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AGRADECIMENTO

AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

terça-feira, 6 de outubro de 2009

INVEJA


“Ciúme é querer manter o que se tem; cobiça é querer o que não se tem; inveja é querer que o outro não tenha.” (Zuenir Ventura)

Diferentemente da ira ou da gula, a inveja é uma condição emocional sorrateira. Ela queima como fogo de palha, por baixo, sem fumaça.

A ira produz erupções violentas; a gula compromete nosso manequim; a preguiça faz nosso chefe reclamar; a luxúria nos afasta até da família mais liberal; mas a inveja dificilmente aparece, pois o comportamento de um invejoso não difere muito do de um crítico, de um ressentido, de um coração magoado.

Nenhuma dessas condições é, propriamente, inveja. Porém, esta pode estar “orquestrando” a todas aquelas, por trás. Ela pode até mesmo produzir elogios e dar presentes. Este foi o caso de Saul, em relação a Davi. O rei entregou ao rapaz um comando em seu exército e lhe ofereceu a mão de sua filha em casamento -- na esperança de fazê-lo “ir a óbito” (1Sm 18.5-29).

Como não sabe criar, o diabo distorce. Então, para produzir a inveja, ele corrompeu a admiração, transformando-a no segundo pecado mais daninho que o ser humano já provou. Admirar é a capacidade de se deixar impactar pelo excepcional, pelo espantoso, de uma forma generosa, abnegada e contente.

Diz-se que a inveja só perde para o orgulho em poder de destruição, em poder de potencializar o que há de pior no ser humano. A inveja é o maestro de nossos outros pecados. E corta para os dois lados: o do invejado e o do invejoso. A inveja é potencialmente homicida e suicida ao mesmo tempo. Esse potencial raramente atinge seu clímax, revelando-se apenas como sentimento mesquinho, do tipo “se não posso ir a esse churrasco, que chova”.

Esse pecado advém de uma necessidade de nos compararmos com os outros. E ao encontrarmos neles motivos de admiração, sofremos, em vez de simplesmente nos alegrarmos. E aí está a obra do diabo: o invejoso sempre se compara e sofre com o bem dos outros que, para ele, é sempre maior e melhor (um problema de autoestima). A grama do quintal do vizinho é sempre mais verde.

Assim, tudo começa com algo vindo de Deus: a capacidade de admirar e de se admirar. E nunca admiramos o trivial ou mesmo algo bom que tenhamos ou sejamos. Normalmente, só o narcisista admira algo que ele próprio tem ou é. Admira-nos aquilo que não encontramos em nós mesmos, como capacidades artísticas, dons, beleza, inteligência, posses etc. Em especial, quando alguém nos “vence” em algum ponto em que nos consideramos fortes.

É aí que o inimigo semeia a inveja, fazendo com que essa admiração se transforme de alegria em sofrimento, sem muita consciência da razão. Passo seguinte, inconscientemente desejamos “vencer” essa competição. Porém, o inimigo não nos dá força para tal. Sugere-nos, ao contrário, o expediente de Caim. Ou o de Saul; com a língua desempenhando o papel da lança. Ou, se precisarmos de ajuda, que fundemos a fraternidade dos “irmãos de José”.

Sentir inveja é pecado. Porém, tornar-se invejoso é ainda mais grave. Vemos em Provérbios 14.30 que ela nos faz adoecer: “a inveja é a podridão dos ossos”. E isso acontece quando esse pecado se instala em nossa alma. De alguma forma perversa, essa atitude “nos ajuda a viver”, criando em nosso coração mecanismos de autojustificação. E o invejoso passa a achar que “o que fizeram com ele justifica sua reação”. Afinal, todos lhe estão devendo.

Aninhada na placenta do nosso coração, ela agora se multiplica em ninhada. Surgem, por exemplo, o ódio, a ira, o homicídio e uma infinidade de pequenas transgressões (cometidas pelo invejoso covarde), com um só objetivo: humilhar ou destruir o invejado. Vêm, então, a difamação, a calúnia, o desmerecimento, a crítica destrutiva, a palavra amarga e uma indisfarçável alegria com o infortúnio do outro. Do “inimigo”.

