quinhentos litros. Este foi o primeiro milagre de Jesus (Jo 2,1-11).
Curou cegos de nascença, surdos, mudos, loucos, leprosos, enfermos, presentes e distantes (Jo 4,46-54; 9,1-11).
Multiplicou cinco pães para cinco mil pessoas e outra vez sete pães para quatro mil homens (Mt 15,32-38; Jo 6,1-59).
Andou sobre as águas no mar da Galiléia e aplacou violenta tempestade com um só gesto (Mc 6,45-52).
Ressuscitou a filha de Jairo, o jovem de Naim a caminho do cemitério (Mt 9,18).
Ressuscitou também Lázaro, enterrado, fazia quatro dias em estado de putrefação(Jo 11,1-44).
Realizou mais de cinqüenta milagres para comprovar que é Deus.
Isto levou Nicodemos, o senador, a declarar: ‘Mestre, sabemos que viestes de Deus e ninguém pode fazer tantos milagres se Deus não estiver com ele’(Jo 3,2-3).
I
ALGUMAS DIFICULDADES EM RELAÇÃO AOS MILAGRES
Subindo ao céu, Jesus deixou a promessa de milagres aos que haveriam de crer em seu nome (Mc 16,17-18).
Conforme os Atos dos Apóstolos, na Igreja dos primeiros cristãos, havia muitos milagres.
Onde estão hoje esses milagres, prometidos por Jesus? Em Lourdes, em Aparecida, nas salas de milagres nos grandes centros de peregrinação? Onde?
Conforme as estatísticas, verifica-se uma baixa no número dos milagres em Lourdes. Na medida em que aumenta a investigação científica, diminui o milagre. A ciência hoje já consegue explicar o que antes não se explicava. Já não é mais milagre.
Mas, então, o milagre depende de quem? De nós, da ciência ou de Deus?
Quem vai me poder dizer se algo é milagre? E aquilo que Jesus fazia: era tudo milagre mesmo? Se se fossem aplicar todos os critérios das ciências, que sobraria?
Diz o jornal: “Estado de Minas”, algum tempo atrás:
“Eles estão chegando a São José de Goiabal.
Vieram de ônibus, táxi, caminhão, vieram a cavalo e a pé, sempre rezando.
Nos olhos traziam um brilho diferente, de quem espera milagre.
São os romeiros em busca de alguma graça que, na crença deles, supões que vão conseguir, pela água que sai da sepultura”.
Diz o NT de dois mil anos atrás “Seguia-o grande multidão porque tinham visto os milagres que fazia em favor dos doentes”(Jo 6,2).
Traziam os doentes para as ruas e punham-nos em leitos a fim de que quando Pedro passasse, ao menos a sua sombra cobrisse algum deles.
Também das cidades vizinhas de Jerusalém afluía muita gente, trazendo os enfermos” (At 5,15-16).
A diferença por parte do povo que procurava Jesus e os apóstolos e o que hoje procura a água santa de Goiabal e, ontem, o Zé Arigó de Congonhas do Campo?
A impressão geral que fica é essa: Cristão evoluído e esclarecido não parece acreditar muito em milagres. Outro, que não é cristão ou que é um católico tradicional
parece acreditar para valer. Como explicar isso? Então cristão moderno já não acredita mais em milagres? Que é o milagre?( 14 )
III
NOÇÕES GERAIS SOBRE MILAGRES: QUE É UM MILAGRE?
Nossa noção de milagre é esta: algo que não tem explicação natural, que vai contra o aumento comum das leis da natureza, e que é cientificamente insolúvel. O povo acha que milagre é algo diferente e fora do comum que não costuma acontecer e que nós não podemos realizar, por estar acima das nossas forças. Acha que milagre acontece quando nós estamos no fim dos nossos recursos: “ Agora é só mesmo Deus que vai poder dar um jeito”.
Como se Deus estivesse ausente, quando nós damos conta do recado e dele não precisamos, para quebrar os nossos galhos! Como se Deus não tivesse nada a ver com aquilo que é comum, natural, ordinário, humano, sem nada de extraordinário.
