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sábado, 9 de agosto de 2008

O HOMEM NO DIÁLOGO DA TRINDADE DIVINA


A Bíblia ensina-nos que Deus não é uma força misteriosa sem coração.

Pelo contrário, pela Fé sabemos que Deus é relações de perfeita reciprocidade amorosa e familiar:

Deus Pai encontra-se e possui-se de modo infinitamente perfeito, dando-se como amor paternal e dom incondicional ao seu Filho:

“Quero ser totalmente para ti!

Do mesmo modo, Deus Filho possui-se e encontra-se de modo pleno, dando-se com pleno amor filial e doação incondicional a Deus Pai:

“Sei que me amas incondicionalmente. Tenho a certeza de que queres o melhor para mim. Sei que és incapaz de me manipular.

Eis a razão pela qual quero fazer sempre a tua vontade e deixar-me ser através de ti.”

Jesus de Nazaré e o Filho Eterno de Deus fazem uma união orgânica e dinâmica, alimentada pelo Espírito Santo.

Enquanto viveu na História, Jesus era a expressão humana perfeita deste amor incondicional de Deus Filho para com Deus Pai.

Segundo os evangelhos,

Jesus exprimiu muitas vezes este desejo de se identificar totalmente com a vontade de Deus:

“O meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra” (Jo 4, 34).

“Não procuro a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (Jo 5, 30).

“O pai não me deixa sozinho, pois eu faço sempre o que lhe agrada” (Jo 8, 29).

“O mundo vai saber que eu amo o Pai e faço tudo como ele me ordenou” (Jo 14, 31).

De tal modo a vontade do Filho estava em sintonia com a vontade de Deus Pai que Jesus, no evangelho de São João diz o seguinte:

“Eu e o Pai somos um” (Jo 10, 30).

Jesus procurava incansavelmente a salvação das pessoas, pois era esta a vontade do Pai:

“Não é da vontade do vosso Pai que está nos Céus, que um destes pequeninos se perca” (Mt 18, 14).

A terceira pessoa da Santíssima Trindade, o Espírito santo, ocupa um lugar central neste diálogo familiar e na comunhão da Trindade Divina.

Como amor maternal de Deus, o Espírito Santo é princípio animador de relações e vínculo maternal de comunhão orgânica.

O Espírito Santo é o coração da convergência familiar da Santíssima Trindade.

Isto quer dizer que o Espírito Santo se encontra e possui de modo pleno coração do diálogo e da reciprocidade amorosa de Deus Pai com Deus Filho.

Inspira a novidade permanente do dom incondicional de Deus Pai e a resposta amorosa de Deus Filho.

A mesma ternura maternal do Espírito Santo sugere a Deus Pai que acolha amorosamente o seu Filho Unigénito, mas também a nós como filhos seus (Rm 8, 14-17).

O plano criador e salvador de Deus, portanto, faz parte do próprio diálogo amoroso da Santíssima Trindade.

O Espírito Santo é também o vínculo maternal na união orgânica que acontece na Encarnação, mediante a qual o divino se enxerta no humano.

A partir da ressurreição de Cristo, nós ficamos a ser dinamizados de modo intrínseco pelo Espírito Santo.

Graças a esta interacção nova, a Vida Divina passou a circular nos nossos corações.

Como Jesus disse à Samaritana, o Espírito Santo é a Água Viva que faz jorrar em nós rios de Vida Eterna.

Deste modo o Espírito Santo é o sangue da Nova e Eterna Aliança, isto é, o portador da Vida de Deus para o Homem Novo recriado e reconciliado com Deus em Cristo (2 Cor 5, 17-19).

É como a seiva da laranjeira robusta que se comunica ao ramo frágil e doente do limoeiro que nela foi enxertado.

Graças à seiva que circula da laranjeira para o limoeiro, este volta a ficar robusto e a dar limões de excelente qualidade.

Assim também, os frutos de vida que vamos produzindo, são resultado da seiva divina a circular nas “veias” interiores do nosso ser espiritual.

O Homem tem, pois, um lugar no diálogo amoroso da Santíssima Trindade cujo coração é o Espírito Santo.

Nesta mesma perspectiva já podemos compreender o lugar central do Espírito Santo no acontecimento da Encarnação e o poder que, por este mistério, nos é concedido, ao ponto de nos tornarmos filhos de Deus:

Com seu jeito maternal de amar, ele nos conduz a Deus Pai que nos acolhe como filhos.

Com este mesmo jeito maternal de amar, ele alimenta a união orgânica que nos liga a Jesus Cristo.

Mediante a comunicação intrínseca com o Espírito Santo, nós formamos união orgânica com Deus.

Pela Encarnação, diz o evangelho de São João, Foi-nos dado o poder de nos tornarmos filhos de Deus (Jo 1, 12-14).

Pela ressurreição de Jesus, acrescenta São João, nós fazemos uma união orgânica com Deus, formando a Família Divina (Jo 17, 21-23).

