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sábado, 9 de agosto de 2008

O DEUS DA ALIANÇA É FIEL E VERDADEIRO


1- Aliança de Deus e Infidelidade do Homem
2- O Coração Fiel do Deus da Aliança





1- Aliança de Deus e Infidelidade do Homem

O coração do Deus da Aliança é fiel e verdadeiro. Na linguagem bíblica, coração é o centro espiritual mais nobre da pessoa.

É no coração que a pessoa decide fazer o bem e faz planos de comunhão fraterna.

Ora, as pessoas divinas são uma comunhão familiar de amor infinito. Por isso podemos dizer que Deus tem coração.

O Deus que o Novo Testamento nos revela relaciona-se com o Homem em termos familiares.

À luz do Novo Testamento, a Antiga Aliança foi um degrau para a Humanidade atingir a maturidade necessária para a Nova e Eterna Aliança.

O conteúdo central da Nova Aliança é a incorporação da Humanidade na Família de Deus mediante o dom do Espírito Santo (Rm 8, 14-17).

Mas a realização desta Aliança Nova e Eterna só aconteceria quando chegasse a plenitude dos tempos (Ga 4, 4-7).

Mas a Bíblia diz que Deus foi fazendo vários ensaios de aliança com os homens., conduzindo de modo gradual e progressivo a Humanidade para Comunhão humano-divina da Nova Aliança em Cristo.

Já ao longo de todo o Antigo Testamento Deus foi-nos revelando o seu jeito especial de se relacionar com o Homem em forma de Aliança.

Logo no princípio da criação, Deus fez uma aliança com Adão, constituindo-o cabeça da Criação (Gn 1, 28-30; 2, 15-20).

Mas Adão foi infiel e rompeu com a aliança, pois não aceitou a sua condição de ser subordinado de Deus na obra da Criação.

Numa atitude de rebeldia e orgulho, Adão quis ser igual a Deus.

A atitude de Adão implica um pecado grave, pois é uma oposição frontal ao amor criador de Deus.

Na perspectiva bíblica, a Humanidade forma um todo orgânico cuja cabeça era a Adão.

Eis a razão pela qual o pecado de Adão implicou desorientação e fracasso para todos os seres humanos.

Isto quer dizer que o pecado não é nunca um acto meramente individual.

Na verdade, o pecado não é mais que a oposição ao amor.

Amar é eleger o outro como alvo do nosso bem-querer, aceitando-o como é e agindo de modo a facilitar a sua realização e felicidade.

Portanto, não há amor que não tenha consequências pessoais e comunitárias.

O mesmo acontece com o pecado, pois este não é mais que a oposição ao amor.

Pecar é recusar-se a ser mais humano através do amor e bloquear a humanização dos outros.

Por outras palavras, pecar é opor-se a fazer do outro um alvo do nosso bem-querer, recusando-se a aceitá-lo com é a facilitar a sua realização e felicidade.

O pecado do Homem é incapaz de impedir que o Criador o ame, pois ama-nos de modo incondicional.

No entanto, o pecado do Homem condiciona ou impede mesmo a comunhão com Deus.

O facto de Deus nos amar de modo incondicional não chega para acontecer comunhão connosco.

Na verdade, a comunhão não assenta sobre o amor unidireccional, mas sobre a reciprocidade amorosa.

Nós não fomos criados para ser amados por Deus, mas sim para sermos amados por Deus.

Com efeito, a plenitude do Homem não consiste em ser amado por Deus, mas sim na comunhão com Deus.

O pecado é perigoso, pois é o caminho do fracasso e do malogro.

Por outras palavras, Deus nunca se vinga da nossa oposição ao seu amor, pois ele é amor e ama-nos de modo incondicional.

Mas é muito perigoso brincar com o querer de Deus, pois a vontade de Deus coincide rigorosamente com o que é melhor para nós.

Segundo a visão bíblica, quanto mais o Homem se tornava infiel a Deus, mais entra no caminho do malogro e do fracasso.

