FICAMOS ALEGRES COM SUA VISITA

ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

MANDAMENTOS DA SERENIDADE


1. Só por hoje tratarei de viver exclusivamente este meu dia, sem querer resolver o problema da minha vida, todo de uma vez;


2. Só por hoje terei o máximo cuidado com o meu modo de tratar os outros: delicado nas minhas maneiras; não criticar ninguém, não pretenderei melhorar ou disciplinar ninguém senão a mim;

3. Só por hoje me sentirei feliz com a certeza de ter sido criado para ser feliz não só no outro mundo, mas também neste;

4. Só por hoje me adaptarei às circunstâncias, sem pretender que as circunstâncias se adaptem todas aos meus desejos;

5. Só por hoje dedicarei dez minutos do meu tempo a uma boa leitura, lembrando-me que assim como é preciso comer para sustentar meu corpo, assim também a leitura é necessária para alimentar a vida da minha alma;

6. Só por hoje praticarei uma boa ação sem contá-la a ninguém;

7. Só por hoje farei uma coisa de que não gosto e se for ofendido nos meus sentimentos procurarei que ninguém o saiba;

8. Só por hoje farei um programa bem completo do meu dia. Talvez não o execute perfeitamente, mas em todo o caso, vou fazê-lo. E me guardarei bem de duas calamidades: a pressa e a indecisão;

9. Só por hoje ficarei bem firme na fé de que a Divina Providência se ocupa de mim, mesmo se existisse só eu no mundo – ainda que as circunstâncias manifestem o contrário;

10. Só por hoje não terei medo de nada. Em particular, não terei medo de gozar do que é belo e não terei medo de crer na bondade.



Papa João XXIII

terça-feira, 5 de outubro de 2010

EU QUERO ACREDITAR


Eu quero acreditar novamente independentemente se a igreja é ou não é falha, se os membros ali inseridos mandam e desmandam, se o Sacerdote está no auge do seu estrelismo cheios de excessos extravagantes e suas mensagens de auto ajuda, na realidade eu quero entrar novamente pela porta da frente e sentir o calor sobrenatural da presença divina em mim, sentar no ultimo banco, cheirar aquele ambiente de cadeiras, papeis, óleos, perfumes desde os importados aos mais vagabundos, enfim, estou a um passo de voltar a ser como eu era antigamente, sentir o tal do primeiro amor, mas não vivo em um mundo de conto de fadas, apesar de se aproximar um pouco com o conto de Alice no Pais das Maravilhas, com toda essas loucuras que empurram em nossas cabeças todos os dias, as vezes até para confundir as coisas, hoje o sacerdote quem manda, amanhã já é o porteiro.


Assistindo ao segundo filme da serie Arquivo X, o titulo me chamou muita atenção, “Eu preciso acreditar”, creio que tenho vivido esse dilema diariamente, passo todos os dias na porta de uma igreja histórica bem pequena meu coração ainda pulsa devido uma enxurrada de lembranças que muito me consolam nos momentos de dor, mas ainda tenho resistência, tenho medo de perder o resto de fé que ainda está escondido aqui dentro de mim, às vezes questiono com meus botões se o fato de ter mudado algumas vezes de cidade e escolhido a denominação errada foi que me tornou assim, ou foi a própria faculdade de Psicologia, mas a segunda eu já descarto pois está sendo através da minha profissão que estou ajudando inúmeros cristãos a se reerguerem mais uma vez, não para uma igreja mas para seu próprio caminho de fé e busca interior, o engraçado é que sou como cada um, mas estou aprendendo um pouco durante essa caminhada sozinho, estou maduro quanto certas decisões que no passado me entregava de corpo e alma, agora raciocino mais nas conseqüências vindouras, eu as vezes brigo com Jesus e feio mesmo (briga de filho e Pai), eu encosto Ele na parede e questiono o porque de tantos movimentos espiritualistas por ai que não acrescentam em nada com nosso credo e nossa vida cotidiana, o porque de tantos Sacerdotes que se formam nos Seminários que só visam explorar os fieis em busca de seus próprios interesses financeiros e egocêntricos, quantas lady`s Gagas tem surgido na igreja, as vezes pensamos que são até travestis de tantas parafernalhas, os adolescentes em suas novelas eclesiais e seus estilos modernos e bandas legais de “pop love” irmã, e seus pais baba talentos.
Se você que estiver lendo esse desabafo conhecer um sacerdote extremamente cinqüentão, bem equilibrado, com formação qualificada, de igreja histórica daquelas que tem aquelas velhinhas de coque que sentam nos primeiros bancos, dos maridos que ficam na porta recebendo os membros, da mocidade que canta e nos encanta com louvores e hinos cheios de poesias e esperanças, da mensagem apocalíptica que estremece a espinha e que ao final enchemos o peito e exclamamos "sou pecador", e no final aquela fila para receber os cumprimentos do sacerdote na porta, por favor, me fale!