O Espírito Santo é, realmente, o amor de Deus derramado nos nossos corações, como diz São Paulo (Rm 5, 5).

Isto significa que Deus não esteve à espera de que fossemos bons para nos amar.

Pelo contrário, ama-nos de modo incondicional e configura-nos com o próprio Filho de Deus, diz São Paulo:

“Porque àqueles que Deus conheceu antecipadamente, também os predestinou para serem uma imagem idêntica à do seu Filho, de tal modo que ele é o primogénito de muitos irmãos” (Rm 8, 29).

Graças à nossa interacção intrínseca com o Espírito Santo, nós somos introduzidos no próprio diálogo da Santíssima Trindade em forma de oração:

“Deste modo, o Espírito Santo vem em auxílio da nossa fraqueza, pois não sabemos pedir e dialogar de modo adequado.

Mas o Espírito Santo intercede por nós com gemidos inefáveis.

E o Pai que examina os corações conhece as intenções do Espírito Santo, pois é de acordo com o sentir de Deus que o Espírito Santo intercede por nós” (Rm 8, 26-27).

O Espírito Santo é o coração da convergência familiar da Santíssima Trindade e o impulso gerador de fraternidade entre nós.

É por ele que entramos no diálogo da Santíssima Trindade, como filhos em relação a Deus Pai e como irmãos em relação a Deus Filho.

Eis a razão pela qual quando oramos no Espírito Santo estamos a dialogar com Deus em termos de comunicação familiar.

Na verdade, a nossa comunicação com Deus só é adequada quando acontece no Espírito Santo.

É no Espírito Santo que Deus Pai comunica connosco e nos revela o seu jeito de ser Pai:

Pai justo e amoroso.

Pai misericordioso e paciente.

Pai amável e solícito.

Pai acolhedor e sempre disposto a perdoar.

Pai fiel aos valores da Verdade, da Justiça e do Amor.

Pai responsável, protector; atento e amigo.

O Espírito Santo é a ternura maternal de Deus:

Com o seu jeito maternal de amar, é em nós uma presença maternal compreensiva, pronta a servir; dedicada, generosa e gratuita.

Com um jeito maternal está sempre atento e disposto a aperfeiçoar os elos de comunhão com Deus Pai.

Faz-nos exultar como filhos agradecidos, como aconteceu com Jesus.

Eis o que diz o evangelho de São Lucas:

“Nesse mesmo instante,

Jesus exultou de alegria sob a acção do Espírito Santo e disse:

“Bendigo-te, ó Pai,

Senhor do Céu e da Terra.

Tu escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes, mas revelaste-as aos simples e pequeninos.

Sim, Pai, porque foi este o teu agrado” (Lc 10, 21).

Ele é consolador que nos dá ânimo e consagra para a missão de anunciarmos a Boa Nova da Salvação em Cristo Ressuscitado.

É o vínculo maternal que nos liga de modo orgânico a Cristo fazendo de nós membros do corpo cuja cabeça é Cristo (1 Cor 10, 17; 12, 27).

É pelo Espírito Santo que nascemos de novo para a Família Divina (Jo 3, 3-6).

Ele é a semente da vida divina em nós (1 Jo 3, 9).

É o grande dom do Pai do Céu (Lc 11, 13),

Ele é o Consolador que inspira nos momentos de grande aflição (Mt 10, 20).

É Ele que nos capacita e dá força para testemunharmos Cristo ressuscitado (Act 4, 31).

É o mestre que explica o sentido da Palavra de Deus no íntimo do nosso coração.

É ele que nos faz compreender o plano salvador de Deus (Ef 3, 3-5).

Faz cair dos olhos da nossa mente as sombras que nos impedem de ver com clareza a verdade de Deus e do Homem.

Estas sombras são para a mente o que as cataratas são para os olhos,

Obstáculos que nos impedem de ver o essencial. Depois de estas escamas caírem dos

Como fez em São Paulo,

O Espírito Santo faz cair nos nossos olhos essas escamas que obscurecem a visão,

Fazendo-nos ver com clareza o plano de Deus,

Condição essencial para sermos mensageiros do Evangelho (Act 9, 18).

É no Espírito Santo que o Filho se comunica connosco e nos revela o seu jeito especial de ser irmão:

Irmão generoso e solidário.

Irmão que age como autêntico companheiro fiel e sempre disposto a partilhar.

Nas dificuldades, nunca hesita em ser para nós apoio e ajuda solícita.

É um irmão leal e verdadeiro.

Irmão sempre disposto a partilhar connosco o melhor de si.

Nunca faz alarde da ajuda que nos presta e das coisas boas que partilha connosco.

Irmão sincero e fiel.

Esta comunhão familiar na qual fomos integrados por Cristo é dinamizada pelo Espírito Santo, o sangue de Deus a circular no nosso coração.

Como Comunhão Familiar, a Santíssima Trindade amou-nos ainda antes de nos criar.

Desde todas a eternidade, as pessoas divinas dialogaram sobre nós e sonharam um plano de amor para nós!

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