O texto do Dilúvio é uma analogia para dizer que a Humanidade, ao desviar-se do plano de Deus, começa a fracassar e a afundar-se.

Como nos ama de modo incondicional, Deus, ao ver o Homem a afundar-se vem em ajuda do Homem escolhendo Noé para impedir que a Humanidade se destrua:

“Contigo vou estabelecer a minha aliança. Entrarás na Arca com a tua mulher, os teus filhos e as mulheres dos teus filhos” (Gn 6, 18).

Deus faz um Aliança com Noé, a fim de salvar a Humanidade prestes a afogar-se.

Ao renovara Aliança com Noé, Deus quis que esta pacto tivesse um alcance universal, fazendo de Noé, como tinha querido fazer de Adão, o seu medianeiro para o sucesso do seu plano criador.

Agora, o arco-íris passa a ser visto como o sinal da aliança restaurada com Noé:

“Deus disse: este é o sinal da aliança que coloco entre mim e vós com todos os seres vivos que estão convosco.

Colocarei o meu arco nas nuvens. Ele será um sinal da minha aliança com toda a terra” (Gn 9, 12-13).

A aliança de Deus com Noé tem um carácter universal. É feita em favor de todos os seres vivos:

“Quando o arco-íris estiver nas nuvens eu, ao vê-lo, Lembrar-me-ei da minha aliança eterna, aliança com todos os seres vivos que vivem sobre a terra” (Gn 9, 16).

Mas o coração do ser humano é infiel e orgulhoso.

Eis a razão pela qual, o Homem começa a tornar-se infiel e a recusar-se de novo ser colaborador e servo de Deus.

E, mais uma vez, surge a tentação de ser igual a Deus, como nos diz de modo simbólico o relato da torre de Babel.

A ideia de construir uma torre que chegue ao Céu significa a tentativa de se tornar igual a Deus.

Na verdade estamos talhados para ser divinos. Mas isto é um dom de Deus, não uma conquista do Homem.

Esta meta só poderá acontecer mediante o enxerto do divino no humano. E foi o que aconteceu mediante a Encarnação.

O homem peca quando rejeita a sua condição de criatura e pretende colocar-se no lugar do Criador. É a velha tentação de querer ser igual a Deus (Gn 11, 1-8).

De novo, o Homem entra na dinâmica do malogro e do fracasso.

Mas Deus não se deixa vencer pelo pecado do Homem. De novo sonha com outro projecto de aliança. O Deus da Aliança propõe-se, nunca se impõe.

De novo ele chama um homem fiel e bom, a fim de salvar a humanidade.

Chama Abraão e faz-lhe a proposta de uma aliança que possa beneficiar todas as famílias da Terra (Gn 12,3).

O amor de Deus é difusivo. Quando ama alguém que escolhe para uma missão, pensa logo na maneira de fazer que esse amor se difunda por todas as pessoas.

Deus prometeu a Abraão uma terra, a fim de formar um povo que seja, no meio dos outros povos, uma mediação da Sua Palavra e do Seu Amor (Gn 15, 8).

Com Abraão, a história atinge o limiar do monoteísmo. Deus revela-lhe que tem um projecto em favor d e toda a Humanidade:

“Vou fazer uma aliança entre mim e ti. Multiplicarei a tua descendência sem medida” (…).

“Serás pai de muitas nações” (Gn 17, 2- 4).

“Vou estabelecer para sempre a minha aliança entre mim e ti.

Será uma aliança eterna. Eu serei o teu Deus e o Deus dos teus descendentes” (Gn 17, 7).

E, ao longo da História, Deus ia-se recordando continuamente da Aliança que fizera com Abraão:

“Eu ouvi os gemidos dos filhos de Israel que os egípcios escravizaram.

Nesse momento, lembrei-me da minha aliança” (Ex 6, 5).

Após a saída do Egipto, Deus renova a sua aliança com o povo de Abraão:

“Se observardes a minha aliança sereis minha propriedade especial entre todos os povos” (Ex 19, 5).

Através de Moisés, Deus entregou os dez mandamentos escritos em duas tábuas de pedra.

