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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

NA ESCOLA DE JESUS


A RELIGIÃO ANTES DE CRISTO



Antes de Cristo vir ao mundo já havia uma religião verdadeira, revelada por Deus. Toda a primeira parte da Bíblia, chamada «Antigo Testamento», já existia antes de Cristo. Deus sempre falou aos homens, e teve sempre seus representantes junto dos homens. A história de Nossa salvação vem desde o começo do mundo.
Já nos primeiros tempos da humanidade, Deus chamou Abraão para ser o chefe do «povo eleito». Depois vem Isaac, Jacó, Moisés, profetas, patriarcas e reis, todos eles trazendo de geração em geração a fé no Deus único e verdadeiro, do qual Moisés havia recebido as tábuas da Lei, no monte Sinai. O povo de Israel era apaixonadamente religioso, e sabia morrer pelo Senhor seu Deus. Durante milhares de anos os hebreus aguardaram a vinda do Messias, que Deus havia prometido aos seus antepassados. A coisa mais esperada pelos descendentes de Abraão era a Redenção de Israel. Talvez por isso mesmo os judeus se tornaram orgulhosos, e foram fazendo, do Messias, a idéia de um rei glorioso, defensor exclusivamente do povo judeu. Na mentalidade deles, o Messias deveria ser não o Salvador do mundo, mas do povo judeu apenas, porque os outros povos, como pagãos e idólatras que eram, mereceriam somente a condenação
e o aniquilamento.



CRISTO PREGOU UM "REINO"



Apesar de já existir uma religião, Jesus começa a pregar um «Reino». Deixando a sua cidadezinha de Nazaré, partiu para Cafarnaum, que ficava na praia, onde morou algum tempo. Aí começou a pregar: «Fazei penitência, porque está próximo o reino dos céus» (Mt 4,17).
Mais adiante diz ainda o Evangelho: «E Jesus percorria toda a Galiléia ensinando nas suas sinagogas, pregando o Evangelho do reino e curando toda a espécie de doenças do povo. Sua fama espalhou-se também por toda a Síria, e lhe trouxeram todos os enfermos e possessos, lunáticos e paralíticos, e Ele os curou. E uma grande multidão de povo da Galiléia, de Jerusalém, da Decápolis e da outra margem do Jordão O foi seguindo» (Mt 4,23-25).
Poderíamos perguntar agora: Esse «reino dos céus», que Cristo anuncia, é o mesmo que os judeus professavam, ou é outro? E' Uma continuidade da Lei de Moisés, ou Cristo veio para pôr fim à Lei antiga ? Respondemos: Jesus não veio para destruir, mas para completar a Lei. Os judeus haviam perdido o principal da Lei, que é o «espírito», o amor, a caridade. Em nome da tradição, acabaram deturpando a verdadeira espiritualidade.



ASSIM ERAM OS JUDEUS



Os judeus gostavam muito de se mostrar em público como homens religiosos.
Sua vida, porém, era uma contradição, pois às escondidas praticavam os maiores pecados contra a justiça e a caridade. Eles seguiam a exterioridade da Lei, não o espírito e a vida de Deus. Os judeus passavam longe dos publicanos, porque eram tidos como pecadores. No entanto, eles próprios estavam cheios de pecados.
«Certa vez Jesus estava à mesa com alguns publicanos e pecadores, comendo com eles. Vendo isto, os fariseus começaram a dizer aos discípulos de Jesus: -Por que vosso Mestre come com os publicanos e pecadores? Jesus, ouvindo-os, disse: -Os que têm saúde não precisam de médico, e sim os enfermos» (Mt 9,10-13).
«Outra vez vieram uns judeus de Jerusalém e perguntaram a Jesus: -Por que teus discípulos transgridem a tradição dos antigos? Pois não lavam a mão ao comer o pão. E Jesus respondeu: -E vós, por que transgredis a Lei de Deus por causa da vossa tradição?» E logo acrescentou Jesus: -«Não é o que entra pela boca que torna o homem imundo, mas o que sai da boca, isso é que faz imundo o homem» (Mt 15,1-12).
Outra passagem do Evangelho que mostra a hipocrisia dos judeus é aquela da mulher adúltera. Os escribas e fariseus levaram a Jesus uma mulher que havia pecado, e disseram: -«Mestre, esta mulher foi apanhada em pecado. Ora, Moisés ordena na Lei que apedrejemos as adúlteras. Que dizes tu ?»
O que os fariseus queriam é fazer Jesus ir contra a Lei, para depois acusá-Io. Mas Cristo fez silêncio. Os judeus insistiram. Então Jesus disse: -«Aquele, dentre vós, que não tem pecado atire a primeira pedra». Ouvindo isto, os judeus foram saindo um por um, de cabeça baixa, sem dizer palavras» (Jo 8,3-10).
Para os judeus, o sábado era o Dia do Senhor. Não se poderia trabalhar. Um dia foi apresentado a Jesus um homem que tinha a mão seca, pedindo-lhe que o curasse. Os fariseus logo se opuseram dizendo: -«Mas é permitido curar em dia de sábado? Então Jesus perguntou-lhes : Quem- de vós, tendo uma ovelha e caindo esta num poço em dia de sábado, não lança a mão para tirá-Ia ? Ora, um homem vale muito mais que uma ovelha. Logo, é permitido fazer o bem nos dias de sábado» (Mt 12,9-12).



