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quarta-feira, 10 de setembro de 2008

A CRUZ GLORIOSA


A veneração da Santa Cruz, dia 14 de setembro, se liga às solenidades da dedicação da Basílica da Ressurreição erigida sobre o túmulo de Cristo no ano de 335. Lá no Calvário sobre a Cruz o Redentor ofereceu seu sacrifício para a expiação dos pecados da humanidade. A Cruz é, deste modo, para o povo cristão o sinal da esperança do Reino. A Cruz, objeto de desprezo pelos que maltrataram e levaram à morte o Senhor da Vida brilha na História como penhor de eterna salvação. Se a árvore plantada no paraíso original produziu para Adão um fruto de morte, a árvore da cruz trouxe para os homens o fruto da vida, Cristo e "em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos" (At 4,12). São Paulo, porém, lembra que "a linguagem da cruz é loucura para os que se perdem, mas, para os que foram salvos, para nós, é uma força divina" (1Cor 1,18). Eis por que com o Apóstolo este é o ideal do cristão que deve poder sempre repetir: "Quanto a mim, não pretendo, jamais, gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo" (Gl 6,14). De fato, não basta ter o crucifixo, mas cumpre ter o Cristo fixo no coração e na vida. Os que assim não agem " se portam como inimigos da cruz de Cristo" (Fl 3,18). Sinal de maldição para os povos antigos a cruz se tornou, de fato, a fonte de todas as bênçãos divinas. Num paradoxo extraordinário a vida surgiu da morte, a felicidade jorrou da amargura, a alegria fruiu do sofrimento. É que "de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3,16). Foi com o peso de um amor infinito que se deu a regeneração do gênero humano. Uma dileção sem limites deu sentido a um sofrer que se tornou libertação da escravidão do pecado. Eis por que no alto da cruz se contempla um coração traspassado por uma lança cruel, abrindo-se um livro no qual se lê as mensagens da comiseração de um Deus clemente. Santo André de Creta, no século oitavo, escrevia: “Não há nada mais precioso do que a Cruz de Jesus que se tornou o troféu da misericórdia divina. Por ela o diabo foi ferido e vencido, os grilhões infernais foram quebrados”. Cumpre, portanto, acolher com fé a libertação que o Ser Supremo oferece em seu Filho e viver em conseqüência desta faustosa verdade: "Trazemos sempre em nosso corpo os traços da morte de Jesus para que também a vida de Jesus se manifeste em nosso corpo" (2 Cor 4,10). Ninguém se salva pelos próprios méritos, mas unicamente pelos merecimentos infinitos da Cruz de Jesus, mas cumpre ao cristão jamais se esquecer que é preciso corresponder por uma vida santa a tais méritos do Filho de Deus. Aos Gálatas foi feita esta advertência: “As obras da carne são estas: fornicação, impureza, libertinagem, idolatria, superstição, inimizades, brigas, ciúmes, ódio, ambição, discórdias, partidos, invejas, bebedeiras, orgias e outras coisas semelhantes. Dessas coisas vos previno, como já vos preveni: os que as praticarem não herdarão o Reino de Deus! (Gl 5, 19-21) Para estes inútil se torna a Cruz de Cristo, pois se acham longe das fontes do Salvador, “no qual estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e da ciência” (Cl 2,3). Para isto é necessário a aceitação da cruz na vida diária com paciência; reconhecimento, dado que é uma graça quando alguém sabe por que sofre e lhe dá um significado sobrenatural; com amor, porque a cruz é Jesus crucificado que vem até o cristão para reproduzir nele seus próprios traços. Luiz de Chardon ensina que “depois de termos admirado a violenta e insaciável inclinação do espírito de Jesus para a Cruz compreenderemos melhor como Ele a distribui pelas almas que lhe pertencem pelos vínculos da graça. Entendemos igualmente porque quanto maior é a elevação da alma em união com o espírito de Jesus Crucificado tanto maior será sua obrigação quanto ao sofrimento.” É mister, de fato, que o batizado tenha consciência de que é membro de uma cabeça coroada de espinhos e que ele não pode, nem deve se coroar de rosas perfumadas dos prazeres efêmeros deste mundo. Os membros são santificados pela mesma graça, que está em Jesus como em sua fonte universal. Eis por que, o cristão contrai a obrigação de sofrer com resignação, vivendo intensamente o verdadeiro significado da Cruz de Cristo. Apenas assim se dará uma veneração condigna da Cruz, que é garantia suprema da glorificação humana. * Professor no Seminário de Mariana - MG


Última Alteração: 14:57:00

Fonte: Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho
Local:Mariana (MG)

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