CELEBRANDO A UNIDADE


Nossa unidade

É uma aliança
Firmada com Deus
É nosso chamado
A marca que nos une
É do sangue do Cordeiro
Jesus pagou o preço
Somos um
Família redimida
Restaurada pra servir
Pra cumprir nosso propósito
De em Cristo sermos Um
Seguiremos nessa luta
Dia a dia, a renúncia
Nós queremos partilhar
Ministrarmos tuas bênçãos
Aos amados do Pai
Recebe, Senhor,
nossa humilde gratidão
E a nossa aliança
De viver em santidade
Celebrando a unidade

ANGÚSTIA, COMPANHEIRA INDESEJÁVEL, MAS SEMPRE PRESENTE.



O que é angústia? Muitos poderiam dar uma resposta bem pessoal e subjetiva a essa pergunta. Falando de modo geral, angústia é um sentimento que acompanha o homem desde seu nascimento até a morte em todas as situações da vida; a angústia é companheira do ser humano.




A angústia é uma das mais fortes opressoras da humanidade, é um sentimento da alma que pode atacar na mesma medida tanto o rei como o mendigo. Angústia é uma emoção que pode ser abafada mas não desligada. O homem natural não pode se desviar nem escapar dela. Na verdade existiram e existem pessoas de caráter forte que, com sua determinação, se posicionam obstinadamente diante da angústia, mas elas também não conseguem vencê-la totalmente. Podemos tentar ignorar a angústia, mas não escaparemos de situações dolorosas.



E o que disse o Senhor Jesus sobre a angústia? É muito esclarecedor e elucidativo observar que Ele nunca afirmou que neste mundo não haveria sofrimento. Na verdade, muitas vezes, se prega que ao se tornar cristão, a pessoa não terá mais tribulações ou tentações. Mas isso não é verdade. O próprio Senhor Jesus disse claramente: "No mundo passais por aflições..." (Jo 16.33) . E então Ele acrescenta o glorioso ‘mas’: "mas tende bom ânimo, eu venci o mundo". Em outras palavras: o mundo é o reino de Satanás, mas Minha vitória sobre esse mundo pode ser a sua vitória também, isto é, em Mim vocês têm a possibilidade de vencer a própria angústia. Essa é a posição de Jesus em relação à angústia!

Como podemos vencer nossas angústias? Depositando nossa confiança no Deus Todo-Poderoso. Como podemos fazer isso? Observando o que nos diz a infalível Palavra de Deus:



1 – Confiando - Hebreus 2.18: "Pois naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados".

Com outras palavras: tendo sofrido e vencido e triunfado no Getsêmani, Ele também pode nos ajudar em nossos medos e angústias, e nos ajuda a vencê-los. Ele quer nos ensinar a orar com perseverança justamente nesses momentos. Ele próprio não viu outra maneira para sair da Sua angústia do que por meio de petições e súplicas. Quanto mais devemos nós também trilhar esse caminho para sair de todas as nossas angústias e apertos que nos surpreendem quase que diariamente.



2 - Tendo bom ânimo - Jo 16.33: "No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo"

Bom ânimo é aquela disposição interior presente mesmo quando as coisas não vão muito bem. Talvez você possa me dizer: Pastor é fácil falar sobre isso teoricamente, mas só quem esta passando pelo problema é que realmente sabe o tamanho da dor. Concordo com você. Não tenho condições de saber quanta angústia pode estar presente no peito de quem sofre, mas de uma coisa tenho certeza: Jesus Cristo venceu o mundo.

Essas são palavras do Senhor Jesus. Você crê nelas? Então viva de acordo com esta fé, confiando – justamente quando o medo quer se apoderar de suas emoções – no Deus Todo-Poderoso e invocando-O em oração!

3 – Glorificando a Deus – 1 Pe 4.12a - 16 : “Amados não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós... se sofrer como cristão, não se envergonhe disso, antes glorifique a Deus com esse nome”.