ALGUMAS MODIFICAÇÕES
Vamos ver algumas coisas que Cristo mudou. Por exemplo, na lei antiga era proibido matar o semelhante, mas os judeus achavam que odiar era permitido. Então Jesus disse-Ihes: - «Ouvistes o que foi dito aos antigos: «Não matarás. Quem matar será réu no juízo. Eu porém vos digo que todo o que se irar contra seu irmão será réu no juízo» (Mt 5,21 e 22).
«Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não praticarás adultério. Eu, porém, vos digo: -Todo o que olhar para uma mulher com má intenção já cometeu adultério com ela no seu coração» (Mt 5,27 e 28). «Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e desprezarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos perseguem e caluniam, para serdes filhos do vosso Pai que está nos céus, o qual faz nascer o sol sobre bons e maus, e cair a chuva sobre justos e injustos. Porque, que recompensa tereis se vós amais somente os que vos amam? Não fazem assim também os publicanos? E se saudardes somente os Vossos irmãos, que fazei nisso de especial ? Não fazem assim também os pagãos? Portanto, sede perfeitos como vosso Pai dos céus também é perfeIto» (Mt 5,43,48). ?
«Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles. Dessa maneira não podeis receber a recompensa junto de vosso Pai que está nos céus. Quando fordes dar esmolas, não façais tocar a trombeta diante de vós, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem honrados pelos homens. "Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Mas, quando dais esmolas, não saiba a vossa esquerda o que faz a vossa direita, para que Vossa esmola fique em segredo e vosso Pai, que vê o que é oculto, vos recompense» (Mt 6,1-4).



OS JUDEUS NÃO ACEITARAM .
Os judeus não aceitaram os ensinamentos de Cristo, e começaram a tramar contra Ele. Foi preciso Jesus dizer claramente aos seus discípulos e ao povo: «Sobre a cátedra de Moisés assentaram-se escribas e fariseus. Observai, pois, e fazei o que eles vos disserem, mas não façais o que eles fazem, pois não praticam o que ensinam» (Mt 23,1-3).
O culto que os judeus davam a Deus era minucioso no seu ritual, mas fingido e sem verdadeiro amor. Por isso Cristo disse: «Esse povo me louva com os lábios, mas seu coração está longe de mim». E quando os doutores de Israel quiseram condenar Jesus como destruidor da Lei divina, Ele assim respondeu: «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, que fechais o reino dos céus aos homens, pois nem vós entrais, nem aos que entrariam deixais entrar».
«Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque limpais o que está por fora do copo e do prato mas por dentro estais vós cheios de rapinas e de imundícies. Coais um mosquito e engolis um camelo».
«Ai de vós. escribas e fariseus hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora parecem formosos mas por dentro estão cheios de podridão e asquerosidades. Raça de víboras, como escapareis de serdes condenados ao inferno?» (Estas citações encontram- se no capítulo 23 de São Mateus).



A NOVA RELIGIÃO



Vimos, até aqui, que já havia uma religião do Deus verdadeiro quando Cristo veio ao mundo. Vimos que os homens haviam desviado o espírito daquela religião, e assim ficaram Com um culto vazio, sem sentido, porque faltavam a fé e a caridade. Cristo veio então ensinar o que estava faltando para que aquele culto agradasse a Deus. Mostrou o que estava faltando. Os judeus não aceitaram a reforma proposta por Jesus. Antes, procuraram meio de o trair, para condená-lo.
Por isso Cristo funda a Igreja. A palavra «Evangelho» quer dizer «Boa-Nova». E' o novo reino, nascido da palavra e do exemplo pessoal do próprio Deus. E' um reino de justiça, de verdade e de amor. O que mais interessa não são as palavras do culto mas a sinceridade da vida. Cristo disse: «Nem todo aquele que me diz Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus; mas o que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, este sim entrará no reino dos céus» (Mt 7,21).