Ao construir o santuário, as tábuas dos mandamentos do Senhor ficaram guardadas dentro de uma arca chamada a Arca da Aliança:

“Dentro da arca coloca o documento da aliança que te dei” (Ex 25, 16).

Deus entregou por escrito o documento da aliança, a fim de este permanecer como testemunho:

“Deus disse ainda a Moisés: escreve estes mandamentos, pois é de acordo com eles que eu faço a aliança contigo e com Israel” (Ex 34, 27).

O livro do Deuteronómio insiste na necessidade de ser fiéis a aliança de Deus, cumprindo os Mandamentos escritos nas tábuas de pedra:

“Deus comunicou-vos a sua aliança, a fim de que cumprísseis as dez palavras que Ele escreveu em duas tábuas de pedra” (Dt 4, 13).

A característica fundamental do Deus da aliança é a fidelidade. O Senhor é um Deus fiel e verdadeiro:

“Reconhece que Yahvé, teu Deus, é o único Deus, o Deus fiel que mantém a aliança e o seu amor por mil gerações em favor dos que o amam e observam os seus mandamentos” (Dt 7, 2).

Os mandamentos, a terra prometida e uma descendência numerosa constituem os elementos básicos da aliança de Deus com o Povo do Antigo Testamento:

“Inclina-te, Senhor, do Céu, a tua morada santa, e abençoa Israel, teu povo e a terra que nos deste, tal como juraste aos nossos antepassados, uma terra onde corre leite e mel” (Dt 26, 15).

Com a instituição da monarquia, surge a aliança com a casa de David:

“A minha casa está firme junto de Deus, disse David, pois a sua aliança para comigo é para sempre, pois está assente em alicerces sólidos” (2 Sam 23, 5).

A aliança a que se refere o texto anterior é a palavra que Deus dirigiu a David através do profeta Nata, a qual dizia o seguinte:

“Quando chegares ao fim de teus dias e te fores juntar aos teus antepassados, eu suscitarei, depois de ti, um filho teu.

Eu serei para ele um pai e ele será para mim um filho. Se cometer algum erro corrigi-lo-ei com vara de homens, mas não lhe retirarei a minha graça como fiz a Saúl, a quem expulsei da minha presença.

A tua casa e o teu reino serão firmes para sempre” (2 Sam 7, 12-16).

Devido a esta profecia os filhos de David, ao subirem ao trono, recebem o título de filhos de Deus:

“Vou anunciar o decreto do Senhor. Ele disse-me: Tu és meu filho, hoje mesmo te gerei” (Sal 2, 7).

A profecia proferida por Natã está associada à construção de um templo para Deus:

“David disse ao profeta Natã: “Como podes observar, eu estou a morar numa casa de cedro, ao passo que a Arca da Aliança de Deus está debaixo de uma tenda” (1 Cron 17, 1).

David tinha planeado construir um templo para introduzir lá a Arca da Aliança. Mas o profeta Natã fez saber ao rei que os planos de Deus são outros.

Não será David mas um filho seu quem construirá o templo do Senhor. Graças a este filho escolhido, Deus vai abençoar para sempre a casa de David:

“Fiz uma aliança com o meu eleito, jurei a David, meu servo: estabelecerei a tua descendência para sempre e o teu trono há-de manter-se eternamente” (Sal 89, 4-5).

“Encontrei a David, meu servo, e ungi-o com óleo santo. A minha mão estará sempre com ele e o meu braço há-de torná-lo forte” (Sal 89, 21-22).

“Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, és o meu Deus e o rochedo da salvação”.

Eu farei dele o primogénito, o maior entre os reis da terra. Hei-de assegurar-lhe para sempre o meu favor e a minha aliança com ele há-de manter-se firme.

Estabelecerei para sempre a sua descendência e o seu trono terá a duração dos céus” (Sal 89, 27-30).

“Jurei uma vez pela minha santidade. De modo algum enganarei David!

A sua descendência e o seu trono permanecerão para sempre na minha presença como o sol, e será firme para sempre como a lua, testemunho fiel no firmamento” (Sal 89, 36-38).