A grande questão posta por Pedro aqui é a seguinte: Reclamas de que tipo de sofrimento? Aquele causado por ti mesmo, ou aquele que é proveniente da sua condição como cristão.

Muitas vezes sofremos pelos nossos próprios erros e nem sempre estamos dispostos a admitir essa verdade, pelo contrário, fugimos, culpamos pessoas, circunstâncias assim como fizeram Adão e Eva no Éden.

Não é muito fácil encontrarmos cristãos dispostos a encarar a verdade de frente e dizer: Sou o único responsável pelos meus erros.

Se esse é o verdadeiro motivo do sofrimento. Devemos nos curvar, confessar e por certo receberemos de Deus o perdão e o livramento à seu tempo. Se o motivo é a nossa condição de cristão, nem sempre o sofrimento se abrandará, mas há uma promessa de Deus – bem-aventurados sois (v.14).

A Ele toda a glória!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A CRUZ


Paulo escrevendo aos coríntios afirma enfaticamente que a Mensagem da Cruz é loucura para os que se perdem. Deixa claro que não crer nessa loucura é perder-se. Perder-se em seus caminhos.


Ele estava escrevendo a uma Igreja que embora não fosse formada por muitos sábios e entendidos, estava em um contexto que supervalorizava a sabedoria humana. Sabedoria essa que é incapaz de, por si só, salvar aqueles que a possuem. Por melhores e mais úteis que sejam essas conquistas, a salvação não se alcança por meio de diplomas, títulos, posições sociais de grande destaque... Não. A Salvação foi conquistada na Cruz! Por alguém que alguns consideravam louco. Quando esse “louco” morreu até por aqueles “alguns”.

Se a Mensagem da Cruz já mexe com muitas áreas da vida do ser humano que se dedica a ouvi-la, imagine o que faz com a vida daqueles que, pela fé, se dedicam a obedecê-la. Uma dessas áreas é a Alma lotada de ego. Alguém já disse que um homem cheio de si é sempre vazio.

Creio que o ego seja o mais afetado no processo da conversão. Pois alguém que decide seguir a Cristo, primeiro precisa ouvir essa mensagem de um desses “loucos”. Paulo diz no versículo 21: “aprouve a Deus salvar aos que crêem pela loucura da pregação”. E uma vez que cremos e somos salvos, temos também a responsabilidade de levar essa mensagem adiante, sem permitir que seja acrescida de qualquer outro pensamento que não seja o Bíblico (Gl 1.9).

No texto principal, o Apóstolo condena aqueles que querem acrescentar condições à Salvação. No contexto: a exigência abrupta do batismo. Não como um ato de obediência e confissão, mas como algo meramente religioso. Perdendo-se assim, a verdadeira essência. Num contexto mais amplo, podemos usar a religiosidade (que beira divergir da espiritualidade) como exemplo. Há 10 anos sou líder e missionário do Ministério Conexão ide, que desenvolve avanços missionários e plantação de Igrejas em cidades com menos de 1% de crentes na Paraiba.

Tenho visitado várias cidades do Cariri e Sertão a fim de pregar o Evangelho. Sempre que podemos, gostamos de subir algumas serras para contemplar a beleza da criação, respirar ar puro e até mesmo fazer um clamor estendendo nossas mãos sobre a cidade. E não me recordo de pelo menos uma serra em que não tenhamos encontrado uma cruz em seu topo. Ou, como se diz na linguagem local, um “cruzeiro”. Geralmente colocado ali por alguém que acreditava estar pagando uma promessa ou fazendo um sacrifício para obtê-la. É comum também encontramos um pequeno casebre ou “oratório” com alguma imagem do “santo” ao pé da cruz que lhe foi devotada. Percebe-se com isso que a Cruz perde o seu verdadeiro significado, passando a expressar o sacrifício do “romeiro”, do “fiel”, do “santo”, de alguém que não é Jesus. E Ofusca ao invés de salvar.

Enquanto ficamos presos em discutições religiosas e denominacionais. “Coando o mosquito e deixando passar o elefante”, vidas estão carentes dessa Mensagem. Enquanto gastamos nosso dinheiro em projetos que promovem mais ao homem do que a Deus, vidas caminham para o inferno. Aquilo do que eu e você mais precisamos não é a cura na TV ou o “Tome posse” e “Receba” de algumas canções e pregações. E sim o “Eis-me aqui Senhor” sou teu servo e estou louco por Ti. Louco pra levar a tua Mensagem àqueles que “pedem sinais” ou “buscam sabedoria” (versículo 22), quando na realidade o que mais precisam é de Ti.