Resultado, esse pecado nos lança num mundo de trevas. Já não nos alegramos com o que temos ou somos (a não ser que ninguém mais tenha ou seja -- mas aí já não tem graça); já não somos gratos a Deus pelo que nos deu (como pôde o Senhor abençoar aquela criatura!?); já não somos edificantes, e sim desconstrutores. Passamos boa parte da vida a nos comparar com os outros. E nossa baixa autoestima nos faz “admirar” as coisas boas que encontramos neles -- e isso nos consome! Está ficando pesado? Uma paradinha.

Dois amigos passeavam na calçada quando um deles chutou uma espécie de lata velha. Era uma lâmpada de gênio, que, tendo sido acordado, apareceu e disse: “Estive preso nessa lâmpada por muitos séculos e estou muito cansado. Portanto, vocês têm direito a apenas um pedido. Façam logo, pois não tenho tempo a perder”. Um dos amigos, animado, pediu para ficar rico, e foi logo atendido pelo gênio. O segundo amigo viu aquilo tudo e pediu: “Quero que meu amigo volte ao que ele era antes”.

Outra versão, mais dramática, diz que o gênio impôs uma condição para o pedido único: tudo o que um deles pedisse seria dado também e em dobro para o outro. Aí, o amigo invejoso se adiantou e pediu: “Quero que você me tire um olho”.

Aí está a sabedoria popular a nos ensinar que o invejoso não consegue construir. Bastaria aproveitar a chance única e ser muito feliz. Porém, a felicidade do companheiro torna-se um problema. E ele prefere destruir. Nem que precise sofrer.

Mas nem tudo está perdido. Deus colocou recursos espirituais à nossa disposição para vencermos a inveja. Eis alguns, encontrados na literatura como virtudes antagônicas a esse pecado: amor, gratidão, compaixão, misericórdia e lamento.

Examinando cada uma delas, faço minha opção pelo “amor diligente”. Aquele amor dinâmico, capaz de me transformar, pela busca do poder do Espírito de Deus. Ouça Jesus: “...Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem”. Ouça Paulo: “Abençoai os que vos perseguem, abençoai e não amaldiçoeis”. Ainda Paulo: “...Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber...”

Se eu examinar meu próprio coração* e me descobrir invejoso e, por isso mesmo, agredido, humilhado e perseguido por gente que, de “tão boa”, se tornou meu algoz -- e quiser mudar --, buscarei o Senhor em meu quarto e lhe pedirei que me ajude a abençoar, a falar bem “pelas costas”, a elogiar esse “inimigo”. E pedirei mais: que Deus me dê oportunidades e meios (emocionais) de lhe “lavar os pés”. Sabemos que, na medida da resposta de Deus, a minha redenção se manifestará na forma de serviços a esse “inimigo”. Serviços que remodelarão meu coração egoísta em abnegado e generoso, capaz de, solidariamente, alegrar-se com os que se alegram e chorar com os que choram. Serviços como aqueles com que meu Mestre serviu. E nessa atitude, “teu Pai, que vê em secreto, te recompensará” (Mt 6.4, 6 e 18).

Assim, mais uma vez, da cruz de Cristo e também da minha; da humilhação, agora voluntária, há de vir a vitória.

* O Ministério da Saúde Espiritual adverte: este texto não deve ser utilizado em diagnósticos de terceiros. Serve apenas para introspecção. Não desaparecendo os sintomas, procure seu conselheiro espritual. Paz e bem

DEFICIÊNCIAS


O poeta Mario Quintana nos brinda com alguns conceitos sobre as verdadeiras deficiências do mundo.

"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino. Este meu amigo é o deficiente eficiente, Deus é dono de seu destino. Ele não deixou a vida lhe levar. Deixou Deus colocá-lo no colo. As circunstâncias não têm destruído o seu ser, antes, anda com o Senhor com pés firmes. Seu destino é ser um reparador de muros e cidades.

