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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

A BIBLIA DEVE LER-SE EM ATITUDE DE ORAÇÃO


Em uma entrevista publicada esta semana pela revista católica espanhola Ecclesia o Cardeal Albert Vanhoye, S.J., antigo Reitor do Pontifício Instituto Bíblico de Roma e Secretário emérito da Pontifícia Comissão Bíblica, assinalou que a maneira de vencer a tentação de ler a Sagrada Escritura com uma aproximação racionalista, como realizam alguns biblistas contemporâneos, é a de lê-la em autêntico espírito de oração.
O destacado biblista, criado Cardeal por razão de seu mérito teológico e bíblico pelo Papa Bento XVI no consistório de 24 de março de 2006, assinalou na entrevista que “a Providência tem feito que eu tenha podido consagrar verdadeiramente toda minha vida ao aprofundeamento da Escritura para proveito de tantos estudantes de todo o mundo. Portanto, agradeço ao Senhor me haver dado este privilégio”.
O Cardeal jesuíta de 85 anos destacou além que suas premissas para o estudo da Bíblia “foram claramente premissas de fé. A Bíblia é um texto que expressa a fé. Para acolher a de modo sério e profundo, terá que estar em quão corrente a produziu. portanto, aproximar-se do texto inspirado com uma atitude de fé é essencial. Por outra parte, existe também a convicção de que a Bíblia é ao mesmo tempo um livro histórico, não uma palavra simplesmente teórica; é uma revelação com feitos, com eventos; uma realidade existencial histórica que, portanto, terá que acolher baixo este aspecto”.
“A Sagrada Escritura –adicionou– é essencial para conhecer cristo, para lhe seguir, para investigar todas as dimensões do mistério de Cristo. A estreita relação entre investigação exegética e aprofundamento da fé e da vida espiritual. Isto tem feito que não tenha duvidado nunca em estudar, investigar e empregar todas minhas forças e minhas capacidades neste estudo de importância fundamental para a vida da Igreja”.
O Cardeal Vanhoye explicou além que “a Palavra de Deus nutriu minha vida espiritual de modo muito fecundo. Por exemplo, quando era ainda estudante do Instituto Bíblico Pontifício, realizei um estudo sobre duas frases do Evangelho de João que expressam a relação entre a obra de Jesus e a obra do Pai. Jesus recebeu o dom das obras”.
“Em duas frases –prosseguiu–, Jesus fala das obras que o Pai lhe entregou. Vi a insistência: ‘Meu pai trabalha sempre e eu também trabalho’ (João 5, 17). Um tema muito importante para aprofundar na vida espiritual não só de modo especulativo mas também especialmente no mesmo atuar. Do mesmo modo que o Pai entregava suas obras a Jesus, este nos dá as nossas”.
“Este é um ponto que me alimenta: devo fazer sempre com o Senhor a obra do Senhor. E compreendi por outra parte que, para fazer com o Senhor a obra do Senhor, é essencial estar unidos ao Coração do Senhor, porque a obra do Senhor não é uma obra administrativa que se pode fazer com certo desapego, senão uma obra de amor. Esta para mim é uma orientação formosa, profunda e exigente a que volto sempre. É Ele o autor principal, eu sou um pobre e modesto ajudante, mas que se deve empenhar, porque a obra é importante, uma obra formosa que faz o Senhor. Em minha relação com a Escritura, isto é o mais importante.
O biblista explicou logo que, para que a Escritura entre cada vez mais na vida espiritual dos católicos “faltam duas coisas principais: por uma parte, os meios, os instrumentos, os materiais que possam ajudar aos fiéis a acolher bem a Palavra de Deus; e, por outra, a meditação dos fiéis sobre os textos da Bíblia. As duas coisas estão já presentes, graças a Deus, na vida da Igreja, e se têm feito mais presente graças ao Concílio Vaticano II. Entretanto, fica sempre algo no que progredir”.
“Como afirmou repetidamente o Papa Bento –seguiu o Cardeal–, a Lectio Divina pode ser um meio muito adequado a este fim”.
“Este método tem o grande mérito de levar a primeiro atenção para o texto bíblico considerado em si mesmo, em seu significado exato, concentrar o esforço de atenção nele antes de fazer especulações que poderiam não ter nenhuma relação com o texto. A Lectio Divina parte da ‘lectio’, da leitura atenta”, explicou.
Finalmente, perguntado sobre como evitar que a Bíblia se converta em um mero objeto de estudo, separado da própria vida espiritual entre os biblistas de hoje, o Cardeal
Vanhoye assinalou que “o remédio principal é a meditação dos textos bíblicos, com uma atitude de fé e de oração. Os exegetas não se podem contentar estudando os textos. Devem meditá-los em um ambiente de busca do Senhor e de união com Ele, e conscientes sempre de que só em Cristo se dá toda a riqueza da Escritura inspirada; que é Ele quem abre plenamente nossas mentes à inteligência da Escritura, como diz o Evangelho de Lucas ao final. portanto, o remédio é, diria, a oração, entendida como meditação que procura a união com o Senhor, a acolhida de sua luz, a acolhida de seu amor. Só isto pode preservar do perigo de uma atitude racionalista e esterilizadora, que pode converter-se em um obstáculo para a vida dos fiéis”.






Última Alteração: 09:23:00

Fonte: Aci Digital
Local:Madri (Espanha)

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