Se fosse assim, então teriam razão aqueles que dizem: “ Um dia, a ciência vai poder explicar tudo, e vai acabar com os milagres”.
Além disso, o milagre, geralmente, é visto como um benefício de Deus para a pessoa que o recebeu. É uma espécie de presente pessoal, que não leva a perguntar: “que Deus está exigindo de mim?” É um benefício puramente individual, desligado da Igreja, desligado do plano de Deus para com os homens, desligado de tudo.
Finalmente, a reação mais comum dos homens de hoje, diante do milagre, é esta: “ Será que é verdade mesmo?” ou: “ Que coisa boa para mim!”.
A palavra milagre provém de “miraculum”, isto é, algo de admirável, algo que causa admiração. Na Bíblia fala-se muito nas “coisas admiráveis” que Deus fez pelo povo. Não é, porém, qualquer coisa admirável.
Um menino, por exemplo de 3 anos de idade que pula cinco metros é uma coisa admirável, mas não receberia o qualitativo de milagre.
Milagre é aquele fato, acontecimento ou realidade, admiráveis, em que o homem percebe a presença de Deus que aí se revela.
Um exemplo da vida diária pode esclarecer o que a Bíblia entende por milagre. Certo dia, Maria, a mulher de Francisco, colocou uma flor na janela, bonita e colorida. Era para o Francisco ver, gostar, ficar contente e saber que a Maria gostava dele. Era um gesto de carinho.
Quando Francisco voltou do trabalho, viu a flor e logo percebeu. Foi para Maria, deu um beijo e disse: “Obrigado, Maria! Você é a maior!” Outros passaram pela janela, viram a flor e nada perceberam. Também não precisavam perceber. A flor era para Francisco. Francisco percebeu e isto bastava. A flor se tornou sinal de amor, de carinho, de amizade, de presença, de fidelidade. A flor alcançou o objetivo que Maria nela colocou. Nem era bom que todos o percebessem. Quebraria o segredo do amor entre os dois. Para os outros a flor não era sinal, não passava de uma simples flor, como qualquer outra. Para Francisco e Maria, a flor significava o mundo.
Assim Deus coloca muita flor na janela da vida da gente. A vida está cheia dessas flores, desses sinais de Deus, sinais que revelam o amor, carinho, amizade, presença, fidelidade, poder, força; sinais que causam admiração e lembram o amigo. A flor causou admiração no Francisco. Ficou extasiado por ver nela a expressão do amor de Maria para com ele.
Milagre é tudo aquilo que causa admiração pelo fato de nos revelar o amor e o apelo de Deus.
Assim, na Bíblia, milagre pode ser a coisa mais comum e a coisa mais fora do comum.
Pode ser uma tempestade, um por de sol, a beleza da natureza, e a graça de uma criança, o maná do deserto e as pragas do Egito.
E pode ser a ressurreição de um morto, a cura de um paralítico, a multiplicação dos pães. Nessas coisas todas o coração amigo percebeu a mão do amigo, como Francisco percebeu a mão de Maria na flor da janela.
Quem não é amigo, pode passar, mas nada vê.
Por isso, o milagre, para ser milagre, não depende da ciência.
Essa coisa admirável não depende só de Deus, mas também de nós, do nosso olhar.
Onde não existe olhar de amizade, nem Deus consegue fazer algo.
Assim, Jesus não conseguiu fazer milagre algum em Nazaré , por falta desse olhar, por falta de fé naquela gente (Mc 6,5-6).
Na discussão que hoje se faz, em torno dos milagres, se esquece, às vezes, de que para poder perceber a mensagem da flor, para poder perceber o milagre, se deve ter esse olhar de fé, de amor e de amizade.
IV



