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ESPERAMOS, QUE COM A GRAÇA SANTIFICANTE DO ESPIRITO SANTO, E COM O DERRAMAR DE SEU AMOR, POSSAMOS ATRAVÉS DESTE HUMILDE CANAL SER VEÍCULO DA PALAVRA E DO AMOR DE DEUS, NÃO IMPORTA SE ES GREGO, ROMANO OU JUDEU A NOSSA PEDRA FUNDAMENTAL CHAMA-SE CRISTO JESUS E TODOS SOMOS TIJOLOS PARA EDIFICACÃO DESTA IGREJA QUE FAZ O SEU EXODO PARA O CÉU. PAZ E BEM

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AGRADECEMOS AOS NOSSOS IRMÃOS E LEITORES, POR MAIS ESTE OBJETIVO ATINGIDO, É A PALAVRA DE CRISTO SEMEADA EM MILHARES DE CORAÇÕES. PAZ E BEM

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

RITIMO SINODAL



No mês de outubro tivemos um sínodo, cujas repercussões ainda continuam. Seu tema era atraente. Tratava-se da Bíblia, com tudo o que envolve este vasto assunto de dimensões religiosas e culturais muito importantes para a humanidade. Daí o interesse, não só da Igreja Católica, e de outras Igrejas, mas também de outras religiões.
Basta ver a repercussão da presença de um rabino judeu, convidado a falar diante do papa e dos bispos, ocasião que ele aproveitou para reiterar uma queixa dos judeus sobre a atuação de Pio XII. Na opinião deles poderia ter feito mais do que fez para evitar o holocausto contra os judeus praticado pelo regime nazista.
Foi notável também a presença do patriarca de Constantinopla, Bartolomeu Primeiro, sinalizando a lenta mas persistente reaproximação entre Católicos e Ortodoxos, incentivada pelo atual papa.
Mas isto mostra também que o sínodo, e os sínodos em geral, se tornaram o melhor palco para a Igreja fazer suas propostas, administrar suas estratégias, e apresentar seus objetivos.
Existe um fato mais amplo e mais consistente. Os sínodos, na maneira como são realizados atualmente, nasceram do concílio. Foram instituídos por Paulo VI com a declarada intenção de prolongar o processo conciliar. Com isto, vai sendo retomada uma dimensão eclesial fundamental e indispensável para a vivência da unidade e da missão da Igreja, que é o seu caráter sinodal. A Igreja necessita cultivar a postura de quem se reúne, para refletir, para escutar o que os outros têm a dizer, e buscar saídas para os impasses existentes. A Igreja não tem todas as respostas prontas. Ela precisa se perguntar o que Deus lhe pede nas circunstâncias históricas que vão mudando, e perguntar aos outros, de onde vêm, com freqüência, as melhoras observações.
Este caráter sinodal não é expresso só pela realização eventual de algum sínodo, ou durante o tempo em que se realiza determinado sínodo. Os sínodos são manifestações de uma realidade que tem caráter de permanência e de constituição.
Prova disto é a continuidade que a Igreja procura dar aos diversos sínodos já realizados. Nesta semana, por exemplo, se reuniu a Comissão do Sínodo da América. Ora, ele foi realizado ainda em 1997. Mas ele continua como referência para a “Igreja na América”, como diz o título do documento que resultou dele. Não só pelas recomendações que ele fez. Mas também para lembrar que a Igreja tem necessidade permanente de conferir os acontecimentos, e ver quanto eles repercutem na sua vida.
Em vista da celebração do solene jubileu do milênio, a Igreja realizou “sínodos continentais”, nos cinco continentes. Pois bem, todos estes sínodos continuam com os seus “conselhos pós sinodais”, como se chamam oficialmente as comissões eleitas no final de cada sínodo para levar adiante o seu processo.
Estes “conselhos” se reúnem cada ano. Para o continente africano já está decidido que em breve será feito outro “sínodo para a Igreja na África”. Pode ser que se decida realizar também um outro sínodo para a América. Motivos não faltariam, se olhamos as significativas transformações políticas ocorridas ultimamente, não só nos Estados Unidos com a crise de agora e com a eleição de Barak Obama, mas também na maioria dos países latino americanos, onde estão em curso, com muita evidência, grandes transformações que a Igreja não pode ignorar.
Mas me parece que a Igreja tem um interesse especial com sua presença na América. Nosso continente traz marcas profundas da Europa. Pois bem., a Igreja se dá conta que o Evangelho tem a vocação de se encarnar nas culturas de cada continente, continuando a dinâmica da encarnação do Filho de Deus. A experiência americana, com sua dose européia e com sua criatividade própria, serve de ponte para a presença da Igreja em outros continentes, onde ainda ela precisa abrir os caminhos de sua inserção. A Igreja na América precisa se dar conta deste seu compromisso.
(http://www.diocesedejales.org.br/)


Última Alteração: 09:05:00
Fonte: Dom Demétrio Valentini - Bispo de Jales Local:Jales (SP)

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