A Cruz no topo da Serra denuncia não apenas a religiosidade sem espiritualidade ou sabedoria. Denuncia também a ausência de “loucos” dispostos a Levar a verdadeira Mensagem da Cruz.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

QUEBRANDO PARADIGMAS



Sempre tentamos descobrir porque a vida nos limita, nos mostra tantas faces que gostaríamos de cobrir. Indagamo-nos onde queremos chegar, o que esperamos da vida, o que queremos encontrar para descobrirmos que não existe em nenhum lugar o que queremos. A verdade é que apesar da correria do dia a dia, vivemos num tempo de letargia. Temos preguiça de pensar. Somos treinados para vivermos sem pensar e quando pensamos, descobrimos que temos valores estragados, orgulhos baratos, olhares ressecados e ações automatizadas.


No momento em que a vida nos testa, nos descobrimos fracos e deprimidos, que o medo e o perigo nos deixa comprimidos e que nossa filosofia não presta para nada. Nesses momentos, o melhor é pararmos e respirarmos fundo. É preciso nos despir de todas as convicções e dogmas enraizados dentro de nós. Arriscar tudo e optar por não se conformar com este mundo que nos rodeia. Aí sim, estaremos quebrando paradigmas, estaremos seguindo o exemplo do apóstolo Paulo que nos ensina em Romanos 12.2 para ‘"não nos conformarmos com este século, mas transformar-nos pela renovação de nossa mente para que experimentemos qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus".

E a boa, perfeita e agradável vontade do Pai é que não nos conformemos com este mundo que nos conduz ao fracasso espiritual. É seguir os exemplos de Cristo, seus valores morais que transcendem nossos tempos. É saber que os pensamentos e conhecimentos humanos ganham fama, mas depois caem no esquecimento. Porém, a palavra de Deus permanece para sempre.

O mundo não possue valores e ética absolutos, mas ao olharmos para Jesus, modelo perfeito de vida santa e irrepreensível, não nos confundiremos, não cederemos às pressões que nos induz a tolerância com o erro. Contemplar Jesus é viver como Ele viveu. Em vez de sermos tragados pelo mundo, conformando com seus preceitos, somos levados a fincar a bandeira de Deus nessa terra. Abalar essa estrutura de mundo e não se confundir e calar as muitas vozes que nos seduzem.

Quebrar paradigmas é deixarmos de sermos narcisos fracassados que se fixam em nossos próprios corações idiotizados, é olharmos para Jesus com fé. Então, receberemos uma nova mente, um novo coração, uma nova vida e seguiremos um novo padrão, um novo modelo, um novo paradigma.

TEMPO PARA TUDO.

Tenho refletido muito sobre a palavra de Eclasiastes que diz que há tempo para tudo.


Fico pensando, às vezes, nas coisas que planejo fazer e naquelas que ainda não fiz, e é claro isso implica pensar no tempo que desperdicei para realizar o que se foi e no tempo que haverei de separar para aquelas que virão. Sei que pensar sobre o tema não é algo nada novo, afinal, o Pregador já falava sobre estas coisas há mais de dois mil anos atrás quando afirmou que há tempo para tudo e para todo o propósito debaixo do sol.

Coisa mais intrigante ainda é quando estudo os eventos do passado. Ao lecionar ou ao estudar sobre a História viajo por alguns instantes pela civilização harapense (que deu origem à civilização indiana a mais ou menos 2.500 anos a.C.), pela reforma protestante em 1517, passando pela revolução francesa em 1789 e chegando até os dias de hoje.

Através dos livros, ultrapasso um tempo de quase 5 mil anos de história. Todo um tempo vivido. Personagens, sonhos, projetos, guerras, grandes revoluções e descobertas, são todas elas colocadas debaixo de uma mesma palavra sob a qual os que se foram já viveram, nós vivemos e sobre a qual os que vierem também viverão.

Esta palavra é o tempo. Os romanos designavam uma expressão para falar da fugacidade da vida e do tempo, Tempus Fugit, ou seja, o tempo foge. O tempo foge das nossas mãos como a areia seca da praia em dias de muito calor. Quanto mais a apertamos em nossas mãos mais rapidamente ela se esvai por entre os dedos. Isto significa dizer que não podemos, de modo algum, segurar o tempo nem tampouco trabalhar para tê-lo.