Características do milagre, conforme a Bíblia
As palavras mais usadas na Bíblia para designar aquilo que nós hoje chamamos de milagre, são: sinal, fôrça, coisa admirável. A característica fundamental do milagre, na Bíblia, é: revelar a presença atuante de Deus: uma fôrça que atua e que provoca uma coisa admirável, chamando a atenção, e que, por isso, mesmo, se torna sinal de Deus. Não pertence ao milagre, enquanto milagre, o fato de ser contra a lei natural ou de não ter explicação científica . Pertence ao milagre, enquanto milagre, o fato de ser sinal da presença atuante de Deus na vida .
Na Bíblia, o milagre é como uma palavra que Deus fala ao homem, para dizer-Ihe algo e comunicar-lhe um apelo. Assim, a Bíblia reconhece «milagres», «sinais», «coisas admiráveis», «expressões de fôrça» na criação, isto é, em coisas que, para nós, nada têm de milagre: Deus manda a chuva (Jer 5,24) , manda o sol iluminar o dia e a lua clarear a noite (Jer 31,35) ; Ele é que regula a seqüência dos dias e das noites (Jer 33,20.25) .«No céu se desdobra a glória de Deus! O firmamento. proclama seu poder criador. Na seqüência dos dias e das noites, flui um anúncio, transmite-se uma mensagem. Sem palavras, nem discursos, não se ouve nenhuma voz. Entretanto, o seu murmúrio ecoa por toda a terra, o seu ritmo se propaga até os confins do universo.» (SI 18,2-5) .«Como são numerosas as tuas maravilhas! Eu gostaria de contá-las, porém, são mais numerosas que a areia da praia. E mesmo que eu chegasse a contá- Ias, no fim, estaria ainda diante do Mistério Maior, que és Tu» (81 138,17-18) Tradução de C. Mesters e F. Teixeira, Rezar os Salmos Hoje, São Paulo 1969 .
A natureza era o grande livro, no qual se revelavam os traços do rosto de Deus. Evidentemente, a concepção que se tinha da natureza era limitada e pré-científica. Nada se sabia das leis que hoje conhecemos, com uma perfeição cada vez maior. Mas, nem por isso, o progresso da ciência pode declarar superado o olhar que a Bíblia tem sobre a natureza e negar os traços de Deus que ela aí enxerga. Isso não depende dos instrumentos científicos de observação, mas de uma visão de fé. Se a ciência disser: «aquêle pôr do sol, a tempestade, a chuva, a sêca, tudo aquilo é a coisa mais natural que se possa imaginar, aquilo nada tem de extraordinário», êsse julgamento é certo e verdadeiro.
A ciência tem razão. Mas, nem por isso, o meu olhar está proibido de ver lá dentro, um sinal e um reflexo do Deus amigo e de ficar admirado, ou, como diria a Bíblia, de ver lá dentro um milagre, um sinal de Deus para nós. Nessa mesma perspectiva, a Bíblia vê os sinais de Deus na vida cotidiana, nas coisas mais comuns da existência, e na história do passado . Basta ler os livros dos Provérbios e o livro do Êxodo. A mão de Deus é visível em tudo, enchendo a vida de uma amizade, que faz tanta falta na vida .
Na Bíblia, assim se poderia dizer, milagre é coisa bilateral: de um lado, supõe uma atuação, de Deus; de outro lado, supõe no homem um olhar de fé para poder captar a significação daquilo que Deus realiza. Do contrário, seria como um filme mudo. Ninguém o entende e não tem sentido. Já não seria «milagre» no sentido bíblico da palavra. Na Bíblia, a pergunta diante de um milagre não é: «Será que é verdade ?», mas: «Que quer Deus significar com isso ?» -«Qual a sua mensagem ?» -«Que quer Deus de mim, de nós?»
Pode haver milagres «falsos» e «verdadeiros» .Há critérios para distinguí-Ios: devem estar dentro do conjunto do plano de Deus e devem estar de acordo com o resto, da revelação ( cf Dt 13, 1-18) .Não basta que apareça algo de maravilhoso ou de prodigioso para que se possa dizer, sem mais: «:Ê de Deus! » Jesus mesmo diz que virá gente a fazer milagres muito grandes, e ele adverte : «Cuidado com eles!» (Mt 24,25) .Diz ainda que no fim haverá gente a dizer: «Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? Não expulsamos demônios em teu nome ? Não fizemos milagres em teu nome ? Então hei de lhes declarar: Nunca vos conheci! Apartai-vos de mim, vós que operais a iniqüidade!» (Mt 7,22-23) .
O milagre nada diz a quem não tem fé .Talvez o leve a colocar-se o problema de Deus. Quem tem fé aí percebe a mão de Deus, porque está sintonizado com a freqüência na qual Deus emite a sua mensagem.
Esses critérios podem ajudar-nos a formular algum juízo sobre os «milagres» que hoje estão acontecendo em muitos lugares .