FILOSOFIA DO REINO DE DEUS



Ninguém desconhece que, tanto os reis das velhas dinastias como os chefes das nações modernas proclamam sempre entre os itens básicos de seus planos de governo – de sua plataforma política – que hão de olhar para as classes menos favorecidas, que hão de estabelecer a justiça e a paz social, o bem-estar da comunidade. Nem queremos duvidar sistematicamente de sua sinceridade. Pois não seria acreditável que algum governante não desejasse a justiça e a paz para o seu País.. Acontece, porém, que outras forças e outras influências impedem que essas boas intenções cheguem a ter realmente uma concretização satisfatória. E a gente vê então dominar a força do dinheiro e da ganância. A prepotência dos que querem dominar os outros, a indiferença de muitos para com os problemas dos pobres e dos injustiçados, a violência que arma o braço do terror e do assalto.... e freqüentemente a competição entre nações na busca de uma hegemonia política ou econômica, em vez do interesse concreto pelo bem de cada cidadão.
Jesus, que veio proclamar e instaurar um reino bem diferente dos reinos da terra, não deixou, no entanto, de anunciar também uma filosofia de ação, digamos mesmo “uma plataforma de governo”. É o que encontramos nas “bem-aventuranças evangélicas” e em todas as outras lições que elas se seguem no Sermão da Montanha”. Por isso mesmo, esse sermão é chamado a “carta magna” do cristianismo. Em alusão à famosa “Magna Charta” do rei João-sem-Terra, que no século XIII marcou o início do direito público do povo inglês. O plano de governo do Mestre e Rei divino é, no entanto, de um estilo e de um feitio bem diferente de qualquer outra plataforma política. E mil razões nos fazem ver como ele está destinado a ter um êxito bem mais feliz do que os planos dos governantes terrenos. Vamos lembrar apenas dois motivos:
Primeiramente porque as bem-aventuranças são uma norma de vida e não apenas uma legislação exterior. É um espírito que elas ensinam a viver. São uma “forma”, poderíamos dizer, se quiséssemos usar um jogo de palavras. Isto é, não um molde que comprime por fora, mas um modo de ser que anima por dentro. É ter um coração de pobre: simples, disponível, desprendido de grandezas, mas cheio da verdadeira grandeza, cheio de confiança em Deus. É ter vontade sincera de que a justiça triunfe no mundo. É ser manso, misericordioso, puro de coração. É estar disposto a sofrer para a defesa do direito e da justiça. É desejar a paz e tudo fazer para promove-la.
Não se trata, portanto, de uma legislação – bem diferente do outro sermão, de outra montanha, a do Sinai, onde foi promulgado o Decálogo – mas de uma inspiração de vida. E o Reino de Deus se há de estabelecer, na medida em que os discípulos de Cristo viverem essas atitudes que ele proclamou. Não crescerá por uma imposição de fora para dentro, mas por um compromisso interior assumido por cada um. É um processo lento, não fácil, que se realizará no respeito à liberdade das pessoas e com a participação de todos no processo. Não se impõe cristianismo! Ele se impõe pela sua nobreza transcendental, por sua força divina!
Mas, além disso, como sinal definitivo do êxito de sua pregação, o Rei e Mestre que ditou as normas das bem-aventuranças, viveu-as ele próprio em si mesmo e no mais alto grau e na mais cativante força de exemplaridade.
Só Ele pôde com mais sinceridade do que alguém: “Eu vos dei o exemplo, para que assim como eu fiz, vós o façais também” (Jô 13, 15). Ele nasceu na pobreza e nunca foi atrás da riqueza. Foi manso. Misericordioso. Foi a própria pureza. Foi pregador da paz, e no seu mais legítimo sentido, que não é o de compactuar com o mal, mas de supera-lo no bem. Amou a justiça, e por dar testemunho dela até o fim, foi rejeitado, acusado, executado entre os malfeitores. Sofreu e chorou, co-partilhando nossa sorte neste vale de lágrimas, mas soube, como ninguém, enxugar lágrimas e minorar os sofrimentos dos outros: “Passou fazendo o bem e curando a todos” (At. 10,38). Ele viveu em plenitude as bem-aventuranças. Para nos ajudar a vive-las.
Por isso é que nos lembra o Apóstolo Paulo, num trecho da primeira carta aos Coríntios, que a Igreja lê no mesmo domingo das “bem-aventuranças”: “Este Cristo que Deus fez para nós sabedoria, justiça, santificação, redenção” (1 Co 1,30). Cristo não apenas pratica atos bons: N’Ele vive a própria essência da bondade, da justiça , da santidade.

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