Em virtude das infidelidades de Israel à aliança, os profetas ameaçam o povo de que a tragédia cairá sobre eles:

“Esta terra está profanada sob os pés dos seus moradores. Transgrediram as leis, violaram os mandamentos e romperam a minha aliança” (Is 24, 5).





2- O Coração Fiel do Deus da Aliança

Apesar da infidelidade do povo, Deus será sempre fiel ao seu amor:

“Mesmo que os montes se retirem e as colinas vacilem, o meu amor nunca se afastará de ti.

A minha aliança de paz não vacilará, diz o Senhor que se compadece de ti” (Is 54, 10).

Deus É fiel e verdadeiro. Está sempre disposto a recomeçar uma nova comunhão de aliança.

Mas esta pressupõe a fidelidade das duas partes, pois a comunhão não assenta sobre um amor unidireccional, mas sobre uma reciprocidade amorosa:

“Dai-me ouvidos. Vinde a mim. Escutai-me e vivereis. Farei convosco uma aliança definitiva. Serei fiel à minha amizade com David” (Is 55, 3).

Deus começa a anunciar, através dos profetas, uma nova aliança, assenta sobre o Espírito Santo e não sobre a letra escrita nas tábuas de pedra.

Deus vai arrancar o coração de pedra do povo e introduzir em seu lugar o Espírito Santo.

Graças à acção do Espírito Santo, mesmo os corações mais estéreis começarão a dar fruto:

“Isto diz o Senhor aos eunucos que observam os meus sábados, que escolhem o que me agrada e ficam firmes na minha aliança: “dar-lhes-ei no meu templo e dentro das minhas muralhas, um monumento e um nome mais valioso que os filhos e as filhas” (Is 56, 4-5).

Na plenitude da Nova Aliança, os estrangeiros terão lugar em Jerusalém e entrarão, cheios de alegria, na casa de oração, o templo de Deus. Os seus sacrifícios serão agradáveis a Deus (cf. Is 56, 6-7).

A Nova Aliança será vivida em plena harmonia com a vontade de Deus, pois a Palavra do Senhor brota abundante da boca das pessoas:

“Esta é a minha aliança com eles, diz o Senhor: o meu espírito está sobre ti, e as palavras que coloquei em ti, jamais se afastarão da tua boca e da boca dos teus filhos, desde agora e para sempre” (Is 60, 19-22).

Quando o Senhor estabelecer a Nova Aliança, Jerusalém será totalmente renovada.

Já não será iluminada pelo sol durante o dia nem pela lua durante a noite, pois Deus será a sua luz eterna” (Is 60, 19-22).

A Nova Aliança estará assente sobre as tábuas da Lei, mas sobre o Espírito de Deus.

As tábuas da Lei tinham desaparecido quando os caldeus invadiram Jerusalém.

O profeta Jeremias tira valor a este facto, dizendo que a nova aliança não assenta no coração de pedra mas num coração de carne.

O alicerce da Nova Aliança não é a letra mas o Espírito Santo.

A Arca da Aliança não faz parte da dinâmica da Nova Aliança: “Quando crescerdes e vos multiplicardes no país, oráculo do Senhor, já ninguém mais falará na Arca da Aliança do Senhor.

Ninguém mais se lembrará dela, nem sentirão a sua falta, nem voltarão a fazer outra” (Jer 3, 16).

Deus tem em mente um plano para edificar uma Nova Aliança:

“Dias virão em que farei uma Nova Aliança com Israel e Judá. Não será como a aliança que fiz com seus pais quando os tomei pela mão e os tirei da terra do Egipto.

Eles quebraram essa aliança, apesar de eu ser o seu Deus. A Nova Aliança será selada no coração das pessoas e não numa pedra:

A aliança que vou fazer com Israel, oráculo do Senhor, será assim: colocarei as minhas leis no seu peito, gravá-las-ei no seu coração. Eles serão o meu povo e eu serei o seu Deus” (Jer 31, 31-33).