V



A historicidade dos milagres de Jesus
Houve quem negasse a historicidade dos milagres de Jesus . Os motivos aduzidos eram: Seriam invenções dos cristãos para «canonizar» Jesus. Havia deuses-milagreiros entre os pagãos, e Jesus tinha de poder competir com eles. Havia ainda homens-milagreiros, como por exemplo Apolônio de Tiana, que fazia milagres a valer . Também entre os judeus havia gente que fazia milagres. Jesus não passaria de um milagreiro qualquer .
Hoje, já não se admite tal opinião. Os argumentos não valem. Geralmente, negam-se os milagres, não tanto por causa dos argumentos aduzidos, mas porque, antes de qualquer argumento, não se acredita seja possível haver milagre .
Os argumentos aduzidos não valem, pelos seguintes motivos: Não é possível negar sem mais o testemunho tão maciço dos evangelhos . Além disso, nos milagres de Jesus, nada há de magia, tão característica dos outros milagreiros daquele tempo. Comparando entre si as narrações dos outros e as dos evangelho.s, nota-se uma grande diferença: sobriedade, sem nenhuma exploração do aspecto maravilhoso. Jesus faz milagres com autoridade própria, e não a pedido, como os judeus . Nos assim chamados «livros apócrifos», escritos, na sua maior parte, depois do começo do segundo século, encontram-se informações sobre milagres sensacionais de Jesus menino, que carecem de fundamento histórico.
São mais uma expressão de procura de segurança. Quando a criança percebe que os pais não estão em casa, faz todo o possível para sentir-se segura. Assim, atrofiado ou perdido o contato real de fé e de confiança com Deus, procura-se a segurança em ritos e em milagres. Estes, então, já não valem pela sua significação, mas têm valor em si. Nesse caso, quanto maior o aspecto sensacional e maravilhoso, tanto melhor. A Bíblia, porém, não pensa assim . Pode ser que, aplicando todos os critérios da ciência atual, se deva concluir que um ou outro fato da vida de Jesus não teria sido um milagre conforme os critérios que nós temos. Mas, nem por isso, deixaria de ser um milagre, (sinal, fôrça, coisa admirável) no sentido bíblico da palavra: sinal da presença atuante de Deus no meio dos homens .
VI



OS MILAGRES DE JESUS COMO SINAIS
A ação milagrosa de Jesus atinge todos os setores da realidade: doenças, fome, cegueira, natureza, morte, pecado, demônio, vontade, tristeza.
É um ataque frontal contra todos os males que afligem os homens: expulsa os demônios; perdoa os pecados; domina as vontades fracas dos homens e as robustece; domina a natureza que constitui ameaça contra os homens; elimina a fome multiplicando os pães; cura todo tipo de doenças :
Coxos, cegos, lunáticos, mudos, surdos, leprosos, etc; é superior à força da morte; ressuscita 3 mortos: Lázaro, o filho da viúva de Naim e a filha de Jairo; A sua presença foi motivo de grande alegria e esperança para o povo.
Em diversas ocasiões, Jesus aponta para a significação dos milagres: João Batista mandou perguntar: “É o Senhor aquele que há de vir ou devemos esperar por outro?”(Mt 11,3)
Jesus responde: “Vão dizer a João o que vocês vêem e ouvem:
Cegos recobram as vistas e coxos andam; leprosos são curados e surdos ouvem; mortos ressuscitam e a boa nova é anunciada aos pobres”.(Mt 11,4-5)
Os fariseus duvidavam das expulsões que Jesus fazia.
Ele responde: “Se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, então chegou para vocês o Reino de Deus”.
Jesus cura um paralítico para provar que tinha o poder de perdoar os pecados.
O milagre aqui é um sinal do poder que ele possuía de cortar a raiz dos males que é o pecado.
O milagre da tempestade amainada provoca a pergunta: “Quem é este a quem até o vento e o mar obedecem?”
Faz a cura do homem com a mão seca para mostrar que ele está acima do sábado (Mc 3,1-5).
Os milagres são feitos para creditar junto aos outros as palavras e a mensagem que ele lhes dirige.
Os milagres são sinais para mostrar que Jesus está no Pai e o Pai n’Ele.
Os milagres existem e acontecem a fim de ajudar o povo abrir-se para a mensagem de Deus, a dispor-se para aderir a Cristo pela fé e a reconhecer nele o Messias e o Filho de Deus.
VII