"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui. Possuir pra que? Se tudo vai virar pó. Por que tanto amor ao que não possuo, mas é emprestado? O ar é emprestado. A minha casa nova é emprestada. Minha força física é emprestada. Até meus cabelos são emprestados (estes estão indo embora com uma rapidez tremenda). Sentirei falta sim: do amor de minha esposa; da amizade e do calor de meus filhos, que me surpreendem diariamente; da saúde quase imperfeita, somente, porque não cuido dela direito; dos amigos de sempre e pra sempre; da comunidade unida em Cristo Jesus; e de você. Sou feliz! Sou feliz! Com Jesus meu Senhor. As minhas pernas são emprestadas. Louvado seja Deus, pois Ele me carrega no colo.

"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores. Pare de sofrer. Olhe para cima e para o lado, não olhe para baixo. Olhe para Deus, é de lá, dos altos montes que virá o socorro. Socorro pra ti, socorro para mim, socorro para quem está com frio, com fome e sede de justiça. Seu olhar está voltado para Cruz, e a cruz o constrange a olhar para o próximo. Meu amigo é assim, apesar das “deficiências”, um homem que olha para o mendigo, o viciado, o faminto, o preso pelos grilhões da bebida. Esquece tudo por amor a estes. Obrigado Senhor por ver sua Graça, não no andar de pés firmes, mas no caminhar de um homem com teus olhos. Fernando Pessoa disse: “eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho de minha altura”. Com que altura me apresentarei a ti Senhor?

"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês. Pra que tanto tempo jogado fora? Correr atrás do vento lhe trará somente frustrações. Olha aí o vento de novo. Vento não se sabe pra onde vai, nem pra onde foi. Pra que, então, correr atrás dele? A felicidade acontece quando ouvimos o choro de um amigo e o apelo de um irmão. Limpe seus ouvidos e o seu coração. De que adianta ganhar o mundo e perder a sua alma? De que adianta ganhar tostão e perder seu irmão?

"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia. Abra seu coração. Seja realista, você precisa de mim e eu de você. Pra que se esconder atrás de máscaras? Não sejamos hipócritas, andemos no vale da sombra da morte, mas olhando pro alto, cantando louvores ao Senhor, meditando em sua Palavra, escutando os que choram e dizendo pro próximo, eu também preciso de ti. Sem solidariedade, sem compaixão e sem sinergia o fraco é fraco, não se torna forte. Somos fortes quando estamos juntos sem hipocrisia, sem máscaras. Você é livre para dizer que precisas de mim e eu de você.

"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda. Meu conselho é que andes como o Senhor andou. A direção sempre era: cegos, aleijados, deficientes, prostitutas, rejeitadas mulheres, senhores “odiosos” cobradores de impostos, os pecadores, os afastados da presença de Deus. Queres andar com Deus? Ande na direção dos que precisam de ajuda. Encontrarás Jesus lá.

"Diabético" é quem não consegue ser doce. Se minha casa é o doce lar, vou ser diabético por toda minha vida. Vou ser doce de goiaba para meus filhos, doce de leite para minha esposa, doce de figo (gosto muito) para meus amigos, ambrosía para meus irmãos, chocolate para meus vizinhos, pudim para meu próximo. Assim morrerei feliz, na presença do Doce Senhor de minha Alma.

E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:
"Miseráveis" são todos que não conseguem falar com Deus. Pensas que o maior sofrimento é ser deficiente, cego, mudo, anão? Desespero maior é estar sem Deus. Na Cruz o Senhor Jesus grita “Pai, porque me abandonaste?” Maior sofrimento que os pés e as mãos cravadas na cruz foi pra Jesus à dor da solidão, enfrentar o desamparo e a miséria de sentir a nossa dor, a nossa solidão, o nosso desamparo, a nossa morte. Não consegues falar com Deus. Ele está a sua espera, de braços abertos preparado para dar uma festa ao ouvir sua voz, pois o que estava surdo, cego, diabético, louco e perdido, foi achado, foi curado. Paz e bem