Como afirmou o historiador francês Lucién Febvre “O mundo de ontem acabou, para sempre”; não podemos voltar atrás, pois tudo passa. “O que é já foi, e o que há de ser também já foi”... (Eclesiastes 3:15).

O passado já foi e não podemos trazê-lo. O futuro é o amanhã. O daqui a pouco não pode ser descortinado. O hoje é o agora, o presente momento das nossas escolhas e das realizações. Falar assim não se trata de uma apologia ao imediatismo doentio dos nossos dias, mas uma consciência de que se de fato tudo tem o seu tempo, nós também temos o nosso e, portanto, não podemos perdê-lo.

Se porventura estamos aqui para vivermos sob o tempo, vivamos conscientemente com a certeza de que somente ao buscarmos a Deus encontramos tranqüilidade e quietude aos nossos corações. Cada momento que vivemos é um presente de Deus. E aí surge a pergunta: como estamos vivendo o nosso tempo? Vivemos em busca de encontrar significado para ele no amanhã e nos esquecemos de hoje? Se é assim que você tem vivido, peça a Ele que lhe restaure a alegria do dia-dia, porque o hoje e o agora só acontecem neste exato instante.

CONFISSÕES DE UM FILÓSOFO SOBRE A VELHICE


Por: Flávio Sobreiro



Conhecemos-nos em uma tarde de outono, onde as folhas que caiam das arvores eram o anuncio de um inverno rigoroso que se aproximava. Sozinha e triste lá estava ela. Outono era a estação que transbordava de seu olhar. O fim de uma vida pode ser tão triste quanto à de uma flor que morre seca por falta de água em um jardim mal cuidado.


Os detalhes de suas palavras eram tão verdadeiros quanto o céu nublado que prenuncia uma tempestade. Lá estava ela. Em um banco daquela praça. Lia o seu jornal. Sentei-me ao seu lado. Olhou-me profundamente nos olhos. Senti meu coração se rasgando pelas dores não pronunciadas daquela alma sofrida.

Contou-me de sua vida. Falou longamente sobre sua juventude. Dos sonhos realizados e daqueles esquecidos pelo tempo. Sim, ela teve família. Hoje, não mais. O que não se cuida com amor acaba sendo esquecido pelo tempo.

Naquela tarde descobri o que minha razão nunca poderia ensinar-me. A velhice pode ser tão dolorida como a dor da perda de alguém querido. Hoje minha mais nova amiga recordava as suas manhãs de vigor e sonhos. Tudo o que sonhou um dia hoje se encontrava sepultado em um coração esquecido por quem um dia se dizia amado.
Certo estava Michel de Montaigne quando disse: ”A velhice faz-nos mais rugas no espírito do que na face”. Minha amiga não tinha tantas rugas na face. Mas seu coração era a dor aberta, em feridas que nunca poderão ser cicatrizadas pelo tempo.

Hoje ela vivia só. Foi abandonada em uma Casa de Repouso para pessoas que estão no processo de esquecimento familiar. Teve muitos filhos e netos. Recordou-se com lágrimas do primeiro sorriso de seus filhos. Das noites mal dormidas pelos resfriados que as crianças pegaram andando na chuva. Teve dias que deixou de se alimentar para que seus filhos tivessem o que comer. Sua dor era uma mistura de saudade e sofrimento.

Ao fim daquela tarde, perguntei-lhe se não sentia mágoa por estar naquela situação. Com um leve sorriso entre os lábios olhou-me profundamente nos olhos e me disse:

Quando amamos verdadeiramente, a saudade de um passado de lutas é apenas uma maneira de mostramos que valeu ter lutado para fazer outras pessoas felizes.

Não concordei! Entre lágrimas abraçou-me e disse: Ser esquecido é a pior dor que até hoje senti em toda minha vida. Sinto falta de quem me amou, mas continuo amando cada filho. Queria apenas cuidar desta doença que hoje eles têm, e que se chama: desumanidade.

Assim nos despedimos. Na certeza de que a vida não é tão doce e bela para todas as pessoas. Retornando para minha casa recordei-me de Jean Jacques Rousseau: “Quem viveu mais não é aquele que viveu até uma idade avançada, mas aquele que mais sentiu na vida”.