Os milagres de Jesus: «amostra-grátis» do futuro
Além de sinais da chegada do Reino, os milagres são igualmente o começo da realização deste Reino, «amostra-grátis» daquilo que o poder e a fidelidade de Deus vão realizar em favor e através dos homens que crêem. Por isso, os milagres, além de ser simpIes sinais, suscitam também a esperança, porque mostram o início do futuro; suscitam a fé, porque mostram o poder que garante o futuro; suscitam a doação e a capacidade de lutar e de resistir, porque garantem que a dedicação à causa do Reino vale e não será frustrada.
Sob as mãos de Jesus, o futuro toma forma concreta, e começa a existir entre os homens o Paraíso, onde tudo é ordem, paz e harmonia. Isto começa a existir, porque em Jesus atua uma fôrça nova, que é o Espírito de Deus. Este Espírito, que atuou na criação (Gn 1,2), que infundiu a vida aos homens (Gn 2,7; Jó 33,4), que realizou as grandes maravilhas do passado (Ex 15,10; Is 63,12-14), que enche a vastidão da terra (Sab 1,7) , que foi prometido para o futuro como sendo o grande dom de Deus (Joel 3,1-5) , este Espírito criador (SI103,30), Jesus o possui em plenitude (Is 11,2; Lc 4,18) e o comunica a todo,s que nele acreditam (Jo 16,12-15) e a todos que se esforçam por viver uma vida humana digna (cf Gál 5,22) . Mas é preciso ter olhos de fé para poder vê-lo em ação. Ás vezes, esta fôrça construtora da ordem, que vai desembocar no Paraíso, encontra maior disponibilidade e atua de maneira mais condensada e prodigiosa em algumas pessoas: São Francisco, Papa João XXIII, os santos em geral. Mas, em todos é sempre: luta contra o mal, esforço de libertação de tudo que oprime o homem, tentativa de instaurar a ordem, a paz e a harmonia .
A primeira finalidade do milagre é provocar a conversão e a mudança em vista da instauração do Reino na vida dos indivíduos e da sociedade: «O Reino de Deus está aí! Mudem de vida!» (Mc 1,15) .Ficar só na dependência do milagre, e pensar que o milagre em si é um sinal de proteção de Deus, que dispensaria a nossa atividade, é enganar-se a si mesmo. Onde o milagre não consegue esse objetivo de conversão, tem o efeito contrário e se torna motivo de julgamento e de condenação (Lc 10,13-14; Jo 15,24) .
E isso vale até hoje: parar no milagre e satisfazer-se com êle, pode ter um efeito contrário ao que se pensa. Milagre é como a Palavra de Deus: espada de dois gumes (Hb 4,12) .
VIII
Jesus, o Grande Sinal ou o Grande Milagre
Milagres são como janelas abertas por Deus sobre o sentido da vida, sobre os caminhos da salvação. Os milagres estão aí, sobretudo, para chamar a nossa atenção sobre Jesus Cristo. O evangelho de São João ensina isso com muita clareza.
No Evangelho de São João, encontram-se relativamente poucos milagres; de cada categoria apenas um. Para João, o milagre não é só um benefício a esta ou àquela pessoa, mas é, ao mesmo tempo, revelação de um ou de outro aspecto da salvação que Cristo trouxe para os homens: muda água em vinho, para mostrar a eminência do Novo Testamento sobre o Antigo (Jo 2,1-11). cura filho de um oficial do rei, para mostrar que a fé dos homens é o controle remoto do poder de Deus (Jo 4,46-54) ; cura o paralítico num dia de sábado, não só para dar felicidade àquele infeliz, mas também para revelar que Ele não tem hora para trabalhar, pois é como Deus que atua sempre e em qualquer momento, para o bem dos homens (Jo 5,1-17) ; multiplica o pão, não só para tirar a fome daquele povo, mas também para revelar que Êle mesmo é o Pão da Vida (Jo 6,1-59) ; cura o cego de nascença e lhe restitui a luz aos olhos, não só para ajudar esse homem, mas também para revelar que Êle mesmo é a luz do mundo (Jo 9,1-7) ; ressuscita Lázaro, não só para ajudar o amigo e tirar o luto de Maria e Marta, mas também para mostrar que Êle mesmo é a «Ressurreição e a Vida (Jo 11,1-44) .;
Todos os milagres, porém, apenas uma antecipação do grande e definitivo milagre da Ressurreição, em que ficou manifesta quem era Jesus e qual o futuro que Êle quer realizar. A fôrça da Ressurreição já atuava em Jesus e atua agora nos que nele acredita'" (cf Ef 1,17-21), provocando, por meio deles, a conversão e a transformação da vida e das estruturas que impedem a realização do Paraíso.
IX
Respostas às dificuldades levantadas no início