Jeremias tem expressões maravilhosas associadas à Nova Aliança:

“Farei com eles uma aliança eterna. Nunca deixarei de lhes fazer bem. Colocarei no seu coração o meu temor, a fim de que não se afastem de mim” (Jer 32, 40).

O Novo Testamento reconhece que, em Jesus Cristo, se realizou a Nova Aliança.

Pela parte da Divindade assinou a Segunda pessoa da Santíssima Trindade.

Pela parte da Humanidade assinou Jesus de Nazaré, um homem totalmente fiel a Deus.

Por seu lado, o Espírito Santo é a garantia de autenticidade da Nova Aliança.

É o vinho bom que ficou para o fim, sugere o evangelho de São João no relato das Bodas de Caná (Jo 2, 1-10).

É ainda a Água Viva que faz jorrar rios de Vida Eterna no nosso coração (Jo 7, 37-39).

Jesus tinha consciência de ser o medianeiro da Nova Aliança, tal como as suas palavras indicam no momento de instituir a Eucaristia:

“Isto é o meu sangue, o sangue da Aliança que é derramado em favor de muitos, para remissão dos pecados” (Mt 26, 28).

O pai Zacarias, feliz pelo nascimento do seu filho João Baptista, exclama:

“Deus realizou a misericórdia que anunciara aos nossos pais, recordando a sua santa aliança” (Lc 1, 72).

A Nova Aliança leva consigo o grande dom do perdão do pecado:

“Essa será a aliança que farei com eles quando eu perdoar os seus pecados” (Rm 11, 27).

A Segunda Carta soa Coríntios diz que os cristãos são ministros de uma Nova Aliança, a qual assenta no Espírito, não na letra da Lei:

“Foi Deus que nos tornou capazes de sermos ministros de uma Nova Aliança, não da letra, mas do Espírito, pois a letra mata e o Espírito é que dá vida” (2 Cor 3, 6).

Jesus é o mediador de uma Nova Aliança, a qual é melhor que a antiga.

Se a primeira aliança não fosse deficiente não havia lugar para uma Nova Aliança” (Heb 8, 6-7).

A dinâmica da Nova Aliança É o Espírito Santo, fonte de fecundidade.

A antiga aliança não permitia aos eunucos, mesmo sendo filhos de Aarão, oferecer os sacrifícios do altar (Lv 21, 20-21).

O profeta Isaías, olhando a acção fecundante do Espírito Santo na Nova Aliança, diz que esta fecundidade vai muito além da mera procriação. Eis a razão pela qual até os eunucos serão ramos vivos de uma árvore fecunda:

“Que o eunuco não diga: não passo de uma árvore seca” (Is 56, 3).

Os Actos dos Apóstolos declaram que o primeiro pagão a ser baptizado, foi um eunuco etíope. Foi ele o primeiro pagão. É o primeiro pagão a confessar a fé em Cristo (Act 8, 36- 37).

O evangelho de São João, inspirando-se na fecundidade da Nova Aliança põe na boca de Jesus este texto magnífico:

“Permanecei em mim que eu permaneço em vós.

Tal como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, mas apenas permanecendo unido à videira, assim acontecerá convosco se não estiverdes unidos a mim.

Eu sou a videira e vós os ramos. Quem permanece em mi e eu nele, esse dá muito fruto, pois, sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15, 4-5).

Graças à difusão do Espírito, a Nova Aliança dá origem a uma Nova Humanidade reconciliada com Deus, diz a Segunda Carta aos Coríntios:

“Se alguém está em Cristo é uma Nova Criação. Passou o que era velho. Eis que tudo se fez novo.

Tudo isto vem de Deus que nos reconciliou consigo em Cristo não levando mais em conta os pecados dos homens” (2 Cor 5, 17-19).

A Nova Aliança é o tempo de plenitude. O projecto de Deus entrou na fase dos acabamentos e o Homem é já da Família de Deus (Ga 4, 4-7).

Com a morte e ressurreição de Jesus a Humanidade fica divinizada, isto é, assumida e organicamente incorporada na comunhão da Santíssima Trindade.

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