MILAGRES OU LEI DA NATUREZA?
Não há oposição. Pode haver «sinal da presença atuante de Deus» na contemplação do pôr do sol, nos acontecimentos de cada dia, na beleza de uma criança, numa cura feita por certo remédio. A ciência poderá dar a explicação de tudo isso, mas nunca chegará ao ponto de me proibir dizer: “Obrigado, Senhor! Que quer de mim?” Cada um tem a sua vivência da amizade com Deus e percebe os sinais da presença de Deus do seu modo. Pode-se dizer que cada um tem os seus milagres na sua vida.
O critério deve ser: acordo com o Evangelho; provocar mudança de vida; não parar no benefício, mas indagar pelo apelo de Deus que aí se revela; oferecer apoio à fé e não favorecer o gosto pelos aspectos mágicos que obscurecem a presença gratuita de Deus ligando o poder de Deus a elementos materiais que são incapazes de ter semelhante poder.
É possível que chegue o dia em que a ciência consiga explicar tudo o que acontece em Lourdes. Ou em Aparecida.
Nem por isso, ela pode tirar a conclusão:
“Deus não está aí”.
Isso depende de outro instrumento de medição que é a fé. Se o Francisco não tivesse aquela fé e amor que tinha, nada teria visto na flor que Maria colocou na JANELA.
Veria na flor, na roupa, na comida, algo que Maria devia fazer por ele, por ser sua legítima esposa.
A flor, então, teria o efeito de fazer aumentar nele a consciência de ser ele o marido, aquele a quem a mulher deve obedecer.
Não cresceria nele o amor. Pelo contrário, diminuiria, e ele cairia no egoísmo cada vez maior.
Assim, muita gente vê nos milagres algo que Deus deve fazer, por ser Deus, por ser o patrão.
O patrão, assim pensam, tem a obrigação de dar algumas esmolas para seus empregados. Ele as dá, porém, como e quando o quiser.
A gente pode e deve pedi-las. Quanto mais esmolas o patrão dá, tanto melhor patrão ele é, assim pensam.
Quanto mais milagre Deus faz, tanto melhor. Ele exerce o papel de Deus. Mas isso faria com que nós, empregados, pobres homens, ficássemos na condição de empregados e de escravos.
Nunca chegaríamos a ser filhos daquilo no qual pedimos e recebemos esmolas.
Milagre, porém, não é esmola que o patrão dá.
Milagre é um sinal de amor que o Pai oferece aos filhos.
E até que não tenhamos criado em nós a mentalidade de filhos, não teremos o olhar apto para perceber o verdadeiro sentido do milagre.



X
MILAGRES HOJE
O grande milagre, tão grande que a gente não vê, por estar perto demais dos olhos, é: a vida que se renova sob a fé em Cristo; vida que sempre cria nova coragem e que não desanima nunca.
Vida que agüenta perseguição, que chega a morrer, mas que ressuscita sempre.
Vida que renova os outros pelas suas simples presença; vida que confunde por causa da sua grande riqueza, apesar da pobreza em que se vive.
Este é o grande milagre, ambulante e contínua, provocado pela ação do espírito, presente na vida dos homens. Onde diminui a percepção para esta força da vida e do espírito, aí nasce a necessidade de “milagres” como apoio à vida.
Onde os homens perdem a sensibilidade para a presença atuante de Deus no meio dele, presença garantida pela palavra de Deus, aí procuram outros meios para garantir-se tal presença, e surgem os “milagres”. É difícil fazer um julgamento sobre os “milagres”
que hoje acontecem em toda parte do Brasil e que enchem as salas dos milagres dos grandes Santuários. Muitos meneiam a cabeça e dizem: “Coitados!” Convém lembrar-se sempre daquela frase do Evangelho: “Seguia-o grande multidão, porque tinham visto os milagres que faziam em favor do doentes.
E Jesus acolhia aquele povo, “teve compaixão deles porque eram como ovelhas sem pastor”(Mc 6,34). Chegou mesmo a permitir que uma senhora que sofria de hemorragia havia 12 anos, tocasse nele para poder ser curada (Mc 5,25-34).
Era uma atitude mágica e supersticiosa, mas Jesus não a condenou. Condenar a atitude do povo é relativamente fácil. Mas encontrar o vazio interior que leva o povo a procurar os milagres isso é muito difícil. Em vez de julgar levianamente os sentimentos do povo, talvez fosse mais honesto fazer uma séria revisão de nossas atitudes: estamos oferecendo ao povo uma esperança, algo que lhe abra a porta de um futuro melhor e pelo qual vale a pena lutar?
Será que não se deva ver nessa crescente busca de milagres um sinal de que está aumentando o desespero do povo que já desacreditou de todas as soluções oficiais, tanto do governo como da Igreja? Será que não é o caso de “ter compaixão”, porque são como ovelhas sem pastor” e de oferecer-lhe, em toda a sua plenitude, a “boa notícia” do reino? E isso não vale só para o povo pobre e subdesenvolvido.
O horóscopo hoje é moda e se encontra até em jornais “católicos”. Religiões esotéricas aumentam o número dos seus membros em toda parte, gente instruída que tem tudo o que quer na vida só que não tem a vida que quer.
Também eles andam pela estrada da vida como ovelhas sem pastor, necessitados de uma visão do futuro, que possa despertar uma esperança, uma fé, um grande amor.



BIBLIOGRAFIA
R. H. Fuller, Interpreting the Miracles, London. 1963.



ORAÇÃO PARA O FINAL DA AULA( ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO )
DIRIGENTE:- Senhor, fazei de mim um instrumento de vossa paz
HOMENS: Onde houver ódio, fazei que eu leve o amor
MULHERES: Onde houver ofensa, que eu leve o perdão
HOMENS: Onde houver discórdia, que eu leve a união
MULHERES: Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.
HOMENS: Onde houver erro, que eu leve a verdade
MULHERES: Onde houver desespero, que eu leve a esperança
HOMENS: Onde houver tristeza, que eu leve a alegria
MULHERES: Onde houver trevas que eu leve a luz
DIRIGENTE: - Senhor, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado, mais compreender que ser compreendido, mais amar que ser amado:
TODOS: Porque é dando que recebemos, é perdoando que somo perdoados, e é morrendo que nascemos para a vida eterna.
DIRIGENTE: Para que Deus abençoe a nossa Igreja, e nos livre de todos os males da alma e do corpo, rezemos ao Senhor.
TODOS: - Pai-Nosso...



PERGUNTAS PARA CONTINUAR A REFLEXÃO




1. Resuma os 50 milagres que Jesus fez ?
2. Resuma com suas palavras o que você entendeu do capítulo II: algumas dificuldades em relação aos milagres
3. Resuma com suas palavras o que você entendeu do capítulo III: Noções Gerais sobre milagres: Que é um milagre?
4. Resuma com suas palavras o que você entendeu do capítulo IV: Característica do milagre conforme a Bíblia?
5. Resuma com suas palavras o que você entendeu do capítulo V: Historicidade dos milagres de Jesus.
6. Resuma com suas palavras o que você entendeu do capítulo VI: Os milagres de Jesus são sinais.
7. Resuma com suas palavras o que você entendeu do capítulo VII: Os milagres de Jesus “ amostra-gratis do futuro”.
8. Resuma com suas palavras o que você entendeu do capítulo VIII: Jesus, o Grande Sinal ou o Grande Milagre
9. Resuma com suas palavras o que você entendeu do capítulo IX: Resposta às perguntas levantadas no início: Milagres ou Lei da natureza?
10. Resuma com suas palavras o que você entendeu do capítulo X: Os Milagres hoje.



Última Alteração: 13:28:00

Fonte: Pe.Lucas de Paula Almeida, CM
Local:Belo Horizonte (MG) Inserida por: Administrador

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